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MULHERES RELATAM AGRESSÕES FEITAS POR ADVOGADO E MÃE DA VÍTIMA QUER PUNIÇÃO

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Advogado nega as acusações de agressão em show no fim de semana, mas testemunhas desmentem sua versão

Foto: reprodução

Julia é uma adolescente como tantas outras. Gosta de sair, se divertir, estudar, tem seus ídolos. No último sábado (10) ela se juntou a uma multidão que foi ao Arena das Dunas assistir ao show do sertanejo Gusttavo Lima. Nessa noite, ela passou a fazer parte de uma estatística cruel: 45% das mulheres já tiveram o corpo tocado sem consentimento em local público. Ou seja: 4 em cada 10 mulheres. Os números são de uma pesquisa inédita realizada este ano pelo Ipec e o Instituto Patrícia Galvão, divulgados nesta segunda-feira, pelo g1 e o Jornal Hoje Julia conta que aproveitava a festa quando aconteceu o caso de importunação. Um estranho que esbarrava nela, disparou: “Eu vou te dar um murro”. Na sequência, mais ameaças e agressão física: “empurrou meu rosto em direção à mesa, após isso ameaçou minhas amigas alegando que elas não sabiam com quem estavam se metendo e para completar ainda agrediu meu primo com um soco”.

O caso narrado pela jovem estudante de medicina Julia Porcino, 18 anos, logo ganhou as redes sociais. “Sempre fui educada com respeito, sempre exigi respeito e vou lutar até o fim para que esse monstro pague pelo que fez”, disse ela, em tom de desabafo.

Na manhã desta segunda-feira (12), a família registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na 5ª DP e algumas testemunhas foram ouvidas.

A mãe de Julia, a empresária Jussana Porcino, conta que sabe que, infelizmente, esse não é um fato isolado: “Mas quando é com uma filha nossa parece que a dor rasga por dentro. Primeiro, a gente tem vontade de estar lá para defender e depois a gente quer punição”.

Jussana ainda desabafa: “eu não consigo comer. Estou com angústia e querendo que nada disso tivesse acontecido”. Ainda assim ela encontra forças para apoiar a filha e não deixar que o tema seja esquecido: “muito difícil esse momento, porém ajudará muitas mulheres a lutar por respeito. Por isso, não me calarei. Não cessarei enquanto não tiver punição”.

O OUTRO LADO
O acusado é o advogado Francisco Assis da Cunha. Após escrever uma carta sobre o episódio, ele prefere não falar mais. O secretário-geral da OAB-RN, afastado até apuração dos fatos, diz que está sendo “condenado nas redes sociais, antes de ter o direito a falar a minha versão”. Segundo ele “tudo não passou de um pequeno esbarrão involuntário, destes que acontecem em festas, pois o local estava com muita gente próximas umas das outras. Infelizmente este pequeno episódio ganhou proporções maiores”.Na carta, o advogado também sugere que a organização do evento e o Arena das Dunas disponibilizem as imagens do sistema de segurança, para mostrar tudo e não existir dúvidas do acontecido.

NAS REDES SOCIAIS
Enquanto a família da jovem Julia Porcino busca justiça pelos meios legais, nas redes sociais também surgiram relatos de que essa não seria a primeira vez que o advogado Assis Cunha teve comportamento desrespeitoso ou agressivo.

“Sempre se achou o bambambã” 

“Estava próximo deles por um tempo ontem no show e eles estavam a fim de confusão”

“Este homem já tentou começar uma confusão comigo e, quando viu o tamanho do meu marido indo pra cima dele, soube pedir desculpas”

“Eu vi que ele se valeu de força pra cima da menina”


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