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setembro 5, 2024


ESCOLA DE BALLET MUNICIPAL CELEBRA 50 ANOS INSPIRANDO SONHOS NA DANÇA

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O ballet é uma das formas de dança mais elegantes e técnicas, com uma história rica que remonta ao Renascimento europeu. Há meio século, em março de 1974, a Escola Municipal de Ballet Professor Roosevelt Pimenta inaugurou suas portas em Natal, trazendo consigo um sonho de arte, disciplina e beleza. Desde então, a escola se consolidou como um verdadeiro farol cultural e de formação artística, moldando gerações de bailarinos e bailarinas com dedicação e paixão.

Desde a sua fundação, ao longo de 50 anos, se estima que aproximadamente passaram entre 70 mil e 100 mil pessoas pelo Ballet municipal, chegando a 600 alunos por ano, no período que Roosevelt Pimenta foi diretor da escola. Nos últimos 10 anos, estima-se que passaram em média 15 mil alunos.

ALÉM DO ENTRETENIMENTO
Diretor da Escola de Ballet Municipal, Dimas Carlos afirma que o ballet – assim como as outras formas de expressões artísticas – sofre da desvalorização por parte da sociedade, : “Porque nos colocam sempre, todo o tempo como entretenimento e não é, a gente estuda, ensaia muito. Hoje nós temos muitas ferramentas que nos fazem entender melhor ainda o nosso corpo, exercícios de acordo com o perfil que foram construídos e que hoje são necessários. Então não é de graça e não é divertimento, é estudo”.

A escola oferece aulas gratuitas para pessoas de 5 a 35 anos, promovendo a participação de seus alunos em festivais de dança e outras apresentações culturais na cidade. As aulas são realizadas nos turnos matutino e vespertino, nas dependências da Fundação Capitania das Artes, na Ribeira.

50 ANOS DO BALLET MUNICIPAL
Ao longo desses 50 anos, a escola foi conduzida por diretores visionários que deixaram suas marcas. Desde os primeiros passos sob a liderança do professor Roosevelt Pimenta, cujo legado ainda inspira, até a atual direção do professor Dimas Carlos, cada líder trouxe uma nova perspectiva e energia, enriquecendo a história da instituição.

O coordenador pedagógico, Fábio Matheus, expressa seu orgulho em trabalhar com uma equipe comprometida com o ensino do ballet clássico, à medida que destaca as inovações que trouxe no ensino da escola: “A implementação do método russo/Vaganova, que introduzi aqui no Rio Grande do Norte, foi um marco significativo. Este método, conhecido por sua precisão técnica e expressividade artística, tem sido fundamental para elevar o nível de nossos alunos, preparando-os para os desafios do mundo da dança”.

Para celebrar os 50 anos da Escola Municipal de Ballet, toda a equipe está organizando um grandioso espetáculo que acontecerá em novembro. Este evento especial promete honrar a rica história e o talento desenvolvido ao longo de meio século de dedicação à arte da dança em Natal.

“Celebrar esses 50 anos é celebrar cada aluno, cada professor e cada momento que contribuiu para essa jornada extraordinária. Que venham muitos mais anos de dança, arte e inspiração”, declara Fábio.

DESPEDIDA
No ano em que o Ballet Municipal completa 50 anos, a comemoração desse marco também representará o fim de um ciclo na carreira do diretor Dimas Carlos, que deixará a direção da escola. “Estou criando um espetáculo para a comemoração, mas não quero mais voltar. Nesses 11 anos que estou aqui, eu dei o que eu tinha que dar de presente para quem me fez o profissional que sou, porque comecei aqui, então vim colaborar, vim me doar e eu vim guerrear” afirma o diretor acrescentando: “É um chamamento, acho que a minha saída eu estou chamando as pessoas a rever o processo de educação artística como algo que transforma, não como algo que você bota na sua parede como se fosse um quadro de Renoir”.

ROOSEVELT PIMENTA
“Multicultural” é, sem dúvida, a expressão que mais se adequa a Roosevelt Pimenta, fundador do Ballet Municipal de Natal, que atualmente leva seu nome como uma forma de homenagem.

Roosevelt foi bailarino da TV Tupi, trabalhou no Circo Tihany, fez dança, teatro, tocava piano e posteriormente se tornou o ícone emblemático da dança em Natal.

