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ARTIGO: A LUZ NO FIM DO TÚNEL

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Reprodução TN Online

Carlos Eduardo Alves (PDT), ex-prefeito de Natal, escreveu o artigo intitulado “A Luz no Fim do Túnel”, trazendo um debate importante acerca da cadeia de mineração no Rio Grande do Norte, sinalizado pelo Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico da FIERN. Confira o material na íntegra:


A LUZ NO FIM DO TÚNEL

Em sua análise sobre a nossa cadeia de mineração, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico da FIERN destaca alguns fatores que afetam negativamente nossa indústria mineira, com destaque para a insuficiência de qualificação técnica de profissionais que possam trabalhar na mineração, assim como para a quase nula interlocução do setor com centros de pesquisa e universidades com vistas a possibilitar o surgimento de inovações tanto na extração como no beneficiamento de minérios.

Outros entraves são os gargalos na infraestrutura do negócio, especialmente nas áreas de telecomunicação e de energia, já que a mineração é uma atividade eletro-intensiva. Some-se a isso a falta de logística para o escoamento da produção, onde proliferam rodovias pessimamente conservadas, pequena malha ferroviária e de qualidade questionável, além do modal portuário obsoleto e ineficiente.

Há mais de quatro décadas, o Brasil tinha o sonho de tornar-se autossuficiente na produção de barrilha, agregando valor ao nosso sal marinho com o aproveitamento das boas reservas de calcário do RN. Porém, nossa fábrica em Macau não foi concluída e a de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, (outro importante produtor salineiro) fechou. Vale dizer que a barrilha é matéria-prima com várias utilidades, principalmente na indústria vidraceira. Mas aquele sonho acabou!

Agora surge uma luz no fim do túnel. Segundo o jornal Valor Econômico, um grupo estrangeiro anuncia projeto de criação de um polo cloroquímico, que pode atrair até 5 bilhões de dólares para a economia do RN.

O projeto seria implantado em Mossoró, Macau, Guamaré e Porto do Mangue (cuja importância para o escoamento das nossas riquezas, fugindo do gargalo do sistema rodoviário já anacrônico, abordamos aqui no artigo “A Porta para o Desenvolvimento”). O projeto em questão, em sua primeira fase, pretende produzir cloro-soda e seus derivados, incluindo PVC, erguer uma potente usina solar e construir um terminal portuário com investimento inicial em torno de dois bilhões e meio de dólares.

O polo poderia produzir 500 mil toneladas anuais de PVC, 600 mil toneladas anuais de barrilha e outras 600 mil toneladas de cloro-soda e seus derivados e ainda gerar cerca de 7 mil empregos diretos. A ideia do polo cloroquímico do RN encontra-se no estágio de licenciamento e de estudos de viabilidade técnica e econômica. Para nós, que sempre sonhamos com o mais amplo desenvolvimento econômico do Estado e o melhor aproveitamento de suas riquezas, cabe cruzar os dedos para que esta iniciativa se concretize efetivamente. Que se torne a realidade que sempre perseguimos.

Para as autoridades governamentais, para o empresariado local, para os cientistas e pesquisadores, para as entidades que atuam a favor da nossa economia cabe o mais firme apoio no sentido de que essa luz surgida no fim do túnel ganhe maior abrangência para iluminar com máxima intensidade um amanhã de progresso, de empregabilidade e de fortalecimento econômico entre os potiguares. Que assim seja!

Carlos Eduardo, ex-Prefeito de Natal

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