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JOSÉ DIAS QUER ROGÉRIO OU ÁLVARO COMO OS NOMES DA DIREITA PARA 2026

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O deputado estadual José Dias (PL) reiterou que as chances da direita no Rio Grande do Norte em 2026 passam, prioritariamente, pelo nome do senador Rogério Marinho (PL). Segundo ele, “o único candidato para tentar recuperar um pouco o RN, porque o elefante está muito doente, o único para levantar o Rio Grande do Norte na política atual é Rogério”. Entretanto, caso o presidente do PL no Estado seja realmente convidado e aceite compor chapa nacional como candidato a vice-presidente da República, só Álvaro Dias (Republicanos) tem a experiência necessária para a missão. O deputado estadual não acredita que este seja o momento para Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró, encarar a disputa. O assunto foi conversado com o Diário do RN, nesta quarta-feira (14).

José Dias considera improvável que Rogério Marinho seja o cabeça de chapa à Presidência da República, ao comentar o fato novo na política nacional sobre as articulações do bolsonarismo, caso o líder Bolsonaro não consiga reverter a inelegibilidade. O parlamentar acha, entretanto, que Marinho pode ser candidato a vice-presidente. “Eu confesso a você que para a presidência da República eu não acredito em hipótese alguma, porque não deixam. Não há menor possibilidade.

Nós não temos densidade política para isso. […] O que eu acho que ele realmente, politicamente, poderia ser é vice-presidente, não é porque ele não seja mais competente”, esclareceu Dias.

Neste cenário, caso Rogério Marinho escolha a disputa nacional e não seja candidato ao Governo do Estado, José Dias aponta outro nome como ideal: “Eu acho que Álvaro tem uma experiência boa da Prefeitura de Natal, sem a menor dúvida. Ninguém pode negar. E ele quer ser [candidato ao governo]”.

Segundo o deputado, Álvaro tem sobre Allyson Bezerra – outro nome da direita cotado ao Governo do RN – a vantagem da experiência. “Até porque Álvaro, na realidade, tem uma experiência, do prefeito de Mossoró sendo mais velho. Tem a idade de ser o pai dele. Ou um pouco mais”, coloca.

Dias não vê com bons olhos uma eventual candidatura do atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Ele argumenta que, apesar da boa posição nas sondagens, Allyson enfrentaria riscos sérios.

“Falam que hoje nas pesquisas o primeiro lugar é o prefeito de Mossoró, que eu considero muito inteligente, um excelente comunicador, mas eu acho muito verde para administrar o Rio Grande do Norte”, disse. “Se fosse meu filho eu rezava muito para ele não ser. Um cara como ele enfrentar a situação que o Rio Grande do Norte se encontra — e vai piorar, porque as perspectivas para o poder público são absurdamente ruins, dolorosas — eu não vejo uma pessoa com a idade dele, a experiência dele, os desafios futuros que ele vai querer continuar na vida pública, seja uma boa solução”, opinou.

Para José Dias, a definição da candidatura não precisa ser agora, mas também não deve ficar para a convenção. “Também não sei se é vantagem definir o candidato agora, porque é jogar na chuva.

Mas tem que ser no começo do ano que entra. Não tem que esperar pra convenção, não”, completou.

José Dias diz que esquerda está fora da disputa: “Deus não vou dizer quem é, mas o diabo é o PT”

O deputado estadual José Dias (PL) avalia que a disputa eleitoral de 2026 no Rio Grande do Norte será definida entre nomes da direita. Ele se refere ao fato de não ver viabilidade para uma candidatura competitiva da esquerda: “O candidato deles [Cadu Xavier] é um cidadão, o rapaz parece que é um profissional competente, um técnico, mas ele é o homem da taxação. Não tem ninguém mais rejeitado pela opinião pública do que quem tira o dinheiro do povo”.

Ele também comentou que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil) não deseja representar a esquerda. Segundo o deputado, o alinhamento à esquerda prejudica qualquer candidatura. “Ele parece que tem uma incompatibilidade política em Mossoró que reflete no estado. A esquerda contamina. Hoje a esquerda contamina qualquer cidadão”, avaliou.

Além de descartar a esquerda, José Dias afirmou que também não acredita em uma alternativa fora da polarização entre direita e esquerda. Para ele, qualquer tentativa de neutralidade é “perigosa”: “Você tem que ser de um lado ou de outro. Essa terceira via eu acho muito perigosa”, avisou.

“É Deus e o diabo. Deus eu não vou dizer quem é, não, porque pode ser uma apostasia, mas o diabo é o PT”, finalizou.


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SISTEMA GOVERNISTA QUER ZENAIDE NA CHAPA COM FÁTIMA, MAS SEM ALLYSON

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Vice-líder do governo Lula no Senado, a senadora Zenaide Maia (PSD) é candidata certa à reeleição. Apesar do alinhamento com o Governo Federal e de conversas já travadas com a governadora Fátima Bezerra (PT), a composição com a futura candidata ao Senado do PT não está fechada. Zenaide ainda não bateu o martelo sobre os convites feitos pelo partido da governadora.

A parlamentar é aliada de Allyson Bezerra (UB), nome que se coloca à direita – apesar de fugir da polarização política – e os dois buscam um destino comum nas articulações políticas para 2026.

De um lado, Rogério Marinho (PL), uma das lideranças da oposição, considera o nome de Allyson como possível candidato do grupo ao Executivo estadual, por reconhecer sua viabilidade eleitoral, mas não quer a aliada do Governo Lula no palanque. Do outro, é o PT que quer Zenaide, mas sem Allyson. O assunto foi conversado pelo secretário-chefe do Gabinete Civil do Governo do RN, Raimundo Alves, com o Diário do RN, nesta quarta-feira (14).

