O prefeito de Natal, Álvaro Dias, protagonizou embates contra a governadora Fátima Bezerra para flexibilizar a abertura de praticamente tudo. Não observou os números de assassinatos pela Covid-19. Preferiu o oportunismo fácil do elogio gracioso e jogou para a torcida do decreto amigo.
Porém, bastou uma semana de flexibilização para os leitos de UTI no Estado voltarem a níveis preocupantes, acima de 90% de utilização em todas as regiões do Estado.
Com os números preocupantes, agravamento da procura por leitos de UTI, o prefeito da Capital sumiu e não falou mais. Mesmo assim, em silêncio, editou mais um decreto em contraponto ao Estado e liberou eventos públicos que certamente vão produzir aglomerações. O aplauso parceiro do funeral. Nefasto.
Para fazer justiça, é inegável registrar que o prefeito Álvaro Dias tomou atitudes positivas durante a Pandemia. Instalou hospitais de campanha e preparou a rede municipal para atender a demanda. Há um secretário de Saúde sério e presente.
Mas, não esqueçamos que alguns hospitais da Prefeitura ostentam o triste índice de 80% de mortes em leitos de UTI. Ou seja: De cada 100 pessoas que entram numa UTI municipal em busca de socorro, só 20 saem vivos para contar a história. 80 são transformados em estatísticas e saudades.
Estamos numa guerra contra um inimigo comum: A Covid. Mas a partidarização política para saber quem aparece melhor na foto do oportunismo, entre Álvaro e Fátima, o prefeito de Natal tem levado vantagem diante da governadora do Estado.