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setembro 3, 2024


POTIGUAR SOBRE VENEZUELA: “DITADURA SEMPRE VAI SER PIOR PARA AS MULHERES”

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“Uma ditadura sempre vai ser pior para as mulheres”. A crítica é da advogada natalense Izabela Patriota, se referindo ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. Diretora de Relações Internacionais do LOLA Brasil, organização não governamental que promove ideais liberais e libertários de mulheres ao redor do mundo, Iza falou ao Diário do RN após a Comissão Interamericana de Direitos Humanos atender solicitação feita pelo grupo e determinar à Venezuela que garanta a integridade física de uma ativista de oposição, presa no dia 6 de agosto.

A comissão, órgão da Organização de Estados Americanos (OEA), também pede que a Venezuela informe se a ativista está sob custódia do Estado e as circunstâncias em que se encontra.

A potiguar contou que a ONG ingressou com pedido de medida cautelar para a soltura de Maria Oropeza, de 30 anos, presa pelo regime de Nicolás Maduro “sem qualquer processo legal ou justificativa oficial”. Segundo o LOLA Brasil, Oropeza trabalha para a líder oposicionista María Corina Machado e também tem sido uma voz ativa no LOLA contra o regime de Maduro.

Importante dizer que o LOLA Brasil tem atuação em mais de 47 países. No Brasil, são mais de 900 ativistas presentes em 14 estados. Destas, 13 mulheres estão na capital potiguar.

“O LOLA é uma organização não governamental, cuja missão é atrair mulheres liberais, liberalismo clássico, ideologia. E treinar mulheres nessa ideologia. Então, a Maria Oropeza é oposição ao governo Maduro lá na Venezuela. E a Maria trabalha para a María Corina Machado.

Maria continuou fazendo manifestações, falando contra uma dor, contra a fraude das eleições etc.

No dia 6 de agosto ela foi sequestrada pelo regime do Maduro, sem mandado, sem nada, sem nenhuma base, e ela foi enviada para o Helicóide, que é aquela prisão de tortura, a maior da América Latina, que tem lá em Caracas. Os familiares dela não sabiam do paradeiro dela por mais de 30 horas. Então o LOLA, nós, a organização, entramos com um pedido na Comissão Interamericana de Direitos Humanos e já recebemos uma resposta favorável, e a Venezuela vai ter que se manifestar a respeito disso”, relatou.

A ditadura e o controle da imprensa
Além de chamar a atenção para a prisão, Iza Patriota também falou sobre a situação na Venezuela, em particular sobre o controle que a ditadura impôs à imprensa naquele país. Para a advogada potiguar, a Venezuela tem um caso claro de ditadura que vai acontecendo aos poucos.

“Ela não acontece simplesmente do dia para a noite. Tudo começou com as pequenas regulações do Chávez, agora nos anos 2000. Quando ele começou a regular a imprensa venezuelana e fechou vários veículos de imprensa privados e tornou a imprensa 100% de caráter estatal. Então, a gente vê certas movimentações no Brasil dessa natureza, tentando limitar a liberdade de expressão nas redes sociais. A gente tem que sempre lutar contra isso. A situação da Venezuela é uma ditadura que levou décadas, desde a entrada de Chávez, até chegar no nível que se encontra hoje.

Mulheres esmagadas
“Quais são as principais análises que eu faço? É exatamente isso, como uma ditadura sempre vai ser pior para as mulheres. Por exemplo, agora com a María Corina, porque foram vários outros opositores que foram para a cadeia, até chegar a María Corina, a liderança dela, passaram vários outros, e o Maduro não apenas tornou ela inelegível, tornou o sistema dele inelegível. Isso demonstra como ele esmaga totalmente as mulheres”, acrescentou Iza.

Iza Patriota
Dra. Iza Patriota é advogada formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com mestrado em Direito Constitucional na Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Direito Econômico e Economia Política na Universidade de São Paulo (USP). Iza é Diretora de Relações Internacionais no LOLA Brasil. Também já foi pesquisadora no Cato Institute e fellow no Mercatus Center, afiliada a George Mason University.

LOLA protesta contra Maduro
A LOLA pretende realizar manifestações na próxima sexta (6), quando a prisão de Maria Oropeza completa um mês. Os protestos deverão ocorrer em diversos países, inclusive em frente à Casa Branca, em Washington (EUA). No Brasil, estão previstas manifestações no Paraná e no Rio de Janeiro.