Raimundo é um dos articulares políticos de Fátima Bezerra e comentou a chapa sugerida pelo prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PSD). O marido de Zenaide afirmou em entrevista à 98 FM, na última terça-feira (13), que, na avaliação dele, a chapa ideal para o Rio Grande do Norte em 2026 seria Allyson Bezerra ao Governo do Estado e Fátima e Zenaide ao Senado, acrescentando, ainda, a sugestão do vice pelo MDB de Walter Alves. Raimundo não concorda.

“Com todo respeito ao amigo Jaime Calado, mas não vejo como se viabilizar uma chapa com essa formatação. O PT terá candidatura ao Governo em 2026, e o nome do PT será Cadu Xavier”, definiu, se referindo ao secretário da Fazenda do RN, pré-candidato do sistema governista.

Ele complementou: “Quanto as candidaturas ao Senado em 2026, sim. Fátima Bezerra deverá ser candidata a uma das vagas e queremos que Zenaide venha a compor a chapa”, admitiu.

Entretanto, o chefe do Gabinete Civil do Governo, ao ser questionado, deixou claro que não há possibilidade de Zenaide partir para a disputa na chapa com o PT, mas apoiar uma possível candidatura do aliado Allyson ao Governo. Segundo ele, as chapas majoritárias devem ser unificadas.

“Não vejo como uma chapa majoritária não ter candidaturas unificadas”, ressaltou. Com a colocação, Raimundo explicita que o PT quer Zenaide, mas abrindo mão do prefeito de Mossoró e apoiando Cadu Xavier.

O aliado de Fátima não comentou sobre possíveis pesquisas internas do desempenho eleitoral da candidatura de Cadu Xavier no contexto atual, mas revelou que o grupo está confiante no nome escolhido para representar o sistema governista, o PT e a esquerda no Rio Grande do Norte. “Só posso dizer que estamos muito confiantes”, concluiu.


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JAIME QUER ALLYSON GOVERNADOR COM FÁTIMA E ZENAIDE NO SENADO EM 2026

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Jaime Calado (PSD), prefeito de São Gonçalo do Amarante — e marido da senadora Zenaide Maia (PSD) — defendeu a aliança que considera ideal para a disputa das eleições gerais do Rio Grande do Norte em 2026: o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), como candidato ao Governo; Fátima Bezerra (PT) e Zenaide Maia compondo a chapa ao Senado; e a escolha do vice-governador a cargo do MDB, sob coordenação do presidente estadual da legenda, Walter Alves. O assunto foi conversado em entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM, nesta terça-feira (13).

“Eu conheço Cadu, é um cara decente. Trabalhei, fui secretário junto com ele. É um rapaz excelente. Só tenho elogios pra Cadu. Agora, na hora de formar uma chapa dessa, são muitos fatores, além de ser uma boa pessoa, a ser um bom quadro, que ajudam a formar essa chapa.

Agora, eu acho que o nome mais forte hoje para governador do Estado é Allyson Bezerra”, opinou Jaime, analisando, inclusive, o nome que já foi lançado pelo PT, o secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier.

Na opinião dele, Allyson, apesar de jovem, é um nome preparado para a disputa: “Esse é um cara que se reelege com quase 80% de votos em Mossoró. Mossoró é um celeiro de ex-governadores, senadores. É uma cidade altamente politizada. Então, eu não tenho dúvida que Allyson está preparado. Como Cadu também. Como Rogério também”, afirma, ao citar, também o nome do presidente do PL no RN, senador Rogério Marinho, que é pré-candidato ao Governo.

Sobre a composição ao Senado, o prefeito acredita que na chapa Zenaide e Fátima, cabe Allyson Bezerra sem nenhum problema. “Por mim, cabia. Eu não vejo nenhum problema”, afirmou.

O marido da senadora e um dos articuladores do PSD, partido que tem 22 prefeitos no Estado, acredita que esta é uma chapa de “forças democráticas”. O prefeito enfatizou a urgência de um bloco comum para enfrentar o que chamou de “ameaças à democracia”.

“A democracia está ameaçada no planeta inteiro quando a maior potência do mundo está dirigida por um cara [Trump] que faz o que esse cara faz aí. Então, qual é o problema de pessoas que são democráticas se unirem? Eu não vejo”, explica.

Ele colocou, ainda, que para reforçar a chapa, a indicação do candidato a vice-governador seria a indicação pelo MDB. “O vice seria indicado por Walter Alves, presidente do MDB no Rio Grande do Norte — porque aí você tem uma soma de força. Eu acho que a soma das forças democráticas é importante em todos os sentidos”, afirmou.

Questionado sobre Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB, Calado afirmou que a indicação poderia ser Ezequiel, caso se filie ao MDB: “Ezequiel é um nome nesse Estado. Então, todo partido ficaria honrado com a presença. Se ele quiser vir pro PSD, pode vir. Mas, no modelo que propus, o vice fica a cargo de Walter Alves”, frisou.

Sobre a relação política entre Zenaide e Allyson, que existe desde 2022 e foi reforçada entre os dois para 2026, Calado lembrou a afinidade ideológica: “Zenaide é de centro, Allyson também. Ela começou a botar emendas em Mossoró sem nenhum compromisso de Allyson. Ele foi reconhecendo até que, um dia, chama todos os vereadores e disse: ‘essa é minha senadora’. Não é troca, é identidade”.

E destacou a independência de Zenaide em decisões nacionais. Questionado se sob um pedido do presidente Lula, Zenaide comporia chapa com Fátima deixando Allyson de lado, afirmou: “Olha, esse negócio de pedir… Lula pediu pra Zenaide subir no palanque de Natália. Ela não subiu. Zenaide é muito independente”.

Por fim, reafirmou seu compromisso com o diálogo amplo: “Eu não veto ninguém. Quando digo que é mais difícil hoje, por causa do Rogério, é claro — quem nos conhece sabe disso. Mas não veto ninguém. Tem prefeito que apoia Zenaide e apoia Rogério. Tem prefeito que apoia Fátima e apoia a Zenaide. Receber um apoio é sempre uma honra”, disse, sem fechar as portas para a direita.