Em 1961, Roosevelt Pimenta começou a estudar ballet com Edith Vasconcelos, na Escola Oficial de Ballet de Natal, mas enfrentou resistência de mães de alunas, interrompendo suas aulas. Em 1964, a professora portuguesa Noemia Ferraz ofereceu-lhe aulas privadas, o que o incentivou a seguir na dança. Após ensinar ballet em São Luís do Maranhão, em 1974, Roosevelt foi convidado para se juntar ao Stagium (em São Paulo), um grupo conhecido por inovar o ballet clássico e abordar temas sociais e políticos. Mas ao passar por Natal para visitar a mãe, acabou mudando de planos diante de um outro desafio: fundou o Ballet Municipal de Natal, após convite de Jesiel Figueiredo, Jobel Costa e Olindina Gomes, então Secretária de Educação e Cultura. Pimenta, com vasta experiência em dança, foi crucial para o início do movimento de dança na cidade. A escola foi formalmente instituída pelo decreto Municipal N° 1796, em 1976, e inicialmente atendia principalmente a elite local.

“Ele [Roosevelt] foi o primeiro diretor, o primeiro maître, é a pessoa que dá sustentabilidade por mais de 10 anos a essa escola, e também que lança muita gente para fora. Eu sou um deles, sou dos anos 70”, declara Dimas Carlos.


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CORONEL ARAÚJO: “NUNCA SE INVESTIU TANTO EM SEGURANÇA PÚBLICA NO RN”

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“O RN está se tornando um lugar mais seguro. Nunca se investiu tanto em segurança pública”. As palavras são do coronel Araújo, homem que já comandou o policiamento militar na capital, já comandou o policiamento ostensivo na região metropolitana de Natal e já comandou toda a Polícia Militar em território potiguar. Atualmente, é ele quem comanda todas as forças de segurança pública que pertencem ao Estado. Para provar o que está dizendo, o Secretário da Segurança Pública e da Defesa Social apresenta estatísticas e destaca que, desde o início de 2019 — primeiro ano de gestão de Fátima Bezerra — é contínua a redução dos índices de violência e criminalidade no Rio Grande do Norte.

Em entrevista exclusiva ao Diário do RN, ele também falou sobre as estratégias adotadas pela pasta e o que tem sido feito para se devolver a tranquilidade à população. Chamado de “timoneiro” pela governadora, o coronel Araújo tem se mostrado perspicaz na conquista de recursos e investimentos para o incremento do poderio das polícias. Não à toa, em menos de dois anos, as forças de segurança que atuam no estado receberam mais de 600 novas viaturas, renovando boa parte da frota. Um novo helicóptero tem auxiliado no combate à criminalidade. A aeronave, cujo investimento bateu a casa dos R$ 26 milhões, também tem servido bastante em operações de resgate, salvamentos e transportes aeromédicos. Dois caminhões tanques de combate a incêndio, ambos com o que há de mais moderno em tecnologia, foram entregues nesta semana ao Corpo de Bombeiros Militar, e também são exemplos de alto investimento na segurança. Cada um custou aproximadamente R$ 2,2 milhões.

“É preciso enaltecer o trabalho da professora Fátima Bezerra. Ela tem sido fundamental em seus pleitos junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, ao parlamento federal, junto aos deputados e senadores, e sua força política tem conquistado muito para a segurança pública do nosso Estado”, frisou Araújo. O coronel ainda listou a realização de concursos públicos, promoções, criação de novas delegacias, novos batalhões, mais equipamentos, armamentos, tecnologia e expansão das redes de comunicação e monitoramento como avanços.

O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) terá uma nova sede ano que vem. A obra, no valor de mais de R$ 20 milhões, já é considerada um marco para a polícia técnica potiguar. A Polícia Civil também terá uma casa nova. Aliás, uma cidade. A “Cidade da Polícia” vai aglomerar a Delegacia Geral, Academia de Polícia, e todas as delegacias especializadas em um só lugar. Já em construção, o espaço também será entregue em 2025. O investimento soma quase R$ 10 milhões.

“O resultado está aí. Temos investimentos, números e estatísticas que comprovam que estamos avançando. Com o emprenho de homens e mulheres abnegados, que diuturnamente têm entregado todos os esforços possíveis pelo bem da sociedade, estamos conseguindo alcançar bons resultados. Estamos conseguindo reverter uma escalada de criminalidade que todos nós presenciamos não faz muito tempo. Ainda há muito a ser feito, mas os números comprovam que os investimentos realizados no reaparelhamento das forças de segurança pública, recomposição dos efetivos e na valorização dos profissionais que atuam na área, definitivamente, estão dando certo”, acrescentou o secretário.

