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GUITAURA MEDIEVAL

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Banda pioneira no estilo Metal Medieval no NE

Nos últimos anos, um subgênero específico do heavy metal tem ganhado destaque e conquistado fãs que gostam de misturar boa música e história. Conhecido como Metal Medieval, o estilo combina a intensidade das guitarras do heavy metal com elementos históricos e culturais da Idade Média, criando uma experiência sonora e visual que transporta os ouvintes para tempos de cavaleiros, castelos e batalhas épicas.

O estilo começou a ganhar fama no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, quando bandas de heavy metal começaram a explorar novas direções musicais e temáticas. Inspiradas pela rica tapeçaria da história medieval, essas bandas começaram a incorporar instrumentos tradicionais, melodias folclóricas e temas líricos que evocam a Idade Média.

No nordeste, a banda pioneira é Potiguar: a “Guitaura Medieval” surgiu em 2008.

CULTURA MEDIEVAL NO BRASIL
A cultura medieval é explorada em festivais, eventos temáticos e recriações históricas. O Brasil não experimentou um desenvolvimento medieval como o da Europa, mas o interesse por essa época é evidente em comunidades que se dedicam ao estudo, recriação e divulgação dos costumes, arte ou a música. Essa fusão entre passado e presente contribui para manter viva a fascinação e o interesse pela cultura medieval no contexto brasileiro.

Segundo Onofre Neto, violonista e backing vocal da banda “Guitaura Medieval”, a estética medieval cativa o público e cria uma experiência diferente para a apresentação musical: “As pessoas vêm tirar fotos com a gente, porque a gente toca tudo com todo mundo caracterizado, a gente bota tipo uma mini florestinha, uns ramos, umas eras nos microfones, tem o nosso pano de fundo, tem os refletores, a gente faz a onda. Nossa vocalista é uma excelente frontwoman, né? Ela sabe agitar, ela sabe ir lá cativar as pessoas. Têm as partes dos instrumentais que ela pega a pandeirola e sai no meio do público, bota o pessoal pra dançar às vezes”.

A época medieval foi muito bárbara, mas também foi o período que deu vazão às várias lendas, a questão da honra, guerreiros e enriquecimento da música, resultados da imaginação que ficou mais livre e solta nesta época. Atualmente essa cultura continua a exercer um fascínio duradouro e inspirador, refletindo-se em celebrações culturais e no imaginário coletivo de muitos brasileiros interessados na história e na tradição européia medieval.

O METAL MEDIEVAL EM NATAL
Desde a formação original, 16 anos atrás, a banda passou por diversas mudanças durante sua história.

De início, a banda não tinha vocal, e realizou um show único com o nome “Guitarras Medievais” com a formação de 3 guitarristas, 1 baixista e 1 baterista. A próxima etapa foi colocar voz nas músicas, transformando as apresentações em trio acústico, trocando o nome da banda para Aura Medieval.

A terceira mudança de formato aconteceu em 2009, quando foram preparadas três músicas autorais em CD ‘s caseiros que foram divulgados apenas para família e amigos. “Eu queria botar um nome único e batizar também essa estreia de músicas autorais. Aí pronto, a gente teve a ideia de juntar ‘guitarras medievais’ com ‘aura medieval’ e aí ficou Guitaura Medieval”, conta Onofre Neto.

A banda passou por uma verdadeira dança das cadeiras, contando a partir do começo até atualmente, mais de 10 integrantes passaram pela banda, o que prejudicou o bom andamento do trabalho. Além disso, o músico revela que ainda existe muito preconceito, e até a falta de espaço para as apresentações. “ São seis integrantes, a gente já diminuía as pessoas. Os barzinhos não querem muita gente, querem contratar uma dupla ou um trio. Isso perde muito a riqueza da música. Muitos barzinhos ainda têm preconceito, acham que é uma banda pesada, não entendem”, afirmou Onofre.

A falta de reconhecimento local, acaba refletindo em um público formado majoritariamente por turistas, mas seu estilo diferente surpreende a todos que escutam o som: “A gente toca mais pra turista, no espaço Ávalon, toda terça a gente faz as terças medievais lá. Então, o público de Natal é raro. Os turistas vão lá para conhecer o castelo. O que a gente escuta muito, tanto o pessoal de Natal quanto de turista, é o pessoal dizer ‘Que estilo diferente, nunca tinha visto uma coisa dessa’’.


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