Nas últimas 24 horas, 518.614 doses foram aplicadas
Neste domingo, o número de pessoas vacinadas contra a Covid, com ao menos uma dose, chegou a 63.187.356, o equivalente a 29,84% da população total do país. Somente nas últimas 24 horas, 518.614 doses foram aplicadas, segundos dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 estados e do Distrito Federal.
Entre os mais de 61 milhões de vacinados, 24.280.894 receberam a segunda dose, o que representa 11,47% da população brasileira com a vacinação completa contra o novo coronavírus.
Secretário da Sedec, Jaime Calado – Foto: Reprodução
O secretário de Desenvolvimento do Estado, ex-prefeito de São Gonçalo, Jaime Calado, deu um verdadeiro ponta pé no vice-governador Antenor Roberto. Jaime disse, em entrevista à FM 98, que gostaria de ocupar o lugar de Antenor na chapa de Fátima no pleito do próximo ano.
O problema é que Jaime faz parte do Governo do qual Antenor é o vice-governador. Dizer publicamente que quer arrancar o vice da cadeira para ele assumir, é no mínimo, um gesto de deselegância.
Que a vaga de Antenor deverá ser alvo de negociações políticas isso todo mundo já sabe. Como sabe também que ele deveria entender que Fátima precisa agregar para poder ganhar novamente a eleição, atraindo novos partidos e grupos e que sua vaga é importante nesse processo. Mas ele se finge de morto, estando muito vivo e doido para continuar sendo vice.
O deputado Vivaldo Costa já havia ‘lançado’ o nome de Jaime Calado para compor chapa com Fátima na condição de vice-governador, tendo Garibaldi Filho como candidato ao Senado.
O Papa do Seridó justificou que Jaime soma e agrega, além de atrair o apoio do deputado Federal João Maia, cunhado de Jaime.
É natural que outros políticos lancem ou sugiram nomes. O que fica esquisito é o próprio Jaime Calado assumir publicamente seu desejo de tomar a cadeira de Antenor, sendo do mesmo grupo e do mesmo Governo.
As palavras de Jaime Calado, que é marido da senadora Zenaide Maia, não soaram bem nos gabinetes da governadoria. Muito menos da vice-governadoria.
Calado soltou o verbo e atingiu em cheio o calvo Antenor. De longe, Fátima só olha, fuma um cigarro e finge que não viu nada.
Publicado originalmente no dia 11 de junho de 2021 no Blog Elza Bezerra
Ontem os céus da Ribeira ganharam novas cores. Sem me importar com o ditado de que “a curiosidade matou o gato”, fui ver do que se tratava. Para minha surpresa e de toda a população de Natal, testavam a iluminação do Teatro Alberto Maranhão – TAM.
Teatro Alberto Maranhão
Hoje fui xeretar mais um pouco. Os tapumes voltaram ao local, mas nada que uma boa conversa e o entusiasmo de uma “historiadora” conseguisse superar para conferir, in loco, o que toda Natal aguarda com muita ansiedade. Resolvi dar um spoiler – seria muito egoísmo não compartilhar essa redescoberta.
Pátio interno do Teatro Alberto Maranhão
A praça Augusto Severo está quase pronta. Para quem não sabe, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão foi político e inventor aeronáutico. Projetou o dirigível Pax, que decolou em Paris, no dia 12 de maio de 1902, tendo a bordo o mecânico francês Georges Saché e o seu inventor. O dirigível elevou-se rapidamente, atingindo cerca de 400m. Dez minutos após o início do voo, explodiu violentamente, projetando os dois tripulantes para o solo. Severo e Saché morreram na queda.
A chegada da República trouxe uma mudança não só política e econômica, mas também de estruturação urbana da cidade de Natal. No final do século XIX, importantes projetos de reformas e melhoramentos dos espaços públicos situados no centro da cidade visaram modernizar a capital do Estado.
