Tão logo dez deputados de siglas partidárias diferentes, inclusive de partido que dá sustentação à gestão estadual, protocolaram a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito — CPI para investigar cerca de 12 contratos contraídos pelo governo estadual na comercialização de insumos e equipamentos para conter a Covid-19 no Estado, que assessores diretos do executivo vieram a público para dizer, em alto e bom som, que a governadora Fátima Bezerra não temia qualquer investigação.
Não demorou muito e já apareceu assessor dizendo que nem precisava mais abrir CPI contra os gastos estaduais para dizimar a Covid-19, pois o fato de a Governadora Fátima Bezerra estar fora da relação dos investigados do Tribunal de Contas da União (TCU) já lhe dava um salvo-conduto. Mas, não é bem assim. Os propositores da CPI na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte mostraram os pontos fortes que justificavam a investigação.
Agora, quando tudo caminhava para que a Mesa Diretora da ALRN desse prosseguimento ao processo da Comissão Parlamentar de Inquérito, a deputada Isolda Dantas, líder do PT na Assembleia Legislativa e o deputado Francisco do PT tentam impedir o prosseguimento da CPI, sob a alegação de que não foram preenchidos os requisitos legais.
Por que só agora?
Se os requisitos não foram preenchidos, por que houve o recebimento da denúncia?
Por que esse temor da CPI, se até dias atrás tinha secretário da Governadora cantando de galo?
Deixem constituir e funcionar a CPI, pois essa é mais uma oportunidade para que a gestão Fátima Bezerra comprove a sua idoneidade.