
Em solenidade realizada para autoridades e convidados, a governadora Fátima Bezerra (PT), entregou oficialmente neste sábado (18.12), a reforma do Teatro Alberto Maranhão (TAM), que estava fechado desde 2015. O evento contou com apresentações especiais de artistas potiguares.
“”Que dia, meus amigos e amigas! Depois de seis anos de portas fechadas, hoje temos a imensa honra de reabrir oficialmente essa casa que abriga em seu palco tantas memórias, afetos e histórias do nosso povo! Quanta emoção!”, disse a governadora durante a solenidade de abertura do TAM.
Já neste domingo (19.12), o teatro retornará com sua programação oficial ao grande público e que prossegue até o próximo dia 23 de dezembro. E o melhor: tudo gratuito.
Programação de reabertura
Com exceção do concerto natalino da Orquestra Sinfônica do RN, marcado para domingo (19) às 18h, que terá ingressos adquiridos pelo aplicativo Sympla, todas as entradas das demais apresentações poderão ser adquiridas na bilheteria do teatro uma hora antes das apresentações.
Na segunda-feira (20.12), a partir das 19h, está programada a Mostra de cinco Curtas-metragens premiados nos editais da Lei Aldir Blanc RN, incluindo a exibição do filme “Sideral”, concorrente à Palma de Ouro do Festival de Cannes.
Também na segunda-feira tem início no Salão Nobre do TAM a mostra “Um Diário Visual das Memórias em Fluxo” que exibe imagens do processo de restauração do prédio histórico.
Na terça-feira (21.12) a partir das 19h será realizada a Cantata Brincante SESC com shows musicais, teatro, arte circense e literatura reunindo artistas como Sérgio Groove, Nação Zambêracatu e Coral Canto do Povo.
Na quarta-feira (22.12) às 19h, será a vez da Quarta da Dança com apresentações de coreografias de mais de 20 companhias escolas de dança, dançarinos e bailarinos do Rio Grande do Norte.
A ópera “O Empresário” pelo grupo Lyricus (Mossoró) na quinta-feira (23) às 19h, encerra as celebrações de reabertura do Teatro Alberto Maranhão.
Na sexta-feira (17.12), o TAM já tinha sido aberto com uma apresentação especial para os trabalhadores que atuaram nas obras de reforma, que também tiveram direito a trazer seus familiares.
A sessão contou com os shows de Jessier Quirino e Forró Meirão, além da interpretação por Genildo Costa das canções “No Brasil de Canto a Canto tem suor Nordestino”, do poeta potiguar Antônio Francisco, e “Cidadão”, do poeta baiano Lúcio Barbosa que foi eternizada na voz de Zé Geraldo. Aécio Cândido, recitou “O Operário em construção”, de Vinícius de Morais, e o poeta Antônio Francisco também se apresentou.
Reforma
A reforma do TAM foram executadas através do projeto Governo Cidadão e pela Secretaria Estadual de Turismo, com investimentos de R$ 2,5 milhões, através de um empréstimo junto ao Banco Mundial. A Fundação José Augusto (FJA), que O TAM, responsável pela administração o TAM e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foram responsáveis pela fiscalização das obras. O TAM também já é tombado pelo IPHAN, o que dá mais garantias para sua preservação como equipamento de relevância cultural e histórica.
As obras executadas incluíram a renovação das estruturas elétricas, hidráulicas e de acessibilidade do espaço, climatização, paisagismo, reestruturação do palco e camarins, ações de combate a incêndio e implementação de sistema de esgoto.
Outros detalhes chamam a atenção do visitante como o serviço manual de restauro das janelas e esquadrias centenárias e das poltronas e cadeiras dos camarotes e frisas, agora revestidas com tecido que não espalha chamas em caso de incêndio.
História
O teatro, é um monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Norte, foi projetado pelo engenheiro José de Berredo e teve suas obras iniciadas em 1898, sob a direção do major Teodósio Paiva. Foi inaugurado no ano de 1904, sendo que na época, o teatro era denominado Carlos Gomes.
No segundo Governo de Alberto Maranhão, o teatro fechou para a realização de uma reforma, sendo reinaugurado pela “Gran-Campañía Española de Zarzuela, Òpera y Opereta Pablo López”, em 19 de julho de 1912, com a opereta “Princesa dos dólares” de Leo Fall.
Em 1957, o prefeito de Natal Djalma Maranhão mudou a sua denominação para Teatro Alberto Maranhão. Em 1959 teve nova reforma, sendo reaberto em 24 de março de 1960.
A Fundação José Augusto (para quem o Governo do Estado passou a administração do teatro), iniciou uma nova reforma em junho de 1988, sob supervisão técnica da Coordenadoria de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e recursos da Fundação Banco do Brasil. A reforma incluiu camarins, salão nobre, jardim, plateia e palco, buscando restaurá-lo sob supervisão técnica da Coordenadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado.
Em 2004, a ocasião do seu centenário, mais uma reforma foi feita focada na acessibilidade, revitalização e climatização do espaço.
Em setembro de 2005 os restos mortais de Alberto Maranhão, que faleceu em 1 de fevereiro de 1944 e sepultado em Paraty, foram trazidos do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Norte, e depositados no memorial localizado no Teatro.
No ano de 2015, o Teatro foi fechado para sua primeira grande restauração, no governo de Robinson Faria (PSD). As obras, no entanto, só começariam três anos depois, em 2018. Ela foi continuada pela gestão de Fátima Bezerra (PT), que concluiu a restauração no ano de 2021.
Com informações do Novo Notícias, Assessoria de Imprensa do Governo do RN e Wikipédia