Aproveitando a onda de modernidade, deu-se início à construção do Teatro em 1898, no governo de Joaquim Ferreira Chaves, sendo inaugurado em 24 de março de 1904, no governo de Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão (irmão de Augusto Severo), originalmente denominado Teatro Carlos Gomes.
Posteriormente rebatizado de Alberto Maranhão, logo o Teatro estará recebendo os convidados para sua reabertura. No largo da frente, voltei no tempo dos vendedores de balas, chicletes e pastilhas “Garoto” abordando a garotada que vinha assistir às matinés em dia de domingo. As janelinhas de ferro da bilheteria, Coquinho e Seu Pedro zelando desde a entrada.
Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Cinderela, João e Maria e outros contos de fadas eram encenados na forma original por Jesiel Figueiredo. Ninguém ficou traumatizado pelo lobo mau, bruxa, feiticeira ou rainha má.
Minha geração cresceu frequentando o TAM; meus filhos, idem. Minha mãe, Selma Meira e Sá Bezerra, foi diretora do teatro de 1991 e 1994. Artista plástica e com bom trânsito nas artes, fez o TAM acontecer, mixando apresentações de artistas locais e nacionais.
Durante a sua gestão, passaram pelo palco grandes nomes do teatro, do balé e da música nacional. Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Bibi Ferreira, Ana Botafogo, Edson Celulari, Gilberto Gil e tantos outros artistas que engrandeceram a atividade cultural de Natal.
Um espetáculo memorável foi a apresentação de Bibi Ferreira, Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte e Coral Canto do Povo, sob a regência, aqui em Natal, de Osvaldo D’Amore, reunindo mais de cem pessoas em cena.
O Teatro Alberto Maranhão já foi palco de óperas, concertos, peças, recitais e abrigou diversos projetos culturais importantes. Quem nunca assistiu aos cantores locais que abriam o projeto “Seis e Meia”, antes das atrações nacionais? Uma idealização de William Collier, bem movimentado por Zé Dias.
Atravessei o pórtico principal do prédio em reformas com o coração batendo forte. Uma expectativa para ver o trabalho de restauro. Logo no Foyer, o ladrilho belga original cuidadosamente recuperado, o gradil de ferro fundido na França imune à ação do tempo; olhos centrados nos detalhes.
O lustre do salão nobre limpo e brilhante, o piano Steinway & Sons em silêncio, as janelas que desvendam o pátio interno aguardando o burburinho dos espectadores antes de ingressarem na sala de espetáculo. Os corredores, as frisas, os camarotes e a galeria no alto. Tudo cuidadosamente restaurado: piso, roda-teto, poltronas, iluminação central, grande palco, cortinas.
A construtora responsável está de parabéns, fez um trabalho minucioso e cuidadoso de recuperação desse importante patrimônio histórico-cultural de nosso Estado.
As cortinas estão quase prontas para serem descerradas, falta apenas a caixa cênica para ouvirmos novamente: “Hoje tem espetáculo”! Quando a pandemia passar, que venham espetáculos de música, dança, concertos, recitais, peças, balé…
Governos federal, estadual e municipal, sem dispensar a iniciativa privada, reunidos em mutirão de esforços para revitalizar o uso do espaço público no grande corredor cultural de Natal. O século XXI fazendo renascer uma importante área de nossa cidade.
Publicado originalmente no dia 11 de junho de 2021 no Blog Elza Bezerra
Na noite deste domingo (20), após a prefeitura de Natal anunciar que, a partir desta segunda-feira (21), avançaria ainda mais na vacinação contra a Covid-19, passando a incluir o público de 47 anos e mais e os trabalhadores da indústria de 37 anos e mais, Álvaro Dias comemorou:
“Acelera, Natal! 💪 Somos destaque nacional na vacinação contra a Covid-19. Estamos na 5ª colocação entre as capitais e seguiremos avançando para vencer o coronavírus! Salvar vidas é nossa prioridade. #VaciNATAL“, destacou o gestor.
