A Prefeitura de Natal, através da secretaria de Saúde do Município, contratou, com dispensa de licitação, a empresa Vera Lúcia de Souza, para “prestação de serviços terceirizados”. O contrato, publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, 06 de maio, não detalha que tipo de serviço terceirizado será prestado.
O contrato número 041/2021 estabelece o pagamento de 236 mil por mês, totalizando 1 milhão e 400 mil em seis meses.
CNPJ INVÁLIDO
A publicação apresenta o número do CNPJ da empresa Vera Lúcia de Souza: 27.645.093/0001-24. O problema é que a Receita Federal informa que o CNPJ apontado é inválido.
Resta agora aguardar uma explicação da Prefeitura de Natal a respeito desse contrato e do CNPJ inválido da empresa.
A situação na Urbana não é das mais tranquilas. Depois que o Ministério Público solicitou toda a documentação referente ao processo licitatório do ano passado e também incluiu cópias das notas fiscais emitidas pelas empresas, agora é a própria Companhia que tenta se precaver, contratando uma auditoria.
O contrato da empresa foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira, 07 de maio e estabelece: “contratação de empresa especializada para prestação de Serviços de Auditoria Externa Independente sobre a demonstrações contábeis da Companhia de Serviços Urbanos de Natal, com a apresentação de relatório, emissão de parecer e relatório circunstanciado sobre as contas do exercício de 2020.
Morreu na manhã desta sexta-feira (7), em Natal, Enildo Alves, ex-vereador da capital potiguar. Enildo precisou ser submetido recentemente a um procedimento médico de urgência para identificar possível problema gastrointestinal, e foi diagnosticado com um sangramento no aparelho digestivo.
Esteve, por 24 anos (seis mandatos) vereador, Enildo liderou a bancada governista do município de Natal na administração de Micarla de Sousa. Além de parlamentar, Enildo era médico e professor universitário, com atuação no Hospital Universitário Onofre Lopes, além de manter clínica particular no Hospital do Coração de Natal.
Enildo é considerado um ícone da medicina potiguar, especialmente na área de hematologia, foi mentor de vários profissionais que hoje fazem sucesso, como o também hematologista Marcos Leão. Além disso, foi criador e implantador do SAMU em Natal, na época em que era Secretário de Saúde da então prefeita Wilma de Farias.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Exame, 59% aprovam a CPI da Covid e somente 7% dos brasileiros desaprovam. Jair Bolsonaro pode acionar a Abin paralela contra os filhos de Renan Calheiros e Jader Barbalho, mas o caminho para incriminá-lo já está sendo trilhado.
CRIMES
O petista Humberto Costa (PT-PE) fez um balanço da CPI da Covid, até aqui, para a Agência Senado:
“O tempo inteiro os depoentes corroboraram a visão de que Bolsonaro atuou intencionalmente para que houvesse uma transmissão ampla do vírus, para que fosse atingida o que se chama de imunidade coletiva de rebanho. Isso, na pratica, é um grande crime, se for verdade, pois ele assumiu o risco de muita gente morrer, o que efetivamente aconteceu.”
O governista Marcos Rogério (DEM-RO), claro, defendeu o que chamou de “neutralidade” nos trabalhos.
“Uma CPI tem que partir de um pressuposto de neutralidade. Espero que a gente possa avançar e, daqui a pouco, ir para os estados e municípios, e entregar a verdade ao Brasil.”
BOLSONARO ACIONA A ABIN CONTRA A CPI
Segundo a Crusoé, a ‘demanda urgente’ que a Abin distribuiu para agentes de inteligência em todos os estados do país, determinando uma ‘compilação de dados’ sobre ‘irregularidades relacionadas à pandemia’ em ‘âmbito estadual e municipal’.
De acordo com os documentos: a ordem foi enviada por mensagem de WhatsApp – sim, não se espante, o serviço secreto brasileiro envia ordens de serviços por aplicativo de mensagens – na manhã da última quarta-feira, 5, um dia após o depoimento de Mandetta na CPI (…).
Juntamente com a mensagem, os oficiais receberam o link de uma planilha de Excel onde deveriam colocar os nomes dos estados e das cidades identificados na investigação, um título resumindo o problema detectado e a fonte da informação coletada. A Abin tinha pressa. O arquivo deveria ser preenchido até as 18 horas daquele mesmo dia.