Segundo do Brasil e primeiro do Nordeste
Os principais dados apresentados pela SESED como melhoria na segurança pública referem-se às mortes violentas intencionais. Fazem parte das MVIs os homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios, mortes por intervenção policial e lesões seguidas de morte. Entre os anos de 2014 e 2018, o Rio Grande do Norte somou 9.814 pessoas vítimas de mortes violentas, de acordo com a Secretaria. Neste período, a média foi de quase 2.000 assassinatos por ano. Entre os anos de 2019 e 2023, ou seja, também em um recorte de cinco anos, e já com o coronel Araújo no comando da segurança pública potiguar, o total de mortes violentas intencionais caiu para 6.525, o que representa uma média de pouco mais de 1.300 vítimas/ano. Em números absolutos, foram 3.289 mortes a menos no estado, quase que 700 vidas poupadas por ano, o que significa uma redução de 33,5%.

Se for levada em consideração apenas a redução de 2022 para 2023, o RN recebe um destaque ainda mais impressionante. O estado foi o que obteve a segunda maior redução do número de mortes violentas no Brasil, sendo o primeiro do Nordeste (-13,9%). Este é o dado mais recente do estudo feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024.

Em outro levantamento nacional, desta vez realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o RN mais uma vez ocupou posição de destaque, obtendo a segunda maior redução de homicídios entre os estados brasileiros de 2017 a 2022, conforme o Atlas da Violência 2024.

Outras reduções
Contudo, a segurança pública potiguar não se evidencia apenas pela redução das mortes violentas. Os crimes contra o patrimônio também estão em queda no estado. Entre 2022 e 2023, por exemplo, houve diminuição de 21% na quantidade de roubos a residências. No mesmo período, no total de assaltos a pessoas em via pública, a redução foi de 6%, e os roubos de celulares caíram 9%. Para o crime de roubo a veículos, incluindo carros e motocicletas, a queda foi ainda mais expressiva: 27% a menos.

Outros crimes, que em tempos passados também tiravam o sossego, causavam transtornos, prejuízos e deixavam a população amedrontada, também estão em declínio nos últimos anos. São exemplos os roubos a ônibus, que registrou diminuição de 28%, e as explosões de cofres e caixas eletrônicos de bancos. Em 2022 foram contabilizadas13 ocorrências desta natureza. Já no ano passado, foram dois registros (- 85%).

Recomposição dos efetivos e valorização profissional
“O Governo do Rio Grande do Norte, a partir do ano de 2019, interrompeu uma série de quase 15 anos sem que houvesse qualquer concurso para novos policiais militares. Situação semelhante ocorria com a Polícia Civil, que desde 2008 não realizava concurso público, seja para delegado, escrivão ou agente investigativo. A sequência foi interrompida em 2021. Desde 2019, o Governo do RN realizou nove concursos, repondo nos quadros da segurança pública pelo menos 3 mil novos policiais militares, policiais civis, bombeiros militares e peritos para o ITEP, incluindo também novos policiais penais. Outros 1.600 agentes, aproximadamente, estão em formação e em breve estarão à disposição da sociedade, quando teremos efetivado quase 4.600 novos agentes reforçando a segurança pública potiguar”, ressaltou o coronel Araújo.

Mais de 600 novas viaturas
O RN recebeu nos últimos meses mais de 600 novas viaturas. A entrega mais recente aconteceu na terça-feira (03), quando as forças de segurança pública receberam 50 novas unidades. “Todos já estão nas ruas, à disposição das forças de segurança pública. Deste total, 300 automóveis foram locados, sendo 200 para a Polícia Militar e 100 para a Polícia Civil. Os demais foram adquiridos com recursos do Fundo Nacional de Segurança, emendar parlamentares e contrapartida do Governo do Estado”, acrescentou Araújo.


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NILDA FALTA AO DEBATE E É CHAMADA DE FUJONA, SEM CONTEÚDO E DESPREPARADA

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Mais um debate entre candidatos à Prefeitura de Parnamirim foi marcado pela ausência da candidata Nilda Cruz (Solidariedade), que lidera atualmente as pesquisas de intenções de votos. O debate realizado pela 98 FM e a Jovem Pan, emissoras do Grupo Dial Natal, foi realizado nesta quarta-feira (4), e teve as presenças de Salatiel de Souza (PL), Marciano Júnior (Avante) e Professor Eron (PT). O primeiro debate entre os prefeitáveis de Parnamirim aconteceu em 14 de agosto e foi realizado pela Band Natal, também sem a presença da candidata.