Nesta segunda-feira (21), a Prefeitura de Natal avança ainda mais na vacinação contra a Covid-19, passando a incluir o público de 47 anos e mais e os trabalhadores da indústria de 37 anos e mais.
“Com o avanço na vacina dos públicos prioritários e a diminuição da faixa etária, já percebemos que a pandemia na capital está em controle, uma vez que a demanda por leitos de UTI vem baixando gradativamente. Mesmo assim, não podemos esquecer dos cuidados diários como o uso de máscaras, lavar as mãos e evitar aglomerações“, recomenda o secretário de Saúde de Natal, George Antunes.
“Estamos no caminho certo para vencer o coronavírus! Prova disso é a grande queda no número de internações. Hoje, há 253 leitos disponíveis na região metropolitana de Natal, entre leitos críticos e de enfermaria”.
O senador foi admitido como amicus curiae pelo ministro Luís Roberto Barroso
Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros foi admitido como amicus curiae — parte no processo — na ação apresentada por Jair Bolsonaro contra medidas restritivas impostas por governadores na pandemia, diz o Estadão.
“Dada a relevância da matéria, a representatividade do postulante, na condição de relator da CPI da COVID-19, e a especificidade do interesse que representa, defiro seu ingresso no feito, tal como requerido”, escreveu o ministro Luís Roberto Barroso ao autorizar a participação do parlamentar.
Com isso, Renan poderá enviar manifestações sobre o pedido de Bolsonaro para derrubar decretos de Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte e de solicitar providências ao tribunal.
Em 27 de maio, o presidente acionou o Supremo para barrar decretos de lockdown e toques de recolher feitos pelos governadores dos três estados.
O Estado Maior sustenta que é preciso preservar “intimidade e privacidade do militar”
A ministra Cármen Lúcia deu cinco dias para o Ministério da Defesa prestar informações sobre o sigilo de 100 anos imposto ao processo administrativo disciplinar aberto pelo Exército contra o general Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Rio.
No dia 3 de junho, o alto comando do Exército decidiu não punir o general.
“Requisitem-se, com urgência e prioridade, informações ao Ministro da Defesa, a serem prestadas no prazo máximo e improrrogável de cinco dias. Na sequência, vista à Advocacia-Geral da União e à Procuradoria Geral da República para manifestação na forma da legislação vigente, no prazo máximo e prioritário de três dias cada qual”, escreveu a ministra do STF.
No dia 23 de maio, Pazuello subiu em um carro de som com o presidente e discursou para a claque bolsonarista. O comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, livrou o general da ativa de punição.
Para o senador Tasso Jereissati, o nome da terceira via para enfrentar Jair Bolsonaro e Lula no ano que vem não precisará ser necessariamente de seu partido, o PSDB.
“Se houver pressão da opinião pública, a possibilidade se torna mais concreta ainda. Não precisa ser do nosso partido”, afirmou neste domingo (20) durante live promovida pelo grupo Parlatório.
Tasso citou Michel Temer e Sergio Moro — que também participaram da live — como “figuras centrais” no processo de união de centro:
“São atores fundamentais para que esse processo chegue.”
O consórcio da imprensa registrou 1.050 mortes por Covid de ontem para hoje
Segundo o consórcio de imprensa, o Brasil registrou a maior média móvel de casos de Covid em mais de dois meses e meio. Nas últimas 24 horas, o país contabilizou 45.348 novos casos da doença. Dessa forma, a média móvel na última semana foi de 73.200 diagnósticos diários. O número representa um aumento de 17% em relação aos casos registrados duas semanas atrás.
Além disso, o consórcio registrou 1.050 mortes em razão da doença no Brasil do sábado (19) para o domingo (20). A média móvel de mortes (números dos últimos sete dias, divididos por sete) está agora em 2.063 óbitos diários. O total de mortos por Covid no Brasil chegou a 501.918, de acordo com o “pool” de veículos. No total, o país contabilizou 17.926.393 de infectados desde o início da pandemia.
