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setembro 12, 2024


II FESTIVAL DE REPENTISTAS PRESTA HOMENAGEM A DOMINGOS TOMAZ

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Nascido e criado em Natal, o jovem poeta e repentista Felipe Pereira iniciou a carreira aos 14 anos, acompanhando as cantorias que aconteciam na cidade. Teve como incentivo os conselhos de cantadores como Ivanildo Vila Nova, Raimundo Caetano e Os Nonatos. Hoje, aos 27 anos, já soma 13 anos de carreira artística, sendo um dos mais jovens cantadores do Brasil.

Em 2014, Felipe gravou o primeiro CD e um DVD, onde teve oportunidade de mostrar a tradição das cantorias com a interação da plateia e o improviso.

O potiguar também já teve oportunidade de apresentar seu trabalho pelo Nordeste, fez turnês em São Paulo (SP) e participação de programas de tv, além de ser premiado em festivais e desafios de repente.

FESTIVAL DE REPENTISTAS
Felipe é o idealizador do Festival de repentistas – Domingos Tomaz, que esse ano chega a segunda edição, sendo a primeira em formato presencial. “A primeira edição do festival aconteceu em 2021, durante a pandemia, no formato de Live”, conta ele, acrescentando ainda que a expectativa é grande e reúne um misto de sensações. “O reencontro com o público sempre é satisfatório. E estamos unindo isso a saudade dos antigos festivais promovidos na AABB no início dos anos 2000”.

O evento é uma homenagem ao repentista Domingos Tomaz, que faleceu em 2018, na cidade de Touros-RN. “Por muito tempo (ele) promoveu cantorias, festivais e se apresentou nos congressos de violeiros pelo Nordeste”.

Felipe Pereira vai apresentar o festival ao lado do poeta Iponax Vila Nova, em uma espécie de intermediação das apresentações dos 10 repentistas que se apresentarão durante a noite desta quinta-feira. São veteranos e jovens cantadores que representam a riqueza de uma tradição marcante da região e que, ele destaca, precisa ser preservada. O RN tem em média de 30 repentistas-violeiros atuando profissionalmente: “Hoje o cenário da cantoria é bem satisfatório em relação ao número de cantadores jovens que está surgindo. Porém, ainda há uma necessidade de trabalho mais incisivo para manutenção das tradições nordestinas, já que as culturas de massa têm tomado espaço”.

No II Festival de repentistas – Domingos Tomaz, sobem ao palco os veteranos Zé viola, Raimundo Caetano, António Lisboa, Biu Dionísio e Hipólito Moura. Somam-se a eles André Santos, Helânio Moreira, Zé Albino, Jeferson Silva e João Lídio.

O evento terá início às 19h30 e o acesso é gratuito: “Quem puder levar um quilo de alimento não perecível, a doação será destinada as campanhas sociais do Sesc”.

Nascido e criado em Natal, o jovem poeta e repentista Felipe Pereira iniciou a carreira aos 14 anos, acompanhando as cantorias que aconteciam na cidade. Teve como incentivo os conselhos de cantadores como Ivanildo Vila Nova, Raimundo Caetano e Os Nonatos. Hoje, aos 27 anos, já soma 13 anos de carreira artística, sendo um dos mais jovens cantadores do Brasil.

Em 2014, Felipe gravou o primeiro CD e um DVD, onde teve oportunidade de mostrar a tradição das cantorias com a interação da plateia e o improviso.

O potiguar também já teve oportunidade de apresentar seu trabalho pelo Nordeste, fez turnês em São Paulo (SP) e participação de programas de tv, além de ser premiado em festivais e desafios de repente.

FESTIVAL DE REPENTISTAS
Felipe é o idealizador do Festival de repentistas – Domingos Tomaz, que esse ano chega a segunda edição, sendo a primeira em formato presencial. “A primeira edição do festival aconteceu em 2021, durante a pandemia, no formato de Live”, conta ele, acrescentando ainda que a expectativa é grande e reúne um misto de sensações. “O reencontro com o público sempre é satisfatório. E estamos unindo isso a saudade dos antigos festivais promovidos na AABB no início dos anos 2000”.

O evento é uma homenagem ao repentista Domingos Tomaz, que faleceu em 2018, na cidade de Touros-RN. “Por muito tempo (ele) promoveu cantorias, festivais e se apresentou nos congressos de violeiros pelo Nordeste”.