A mensagem, obtida por Crusoé com fontes primárias envolvidas no trabalho, foi enviada para as 26 superintendências estaduais da Abin a partir de um número de telefone de plantão do Centro de Monitoramento de Crise da agência, conhecido como Cemoc.
Segundo O Globo, um dos objetivos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ao forçar o adiamento do seu depoimento à CPI da Covid foi falar depois do ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten, que vai à comissão na próxima quarta-feira (12).
Em entrevista à Veja em abril, o ex-chefe da Secom atribuiu a Pazuello as principais responsabilidades pela falta de vacinas no Brasil. O temor era que Wajngaretn podia desgastar Pazuello ainda mais falando depois dele. Ou seja, falando por último, o ex-ministro terá uma chance de tentar responder possíveis acusações.
A médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que ainda propagandeia a cloroquina, será recebida hoje pelos bolsonaristas do Congresso Nacional.
A microbiologista Natália Pasternak disse para o Estadão:
“Está mais do que na hora de o Brasil parar com isso, é o único país que ainda leva essa maluquice a sério. É uma conversa que não anda. A ciência já deu as respostas. Não há motivo para insistir numa controvérsia falsa.”
OMAR AZIZ DIZ QUE NISE SE CONVIDOU PARA CPI COVID
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse durante a oitiva do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quinta-feira (6), que a médica partidária do chamado “tratamento precoce” Nise Yamaguchi esteve em seu gabinete e se convidou a participar da comissão.
“Hoje pela manhã, logo cedo – eu cheguei aqui às 8 horas da manhã –, a Dra. Yamaguchi, que é cardiologista, estava no meu gabinete se oferecendo para vir aqui também, Senador”, disse Aziz.
A médica, que é conhecida como “Doutora Cloroquina“, chegou a ser cotada para assumir o ministério da Saúde no ano passado. De acordo com o ex-ministro da pasta, Luiz Henrique Mandetta, em seu depoimento na terça-feira (4) ao colegiado, a médica fazia parte do “aconselhamento paralelo” do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia e o uso do remédio sem eficácia científica comprovada para o tratamento da covid-19.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) apresentou o requerimento 146/2021 para o comparecimento da médica na CPI, mas ainda não foi apreciado pelos senadores.
O ex-presidente Lula já está discutindo a possibilidade de ser eleito no primeiro turno. Segundo a Folha de S. Paulo:
“As conversas de Lula e do PT para montar palanques com outros partidos nos estados têm como objetivo transformar o primeiro turno da eleição de 2022 já no segundo turno, definindo a disputa contra Jair Bolsonaro na primeira rodada”.
Além disso, a Folha acrescenta: “Um dos desenhos imaginados, e ambiciosos, resultaria em uma divisão do mapa com candidaturas fortalecidas do PSD em Minas Gerais, com Alexandre Kalil, do PSB no Rio, com Marcelo Freixo, e do PSB em SP, com Márcio França. No segundo turno, todos se uniriam em torno desses nomes — e de Lula para presidente, caso ele não liquidasse a fatura já na primeira rodada.”
“A reação da China à sinofobia do presidente brasileiro mudou de patamar”, diz Josias de Souza.
“Dessa vez, a resposta à ofensa do capitão não soou na embaixada chinesa em Brasília, mas em Pequim (…).
A China não cogita romper os contratos que preveem o fornecimento de insumos para as vacinas contra a Covid. Mas o atraso no fornecimento da matéria-prima da Coronavac para o Instituto Butantan demonstra que a coisa poderia caminhar mais rápido se Bolsonaro compreendesse que a diplomacia traz no nome a essência da atividade (…). Com uma pandemia a pino, a pose de valentão de Bolsonaro serve apenas como oportunidade para que a China demonstre ao gênio do Planalto que a diferença entre a genialidade e a estupidez é que a genialidade tem limites.”
Universidades como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já falam em interrupção de atividades a partir do próximo mês de julho. Essa é uma preocupação de todas as Universidades Federais que estão com a mesma verba de 2004 e com o dobro de alunos.