Helitão marcou o primeiro gol do ABC no clássico (Foto: Andinho Júnior/9CINCO)
De virada, o ABC venceu o América-RN por 3 a 2 e manteve os 100% de aproveitamento na Série D do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória alvinegra foi marcado por Marcos Antônio aos 50 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti. O Alvirrubro esteve duas vezes à frente do placar na Arena das Dunas, mas acabou amargando a segunda derrota na competição. Helitão e Valderrama fizeram os outros gols do ABC. Esquerdinha e Flávio Boaventura marcaram para o América.
Confira os gols:
6’/1T | América 1×0 ABC: falta em cima de @maxbrendon09. Na cobrança, @esquerdinha30 mandou sem chances para o goleiro. Gol na estreia com a camisa rubra. Veja vídeo:
Segundo gol do ABC: invertida de Bruno Souza, Levi recebeu e rolou para Netinho. O lateral cruzou na medida e Valderrama apareceu para testar para a rede. Tudo igual outra vez: 2 a 2.
Agora, o ABC é o líder do Grupo 3, com nove pontos em três jogos. O América é o quinto colocado, com três pontos.
O América-RN, na próxima rodada, joga fora de casa contra o Caucaia, no sábado (26), no Estádio Raimundão. O ABC encara o Atlético-CE no domingo (27), no Frasqueirão.
“Quando eu soltar a minha voz/ Por favor, entenda/ Que palavra por palavra/ Eis aqui uma pessoa se entregando./ Coração na boca/ Peito aberto/ Vou sangrando/ São as lutas dessa nossa vida/ Que eu estou cantando./ Quando eu abrir a minha garganta/ Essa força tanta/ Tudo o que você ouvir/ Esteja certo/ Que estarei vivendo”.
Na canção “Sangrando”, lançada em 1980, Gonzaguinha, compositor visceral que sabia tocar a alma das pessoas, expressava bem o sentimento do brasileiro à época, sedento por liberdade e democracia.
Apesar de estarmos num contexto diferente, creio que as palavras atemporais de Gonzaguinha nos alcançam em cheio. Parte dos brasileiros (e me incluo) está cansada com tudo o que está ocorrendo, tanta insensibilidade e desumanidade diante de uma pandemia tão cruel. Aliás, não sei o que é mais cruel, se a pandemia ou quem deu ensejo para que chegássemos ao quadro atual.
A verdade é que não temos paz sequer para velar os nossos mortos. Brincam com a nossa paciência. Todo dia é uma “brincadeira” diferente. Colocam em dúvida as vacinas, negligenciam a sua compra, apegam-se a medicações ineficazes, fazem pouco caso das medidas protetivas, incluindo o uso de máscaras.
Tudo isso, venho notando, está gerando uma desconfiança que sabota o Plano Nacional de Imunização. Só isso explica que 4,5 milhões de pessoas não tenham ido ainda tomar a 2ª dose da vacina, mesmo já estando aptas a serem vacinadas.
Essa irresponsabilidade, esse escárnio, essa desumanidade, esse total desapreço pela vida, tudo isso gerou 500 mil mortes por covid. E nos chamam de frouxos, de idiotas e de coisas piores. O que querem com isso? Difícil saber.
É o momento de colocar a cabeça no lugar e buscar caminhos. Haveremos de encontrá-los. Como comecei o artigo com uma bela canção de Gonzaguinha, quero terminar com outra do cearence Belchior. Temos uma representante potiguar no “The Voice Kids”, a jovem Bia Gurgel, de 14 anos, bisneta de Glorinha Oliveira, que brilhou no palco interpretando “Como nossos pais”.
A música, lançada em 1976, expressa de certa forma o mesmo sentimento vocalizado por Gonzaguinha. Belchior e o neto de Januário eram pródigos em colocar para fora as dores da alma. Vejam esse trecho da canção imortalizada também por Elis Regina: “Viver é melhor que sonhar/ E eu sei que o amor é uma coisa boa/ Mas também sei/ Que qualquer canto/ É menor do que a vida/ De qualquer pessoa./ Por isso cuidado, meu bem/ Há perigo na esquina/ Eles venceram e o sinal/ Está fechado para nós/ Que somos jovens”.