Felipe Pereira vai apresentar o festival ao lado do poeta Iponax Vila Nova, em uma espécie de intermediação das apresentações dos 10 repentistas que se apresentarão durante a noite desta quinta-feira. São veteranos e jovens cantadores que representam a riqueza de uma tradição marcante da região e que, ele destaca, precisa ser preservada. O RN tem em média de 30 repentistas-violeiros atuando profissionalmente: “Hoje o cenário da cantoria é bem satisfatório em relação ao número de cantadores jovens que está surgindo. Porém, ainda há uma necessidade de trabalho mais incisivo para manutenção das tradições nordestinas, já que as culturas de massa têm tomado espaço”.

No II Festival de repentistas – Domingos Tomaz, sobem ao palco os veteranos Zé viola, Raimundo Caetano, António Lisboa, Biu Dionísio e Hipólito Moura. Somam-se a eles André Santos, Helânio Moreira, Zé Albino, Jeferson Silva e João Lídio.

O evento terá início às 19h30 e o acesso é gratuito: “Quem puder levar um quilo de alimento não perecível, a doação será destinada as campanhas sociais do Sesc”.


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SAIBA QUEM SÃO OS 27 PRESOS QUE DESAPARECERAM DE ALCAÇUZ

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Onde eles estão? Fugiram? Foram mortos? Onde estão seus corpos? Quem será responsabilizado? Estas são as principais perguntas que o Estado do Rio Grande do Norte precisa responder e que a sociedade, por meio do Ministério Público Federal, quer saber. Estamos falando de 27 presos que um dia foram inseridos no sistema prisional potiguar e que em 14 de janeiro de 2017, data em que ocorreu o maior massacre da história da Penitenciária de Alcaçuz, nunca mais foram vistos.

Nesta edição, com exclusividade, o Diário do RN revela o nome de cada um deles.

Antes de apresentar a lista, é preciso entender a história. Nesta semana, o MPF divulgou uma recomendação na qual cobra da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os detentos, uma vez que os 27 ainda são considerados oficialmente desaparecidos.

“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.

Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.

União e Estado têm prazo de 10 dias para responder à recomendação do MPF.

O que diz a recomendação
A reportagem teve acesso à integra da recomendação. Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:

Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade
Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.

Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.

E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.

O que diz o Estado
Em nota, a SEAP disse que, “no que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.

A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.

O Massacre de Alcaçuz
O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.

O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.

Lista dos desaparecidos

Onde eles estão? Fugiram? Foram mortos? Onde estão seus corpos? Quem será responsabilizado? Estas são as principais perguntas que o Estado do Rio Grande do Norte precisa responder e que a sociedade, por meio do Ministério Público Federal, quer saber. Estamos falando de 27 presos que um dia foram inseridos no sistema prisional potiguar e que em 14 de janeiro de 2017, data em que ocorreu o maior massacre da história da Penitenciária de Alcaçuz, nunca mais foram vistos.

Nesta edição, com exclusividade, o Diário do RN revela o nome de cada um deles.

Antes de apresentar a lista, é preciso entender a história. Nesta semana, o MPF divulgou uma recomendação na qual cobra da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os detentos, uma vez que os 27 ainda são considerados oficialmente desaparecidos.

“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.

Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.

União e Estado têm prazo de 10 dias para responder à recomendação do MPF.

O que diz a recomendação
A reportagem teve acesso à integra da recomendação. Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:

  1. A criação de um plano de contingência para resposta imediata a rebeliões e outras crises no sistema prisional, incluindo a identificação e localização de detentos.
  2. Um sistema de registro eficaz de todas as movimentações, saídas, entradas, transferências de alas, vivências ou unidades prisionais e, especialmente, os desaparecimentos de detentos, mediante, preferencialmente, meios digitais, capazes de garantir os registros atualizados de todas as movimentações.
  3. Mobilizar equipes especializadas para realizar varreduras e buscas em banco de dados e ou dentro das dependências do presídio em situação de rebelião, com o objetivo precípuo de localizar os desaparecidos.
  4. A implementação do uso de câmeras de segurança, drones e outras tecnologias de monitoramento para facilitar a localização de detentos em áreas potencialmente afetadas pela rebelião.
  5. Investigações coordenadas com a polícia e órgãos de monitoramento de direitos humanos para descobrir o paradeiro dos desaparecidos, devendo, se necessário, incluir entrevistas com funcionários e detentos que possam fornecer informações.
  6. Manter contato contínuo e transparente com os familiares dos detentos, informando sobre as ações que estão sendo tomadas e fornecendo atualizações constantes sobre a situação.
  7. Utilizar depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e informações da comunidade local para obter pistas sobre o paradeiro dos desaparecidos.
  8. Trabalhar em conjunto com outras instituições como a Defensoria Pública, Ministério Público e órgãos de segurança para otimizar a busca e investigação do paradeiro dos detentos ainda em situação de desaparecidos.
  9. Caso sejam encontrados restos mortais ou evidências de crimes, realizar testes de DNA e outros exames forenses em cooperação com a polícia técnica para identificar possíveis vítimas e dar um desfecho às famílias.

Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade
Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.

Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.

E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.

O que diz o Estado
Em nota, a SEAP disse que, “no que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.

A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.

O Massacre de Alcaçuz
O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.

O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.

Lista dos desaparecidos

  1. Caio Henrique Pereira de Lima
  2. Eudes Rocha Bernardino de Sena
  3. Marlon Pietro da Silva Nascimento
  4. Gilberto Lopes de Moura
  5. Walter Valério Tenório de Araújo
  6. Rogério Teixeira Dantas
  7. Carlos José dos Santos Araújo
  8. Paulo Henrique Alcântara
  9. Francisco Neilson Gomes Chiola
  10. Rodolpho Carvalho Cavalcanti
  11. Gilmar Sousa do Nascimento
  12. Marlos Pietro Bento de Oliveira
  13. Adailton Manço
  14. Iraclan do Nascimento Queiroz
  15. Alan Davydson Nunes Santos
  16. Francisco Deusamor J. de Oliveira
  17. Fábio Augusto Teixeira Furtado Silva
  18. Francisco Alexandre Pereira de Souza
  19. Adriano Araújo da Silva
  20. Francisco Ítalo Vieira da Silva
  21. Douglas Winnes Silva de Jesus
  22. Edivanildo Souza de Oliveira
  23. Francisco Job de Oliveira
  24. Izaqueu Ramos da Silva
  25. Jefferson Santos da Silva
  26. Jobson Luiz de Carvalho
  27. Rumasceli Afonso de Oliveira

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CARLOS EDUARDO ASSUME ‘CABEÇÃO’, MAS ENTRA NA JUSTIÇA CONTRA ‘AMOSTRADINHO’

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O candidato Carlos Eduardo (PSD) teve negado pedido de liminar contra o adversário Paulinho Freire (União Brasil), pelo qual tentou impedir que o deputado mencionasse uma acusação de que, quando prefeito, Carlos Eduardo teria desperdiçado oito toneladas de medicamentos. Além disso, questionou ter sido chamado de Pinóquio e “amostradinho”. Todo o conteúdo foi exposto nas redes sociais do opositor em um único vídeo. O pedido de decisão liminar foi negado pelo juiz da 3ª Zona Eleitoral.

De acordo com o ex-prefeito, o caso de trata de notícia falsa e, portanto, tratar sobre o assunto configuraria “propaganda eleitoral irregular”. Carlos Eduardo alega, ainda, que foi ofendido publicamente com a utilização do termo “amostradinho” e por ter sido caracterizado com um “nariz de Pinóquio” em publicação de Paulinho no Instagram. Sendo assim, requereu direito de resposta e interrupção imediata da veiculação da postagem na rede social.

Num vídeo de animação, exibida no Instagram de Paulinho no dia 22 de agosto, um personagem conversa com o que seria a representação de Carlos Eduardo, que diz: “O povo tá comigo”.

O personagem responde: “Ai ai ai… Amostradinho, você acha mesmo que o povo cai nessa lorota?”. Carlos Eduardo responde: “Homem, eu sempre fiz e vou continua a fazer…”.

A partir daí, o personagem interrompe: “Amostradinho, você pensa que a gente tem memória curta é? Acorde pra vida, homem. Você já teve quatro chances e mostrou que não tem competências pra gerir Natal”.

Carlos responde: “Ora, Chico, vá tomar o remédio, vá”.