A constatação é feita pelo jornal carioca O Globo que na edição de hoje, sexta-feira (7), traz ampla matéria dizendo que o orçamento das universidades federais para gastos básicos como água e luz está no nível de 2004, quando tinha 18 instituições e 700 mil alunos a menos. A reportagem dos jornalistas Bruno Alfano e Jan Niklas começa dizendo que as universidades federais chegaram ao limite.
A verba disponível para investimentos e manutenção em 2021 caiu no patamar de 2004. No entanto, o Brasil agora tem mais que o dobro de alunos de 17 anos atrás. Por isso, algumas das mais importantes instituições como UFRJ e UNIFESP, já falam em interrupção das atividades a partir de julho.
A matéria de O Globo específica que os gastos discricionários vão desde as contas mais básicas como água, luz, limpeza e segurança, como pagamento de bolsas, compra de insumos para pesquisas e reformas prediais.
Com o orçamento muito baixo, alunos mais pobres perdem a ajuda que os garantem nas universidades, pesquisas são interrompidas e, agora que as universidades estão no limite, contas de água, de luz e de limpeza podem não ser pagas.
A discussão ocorrida durante a CPI da Covid-19, na última quarta-feira (5), em que as senadoras reclamaram da falta de voz naquela comissão, talvez tenha estimulado o surgimento de ferramentas para provocar uma maior presença da mulher na política brasileira.
O jornal paulista ESTADÃO traz matéria reportando a decisão da deputada Tábata Amaral (PDT/SP) que propôs que os partidos recebam um bônus financeiro pelos votos de suas candidatas. O projeto prevê que a sigla com votação maior que a média nacional, proporcionalmente, poderá receber até 10% a mais da verba pública à qual teria direito.
Aqueles partidos que não atingirem o índice, porém, poderão ter parte do dinheiro cortado. “O nosso projeto incorpora um indicador de representatividade no cálculo da distribuição dos fundos partidário e eleitoral. Legenda em que as mulheres receberam votos ou cadeiras acima da média dos demais partidos ganharão mais recursos, enquanto aquelas nas quais mulheres receberam votos ou cadeiras abaixo da média perderão recursos”, disse Tábata.
Segundo a revista Crusoé, em caráter reservado, senadores chamaram Eduardo Pazuello de “cara de pau” e descreveram sua atitude ao receber Onyx Lorenzoni, nesta quinta-feira (6), como “esculhambação”, relata Ana Viriato.
Dois dias atrás, o ex-ministro da Saúde solicitou o adiamento de seu depoimento na CPI da Covid — o que os senadores fizeram— alegando estar em isolamento depois de ter tido contato com infectados pelo coronavírus.
O Brasil registrou nas últimas 24 horas 2.550 mortes por Covid e 73.380 novos casos, informou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde(CONASS) nesta quinta-feira (6). Com isso, o número de vítimas fatais da doença no Brasil chegou a 416.949, e o total de casos ultrapassou os 15 milhões —agora, são 15.003.563. Na quarta (5), foram registrados 2.811 mortes e 73.295 novos casos.
O Portal da Transparência da Assembleia Legislativa do RN é uma grande enganação. Aparenta ser transparente, mas não apresenta nenhum documento que comprove os gastos dos deputados estaduais com a verba de gabinete. Os portais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal revelam todos os gastos e apresenta os documentos que comprovam os referidos pagamentos.
Dessa forma, o contribuinte tem como saber de verdade a forma como o dinheiro foi empregado. Já na Assembleia do RN, o Portal da Transparência apresenta apenas o item, como Consultoria, Divulgação ou Locação de veículos, o CNPJ da empresa ou do prestador de serviço e o valor pago, sem discriminar do que realmente se trata aquela despesa.
Assim, o cidadão não pode saber se a despesa foi verdadeira ou não; se o preço é compatível com o mercado ou não. É tudo no escuro. O presidente da Assembleia, deputado Ezequiel Ferreira, bem que poderia tornar o portal mais transparente para a população do RN ter o real conhecimento do uso de seus recursos.
FORMATO
Exemplo de como aparece a prestação de contas dos deputados estaduais.