Que a voz sufocada de tantos possa ecoar por todo o país. Seja por meio de belas canções como a que a jovem Bia interpretou ou através da incontrolável expressão da cidadania de todos nós. Que o sinal esteja aberto a jovens como Bia que representam um sopro de esperança.
Embora a ANVISA tenha liberado e o governo paulista tenha surfado na onda de já vacinar mais de 50% da população, agora o governo federal quer suspender o contrato com o Butantã e anuncia que não vai mais aceitar que a vacina Coronavac, com insumos da China e fabricação do instituto paulista, seja aplicada nos brasileiros.
A pretensão é comprar somente as doses já contratadas e suspender o contrato com o Instituto Butantã, que é do governo de São Paulo. A alegação do ministro Marcelo Queiroga é de que a Coronavac tem eficácia baixa na população idosa e alega que existem muitos casos de pessoas que tomaram o imunizante e mesmo assim foram infectados, após as duas doses.
Ora, mas a classe médica não diz categoricamente que o fato de tomar as duas doses não evita que a pessoa venha a ser contaminada? E o idoso que tomou Coronavac, vai ter que tomar nova vacina para se garantir? Com certeza vai surgir um novo quiproquó por conta dessa vacina.
O petismo nasceu de um movimento sindicalista, de esquerda, tomou forma partidária e se consolidou sob a auréola da honestidade, no afastamento do presidente Collor por conta da reforma da Casa da Dinda e da compra do carro Elba, se transformando recentemente no lulismo 13. Hoje, quase não se fala no PT.
O bolsonarismo, movimento de direita já nasceu extremado, aproveitando o vácuo deixado pelo próprio petismo que agonizava por conta da perda de sua auréola e se envolvera em escândalos de desvios de dinheiros públicos desde a formação do mensalão que tirou de cena uma de suas figuras mais reluzentes chamada de José Genuíno e chamuscou o talentoso e todo-poderoso José Dirceu e, posteriormente, entrou em queda livre por conta do afastamento da presidente Dilma e os escândalos da Petrobras que terminou por envolver quase todo o Partido do Trabalhadores e crucificar o seu líder maior Luiz Inácio Lula da Silva.
Enquanto o ainda petismo decaia por conta do envolvimento nos escândalos de corrupção, o bolsonarismo crescia numa velocidade incontida, deixando para trás as demais siglas partidárias (algumas delas também envolvidas com os escândalos do PT) e dando visibilidade ao até então insignificante PSL (Partido Social Liberal) liderado pelo ofuscado deputado federal Jair Messias Bolsonaro.
O desgaste moral do Partido dos Trabalhadores contribuiu para as dificuldades em encontrar em seus quadros um nome para a disputa da eleição presidencial de 2018, enquanto o Partido Social Liberal saia do ostracismo por conta da presença de Bolsonaro que, mesmo sem projeto de governo crescia para mostrar a proposta da direita, com os seus exageros.
Durante a campanha eleitoral, com as várias alternativas de esquerda, de direita, de centro, de centro-direita, de centro-esquerda, com algumas propostas de governo lúcidas e viáveis é que a população brasileira, decepcionada com todos os que antecederam aquele momento, terminou por migrar gradativamente para a direita, que mesmo sem proposta amplamente discutida, entusiasmava pelo radicalismo. Em plena campanha eleitoral de 2018, pouco se ouviu de Bolsonaro uma proposta de governo e no momento em que se permitiu a realização de debates nos meios de comunicação, eis que o candidato direitista é vítima de uma facada.
Afastado de todas as movimentações e sem poder participar das discussões públicas para embates com os seus adversários, mas embalado pelo seu exército das redes sociais, Bolsonaro ganha a eleição. Hoje, há quem acredite, que se não houvesse a facada Bolsonaro estaria sem mandato por conta de sua verborragia.