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ÁLVARO QUER SER GOVERNADOR DA OPOSIÇÃO COM APOIO DE ROGÉRIO E STYVENSON

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Na contramão do que outras lideranças políticas da direita vêm considerando, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), descarta articulações em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) ao Governo do RN. Apesar de defender a união de todos os nomes do grupo oposicionista para a disputa ao Executivo Estadual, Dias defende que a composição da chapa seja com ele mesmo como candidato ao Governo do RN, com Styvenson Valentim (PSDB) ao Senado, ao lado de outro nome indicado pelo PL, em parceria com Rogério Marinho (PL), que articula o próprio nome na disputa nacional, apesar de ser também pré-candidato ao Governo do RN.

“A gente está conversando com os partidos, conversando com Rogério Marinho, conversando com o Styvenson, conversando, enfim, com o João Maia, conversando com Shirley Targino, com todo mundo que a gente pode conversar”, afirmou o pré-candidato ao ser questionado sobre as tratativas em curso, em entrevista ao Diário do RN.

Sobre a possibilidade de um consenso em torno de Allyson Bezerra, Dias foi enfático ao ressaltar que o prefeito de Mossoró ainda possui mandato pela frente: “Allyson é o candidato que Agripino quer, mas Allyson, que é o que me consta, ainda é prefeito de Mossoró, tem muito tempo pela frente. De repente, eu acho que pode se chegar ao consenso em torno de um candidato só, porque se o nosso espectro político de pessoas que pensam mais ou menos da mesma forma apresentar três candidaturas — Rogério Marinho, Álvaro Dias e Allyson — é complicado”, afirmou.

Questionado sobre a viabilidade eleitoral do seu nome, principalmente no interior do Estado, Dias garante que tem sido bem recebido nos municípios.

“Muita gente até duvida, porque quando você lança uma pré-candidatura sem respaldo de grandes grupos políticos isso tende a não ter sucesso. Mas a história do Rio Grande do Norte mostra que o caminho não é esse. O caminho é você ter contato direto com o povo, como teve Robinson Faria, que se elegeu, Wilma de Faria, que se elegeu sem apoio de grandes grupos e terminou se elegendo governadora. Isso comprova que as pessoas hoje são mais livres, são mais abertas, são mais democráticas e não são conduzidas pelas grandes lideranças políticas”, compara.

Ainda assim, acredita que o diálogo, que deve perdurar até o final desse ano ou início do próximo, para uma definição, pode formar um grande grupo da direita em oposição ao candidato do sistema governista.

“Eu acho que o caminho que você tem de percorrer é mesclar, discutir diretamente com as pessoas para tentar formar um grande grupo de união e ter uma oposição forte a esse governo que, a meu ver, tem sido o pior da história política do Rio Grande do Norte”, disse sobre o Governo Fátima.

Ao projetar um cenário sem união e de várias candidaturas, Dias defendeu a estratégia do segundo turno: “O ideal é que saia um nome, apoiado por todos, formando um grande grupo de oposição. Mas, se não for possível e surgirem dois ou três candidatos, vamos esperar o segundo turno para fazer a composição e tentar unir esses partidos que pensam de forma semelhante”.

Álvaro Dias projeta Rogério Marinho em chapa presidencial no pleito de 2026

Na entrevista ao Diário do RN, o pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte, Álvaro Dias, afirmou que o aliado Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e presidente estadual do PL, pode assumir papel de destaque não só no pleito estadual, mas também na disputa nacional em 2026. “Rogério Marinho é um nome extremamente bem preparado, competente, que pode assumir a disputa de qualquer cargo majoritário a nível nacional ou estadual”, declarou Dias, ressaltando a amplitude das articulações nacionais que cercam o senador potiguar.

Segundo Dias, “ele pode a qualquer momento ser cogitado como um candidato, um grande candidato a vice-presidente da República, ou até mesmo presidente da República dentro do contexto aí de articulação que ele tem costurado a nível nacional”.

O ex-prefeito lembrou que, em um cenário alternativo, “tem o nome de Tarcísio de Freitas, mas se Tarcísio não for, Rogério pode discutir como possível nome da oposição – ou um nome para compor como possível candidato a vice ou, em momento específico, como presidente”.

Apesar de colocar o próprio nome como pré-candidato ao Governo dentro do grupo do parceiro político Marinho, por fim, Álvaro ponderou que “é uma discussão longa” e que Rogério “pode também, se quiser insistir, manter sua candidatura e ser um candidato a governador com amplo grupo de apoio aqui no Estado do Rio Grande do Norte”.

As especulações sobre uma possível candidatura de Rogério Marinho à vice-presidência ganharam força nas últimas semanas. Segundo o Poder360, ele e o senador Ciro Nogueira (PP) são cotados pela cúpula bolsonarista como opções de vice para Michelle Bolsonaro (PL) em uma eventual chapa de 2026. Já a coluna Radar, da Veja, destacou que “no bingo de igreja que virou a definição da chapa bolsonarista para 2026, o nome da vez é o do senador Rogério Marinho, que poderia ser vice de Michelle numa ‘chapa pura’ do PL”.


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JOÃO MAIA ACREDITA QUE A DIREITA NO RN PODE SE UNIR EM TORNO DE ALLYSON

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Após a segunda reunião da Federação União Progressista — formada por União Brasil e Progressistas — o deputado federal João Maia, presidente do PP no Rio Grande do Norte, defendeu ao Diário do RN que a sigla caminha para um entendimento em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) como principal aposta do grupo para a disputa pelo Governo do Estado em 2026. Ele ressaltou a sintonia com o presidente do União Brasil, José Agripino, e defendeu a construção de alianças capazes de unir lideranças da direita, inclusive o senador Styvenson Valentim (PSDB), com quem o prefeito de Mossoró não mantém uma boa relação.