O Rio Grande do Norte está há 15 anos sem o convívio de um de seus maiores líderes populares contemporâneos, Aluízio Alves. Dos filhos, o que obteve maior representatividade popular foi o recordista de número de mandatos na Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves e que no momento que despontava como um dos políticos de maior influência na República foi afastado da vida pública, sem mandato (pois havia perdido a eleição de Governador para Robinson Faria) e sem prerrogativas.
Em seu twitter, neste 6 de maio, Henrique Alves publicou às 04h00 a mensagem: 15 anos de sua partida! 15 anos de uma saudade. Sofrido mas resistente continuarei a sua luta. Essa foto simples, ele e minha mãe, como que a dizerem: “vai, meu filho! Deus lhe abençoe. E nunca perca a Esperança…” E estou aqui. Caminhando, desde os 21 anos, Sem ódio e sem medo”.
E é nesta data, relembrando a partida de seu pai, que o filho de Aluízio, Henrique Alves, ex-presidente da Câmara dos Deputados, sentiu alegria incontida ao receber a notícia de mais uma absolvição em processos em que se encontra envolvido; mas que agora, igualmente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recupera os seus direitos políticos e, assim, se credencia para disputar qualquer cargo eletivo em 2022.
Vindo de Angicos, trazendo consigo a vocação pelo jornalismo, Aluízio Alves não só se transformou num empresário da comunicação, mas também revolucionou a forma de fazer política e, na associação vocacionada, contribuiu decisivamente para promover as transformações que o Rio Grande do Norte sempre almejou.
Depois de peregrinar pelas redações de jornais no Rio de Janeiro (RJ), o menino de Angicos que, na sua juventude também integrava o movimento católico da Congregação Mariana, com menos de 30 anos conseguia realizar o seu sonho ao fundar o jornal Tribuna do Norte, que se transformaria em um dos mais influentes veículos de comunicação do Estado.
Mas, Aluízio, o visionário, não ficaria por ali. Depois de se eleger deputado federal, desafiou a hegemonia política do Dinartismo e, trazendo para sua campanha o desconhecido marketing eleitoral, que o ajudou a criar jargões, mobilizar multidões, desafiando longínquas caminhadas, varando as escuras madrugadas, conquistou o cargo de Governador do Estado.
E foi como Governador do Rio Grande do Norte que Aluízio também demonstrou o seu espírito visionário e, com obstinação, trouxe a energia elétrica vindo de Paulo Afonso que, além de motivar compositores na criação de marchinhas que movimentavam as multidões, veio na realidade para impulsionar o progresso do Estado, abrindo perspectivas de desenvolvimento para todas as regiões.
Há 15 anos, nós potiguares, nos ressentimentos da falta de Aluízio Alves que, se vivo fosse, ninguém duvide, como visionário, estaria criando perspectivas revolucionárias para o desenvolvimento do nosso, ainda, pobre Rio Grande do Norte.
Um político que atuou intensamente. Forte, admirado e, que terminou os seus dias, respeitado. Um homem dividido entre a família e o governo. Que veio, como diz o jingle da campanha de 60, do sertão, lá do Cabugi, para sanar o sofrimento do seu povo. E assim foi. Sempre acreditou no progresso Norte-Riograndense e fez história como uma das maiores figuras políticas do estado. Aluízio Alves, natural de Angicos, nasceu em 11 de agosto de 1921, filho de Manuel Alves Filho e de Maria Fernandes Alves, e morreu em 06 de maio de 2006, deixando sua marca na política nacional, como símbolo desenvolvimentista brasileiro. Familiares postam homenagens nas redes sociais:
INÍCIO
A educação primária de Aluízio Alves foi toda em Angicos, entre os anos 1926 e 1930; já o ensino secundário, foi na Capital Potiguar, entre 1936 e 1940. Logo após, até 1945, dava início a sua jornada jornalística: foi redator político do jornal A República; além disso, no mesmo período, foi diretor do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social, secretário, e depois presidente, da seção rio-grandense-do-norte da Legião Brasileira de Assistência (LBA).