Bolsonaro e o bolsonarismo chegam ao poder e o Chefe de Estado se achando o “dono do mundo”, promete moralizar o país, garante isolar políticos corruptos de seu governo, corta regalias da imprensa toda poderosa, mas se indispõe com correligionários, fica sem partido, amplia sua desavença no parlamento, familiares seus se envolvem com o ilícito, não dá importância ao número de mortes pela Covid e tropeçando nas promessas massificadas de campanha começa a enfrentar a pandemia, enquanto que o seu adversário maior em popularidade, Luiz Inácio Lula da Silva ressurgia das cinzas por conta de um erro jurídico que apagara suas condenações mesmo sem conseguir esconder as falcatruas em que se envolvera e que estão registradas nos anais da história.
A partir daí, com a sua verborragia no enfrentamento da pandemia do Covid-19 Bolsonaro chama o bolsonarismo da “gripezinha” para enfrentar o lulismo santificado que se posiciona contra o uso da Ivermectina e assim o “samba do criolo doido” passa desfilar em todo o território brasileiro criando amores e ódios, se constituindo um perigo para todos nós.
Tudo por conta de uma eleição que se avizinha e para se ganhar uma eleição, na concepção de muitos, tudo é válido. Até destruir uma Nação. O extremismo irracional tomou conta do país. Verdadeiramente, e o Brasil sabe disso, não há nesses movimentos a preocupação com o número de mortes que singra o território nacional.
O momento requer que se desarmem os espíritos, se erga a bandeira da paz, sentem numa só mesa, apresentem propostas de solução para tudo o que estamos enfrentando. Fora disso, vai prevalecer, sim, interesses eleitoreiros, pois o extremismo dos bolsonarismo e do lulismo estão cegando o Brasil.
Neste sábado (19), o Secretário Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur), Irapoã Nóbrega, se manifestou sobre mais furtos de cabeamento, que aconteceram na noite da última sexta-feira (18). Ele escreveu, por meio de seu perfil nas redes sociais, que a equipe registrou duas ações de criminosos.
“Nas fotos, como podem ver, os bandidos levaram parte da fiação da iluminação da orla da Praia do Meio. Acho importante destacar que recentemente fizemos a modernização de toda a iluminação do local. Trocamos o posteamento, substituímos todos os cabos e colocamos luminárias de LED de alta potência.
Ontem também registramos furto de cabeamento na Praça das Mangueiras, em Lagoa Nova. Dois postes estão apagados por causa disso e estamos trabalhando para resolver a situação.
No final das contas, o principal prejudicado é o cidadão. Como gestão, nós vamos reparar. É nosso dever. Mas sabemos que esse tipo de episódio vai se repetir. Então, reforço por aqui a necessidade do apoio do contribuinte. Se você presenciar alguma atitude suspeita de furto de cabeamento, não deixe de acionar a polícia. Com o apoio do cidadão, podemos combater essas ações criminosas!
Em agosto de 2020, quando o Brasil ultrapassou o registro escandaloso de 100 mil mortes pela Covid, o Jornal Nacional se manifestou sobre essa tragédia num editorial. Parecia que o país tinha superado um limite inalcançável, 100 mil mortos. Neste sábado (19), são 500 mil. Meio milhão de vidas brasileiras perdidas.
O sentimento é de horror e de uma solidariedade incondicional às famílias dessas vítimas. São milhões de cidadãos enlutados.
Hoje, é evidente que foram muitos – e muito graves – os erros cometidos. Eles estão documentados por entrevistas, declarações, atitudes, manifestações.
A aposta insistente e teimosa em remédios sem eficácia, o estímulo frequente a aglomerações, a postura negacionista e inconsequente de não usar máscaras e, o pior, a recusa em assinar contratos para a compra de vacinas a tempo de evitar ainda mais vítimas fatais.
No editorial que marcou as 100 mil mortes, nós dissemos que era preciso apurar de quem é a culpa. Dissemos textualmente que esse momento chegaria.