Brasil só reconhecerá resultado se dados desagregados forem divulgados

O Brasil só vai reconhecer o resultado das eleições na Venezuela se a Suprema Corte do país divulgar dados desagregados das urnas. “Essa será a posição defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante ligação com os presidentes Gustavo Petro (Colômbia) e López Obrador (México)”, diz matéria da CNN.

Há quatro dias, o presidente Lula reiterou que não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro e voltou a cobrar transparência na divulgação das atas das seções eleitorais. Matéria do G1 afirma que o presidente venezuelano “terá de arcar com as consequências do gesto dele”.

O líder brasileiro comentou a crise no país vizinho durante entrevista para uma rádio da Paraíba.

Lula afirmou não ter “relação ideológica” com chefes de Estado e destacou que não cabia à Suprema Corte do país dar o parecer sobre as atas de votação, que até o momento não foram divulgadas.


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“É PRECISO REGENERAR A CAATINGA”, DIZ SUPERINTENDENTE DO IBAMA NO RN

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Os problemas que afetam a caatinga voltam à tona como reflexão no Rio Grande do Norte. Para o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Rio Grande do Norte (IBAMA/RN), “é preciso regenerar a caatinga”. Ao Diário do RN, o professor Rivaldo Fernandes falou dos resultados do 2º seminário “Os Desafios da Caatinga”, realizado pelo órgão em parceria com a UERN, e mais ainda da preocupação que o tema tem despertado no estado. Exclusivamente brasileiro (presente em 70% da região Nordeste e 11% do território nacional), a caatinga é o bioma que mais corre risco de desaparecer.

“Relatório Anual do Desmatamento (RAD), divulgado pelo MapBiomas, revelou que, em 2023, o Rio Grande do Norte foi um dos estados com maior aumento percentual no desmatamento. Os dados, que comparam os anos de 2022 e 2023, mostram um aumento de 161% em um ano: foram 9.135 hectares desmatados em 2023 no RN – desses, sendo quase 9.114 na caatinga potiguar –, recorde desde o início da medição realizada pelo RAD, em 2019. O que ainda chama atenção é que o RN desmatou 1.369 hectares para energias renováveis na caatinga em 2023, sendo o estado com mais desmatamento para essa finalidade”, destacou o superintendente do IBAMA no Rio Grande do Norte, professor Rivaldo Fernandes.

“Nosso evento, ‘Os desafios da Caatinga’, realizado em abril no aniversário do IBAMA, trouxe a contribuição da UFRN através da palestra da professora Dra. Rosemeire Cavalcante dos Santos.

Ela é pesquisadora há mais de 40 anos do bioma caatinga e afirmou que para salvar a caatinga tem que ampliar o manejo sustentável e a regeneração das áreas em processos de desertificação, a exemplo do que ocorre no Seridó potiguar”, acrescentou.

Debate em expansão
Para ampliar ainda mais o debate, Rivaldo revelou que pretende expandir o debate para o Oeste do Estado. Para isso, o chefe da pós-graduação da UERN, professor Dr. Emanuel Nunes, está organizando um evento que vai reunir professores, cientistas, gestores, parlamentares e prefeitos da região na busca de implantar um projeto de regeneração da catinga no RN. “As instituições universitárias e as instituições sociais têm o caminho e o diagnóstico há algumas décadas. Falta decisão política. Há esperança de que, com a governadora Fátima Bezerra, que é presidente do Consórcio Nordeste, a defesa do bioma ganhe força. A criação do Fundo Nacional da Caatinga teve a força da governadora”, ressaltou o superintendente.

Bioma ameaçado
Ainda de acordo com o IBAMA, levantamento feito pelo Sistema de Alerta do Desmatamento SAD-Caatinga, parte integrante do MapBiomas Alerta, mostra que o desmatamento continua avançando sobre a caatinga com um aumento de 70% em apenas um ano. Foram 115.894 hectares em 2021 contra 68.304 hectares em apenas um ano. O Seridó RN abriga um dos seis núcleos de desertificação mais avançada no Brasil. Situação que pode piorar com o desmatamento da Caatinga, causado, em parte, pela implementação dos empreendimentos de energia eólicas do Estado.

Em 2023, cerca de 4 mil hectares foram desmatados na já fragilizada caatinga do RN para a implantação de complexos eólicos ou solares, segundo dados do Mapbiomas. E foi a primeira vez que a plataforma monitorou especificamente a supressão vegetal para empreendimentos energéticos.