Aluízio tornou-se diretor da Biblioteca Norte-Rio-Grandense de História e da Sociedade Brasileira de Folclore. No decorrer de sua atuação pública, foi ganhando projeção como organizador e especialista dos serviços de assistência social do estado; foi nomeado membro da Sociedade de Higiene Mental do Nordeste, participou do Congresso de Psiquiatria e Higiene Social do Nordeste, realizado em Natal, e foi presidente do Centro de Estudos Sociais do Rio Grande do Norte.
CLARIM
Jornalista vocacionado. Fez da comunicação sua grande missão de vida, junto, é claro, à política, exatamente por sua arte de estabelecer comunicação popular efetiva com as grandes massas. Mas, voltemos ao início. Aos 11 anos, o menino de Angicos aproveitava suas férias, em sua cidade de nascimento, para deixar o tempo livre produtivo: escrevia um seminário na máquina de escrever do pai, o comerciante Manoel Alves Filho. De tiragem única, a informação, abrigada em quatro páginas, passava de mão em mão, de casa em casa e tornava-se exitosa a meta do garoto visionário, levar notícias do município e de todo o estado.
Esse foi apenas o primeiro de muitos projetos jornalísticos que o conduziram à construção de uma relação estreita e relevante para sua figura pública social: o jornal mensal “A Palavra”, em parceria com João Seabra de Melo, a revista “Potiguarania”, o “Estudante”, com a participação de José Ariston e Jessé Freire, e os jornais políticos “A Notícia” e “A Razão”. Este último era fortemente ligado ao Partido Popular. Com ele, Aluízio Alves iniciava uma união que marcariam, para o resto da vida, sua atuação pública no Rio Grande do Norte e no país: o jornalismo e a política.
O MAIS JOVEM CONSTITUINTE
A partir da queda do Estado Novo, em 29 de outubro de 1945, e a realização de eleições no dia 2 de dezembro seguinte, Aluízio Alves foi eleito deputado pelo Rio Grande do Norte à Assembleia Nacional Constituinte, na legenda da União Democrática Nacional (UDN). Tomou posse em fevereiro de 1946, tornando-se então, aos 24 anos de idade, o mais jovem constituinte.
Confira a biografia completa aqui, no site da Fundação Getúlio Vargas (FVG).
ARARA E BACURAU
Com o apoio da coligação formada pelo Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1960, Aluízio Alves lançou sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte. Esta eleição marcou seu rompimento com o deputado Dinarte Mariz, uma das maiores lideranças políticas do estado. Contrário à candidatura de Aluízio, Mariz levou a UDN a formalizar uma aliança com o Partido Republicano (PR) e o Partido Social Trabalhista (PST) em torno do nome do deputado federal Djalma Marinho. Durante a campanha, Aluísio Alves liderou a “Cruzada da Esperança”, com a qual — de trem ou caminhão — percorreu todo o estado promovendo comícios “relâmpago”, organizando passeatas e conquistando votos de casa em casa. Assim, em caravanas, seus seguidores eram identificados pelos galhos de árvore que traziam à mão e pela cor verde de suas bandeiras — em oposição ao vermelho adotado pelos partidários de Mariz. Apelidado de “Cigano” pelo povo potiguar, Aluísio inaugurou um estilo que marcaria para sempre sua biografia.
No pleito de 3 de outubro de 1960, elegeu-se governador do Rio Grande do Norte com 121.076 votos, contra 98.195 dados a Djalma Marinho. Na mesma ocasião, Jânio Quadros derrotou o marechal Henrique Lott, da coligação PSD-PTB, e conquistou a presidência da República. Tendo como vice o monsenhor Walfredo Gurgel, em janeiro de 1961 Aluízio renunciou ao mandato de deputado, e foi empossado ao governo estadual no dia 31 do mesmo mês. Após a eleição de 1960 — e por mais de uma década —, a política no Rio Grande do Norte passaria a ser dominada pelas disputas entre as famílias Alves e Mariz. Vermelho e Verde. Arara e Bacurau. Muitas histórias. Longas disputas.
CAMPANHA DE 1960
Marcha da esperança Autor: Edmundo Andrade
Aluízio Alves veio do sertão lá do Cabugi Pra sanar o sofrimento de seu povo Sua plataforma eis aqui: Assistência e cuidado ao agricultor Melhores salários pro trabalhador; Com a energia de Paulo Afonso, industrialização Para mocidade potiguar, saúde e educação O povo oprimido, do operário ao doutor, Escolheu seu candidato, Aluízio Alves pra governador.