“Quem tem se colocado em pesquisa é o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. Então, eu não vejo dentro da União Progressista, até agora, ninguém que tenha se comportado, mesmo que não tenha assumido publicamente, como pré-candidato. E, aliás, quem lidera todas as pesquisas é Allyson”, afirmou João Maia.

Apesar de reconhecer que Rogério Marinho já deixou clara a resistência à construção de um palanque comum com Allyson e Zenaide – parceiros políticos, João Maia reforça que o momento ainda é de diálogo, já que o foco da articulação nacional é o Senado.

“Nacionalmente, por expressão dos seus líderes, Lula e Bolsonaro, a prioridade deles é o Senado. Então não é difícil uma composição, porque a maioria do eleitor do RN tá no centro, nas cidades, nos prefeitos das cidades”, afirmou.

Dentro desse contexto, João Maia defende a formação de um bloco de direita em torno do prefeito mossoroense, e avalia que a resistência de Styvenson pode ser superada com o tempo. “Existe todo um processo, uma composição com Styvenson, tem muita água para rolar debaixo dessa ponte. É mais fácil essa alternativa, indo na direção de Allyson, porque Allyson tem uma vantagem em qualquer pesquisa, que é um absurdo. É muito difícil você abrir mão de uma candidatura que lidera com 40% e tem uma rejeição do tamanho de nada. Allyson tem essa vantagem”, analisa.

Questionado sobre as chances de Allyson e Zenaide caminharem ao lado da governadora Fátima Bezerra, João Maia foi direto: “Não, eu acho que essa possibilidade é zero. Quer dizer, eu acho”, ressaltou

Federação, Robinson e Carla Dickson
Ao lado de José Agripino, João Maia conduziu a segunda rodada de discussões com foco na formação de chapas e alianças estaduais da Federação União Progressista. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (12).

“Nos reunimos eu e Agripino, porque são dois presidentes, e já com Paulinho. Porque o União Brasil, a gente junto aqui é muito forte em nome de prefeito, de vice e de vereador. E o União Brasil tem os prefeitos das principais cidades, Natal e Mossoró”, lembra.

Entre as definições mais concretas, João Maia confirmou que o ex-governador Robinson Faria pretende se filiar ao PP e que sua entrada na federação é certa. “Robinson me disse que tem a intenção de se filiar ao PP. Ele tem mais afinidade com a gente, e na verdade Fábio [Faria] com Ciro Nogueira [presidente nacional do PP]”, disse.

Sobre a deputada federal Carla Dickson e rumores de sua migração do União Brasil para o PL, João Maia ainda não tem confirmação da permanência dela no grupo, mas acredita que ela enxerga vantagens em seguir na federação.

“Robinson vai entrar. Carla acha que a nominata fica forte. Para mim, ela não disse que vai sair, mas a gente escuta por aí o posicionamento dela. Eu acho é que essa federação, pelo tempo de TV que tem, pelo fundo eleitoral, ela tem todas as condições de fazer metade da bancada. Carla tem condições [de ser reeleita]. A federação é o melhor lugar para ela”, opina Maia.

O deputado também citou o nome de Shirley Targino, sua esposa, como liderança relevante, mas indica que sua candidatura ao Senado ainda depende de muitos fatores a serem definidos por diálogo.

“Shirley tem alma própria, vida própria, circula bem, também não tem rejeição, mas nós temos um longo processo de construção de nominata de chapa majoritária, que tem que ir incorporando cada vez mais gente, conversando, que só termina em março do próximo ano, quando fecham as janelas”, finalizou.


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SINDICATO DIZ QUE “DESLUMBRADO COM PODER”, ALLYSON MASSACRA SERVIDOR

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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) publicou uma nota de denúncia contra o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), acusando sua gestão de promover uma série de medidas que estariam prejudicando e perseguindo os trabalhadores da administração municipal. Segundo o sindicato, a gestão tem adotado práticas que configuram “maldades” sucessivas, com impacto direto na saúde, estabilidade e dignidade dos servidores. A entidade avalia que Allyson é o “gestor mais perseguidor que Mossoró já teve notícia” e sugere que a conduta seria reflexo de um “deslumbramento com o poder” às vésperas da campanha estadual, já que Allyson Bezerra é cotado como pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte em 2026.

De acordo com o texto divulgado pelo sindicato no seu site, “quase todos os dias” os trabalhadores são surpreendidos com novas imposições da Prefeitura que dificultam o exercício da função pública e agravam a precarização das condições de trabalho. Entre os principais alvos da crítica estão mudanças nos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração, negativa de reajustes salariais aos professores e perseguição judicial a quem se manifesta em defesa da categoria.

O sindicato também denuncia mudanças nas regras para licenças médicas e acompanhamento de familiares doentes. Segundo o relato, a Prefeitura estaria impondo um conjunto de exigências burocráticas que dificultam a aceitação de atestados e inviabilizam o exercício de direitos garantidos por lei.

De forma ainda mais grave, a gestão municipal estaria determinando até mesmo o conteúdo dos atestados médicos, o que, segundo o Sindiserpum, invade competências do Conselho Federal de Medicina. “E se o atestado médico não tiver tudo o que a gestão está determinando, eles vão negar o atestado e vão colocar falta no servidor?”, questiona o sindicato na nota.

Em outro episódio recente, pais e mães de crianças com deficiência, que haviam conseguido redução de jornada com base na chamada “jornada especial”, foram surpreendidos com o aumento de suas cargas horárias. A medida, segundo o sindicato, prejudica diretamente o acompanhamento terapêutico de crianças autistas e com outras deficiências, contrariando o discurso público do prefeito, que havia feito propaganda da concessão desse direito.