Ao que o personagem retruca: “Que remédio homem? Aquelas oito toneladas de medicamento que você deixou apodrecer e foram pro lixo?”
Carlos, então, diz: “Rapaz, estou saindo de fininho”. O personagem encerra: “Vixe, amostradim pegou descendo”.

Para o juiz Gustavo Marinho Nogueira Fernandes, não há “necessidade de pronta interferência da Justiça Eleitoral, considerando a intervenção mínima do Poder Judiciário no debate democrático e a liberdade de expressão”. Portanto, o pedido foi negado pela Justiça.

Mesmo com a ação judicial, cerca de seis dias depois da publicação de Paulinho Freire, Carlos Eduardo deu a resposta em uma nova produção em animação, postada em suas redes sociais, no dia 27 de agosto. Conforme mostrou reportagem do Diário do RN no dia seguinte, em um vídeo de um minuto, e com jogo de palavras, ele fez referência ao “amostradinho” e atribui o “inho” a Paulinho. O vídeo faz exaltação a Carlos Eduardo, chamado de “amostradão” e segue chamando o opositor de mesquinho, molinho e atrasadinho.

Depois dele mesmo usar a forma pejorativa que não gostou de ser tratado pelo adversário, Carlos Eduardo, nos últimos dias, resolveu usar, nas próprias redes, um apelido que sempre foi atribuído a ele, mas nunca usado por nenhum candidato, em qualquer campanha eleitoral.

A postura inesperada de assumir o “Cabeção” surgiu em meio a um cenário difícil em sua campanha, no qual apareceu nesta terça-feira (10) com uma queda de sete pontos percentuais na pesquisa DataVero/98FM (registro 05352/2024), e após negar comparecimento a todos os debates realizados pelos veículos de comunicação de Natal.

O tom cômico, que contrasta com perfil sério do ex-gestor da capital potiguar, foi utilizado em uma postagem nas redes sociais na qual, em ritmo de funk, é entoada a letra “55 é Cabeção. Volta cabeção”. Nas imagens, o ex-prefeito surge dizendo: “meu nome é Carlos Eduardo, é Cabeção também. Natal precisa de um candidato renovado, de um prefeitão, de um cabeção que pense e faça grande para Natal voltar para o rumo certo”.


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NATÁLIA CONFIRMA VINDA DE LULA AO RN, MAS DATA AINDA NÃO ESTÁ DEFINIDA

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A presença do presidente da República, Lula, ao Rio Grande do Norte para reforço à campanha eleitoral de Natália Bonavides (PT) foi o principal anúncio feito durante a convenção do PT em Natal. Embora articuladores da sigla ainda não tenham a certeza da vinda do presidente da República ao Estado, a candidata a prefeita de Natal do PT garantiu, nesta quarta-feira, 11, ao Diário do RN, que o líder petista visitará a capital do Estado na reta final da campanha eleitoral.

A dúvida sobre a vinda, ou não, do presidente surgiu quando a CNN publicou, nesta segunda-feira, 09, a realização de uma reunião que teria acontecido entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, os ministros Alexandre Padilha e Paulo Pimenta, e o presidente Lula, em que teriam discutido as agendas prioritárias no último mês da campanha municipal.

A informação é que partido teria avaliado que Lula deve focar neste momento em capitais estaduais em que candidatos da esquerda tenham mais chances de passar para o segundo turno, como São Paulo, Porto Alegre, Teresina e Fortaleza.

Já nesta quarta-feira, 11, de acordo com O Globo, Natal foi citada como uma das possibilidades de visita onde o PT pode reverter o quadro eleitoral.

Esta reportagem foi citada por Natália para garantir que a liderança estará em solo potiguar para fazer frente às campanhas adversárias em Natal. “Padilha, Marco Aurélio que é meio que o chefe de gabinete dele, todo mundo segue dizendo que está tudo certo. Agora, a data ele só confirma bem em cima mesmo”, afirmou.

De acordo com a publicação, na mesma reunião do domingo, 08, o presidente expressou vontade de subir em palanques com cenários mais definidos e fazendo apostas que são consideradas mais certeiras, em candidatos considerados estratégicos para o PT e com chance de ir ao segundo turno.