No Rio Grande do Norte, 326 hectares de caatinga foram derrubados para instalação dos empreendimentos, sendo metade no Seridó. Do lado da Paraíba, a região concentrou 95,6% dos 901 hectares desmatados na Caatinga pelo avanço das duas fontes de energia renovável.

Nos últimos seis meses, o professor Rivaldo Fernandes assumiu a superintendência do IBAMA do Rio Grande do Norte e tem se destacado pelo seu comprometimento em defesa do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis.

Os Desafios da Caatinga
O evento “Os Desafios da Caatinga” foi realizado em Natal em comemoração aos 25 anos de criação do IBAMA no Brasil. Teve a presença do presidente nacional Rodrigo Agostinho, que coordenou o seminário e reforçou a importância de se preservar o bioma, único e riquíssimo em biodiversidade. Além disso, o superintendente Rivaldo Fernandes tem trabalhado em parceria com diversos órgãos e instituições, como o SPU-Serviço de Patrimônio da União, Marinha do Brasil e prefeituras municipais de promover ações de proteção ambiental e combate à degradação.

Caatinga Viva
Quando esteve no RN, o presidente do IBAMA Rodrigo Agostinho recebeu em mãos o projeto de educação ambiental elaborado pela superintendência do IBAMA RN. Trata-se de um trabalha desenvolvido para o semiárido potiguar em parceria com o Instituto Federal de Educação (IFRN) chamado Caatinga Viva. Se aprovado, o projeto atuará a partir das escolas estaduais do RN conforme orientação da governadora Fátima Bezerra.

O início do projeto piloto está planejado para começar na região do Seridó, que está entre as quatros áreas de desertificação do Brasil. Vale lembrar que o RN tem mais de 90% de área do semiárido do Brasil. A ação educativa envolverá as comunidades locais, os estudantes das escolas municipais, estaduais e federais da região. O projeto pretende promover oficinas e cursos. Para envolver os jovens, serão utilizadas as ferramentas das redes sociais, como TicTok e Youtube.

Também serão capacitados professores, gestores ambientais, estudantes, sindicalistas e lideranças das comunidades rurais.

Parques eólicos e usinas de energia solar são vilões do desmatamento no RN

Entre os biomas, a caatinga é considerada um dos mais fragilizados. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. E, no Nordeste, Rio Grande do Norte (161,0%) e Paraíba (106,5%) são os estados que apresentaram aumentos mais expressivos na área de vegetação nativa suprimida.

Os dados são do RAD2023, Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, elaborado pelo MapBiomas.

O documento, que apresenta um panorama abrangente do desmatamento em todos os biomas brasileiros nos últimos cinco anos, consolida e analisa os alertas de desmatamento validados e refinados com imagens de alta resolução pelo MapBiomas Alerta (https://alerta.mapbiomas.org/) a partir de múltiplos sistemas de detenção de desmatamento. Ele também avalia indícios de irregularidade ou ilegalidade e examina ações de combate ao desmatamento por órgãos governamentais e instituições financeiras.

Desmatamento nos biomas
Ainda de acordo com o relatório, Nos últimos cinco anos, o Brasil perdeu cerca de 8,56 milhões de hectares de vegetação nativa, sendo mais de 85% na Amazônia e no Cerrado. Em 2023, o desmatamento no Brasil diminuiu em 11,6%, totalizando 1,83 milhão de hectares.

O desmatamento na Amazônia diminuiu 62,2%, com 454,27 mil hectares desmatados em 2023, enquanto no Cerrado aumentou 67,7%, impulsionado pela região do MATOPIBA. Em 2023, pela primeira vez, o Cerrado ultrapassou a Amazônia, com 1,11 milhão de hectares desmatados.

Pantanal apresentou aumento de 59,2%, com 49,67 mil hectares desmatados em 2023, e Caatinga de 43,4%, com 201,68 mil hectares. Mata Atlântica e Pampa apresentaram redução, 59,6% (12,09 mil hectares) e 50,4% (1,54 mil hectares) respectivamente.


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CARLOS EDUARDO, SOBRE NATÁLIA, RAFAEL E PAULINHO: “TRÊS CONTRA UM É COVARDIA”

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Ausente, pela segunda vez, de debate eleitoral entre os candidatos à Prefeitura de Natal, Carlos Eduardo (PSD), falou, mais cedo, sobre a decisão de se ausentar do embate contra seus opositores. Ele abordou o assunto em entrevista à rádio CBN de Natal, nesta segunda-feira, 02, algumas horas antes do debate realizado pela 98 FM e a rádio Jovem Pan de Natal. Carlos afirmou que tem recebido críticas mentirosas de Paulinho Freire (UB), Natália Bonavides (PT) e Rafael Motta (Avante).