Sobre a ausência do debate realizado e transmitido ao vivo pelas rádios, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN), o candidato Salatiel afirmou que esta é “a prova de que ela está fugindo do debate porque ela não tem conteúdo”.

“Ela é uma candidata feita em cima de apenas críticas vazias à gestão. Claro que toda gestão pode melhorar, mas como ela não tem conteúdo, ela não tem argumento, ela só faz a crítica pela crítica, então ela foge do debate. E foge também porque, como é que ela faz oposição e escolhe atual vice-prefeita da gestão Taveira, que foi secretária até março deste ano? Como é que ela fala que a gestão é ruim e ela coloca a própria vice-prefeita que há sete anos e meio participou ela e a filha, que é vereadora e que aprovou todos os projetos, tudo que era enviado para a Câmara tinha o voto da vereadora, filha da candidata a vice? Como é que ela pode falar em mudança?”, levanta Salatiel.

Já o candidato Marciano afirma que participará de todos os debates porque, segundo ele, este é um momento de apresentar as condições de administrar a terceira maior cidade do Estado.

“A ausência da candidata Nilda mostra que ela não tem um preparo suficiente para dialogar, para debater com os demais candidatos. Um prefeito é um líder, um futuro prefeito de Parnamirim é uma pessoa que vai ter que debater, vai ter que conversar com a classe política, vai ter que conversar com todas as categorias, vai ter que ser a pessoa que vai à frente e a professora Nilda mostra que ela não tem argumento suficiente para debater com os demais concorrentes”, analisou Marciano.

Já o candidato Professor Eron afirma que a falta de um dos candidatos “faz muito mal para a democracia”. Ele levanta a possibilidade de existirem informações que ela não deseja expor.

Ele complementa: “Talvez ela não queira expor quem é ela, de verdade, ou quem está por trás de sua candidatura”, sugere o candidato do PT.


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PARA CARLOS EDUARDO, OPOSITORES TÊM MARKETING MENTIROSO SOBRE SUA GESTÃO

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Em movimentação de campanha no Alecrim, nesta quarta-feira, 04, o candidato à prefeitura de Natal, Carlos Eduardo (PSD), foi abordado pela reportagem do Diário do RN e questionado sobre as críticas que vem recebendo dos opositores em relação ao legado que ele não teria deixado para a cidade.

“Isso é o marketing mentiroso, enganador, e tudo isso vai ser esclarecido. A cidade sabe o prefeito trabalhador que teve, que está voltando para trabalhar muito mais pela cidade”, respondeu Carlos Eduardo encerrando a rápida entrevista.

Na crítica, o ex-prefeito inclui o marketing de Natália Bonavides (PT), Rafael Motta (Avante) e Paulinho Freire (UB). O responsável pelo marketing deste último, inclusive, é Alexandre Macedo, que já fez campanhas para Carlos Eduardo e já compôs gestões do ex-prefeito, mas agora é criticado pelo candidato.

O questionamento se refere à série de críticas que os demais candidatos vêm fazendo ao postulante que vem liderando as pesquisas. Segundo Paulinho Freire, em discursos durante a campanha, Carlos Eduardo deixou obras inacabadas na cidade. Natália Bonavides, conforme entrevista divulgada nesta terça-feira, 03, no Diário do RN, entre outras críticas, atribui a Carlos Eduardo os principais problemas da cidade de Natal e este fato como principal motivador da sua ausência nos debates. Já Rafael Motta, chama o ex-prefeito de Carlos Sorteio, colocando para ele a culpa pelo sistema de sorteio e falta de vagas nas creches de Natal.

O ex-prefeito, entretanto, se recusou a responder demais questionamentos. Perguntado sobre a avaliação dos primeiros 20 dias de campanha, o ex-prefeito preferiu atacar o veículo. “O Diário do RN só faz matéria contra mim. Por que dez matérias contra mim?”, pergunta, se referindo às críticas que recebe dos seus opositores, que concedem entrevista ao veículo e têm, assim como ele, espaço aberto para terem reproduzidas suas falas durante o momento da campanha.

Ainda na caminhada realizada no Alecrim, nesta tarde de quarta-feira, Carlos Eduardo, após insistência da repórter Ednilza Barbosa, chamou a atenção da reportagem para o que classificou de “manifestação popular maravilhosa”. Apontando para o eleitorado que o acompanhava na caminhada, ele complementou: “Você está vendo a campanha. Dê o seu depoimento no jornal, como você está vendo a manifestação popular, maravilhosa. Muita participação popular, não é? Isso é muito bom”, afirmou, encerrando o assunto.