Desde o início de maio, o Senado está investigando responsabilidades. Haverá consequências. E a mais básica será a de ter levado ao povo brasileiro o conhecimento sobre como e por que se chegou até aqui.
Quando todos nós olharmos para trás, quando nos perguntarem o que fizemos para ajudar a evitar essa tragédia, cada um de nós terá a sua resposta. A esmagadora maioria vai poder dizer, com honestidade e com orgulho, que fez de tudo, fez a sua parte e mais um pouco.
Nós, do Jornalismo da Globo, estamos há um ano e meio, com base na ciência, cumprindo o nosso dever de informar, sem meias palavras. Muitas vezes nós pagamos um preço por isso, com incompreensões de grupos que são minoritários, mas barulhentos. Não importa. Nós seguimos em frente, sem concessões. E seguiremos em frente, sem concessões.
Porque tudo tem vários ângulos e todos devem ser sempre acolhidos para discussão. Mas há exceções. Quando estão em perigo coisas tão importantes como o direito à saúde, por exemplo. Ou o direito de viver numa democracia. Em casos assim, não há dois lados. E é esse o norte que o Jornalismo da Globo continuará a seguir.
“Negacionismo e descaso com a pandemia de um governo que ataca a ciência com desinformação, rejeitou e ignorou vacinas e se alia a morte”. Esse foi o posicionamento do jornalista Celso Amâncio, ao se manifestar sobre a trágica marca de 500 mil mortos pela Covid-19 no Brasil. Confira a publicação:
Não há quem não se indigne com a satirização da dor dos brasileiros ao lidar com as perdas consequentes da Covid-19 no Brasil. Ontem (19), o jornalista potiguar Jânio Vidal, mais uma vez, externou sua opinião sobre a gestão da pandemia pelos representantes políticos.
Confira a publicação feita pelo jornalista Jânio Vidal:
Pra quem se pauta pelo cargo, como símbolo de poder, nesses tempos trágicos e pandêmicos de paroxismos insanos que colocam o Brasil no pior momento da sua história, com mais de 500 mil vítimas da Covid 19, é muito triste ver incitatus falantes tentando valorizar seus Calígulas.
Por Marcelo Alves Dias de Souza – Procurador Regional da República e Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL.
Charles Dickens (1812-1870) é autor de vastíssima obra, sobretudo em forma de romances: “The Pickwick Papers”, “Oliver Twist”, “Nicholas Nickleby”, “The Old Curiosity Shop”, “Christmas Carol”, “David Copperfield”, “Bleak House”, “Hard Times”, “Little Dorrit”, “A tale of Two Cities” e “Great Expectations” são alguns dos seus títulos em inglês. Acredito que quase todos esses romances já foram traduzidos para o nosso português. Isso sem falar nas adaptações para o cinema e a TV. Dickens merece a fama que tem.
Dos romances de Dickens, o mais “jurídico” deles é sem dúvida “Bleak House”, de 1853 (embora serializado na imprensa, como de estilo à época, entre 1952 e 1953). Hoje é facilmente achado em edições baratas paperback. Eu mesmo possuo duas, uma da Penguin Books (de 2003) e outra da Wordsworth Editions (2001). “A casa soturna”, esse é o título em português, também possui várias edições entre nós. Mesmo que não tão badalado quanto outros títulos de Dickens, “Bleak House” é considerado uma obra-prima.
Na verdade, embora a questão de gênero na literatura seja algo polêmico, segundo minha classificação da coisa, “Bleak House” é um “romance jurídico” na “precisão integral do termo”, como diria (e disse certa vez nos seus “Sertões”) o nosso Euclides da Cunha (1866-1909).