O Sindiserpum critica o que considera uma postura contraditória da gestão. Ao mesmo tempo em que divulga campanhas que exaltam conquistas e avanços para os servidores, a administração estaria, na prática, reduzindo ou extinguindo os mesmos direitos que afirma defender.

“Mossoró Cidade Educação” tem queda no Ideb na gestão Allyson

Apesar de ser um dos carros-chefes das campanhas de marketing do prefeito Allyson Bezerra, a educação no município de Mossoró não tem apresentado evolução, de acordo com informações do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação. Nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb apresentou queda em 2023, em relação a 2021, ano anterior do exame.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador que mede a qualidade da educação básica no Brasil, abrangendo o ensino fundamental e médio. É calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Saeb) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

Em Mossoró, do 6º ao 9º ano, o Ideb de 2023 apresentou índice de 3,8. O número representa a avaliação da educação nos dois anos anteriores, 2021 e 2022, dois primeiros anos da gestão Allyson Bezerra. Neste resultado, o Ideb apresentou queda em relação ao último exame, realizado dois anos antes. Em 2021, o Ideb dos anos finais do ensino fundamental em Mossoró foi 4,3, expondo a avaliação dos últimos anos da gestão Rosalba Ciarlini – 2019 e 2020.

Nos anos iniciais, 1º ao 5º ano do ensino fundamental, o índice permanece estagnado em relação à série da avaliação desde 2019, no período pré-pandemia. Em 2019, o Ideb foi 5,6, referente a 2017 e 2018, anos da gestão anterior de Rosalba Ciarlini. No exame seguinte, em 2021 – que considera as condições da pandemia – apresentou uma queda para 5,1. Dois anos depois, no entanto, apesar do prefeito propagar evolução, já que o índice apresentado foi 5,5, o Ideb dos anos iniciais ainda não alcançou o patamar anterior.

Em relação a investimentos, no primeiro ano da gestão, 2021, Allyson não investiu o mínimo constitucional determinado para a área educacional. Dos 25% exigidos, o prefeito só alcançou 19,16%, de acordo com o Painel Fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Já em 2024, chegou ao limite de 25,13% de aplicação do orçamento em educação. Em 2022, aplicou 27,86% e em 2023, investiu 30,26%, único ano em utilizou uma margem de mais de cinco pontos percentuais para a educação municipal.


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“VAMOS MOSTRAR COMO ERA NA ÉPOCA QUE A OPOSIÇÃO GOVERNAVA O RN”

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Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte pelo PT, Cadu Xavier, secretário de Estado da Fazenda do RN, afirmou que os dados do Atlas da Violência 2025 são prova incontestável de que a política de segurança implementada pela governadora Fátima Bezerra (PT) tem dado resultados concretos. Em conversa com o Diário do RN, Cadu rebateu as críticas constantes da oposição sobre a área da segurança e acusou adversários de ignorarem, por conveniência, os indicadores positivos.

“Eu venho da área de exatas, contra números não se briga. Quem quer brigar contra esses números, não quer ver a realidade”, disse. “Esses números estão postos, não somos nós que estamos levantando. Quem não quer reconhecer isso ou tem má-fé ou tem dificuldade de acreditar na matemática”, complementou.

Segundo o Atlas da Violência, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Rio Grande do Norte liderou a redução de homicídios no Brasil entre 2022 e 2023. O estado registrou uma queda de 18,8% nas mortes violentas, passando de 1.167 homicídios em 2022 para 955 em 2023 — ou seja, 212 vidas poupadas em um ano. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes também caiu de 32,5 para 26,4, a maior redução proporcional do país. Entre jovens de 15 a 29 anos, a queda foi ainda maior: 24,5%.

Cadu Xavier apontou que a área da segurança será uma das principais vitrines da campanha de 2026. “É um dos principais argumentos a apresentar. Se não o principal”, garantiu. “A segurança pública no Rio Grande do Norte hoje é completamente diferente daquela realidade que o estado vivia em 2018, de rebelião em presídio, ônibus pegando fogo, assalto a ônibus. Você não podia ir numa farmácia aqui em Natal à noite porque a probabilidade de ser assaltado era muito grande.

Hoje a gente vive outra realidade”, garante.

Ao comentar o cenário eleitoral, Cadu fez críticas diretas aos adversários. “É isso que a gente vai fazer durante a campanha: mostrar esses números, esse sentimento que a gente tem hoje no Estado com relação à segurança pública, e lembrar como era antes, quando a oposição governava o Rio Grande do Norte. Como era a segurança pública naquela época”, afirmou. “Quem está na oposição não quer reconhecer os dados. Mas os números não mentem”, ressaltou.

O petista frisou que os índices são reflexo direto dos investimentos realizados pela gestão estadual. “Muito mais do que a matemática dos números, é o sentimento que se tem hoje no Rio Grande do Norte. Falo do sentimento de segurança. Tem mais polícia na rua, naturalmente tem menos crimes acontecendo”, afirmou. “Claro que não é só o efetivo. Tem todo um trabalho de inteligência, um trabalho integrado da Polícia Militar, Polícia Civil. A própria administração das penitenciárias hoje vive outra realidade, fruto dos investimentos do governo — em estrutura, equipamentos, pessoal. Os resultados estão aí. Cada centavo tem valido a pena”.

Xavier também ressaltou que a tendência de queda na violência não ocorreu por acaso e os resultados no Rio Grande do Norte acontecem numa proporção maior que os índices país afora. Para ele, o desafio agora é manter os números positivos. “O governo vem fazendo investimentos operacionais, na garantia dos direitos dos policiais, com promoções, investimento em renovação de viaturas. É o trabalho do governo que se reverte em números”, finalizou.

A nova edição do Atlas da Violência avaliou dados de 2013 a 2023 e, além de indicadores gerais de homicídios, fez recortes por faixa etária, gênero e raça. A publicação é resultado da parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o IPEA, utilizando informações do Ministério da Saúde e de sistemas oficiais de notificação.