“70% dos programas (de rádio e TV) dos três candidatos são de críticas mentirosas, enganosas, contra a minha candidatura. Então há uma combinação entre os três, no mínimo tácita. É três contra um; você pede direito de resposta e uma comissão que você não está vendo, julga se você pode responder ou não. É uma coisa desproporcional. Três contra um é covardia”, afirma Carlos Eduardo, criticando, assim, o formato utilizado nas produções.

“Quando colocarem um modelo onde se vai, como vocês estão fazendo aqui, e não como outras rádios estão fazendo aí, um noticiário capcioso, de língua de aluguel; um programa eu aceito, discutir os projetos, os programas e as obras que Natal precisa. Agora, ficar sendo atacado com mentiras é um modelo que nós não aceitamos”, enfatizou.

Ele disse, ainda, que sempre foi a debates, mas que essa campanha está com uma característica diferente, com os opositores “atirando pedras”.

“Se você parar para ver o horário eleitoral na televisão e no rádio, os três candidatos resolveram jogar pedra e esqueceram de fazer propostas, como nós fazemos”, ressaltou.

O ex-prefeito admite que uma participação sua em um debate, nesse modelo, terminaria em briga: “Esse modelo não vai ajudar a cidade de Natal, porque a gente vai terminar brigando e colocando num plano secundário o que realmente importa para a população, que são as propostas que vão melhorar a qualidade de vida da população”, diz ele.

O candidato do PSD finaliza afirmando que seu debate continuará sendo nos bairros da cidade.

“Continuarei debatendo nos bairros de Natal. Desde que amanheceu o ano de 2024 estou os bairros ouvido a população. Os técnicos sabem muito, mas não sabem tudo, quem sabe é a população”, diz.


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NATÁLIA BONAVIDES: “CARLOS EDUARDO MAIS UMA VEZ AGE COM COVARDIA”

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O segundo debate realizado com os candidatos à Prefeitura de Natal, nesta segunda-feira, 2, contou com embates entre Natália Bonavides (PT), Paulinho Freire (UB) e Rafael Motta (Avante), três dos candidatos mais citados em pesquisas eleitorais. Já o líder nas sondagens de intenções de votos, Carlos Eduardo (PSD), não participou do programa e foi duramente criticado pelos opositores sobre a atitude. O debate foi realizado pelas rádios do grupo Dial, Jovem Pan e 98 FM, no auditório do CREA-RN, e transmitido pelas emissoras.

Mais cedo, em entrevista à rádio CBN, Carlos Eduardo justificou sua ausência, já planejada, afirmando que há uma combinação entre os três outros candidatos para “atirar pedras” contra ele. Na agenda do candidato, divulgada no início da tarde desta segunda-feira, a assessoria informou que, às 19h30, meia hora antes do debate, ele já tinha marcada uma reunião nos Guarapes.

“O candidato Carlos Eduardo mais uma vez age com covardia e foge do debate. Não quer discutir sobre as dificuldades da cidade, porque sabe que ele mesmo criou boa parte delas. Covarde”, afirma ao Diário do RN a candidata Natália Bonavides.

Paulinho: “Foge de debate quem tem medo de alguma pergunta, se acha superior ao povo e não tem nada a propor”

Além de atribuir os problemas da cidade a Carlos Eduardo, segundo a candidata do PT, até o marketing do candidato do PSD tem escondido o ex-prefeito: “Eles têm medo que a população lembre quem é, mesmo, Carlos Eduardo: um dos responsáveis pelos principais problemas enfrentados até hoje por Natal”.

Já Paulinho Freire, além de criticar o ex-aliado de Álvaro Dias (Republicanos), sugere que o opositor não tem propostas para o futuro, foge porque tem medo e não respeita o eleitor, por se achar superior.

“Participa dos debates quem tem proposta para o futuro, não teme nenhuma pergunta e respeita o eleitor. Foge de debate quem tem medo de alguma pergunta, se acha superior ao povo e não tem nada a propor para o futuro”, disse Paulinho Freire ao Diário do RN.