Tudo gira em torno de um bizarro caso de herança, denominado “Jarndyce and Jarndyce”, que é julgado nas extintas Chancery Courts, sob o sistema da Equity. O pano de fundo da trama é o moroso desenrolar do caso e a vida nas cortes de justiça de Chancery Lane. Inúmeros eventos afetam as personagens – Esther Summerson, a heroína, Dr. Woodcourt, Richard Carstone e Ada Clare, entre outras –, cujas vidas restam, em maior ou menor grau, determinadas pelo vai e vem de um arbitrário sistema judicial. E, absurdamente, ao cabo do processo, a herança acaba consumida pelas despesas com os advogados e as custas legais.
Imaginem os aspectos jurídicos que podem, interdisciplinarmente, ser analisados e estudados a partir desse romance de Dickens. Inúmeros, eu garanto. Mas eu hoje vou destacar apenas um deles, que me foi outro dia sugerido pela leitura de “An Introduction Guide to English Literature” (Longman York Press, 1985), de Martin Stephen: a existência de dois narradores no romance. E, portanto, a existência de mais de uma “história/estória/versão” dos acontecimentos. Segundo consta do referido Guia, “há a narração em primeira pessoa por Esther Summerson, uma garota envolvida pelas consequências dos grandes eventos da trama, e um onisciente narrador, que dá detalhes de uma estória aparentemente diferente, mas que vai progressivamente se parecendo com a narrativa de Esther à medida que o romance avança”.
Para mim, o fato de o romance ter mais de um narrador vai além da mera opção literária. Afinal, em um processo não temos exatamente isso? Mais de uma versão do acontecido. As versões do autor, do réu, das testemunhas, condensadas/recriadas pelo supostamente onisciente juiz, depois avalizadas pelo tribunal e por aí vai. E, para os fins da filosofia e da teoria geral do direito e do processo, esse contraditório não é um dos pilares do devido processo legal?
Isso diz muito de Dickens. Ele tinha formação jurídica. Foi assistente na advocacia, foi um clerck (um tipo de escrivão na Inglaterra) e repórter judiciário. Dickens era preciso no direito. Seja por experiência na área, por labor de pesquisa ou por genialidade inata. Ou pela mistura disso tudo. O fato é que acho que ele quis mesmo criar uma espécie de contraditório no seu “romance jurídico”. Com limites, claro, para não ter inconsistências intransponíveis no seu
Bom, alguém poderá dizer que eu estou viajando e que o escritor não pensou em nada disso. Pode até ser. Mas então ponham esta crônica inteiramente na conta/imaginação deste fã de Charles Dickens.
Neste sábado (19), como muitos brasileiros, o jornalista Jacson Damasceno, baiano que estabeleceu carreira em solo potiguar, emitiu declaração sobre o comportamento de homens e mulheres que estão no comando do Brasil tratarem, mesmo que em meio ao caos, tudo com sorrisos, ironias, humilhações. Segundo ele, é o mais torturante.
A ilustração da publicação foi feita com foto da mãe do comunicador, que não é “só” mais um número, mas sim o amor de alguém, o sorriso, a história e o aconchego.
Confira a publicação:
Para mim é a morte da minha mãe e de outros 500.000 maiores amores de tantas outras pessoas devastadas. Para mim a pandemia terá sido o período mais trágico da humanidade, com todo o planeta em estado máximo de pânico e eu não sei como explicarei isto aos meus netos. A energia de dor emanada é inimaginável e levaremos anos para reconstruir tudo ou a todos. O mais torturante é que em meio ao caos os homens e mulheres que estão no comando do meu país trataram tudo em meio a sorrisos, ironias, humilhações. Nenhum apoio emocional a vítimas ou médicos, não lembro de ter visto um semblante de angústia ou tristeza no presidente e seus auxiliares. São milhões de pessoas sofrendo e é simplesmente inacreditável que alguns não consigam perceber tanta gente machucada ao seu redor. Nós potiguares conhecemos há algum tempo o senhor ministro das Comunicações, Fabio Farias. Grandes atos e sábias palavras nunca foram seu forte, durante sua brilhante carreira política. Poderia então nos presentear com o acalanto de seu silêncio. #vacinasim#500mil#piedadesenhor#chega#basta#xocovid#fé