Segundo o anuário, Paraná (-15,2%) e Amazonas (-13,4%) vêm em segundo e terceiro no ranking de estados que mais conseguiram diminuir os casos de homicídio no período. Os estados com maior incremento na violência letal foram Amapá (41,7%), Rio de Janeiro (13,6%) e Pernambuco (8%).


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ROGÉRIO MARINHO EXPÕE REAL OBJETIVO DA ANISTIA: REABILITAR JAIR BOLSONARO

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Em uma declaração que marca um ponto de inflexão no discurso bolsonarista sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, o senador Rogério Marinho (PL) admitiu que a principal motivação por trás da proposta é política: devolver os direitos políticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Acreditamos que ainda há uma grande possibilidade do presidente Bolsonaro reverter esse quadro [de inelegibilidade para a eleição de 2026]. Através da anistia, por exemplo”, disse Marinho durante entrevista no programa 12 em Ponto, na 98 FM, na última sexta-feira (09).

Marinho comentou o assunto quando questionado sobre a possibilidade de compor chapa à presidência da República como candidato a vice-presidente ao lado de Michelle Bolsonaro. O líder da oposição no Senado negou e defendeu, mais uma vez, a possibilidade do ex-presidente restabelecer a inelegibilidade.

A fala contrasta com a narrativa predominante entre aliados de Bolsonaro, que têm promovido a anistia como uma medida humanitária voltada exclusivamente para os manifestantes presos após o ato do 8 de janeiro de 2023, quando invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. O próprio ex-presidente declarou que “essa anistia não é política, é humanitária”, conforme a imprensa nacional.

Ao Diário do RN, no último dia 16 de abril, o deputado federal general Girão (PL) garantiu que a prioridade da anistia é para aqueles que estão “presos injustamente”. “Se, posteriormente, o PL da Anistia acabar por beneficiar o presidente Bolsonaro de alguma forma, será mais do que justo, tendo em vista que ele também é vítima de injustiças e de falsas acusações”, disse à reportagem.

O colega de bancada na Câmara Federal, Sargento Gonçalves (PL), expressou opinião semelhante.

“A intenção é que, de fato, aqueles anônimos, os invisíveis que estão sendo, infelizmente, injustiçados no nosso país, homens e mulheres de bem, fichas limpas […] possam ser alcançados”, disse negando que o pano de fundo do PL seja beneficiar Bolsonaro. Embora Bolsonaro não esteja formalmente entre os alvos da proposta, Gonçalves afirmou entender que ele também pode ser incluído caso se entenda que sua atuação política durante o período esteja enquadrada nos critérios estabelecidos pelo projeto.

No entanto, a admissão de Marinho revela que a anistia é parte de uma estratégia para reabilitar Bolsonaro politicamente, visando sua participação nas eleições de 2026. A proposta de anistia, defendida por parlamentares bolsonaristas, inclui o perdão a todos os envolvidos nos atos antidemocráticos, incluindo o próprio ex-presidente.

O PL da Anistia
O pedido de urgência para o PL o 2.858/2022 tem as assinaturas necessárias para ser votado no plenário da Câmara dos deputados, mas esbarra na resistência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). Apesar disso, aliados de Bolsonaro continuam pressionando pela medida, promovendo atos públicos e mobilizações em defesa da matéria. A anistia é uma peça-chave na estratégia política para restabelecer a elegibilidade de Bolsonaro e fortalecer sua base para as próximas eleições.

Citando diretamente a anistia “a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 08 de janeiro de 2023 ao dia de entrada em vigor desta Lei, nas condições que especifica”, a lei especifica condições, contidas nos artigos e parágrafos do projeto, que podem beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Artigo 1º, além de outros trechos, já deixa claro que o Projeto não trata somente daqueles que estiveram nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, quando abrange também “os que apoiaram, por quaisquer meios”, os atos, o que incluiria Jair Bolsonaro e aliados.

A condenação de Jair Bolsonaro à inelegibilidade por abuso de poder político até 2030 pode ser revertida caso a Lei seja aprovada, com a redação do Artigo 8º.

A sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que condenou a atuação de Bolsonaro contra o sistema eleitoral na live institucional com embaixadores pode ter como argumento o Artigo 8º da Lei da Anistia: “Ficam assegurados os direitos políticos, e, ainda, a extinção de todos os efeitos decorrentes das condutas a si imputadas, sejam cíveis ou penais, para as pessoas que se beneficiem da presente lei”.


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STF SUSPENDE PARTE DA AÇÃO PENAL CONTRA ALEXANDRE RAMAGEM, MAS MANTÉM ACUSAÇÕES DE GOLPE DE ESTADO

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu neste sábado (10) por suspender parte da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. 

Por unanimidade, os ministros entenderam que os crimes cometidos após a diplomação de Ramagem como deputado podem ser suspensos.  

Ramagem é acusado de cinco crimes, mas apenas dois deles teriam ocorrido após a sua diplomação: dano qualificado com violência ou grave ameaça contra patrimônio da União, causando grande prejuízo, e deterioração de patrimônio tombado.  

Com a decisão, Ramagem agora responde somente pelos crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.  

A suspensão dos crimes se deu após pedido da Câmara dos Deputados. Por 315 votos a 143, os parlamentares aprovaram na quarta-feira (7) um projeto de resolução apresentado pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que suspende integralmente a ação penal contra Ramagem. Somente parte dela, porém, foi acatada pelos ministros. 

A proposta também abria brecha de interpretação para abranger toda a investigação, incluindo outros réus do caso, o que foi barrado pelo Supremo.  

O pedido foi apresentado pelo PL com base no artigo 53 da Constituição, que estabelece que, se houver denúncia por crime cometido após a diplomação, o STF deve comunicar o Congresso, que pode decidir, por iniciativa de partido político, sustar o processo. 