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DANIEL VALENÇA AFIRMA QUE OBRA DA ENGORDA DE PONTA NEGRA É UMA FARSA

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Com suspensão das obras da engorda de Ponta Negra, após quatro dias de iniciadas depois de meses de polêmica, o vereador Daniel Valença (PT) usou as redes sociais para denunciar o que pode ser, segundo ele, uma fraude nas informações da engorda e o desperdício de dinheiro público. A denúncia vem do fato de existirem cascalhos na jazida onde a obra foi iniciada e não areia, como teria afirmado a Prefeitura em estudo de indicação do depósito para a retirada dos sedimentos.

“A interrupção atual da obra, cuja liberação, é bom lembrar, ocorreu após invasão do IDEMA pelo prefeito e seus cargos comissionados, demonstra que é necessária uma investigação séria sobre os aspectos técnicos, sociais e ambientais da obra. Se a prefeitura afirmou em seus documentos ter areia na jazida, quem é o responsável pela fraude nas informações com o consequente desperdício de milhões de reais dos cofres públicos?”, questionou em conversa com o Diário do RN.

O trabalho da draga foi suspenso nesta terça-feira, 03, supostamente por problemas no equipamento. Já nesta quarta-feira, 04, a Prefeitura de Natal negou a informação e garantiu que a paralisação dos serviços “faz parte de um processo preparatório inerente ao projeto”, contradizendo as informações da semana passada quando foi afirmado por seus representantes que os trabalhos seguiriam 24 horas por dia, sem interrupção, durante três meses, tempo previsto para a conclusão.

A Prefeitura de Natal ainda explica que os testes em andamento “atendem a uma recomendação de ordem técnica feita pela Funpec (Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura), contratada para prestar toda a assessoria técnica sobre o projeto ao Município, e também servem de cumprimento a condicionantes ambientais pactuadas com o Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio-Ambiente do Estado) para a licença de toda a obra.

Sobre a draga, a nota esclarece que o navio está realizando testes mecânicos em seus próprios equipamentos e colaborando ainda com a coleta de material dos sedimentos marítimos que estão sendo encaminhados para análises laboratoriais.

No entanto, de acordo com o vereador Daniel, já existia a informação de que a jazida continha cascalho e não areia, e que, por isso, a tubulação da embarcação entupiu.

“Recebemos uma denúncia anônima, de uma pessoa que preferiu não se identificar com receio de retaliação. Segundo ela, não só já se sabia que a jazida não tinha disponibilidade de areia para a obra, como também houve o entupimento da tubulação da draga e, por isso, os reparos na navegação”, denunciou o parlamentar.

A Fundação Norte-Riograndense de Pesquisa e Cultura (Funpec), contratada pela Prefeitura para atualizar os estudos e monitorar as obras, verificou que esse sedimento, o cascalho, não é o correto para preenchimento da faixa de areia, e recomendou a suspensão da dragagem até que seja realizado estudo sobre esse material. Conforme a assessoria de imprensa da Fundação, a jazida onde os sedimentos começaram a ser retirados foram indicados pela Prefeitura. O banco de areia fica a cerca de sete quilômetros da costa de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luiza.

“Não se sabe ainda se será necessária outra jazida. Primeiro, depende da análise do material.

Tudo depende dos estudos que estão em andamento”, informa a assessoria de comunicação afirmando que, embora não existam prazos, os estudos podem ser finalizados em sete dias.

Já Werner Farkatt, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA), responsável pela licença da obra, afirma que não recebeu qualquer informação sobre a situação atual da obra de dragagem e sua paralisação.

“A equipe técnica do Idema, que foi responsável pela análise do estudo ambiental e fez parte do licenciamento, não recebeu de maneira oficial nenhuma informação do motivo que levou a Prefeitura de Natal ou a empresa responsável a paralisar a obra, nem tampouco nos foi informado essa questão em relação aos sedimentos e toda essa análise”, ressalta o diretor em vídeo enviado à imprensa.

O Instituto que foi alvo de invasão e ataques por parte da Prefeitura, que o acusou de demora na liberação da obra, complementa: “Lembrando que todos os pontos colocados pelo IDEMA estão presentes nas condicionantes e muitos destes estudos, que fazem parte das condicionantes da licença, terão prazos para ser entregues e na condição atual da licença não existe nenhum impedimento que faça com que a obra seja paralisada. Não por parte do IDEMA”, finaliza.


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