Cigano feiticeiro Autor: Jacira Costa
Cigano feiticeiro, seu feitiço meu pegou Aqui neste lugar todos você já conquistou Pela primeira vez que você veio ao sertão Apresentou uma lei e conseguiu execução
Cigano feiticeiro, feiticeiro, ai, meu Deus!
Eu faço tudo pelo governo seu E o eleitor o que deve fazer?
É virar Cigano e votar em você. E o adversário que o caluniou E lhe chamou cigano, seu prestígio aumentou Pelo voto secreto lhe daremos exposição E a esta oligarquia quem responde é a eleição
Trem da esperança Autor: Jacira Costa
Foi no Trem da Esperança que Aluízio viajou Quando chegou na Guarita,a notícia encontrou: Que o chefe de polícia, Em decreto oficial, Proibiu os seus comícios No coração de Natal. Mas o povo em passeata pra lá desfilou, E em frente ao comitê Aluízio falou.
Frevo da gentinha Autor: Jacira Costa
Eu não ligo o que falem e não quero saber Sou da Esperança sou demais até morrer Por Aluízio para o der e vier O resto é conversa fale quem quiser Não perca tempo, venha se divertir Que este ano a gentinha vai brincar até cair
DISCURSO DE POSSE – GOVERNO DO RN
“(…) Governar não é dar emprego a amigos nem tomar o dinheiro do contribuinte para distribuir entre comparsas. Não é usar a autoridade a serviço de ambições descontroladas de domínio pessoal. Governar é, e há de ser de agora por diante, a difícil e maravilhosa, a dura e bela missão de unir um povo e seu governo para juntos encontrarem os meios de tornarem todos mais felizes uns com os outros, pela alegria de cada um servir a todos, na comunhão fraternal, das mesmas esperanças”, trecho do discurso de Aluísio Alves, na chegada ao palácio do governo em 31 de janeiro de 1961.
“Quem ama o povo, passa a merecer do povo a glória de um amor que o consagra”.
“Ele tinha essa percepção de guitarra no peito de cada pessoa. E dedilhava essa guitarra (…). Uma pessoa igual a todo mundo, mas que vinha para representá-los”.
Vicente Serejo.
POLÍTICA DESENVOLVIMENTISTA
Aluízio e sua perspectiva visionária deixaram obras grandiosas. O próprio aeroporto, nomeado em homenagem à grande figura política, representou para o Rio Grande do Norte, em determinado período, o que a energia de Paulo Afonso, trazida por ele, representou no passado: novos horizontes e expansão.
Para o seu filho, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves, a trajetória política e administrativa do pai é merecedora de reconhecimento como “a maior liderança popular e carismática do Rio Grande do Norte”. Henrique destaca ainda que “ele era a voz da esperança do povo do Rio Grande do Norte e que sua obra não desaparecerá jamais”.
Confira o documentário JANELA PARA O AMANHÃ:
JINGLE QUE MARCOU GERAÇÕES:
A TRAJETÓRIA E ESPÍRITO CONSIDERADO REVOLUCIONÁRIO
Foi eleito seis vezes deputado federal (constituinte aos 23 anos, em 1946), governador e duas vezes ministro de Estado: da Administração, no governo Sarney quando criou a Escola Nacional de Administração Pública e da Integração Regional, no governo Itamar Franco, quando iniciou o projeto de transposição do rio São Francisco. Como governador Aluízio criou as companhias de água, luz e telefone, o instituto de previdência do RN e trouxe ao Estado a energia de Paulo Afonso. As faculdades de jornalismo e serviço social foram obras sociais do jornalista que também fundou o Sistema Cabugi de Comunicação.
Até o último momento dos seus 84 anos de vida, o ex-ministro Aluízio Alves escreveu uma grande história. O pensamento comum de políticos e eleitores é que ele foi um dos relevantes líderes do RN e também é pacífica a ideia de que Aluízio Alves exerceu a liderança que lhe era peculiar até o último ano da sua vida.
A denúncia apresentada, à época, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que gerou a formação do processo denominado de “Quadrilhão do MDB” foi julgada improcedente pelo juiz da 12ª Vara Federal do Distrito Federal.