Em março, o STF aceitou a denúncia contra Ramagem no contexto da investigação sobre o suposto “núcleo crucial” de uma trama golpista, que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares. 

Veja como votou cada ministro

A análise do julgamento ocorre em plenário virtual e teve início nesta sexta-feira (9). Primeiro a votar, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, ressaltou que o entendimento do Legislativo é de “caráter personalíssimo”, ou seja, não se aplica aos demais investigados no processo. 

“Os requisitos de caráter personalíssimo (imunidade aplicável somente ao parlamentar) e temporal (crimes praticados após a diplomação), previstos no texto constitucional, são claros e expressivos, no sentido da impossibilidade de aplicação dessa imunidade a corréus não parlamentares e a infrações penais praticadas antes da diplomação”, escreveu o ministro. 

O ministro Cristiano Zanin acompanhou o voto de Moraes. Ele reforçou que só seria possível livrar Ramagem de crimes cometidos após ser diplomado como deputado. Além disso, argumentou: “A imunidade não se aplica a não parlamentares ou a infrações praticadas antes da diplomação”. 

O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes, mas com ressalvas. Dentre elas, adotou o desmembramento do processo, o que assegura a ação penal quanto aos supostos crimes anteriores à diplomação. 

Nesse sentido, o ministro também questionou a aplicação da uma regra da Constituição, que abrange a suspensão de ações contra os deputados desde a diplomação. Para o ministro, esse dispositivo deveria ser aplicado apenas a quem já está exercendo o mandato. 

Além disso, outra ressalva de Dino foi de que a suspensão poderia valer apenas para esta legislatura e, caso Ramagem seja preso ou afastado, o processo penal voltaria a valer. 

O ministro Luiz Fux se juntou a Zanin e também acompanhou integralmente o voto de Moraes. Ele citou a literalidade da Constituição Federal e afirmou que a suspensão aprovada pela Câmara só pode alcançar os crimes cometidos após a diplomação de Ramagem como deputado. 

Carmen Lúcia, a última ministra a votar, acompanhou o ministro relator, defendendo também a suspensão só deve valer para os dois crimes cometidos após a diplomação. A magistrada ainda ressaltou que “não há fundamento constitucional para se estender aquela imunidade a réus que não detenham mandato parlamentar nem a fatos anteriores à diplomação do congressista”.

*Com informações da CNN


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LULA VINCULA FRAUDE NO INSS A GOVERNO BOLSONARO E GARANTE QUE APOSENTADOS ‘NÃO SERÃO PREJUDICADOS’

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou que seria perguntado sobre a crise do INSS em entrevista a jornalistas na manhã deste sábado (10) em Moscou. O  presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, que nenhum aposentado ou pensionista será prejudicado em razão dos descontos não autorizados de mensalidades associativas na folha de pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“As vítimas não serão prejudicadas. Quem vai ser prejudicado são aqueles que um dia ousaram explorar o aposentado e o pensionista brasileiro, criando entidades e fazendo promessas possivelmente nunca cumpridas para esse povo”, afirmou o presidente.

“A CGU e a nossa Polícia Federal, num processo de investigação com muita inteligência, sem nenhum alarde, conseguiram desmontar uma quadrilha que estava montada desde 2019 nesse país. Tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime e tem entidades que foram criadas para cometer crime.”

“Vocês sabem quem governava o Brasil em 2019. Vocês sabem quem era ministro da Previdência em 2019. Vocês sabem quem era chefe da Casa Civil em 2019”, continuou. Em 2019 o presidente era Jair Bolsonaro, e Onyx Lorenzoni, o ministro encarregado pela Casa Civil.

“Você poderia ter feito uma pirotecnia e não ter apurado. Como a gente quer apurar com muita seriedade, tanto a CGU [Controladoria-Geral da União] como a Polícia Federal foram a fundo na exploração para chegar no coração da quadrilha. Se tivesse feito um carnaval há um ano atrás, possivelmente teria parado no carnaval, como acontece em todas as denúncias”, disse sobre críticas à demora nas investigações.

Lula falou com a imprensa em Moscou, na Rússia, onde esteve em visita de Estado no contexto das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Após a entrevista, ele embarcou para Pequim, na China, onde participa da cúpula entre o gigante asiático e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, além de fazer uma visita de Estado.

*Com informações da Folha de S. Paulo e Agência Brasil


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“ALLYSON SUMIU COM R$ 13 MILHÕES DE IDOSOS E CRIANÇAS VULNERÁVEIS”

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A vereadora mossoroense Marleide Cunha (PT), que conversou com o Diário do RN nesta quinta-feira (08), detalhou ações do prefeito Allyson Bezerra (UB) em diferentes áreas, consideradas pela oposição como desmandos, uso eleitoreiro da máquina e adoecedor do servidor público.

De acordo com a parlamentar, a Secretaria de Assistência Social foi uma das mais afetadas pelo remanejamento de R$ 185 milhões do orçamento municipal de Mossoró, autorizado pela Câmara Municipal em março. Ela critica o prefeito Allyson Bezerra pela forma como ele conduziu a alteração orçamentária na Casa e o prejuízo à população mais vulnerável. “A Prefeitura de Mossoró anulou 13 milhões de reais da Assistência Social. Allyson sumiu com esse dinheiro. Isso ataca as pessoas mais vulneráveis, ataca as pessoas idosas”, disse.

Marleide relembrou que o orçamento original já havia sofrido cortes. “Antes da eleição, no ano passado, em agosto, Allyson mandou um projeto de Lei Orçamentária Anual para a Câmara. A gente deixou para avaliar depois da eleição. Quando a Comissão de Orçamento da Câmara foi se reunir para discutir a LOA, ele tirou o projeto anterior e mandou um substitutivo. Nesse substitutivo, já reduziu 6,5 milhões da Assistência Social de cara”, explicou.