Certeza de 2º turno
O texto d’O Globo considera os números da pesquisa Quaest, em que Natália Bonavides está tecnicamente empatada com Paulinho Freire (UB). A pesquisa citada, no entanto, foi retirada do ar pela Justiça Eleitoral por falta de registro, e não pode ter os números citados. Além disso, sondagens posteriores já apontam distanciamento entre Natália, em 3ª colocação, e Paulinho Freire, em 2º. Na pesquisa DataVero/98 FM, publicada nesta segunda-feira, 10, Paulinho Freire apresentou 22,60% e Natália Bonavides, 14,60%; O ex-prefeito Carlos Eduardo lidera com 33% (Registro TSE nº 05352/2024).

Sobre as pesquisas, no entanto, Natália desconsidera: “Eu me oriento muito pelo que a gente está sentindo nas ruas, por onde está sendo a receptividade, óbvio que as pesquisas são importantes, mas o que a gente vê nas últimas eleições municipais de Natal é que elas não foram capazes de acertar resultados, inclusive os candidatos do PT, em várias eleições, as pesquisas ali na reta final mostram esses candidatos com 10% a menos do que efetivamente o resultado acontece. Então é uma coisa que eu sei, eu estou no segundo turno”, garante a candidata, apesar de se basear em matéria que cita o empate técnico da pesquisa Quaest.

Articulador do PT, Adriano Gadelha, contatado pelo Diário do RN, afirmou que a vinda do presidente não está descartada, e que se está “buscando encaixar” a presença de Lula na campanha eleitoral da capital.

Já de acordo com a imprensa nacional, a nova previsão é de que Lula reforce a campanha nas cidades na última semana de campanha. Com o detalhe de que, entre 24 e 28 de setembro, e em 30 de setembro, deverá participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque; e em 1º de outubro já informou que deseja estar na posse da nova presidente do México, Claudia Sheinbaum.

Segundo Natália, o presidente deverá vir antes das viagens internacionais, o que seria na penúltima semana de setembro.


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DANIEL: “LUTAMOS PARA MELHORAR O BEM-ESTAR DA CLASSE TRABALHADORA”

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Continuar como instrumento para a luta das classes trabalhadoras é a motivação principal para a candidatura à reeleição de Daniel Valença, vereador do PT, que assumiu mandato na Câmara Municipal de Natal em janeiro de 2023, após a saída de Divaneide Basílio (PT) para assumir o cargo de deputada estadual. Valença afirma representar a voz dos pescadores artesanais, de trabalhadores ambulantes, de servidores e servidoras, do passageiro de transportes urbanos da cidade.

“Estivemos ao lado da pesca artesanal, esquecida pelas gestões das elites políticas que servem apenas aos interesses das elites; da população da Redinha, contra a privatização de sua orla popular e pelo seu direito ao território e ao trabalho; dos trabalhadores da Vila de Ponta Negra, ignorados ante o impacto socioeconômico e ambiental da engorda da praia, conduzida da forma coronelística que caracteriza a gestão de Álvaro Dias e seus aliados; de trabalhadores ambulantes, ameaçados por ações autoritárias da prefeitura; de servidores e servidoras municipais, cujos direitos são sistematicamente negados”, explica.

Além disso, crê que é necessário ser base para uma possível gestão de Natália Bonavides (PT) à frente da Prefeitura de Natal, caso eleita, “tanto para defendê-la dos ataques dos poderosos, quanto para cobrar, a partir das bases, que seu governo que avance para atender aos anseios populares”.

Além de vereador, Daniel Valença é vice-presidente do PT no Rio Grande do Norte, professor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), com graduação em direito pela UFRN, mestrado em Direito em Arquitetura e Urbanismo pela mesma universidade, e doutor em direito pela UFPB. “Sou pai de duas meninas lindas, marido de uma companheira maravilhosa, também militante política”, complementa.

Segundo ele mesmo define, escolheu como caminho de vida a luta política. Já filiado ao PT, militou por 17 anos até se candidatar pela primeira vez em 2020. “Sou socialista, acredito que trabalhadores e trabalhadoras que erguem a riqueza não podem ficar de fora da fruição dos resultados de seu trabalho”, defende.

É neste objetivo que Daniel conduz o seu mandato, que define como “coletivo”, no parlamento municipal. Em sua lista de bandeiras levantadas em projetos e ações, estão defesa por direitos de servidores e servidoras; a conquista de espaços institucionais para a pesca artesanal; canais de comunicação e participação popular acoplados à institucionalidade; novos equipamentos públicos de saúde, educação e assistência; defesa da saúde mental antimanicomial; espaços públicos de lazer e convivência.