Sem detalhar, o candidato do União Brasil complementa: “No caso de Natal, todo mundo já sabe qual é o medo de Carlos Eduardo”.

Rafael Motta, candidato do Avante, afirma que o debate “é a oportunidade que os candidatos têm de questionar diretamente um ao outro e, principalmente, uma chance para falar diretamente ao público sobre como vai ser a gestão na Prefeitura de Natal”.

Para Motta, falta compromisso do ex-prefeito: “no meu ponto de vista, quem falta um debate é por que não tem compromisso com os eleitores”.

Este foi o segundo debate realizado com os candidatos a prefeito de Natal. No primeiro, realizado pela Band Natal, no dia 8 de agosto, Carlos Eduardo também faltou. Durante o programa, foi chamado de frouxo e fujão pelos outros três participantes, Natália, Paulinho e Rafael.


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JUSTIÇA PERMITE QUE PAULINHO AFIRME QUE CARLOS EDUARDO É PLANO B DO PT

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Natália Bonavides (PT) e a coligação Natal Merece Mais, formada por PT/PCdoB/PV – PDT, MDB e PSB entraram com representação na Justiça Eleitoral contra Paulinho Freire (UB) e a coligação Bora Natal, composta por União Brasil, Federação PSDB/Cidadania, Republicanos, PP, PODE, Solidariedade, PL. A candidata pediu direito de resposta na propaganda de Paulinho no horário eleitoral gratuito da TV, alegando que “a propaganda veiculada pelos representados contem informação inverídica e prejudicial à imagem da representante”.

“Natal nunca elegeu um prefeito do PT, mas por duas vezes o PT apoiou Carlos Eduardo e ele levou o PT para a prefeitura. Agora o PT lançou uma candidata, Natália. Mas o PT já tem seu plano B que é Carlos Eduardo. Se você não quer o PT na prefeitura, não se deixe enganar. Vote Paulinho 44. É Natal pra frente”, diz o vídeo da campanha de Paulinho Freire (UB), que foi veiculado em inserções no dia 31 de agosto de 2024, no bloco I (6h às 12h), bloco II (12h às 18h) e bloco III (18h às 24h).

A propaganda se refere aos momentos em que Carlos Eduardo e o PT já estiveram aliados. Em 2013, por exemplo, nomes como Cipriano Maia e Vírginia Ferreira, petistas históricos, ocuparam as pastas municipais da Saúde e do Planejamento, respectivamente, na gestão de Carlos Eduardo. Além disso, Paulinho Freire fala ao eleitorado, anti-PT, da direita natalense.

Na representação nº 0600052-37.2024.6.20.0002, Natália Bonavides afirma que o candidato aliado do bolsonarismo faz “falsa imputação de que o Partido dos Trabalhadores é aliado, no atual pleito, do candidato Carlos Eduardo Alves”. Segundo a ação, a afirmação aumentaria o dano à sua imagem perante o eleitorado e, por isso, pede urgência para o direito de resposta.

O juiz da 2ª zona eleitoral, Cleofas Coelho de Araújo Júnior, no entanto, indefere o pedido de urgência da candidata do PT. A decisão foi assinada neste domingo, 1º. Para o magistrado, como a propaganda eleitoral ainda está em fase inicial, ainda há tempo para Natália responder em seu próprio espaço de propaganda.

“O período de propaganda eleitoral ainda se encontra em fase inicial, estamos no 3º dia, permitindo à representante a utilização de seus próprios espaços publicitários para rebater as alegações veiculadas, mitigando eventuais prejuízos. A ausência de um dano irreparável e imediato inviabiliza, portanto, o deferimento do pedido liminar”, afirma o juiz.

No relatório da decisão, o magistrado acrescenta que é necessário abrir espaço ao contraditório para que a parte representada, ou seja, Paulinho Freire, tenha “oportunidade processual” de comprovar o porquê de suas informações. Nesse sentido, ele intima, ainda, os representados para apresentarem defesa no prazo de dois dias, para que o Ministério Público Eleitoral apresente parecer no prazo de um dia.

“No presente caso, verifico que, embora o conteúdo da propaganda veiculada possa ser objeto de controvérsia, não há demonstração suficiente do perigo de dano iminente a justificar o deferimento da medida de urgência. Ademais, a Justiça Eleitoral deve atuar com cautela na imposição de restrições à propaganda eleitoral, evitando decisões precipitadas que possam comprometer a igualdade de oportunidades entre os concorrentes”, ressaltou.


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