Por: Bosco Afonso
Embora contestada por parcela do Partido dos Trabalhadores (PT), a governadora Fátima Bezerra está definida em abraçar a candidatura do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) ao Senado, rifando a pretensão de reeleição do atual senador petista Jean-Paul Prates, em nome de um pragmatismo que poderá, segundo analistas do quadro político potiguar, fortalecer a oposição.
É óbvio, que a princípio, contar com a presença de Carlos Eduardo em sua chapa poderá parecer uma desarticulação no bloco oposicionista, uma vez que o filho de Agnelo circulou como provável candidato a governador no bloco oposicionista que conta com os nomes de Rogério Marinho e Fábio Faria.
Definindo Carlos Eduardo como seu companheiro de chapa, a governadora comete o equívoco em querer neutralizar o eleitorado que a derrotou em Natal, frente o seu pretenso companheiro quando disputou o pleito em 2018, pois se tem conhecimento de que hoje o prefeito Álvaro Dias abocanha substancial parcela do eleitorado do ex-prefeito.
No outro aspecto, quando o Chefe da Casa Civil, Raimundo Alves diz que Fátima precisa de Carlos Eduardo Alves para consolidar sua vitória ao Governo do Estado, praticamente descarta os outros Alves – Garibaldi e o deputado Waltinho – e com essa decisão a líder maior do petismo estadual pode estimular o sonho de correligionários peemedebistas em ter Garibaldi como candidato ao Governo do Estado ou, no mínimo, colocá-lo nos braços da oposição e apoiar a provável candidatura de Ezequiel Ferreira de Souza encabeçando a chapa majoritária, que por sua vez poderá vir a contar com o cauteloso e estratégico ex-senador José Agripino, o que daria, certamente, robustez à até então nanica e desarticulada oposição.