O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, absolveu “sumariamente “o ex-presidente Michel Temer, os ex-presidentes da Câmara Federal, Henrique Alves e Eduardo Cunha, além dos ex-ministros Elizeu Padilha, Geddel Vieira e Moreira Franco.
Para o magistrado, a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente e outros integrantes do partido “traduz tentativa de criminalizar a atividade política”. O juiz da 12ª Vara Federal do Distrito Federal é o mesmo que absolveu o ex-presidente Lula em processo semelhante.
As ameaças de Jair Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal) levaram ministros da Corte a concluírem que o governo está “trôpego” por causa da CPI da COVID. Sob ameaça, parte para o ataque. Com esse texto, a jornalista Mônica Bergamo, do jornal FOLHA DE SÃO PAULO, abriu a sua coluna desta quinta-feira (6).
Sem citar os nomes de ministros responsáveis pela afirmação, a jornalista Mônica Bergamo ainda escreveu em sua coluna de hoje que “Na opinião de magistrados, Bolsonaro, no entanto, tem se mostrado um tigre de papel”. A notificação da jornalista foi em razão do discurso do presidente Bolsonaro, ontem, quarta-feira (5).
A deputada federal Natália Bonavides (PT) postou, na manhã desta quinta-feira (6), um recado do ex-presidente Lula para a governadora Fátima Bezerra. “Corre aqui, governadora @fatimabezerra13! Tem recado do presidente @lulaoficial pra vc 🥰.”, escreveu a deputada. Segundo ele, a professora não está tratando-o bem, confira o motivo:
O maior líder político da América Latina declarou que reconhece a coragem e a capacidade de lutar da governadora do RN. Além disso, ele acrescentou “peço a Deus que vá logo aí te dar um abraço e ajudar naquilo que for necessário. Um beijo, Fátima“, disse Lula.
Nesta quinta-feira (6), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, apontou que não deve ter mais doses da vacina Coronavac a partir de 14 de maio. Ele atribuiu o atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA), fundamental para a produção dos imunizantes, à postura do governo federal com a China, principal fornecedora.
Dimas Covas reclamou da falta de diplomacia do governo federal com o país asiático e demonstrou preocupação com o impacto de declarações recentes de ministros e do próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o país. “Existe dificuldade. Há uma burocracia mais lenta e há autorizações reduzidas de volumes [do IFA]. Essas declarações têm impacto, e ficamos a mercê.
Não vamos ter, de fato, condições de entregar. Pode faltar? pode faltar. E temos que debitar isso, principalmente, do governo federal, que tem remado contra”, pontuou.
Uma reportagem da CNN questionou Dimas Covas acerca da possibilidade de atrasos no cronograma. “Pode não ter mais vacinas para maio”, destacou. Ele chegou a enviar uma mensagem a um conselheiro do embaixador da China no Brasil demonstrando “preocupação” com as declarações recentes do governo Bolsonaro.
Na quarta-feira (5), Bolsonaro retornou a insinuar que o coronavírus poderia ter sido criado pela China. “Nós ficamos à mercê dessa situação porque não vamos ter, de fato, até dia 14. Após isso pode faltar”, disse Dimas.
Nesta quinta-feira (6), o Ministério da Saúde recebeu mais uma remessa com 1 milhão de doses da Coronavac. Na semana que vem, serão mais 3 milhões de doses. O último lote está previsto para o dia 14, com mais um 1,1 milhão de doses do imunizante. A próxima remessa de IFA deveria ser autorizada entre os dias 10 e 13 deste mês.
O prazo, segundo Butantan, pode não ser cumprido, o que impossibilitaria produção de novas doses para o mês de maio. Por conta de atrasos no recebimento de IFA, o Butantan precisou atrasar o cronograma de entrega das 46 milhões de doses contratadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) para até o final de abril.
A próxima remessa, de 54 milhões de doses, tem previsão de entrega para até setembro. O governo de São Paulo chegou a anunciar antecipação no cronograma para agosto, mas hoje admitiu que “não se pode mais falar em antecipação”. O Ministério da Saúde e das Relações Exteriores ainda não se posicionou.