“Lutamos para melhorar o bem-estar da classe trabalhadora natalense por meio do conceito petista de “inversão de prioridades”. Chega de olhar exclusivamente para os ricos, os grandes capitalistas e a elite política que sustenta esse projeto exclusivista”, explica.

Para o candidato à reeleição, a composição atual do parlamento municipal de Natal, com uma maioria de representantes da direita, “dificulta a vida do povo trabalhador”. Por isso, a atuação da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) e do PT é para ampliar a bancada e colocar as demandas dos setores sociais no centro das decisões. A perspectiva é “ocupar o maior número de cadeiras possível”.“Nossa nominata está muito forte, competitiva e enraizada. Temos militantes valorosos que, em tempos de violência fascista, colocam seus nomes à disposição para travar as lutas de que Natal precisa. Parte expressiva do povo saberá reconhecer isso, ainda mais quando caminhamos para o segundo ano de governo de Lula, com um novo crescimento de 3% ou mais para este ano”, afirma.

Campanha à prefeito de Natal
Segundo Daniel Valença, o debate Lula-Bolsonaro deve pesar para a campanha majoritária em Natal. Para ele, os adversários de Natália Bonavides, candidata do PT, representam o bolsonarismo.

“Aqui, tanto Carlos Eduardo quanto Paulinho Freire se aliaram ao bolsonarismo. Ambos representam uma gestão atrasada e voltada aos ricos da cidade, gestão que há vinte anos repete a mesma realidade. E temos plena convicção de que a força de Lula e do PT será decisiva para nossa vitória em Natal, reinaugurando uma nova gestão de esquerda, progressista na nossa cidade, depois do golpe empresarial-militar em Djalma Maranhão, o prefeito mais vanguardista da nossa história”, rememora.

Apesar da candidata do PT transitar em terceira colocação nas pesquisas até agora, Daniel acredita que a campanha majoritária do partido em Natal tem encontrado espaço para crescer.

Ele assegura que “ela gosta de surpreender”.

“Em 2016, as lutas que liderou a levaram a ser a mulher mais votada, recordista do PT até hoje.

Em 2018, tamanho o destaque enquanto vereadora, foi a segunda mais votada para deputada federal. Em 2020, coordenou a campanha do companheiro Jean Paul. Saindo nas pesquisas com 2-3%, nossa candidatura chegou nas urnas com quase 15%. Agora, partimos de números superiores a esses patamares”, avalia Daniel.

PT no Rio Grande do Norte
Vice-presidente do PT, Valença reconhece a fragilidade do partido no interior do Rio Grande do Norte, estado em que apresenta 22 candidatos a prefeito, em detrimento de partidos como o MDB, aliado, que apresenta 80 candidaturas a majoritária.

“O PT se enraiza onde a classe trabalhadora está organizada. E no interior há mais dificuldades para isto. Por outro lado, o PT é um partido de correntes, tendências, com pluralismo interno. A maioria do partido optou por uma frente ampla para vencer o fascismo encarnado em Bolsonaro e nas forças políticas que o apoiam. Essa aliança tem reflexos no âmbito municipal. Por isso a desproporção aparente que você cita. Claro, também é importantíssimo que recobremos força no interior, o que sempre foi uma fragilidade do PT, muito forte nas capitais”, explica.

Sobre a questão, ele ressalta, ainda, que o foco na eleição da capital deve fortalecer o partido no interior: “O fato não decorre apenas de erros nossos, mas também de que fomos atacados pelo golpe contra Dilma, a farsa da lava jato, a prisão de Lula. Porém, sairemos dessa eleição muito fortes na região metropolitana e isso se irradiará pro interior”.

A perspectiva é “ir muito bem” nos 22 municípios onde o PT lidera a cabeça de chapa, como São Gonçalo do Amarante, São Fernando, Sítio Novo, Ipangaçu, Santa Maria, São Miguel, onde os candidatos buscam a reeleição, e em Currais Novos e Jandaíra.

“Nossos candidatos serão respaldados por duas excelentes gestões petistas; e, claro, em Natal, onde estamos dedicando nossas melhores energias para a vitória de Natália!”, finaliza.


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