
Por: Bosco Afonso
Em uma campanha eleitoral nos tempos atuais, três fatores são de suma importância na tentativa de obter êxito: 1) jurídico; 2) marketing; 3) comunicação.
Para pré-candidatos que estão em cargos executivos, e até mesmo no legislativo, uma boa comunicação se faz necessária e tem um valor imensurável para fazer chegar ao eleitorado o resultado de todo o trabalho desempenhado.
Aqui no Rio Grande do Norte, apesar de não ter grandes obras físicas para se popularizar ainda mais, a governadora Fátima Bezerra surfou na sofrível gestão de seu antecessor Robinson Faria e se fortaleceu em razão de ter colocado em dia o pagamento do funcionalismo. Sua comunicação vem funcionando.
Na oposição, o mesmo não pode se dizer em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), nem muito menos ao ex-ministro Rogério Marinho, ambos candidatos no próximo pleito.
Na história contemporânea, nenhum presidente da República destinou tantos recursos financeiros para o Rio Grande do Norte igualmente ao que vem fazendo o presidente Jair Bolsonaro. É vero. Mas falhou na comunicação.
Da mesma forma, integrando a gestão federal, o então ministro Rogério Marinho contribuiu decisivamente para que os mais de R$ 2 bilhões, traduzidos em grandes obras estruturantes ou na simples compra de maquinário, beneficiassem diretamente a população potiguar.
Entretanto, nem Bolsonaro e muito menos Rogério Marinho possibilitaram uma boa comunicação para que os benefícios chegassem ao conhecimento dessa mesma população que hoje poderia estar aplaudindo a ambos, em reconhecimento às conquistas. Faltou uma boa comunicação.
Rogério pecou muito mais na falta de uma boa comunicação, logo ele que não tem a simpatia como seu símbolo, nem muito menos o afago determinante ao político popular.
Além de não se comunicar bem junto ao eleitorado norte-rio-grandense com relação ao seu brilhante desempenho no Ministério do Desenvolvimento Regional, trazendo para os municípios potiguares irrefutáveis contribuições, o neto de Djalma Marinho não teve a preocupação, sequer, de aceitar embate público com os seus críticos que tentam penalizá-lo por conta da Reforma Trabalhista. E foi tentado a isso, mas não aceitou.
A defesa que Rogério deveria estar fazendo diuturnamente em relação a Reforma Trabalhista está sendo feita pelo jornal O Globo, na edição deste domingo, 17. Defesa com argumentação, com informações técnicas, com números comparativos que mostram o avanço, embora se saiba que essa mesma Reforma Trabalhista ainda precisa de ajustes.
Assim, Rogério falha duplamente na comunicação. E quando a comunicação falha…