Ela afirmou que o novo remanejamento “mexeu em praticamente todas as secretarias”, mas que os cortes mais drásticos foram em áreas sensíveis. “Sumiu com 13 milhões da assistência social.

Na prática, ele diluiu esse dinheiro em outras secretarias. A Comunicação Social, por exemplo, aumentou em 2 milhões”, denuncia.

Entre os programas afetados, Marleide listou: A ação voltada para instituições de longa permanência de idosos caiu de R$ 1.398.000 para R$ 119.500; o Centro-Dia, que atende idosos e pessoas com deficiência, foi reduzido de R$ 500 mil para R$ 51.500; o Centro POP, que atende a população em situação de rua, caiu de R$ 500 mil para R$ 270 mil; o CREAS, que atua em casos de abuso sexual infantil, trabalho infantil e atendimento à população de rua, sofreu um corte de R$ 840 mil para apenas R$ 41 mil.

Marleide também apontou reduções no orçamento para vítimas de violência sexual, nos CRAS, nos conselhos tutelares e para a saúde mental.

Na área da educação, Marleide denunciou que o setor perdeu quase R$ 1 milhão com o remanejamento. Ela questionou a propaganda da Prefeitura sobre o avanço no Ideb. “Em 2015, Mossoró tinha 5,6. Em 2019 foi para 5,9. Em 2021 caiu para 5,3 – temos que considerar a pandemia – e agora em 2023 voltou para 5,6. Isso não é avanço, é estagnação. Eles fazem propaganda com base em dados manipulados”, afirmou.

Ela também acusou a gestão de precarizar o trabalho dos profissionais da educação. “Os professores não tiveram reajuste do piso em 2023 nem agora em 2025. Não há investimento em formação. E ainda aumentaram a jornada com a tal da hora-relógio, sem planejamento nenhum”, afirmou.

Marleide criticou ainda o programa de auxiliares de sala, que ela classificou como “programa eleitoreiro”. “Prometem especialistas em educação especial, mas oferecem uma bolsa de R$ 800.

Ninguém com especialização vai aceitar. Isso é para empregar gente sem formação, como sempre quiseram. É maquiagem para campanha”, afirma, se referindo a programa que causou polêmica em Mossoró, já que a gestão municipal não oferece estrutura para colocar auxiliares capacitados para pessoas com deficiência nas salas de aula da rede pública municipal, resultando na contratação de pessoas com nível médio para a função.

A vereadora denunciou, ainda, que uma das áreas mais prejudicadas da saúde foi a saúde mental.

“Tiraram recursos dos Caps e de diversas ações. O dinheiro foi todo para folha de pagamento. Dos R$ 24 milhões, mais de R$ 19 milhões foram para contratos e pagamento de pessoas físicas e jurídicas. Não é servidor efetivo. São contratos, é folha inchada, é cabo eleitoral”, avisa Marleide.

“É uma gestão adoecedora do servidor público”

Marleide Cunha, que é dirigente sindical, apontou o tratamento aos servidores públicos como um dos piores problemas da gestão Allyson Bezerra. “Colocaram uma instrução normativa que dificulta até para o servidor entregar um atestado médico. Estão exigindo requisitos que só o Conselho Federal de Medicina pode determinar. Isso é abuso”, afirma a parlamentar sobre a Portaria nº 90/2025, publicada nesta quarta-feira (07).

Ela afirmou que os trabalhadores estão adoecidos. “É uma gestão que adoece o servidor. Saúde, educação, todos. A pessoa trabalha e leva falta porque o ponto eletrônico não funciona. O agente de endemias está no campo, mas tem que bater ponto no sistema, senão é falta. Não confiam nem nos diretores para justificar uma ausência. Isso é autoritarismo”, relata.

A vereadora também expôs que, mesmo com concurso vigente, a Prefeitura continua priorizando comissionados e contratos. “Tem mais de mil cargos comissionados. E o concurso da saúde está aí, mas não chamam todo mundo”, completa.

Obras sem planejamento e propaganda enganosa

Marleide Cunha também denunciou a falta de planejamento nas obras públicas e o uso exagerado da propaganda institucional: “Fazem uma obra, depois refazem porque deu errado. A ponte teve que ser refeita. O mercado foi reformado e depois tiveram que erguer uma barreira porque a rua inundava. Tudo sem planejamento. Tudo tem aditivo no orçamento”.

Ela rebateu a propaganda sobre escolas 100% climatizadas. “Mentira. Compraram os ar-condicionados, mas não prepararam a rede elétrica. Em várias escolas não podem ligar. Na José Benjamin, quando ligam, desliga tudo. Colocaram as máquinas na parede só para fazer propaganda. Isso é enganar a população”, conclui.


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“O QUE O POVO DE FORA DE MOSSORÓ VÊ NÃO EXISTE NA REALIDADE. É MENTIRA”

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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), vem trabalhando nos bastidores para consolidar seu nome na disputa estadual de 2026. Prefeito com mais de 80% de aprovação em Mossoró, de acordo com pesquisas de diferentes institutos, o gestor foi reeleito no ano passado com 113 mil votos, 97mil de maioria sobre o segundo colocado. O resultado permite a Allyson planejar um voo maior ao Executivo estadual. Fora dos limites do segundo maior colégio eleitoral, o prefeito vem pavimento construção de avaliação positiva junto ao eleitorado. Pesquisas realizadas em diversos municípios das diferentes regiões do Rio Grande do Norte mostram que o ex-deputado estadual – por dois anos – e prefeito em seu segundo mandato está no páreo e mostra surpreendentes porcentagens de intenções de votos a um ano e cinco meses da eleição estadual.

Em municípios da região Oeste, principalmente, Allyson aponta entre 60% e 70% entre os entrevistados. Em municípios do Seridó, enfrenta maior acirramento em cenários com os nomes de Styvenson Valentim (PSDB), Álvaro Dias (Republicanos) e Rogério Marinho (PL), todos do seu espectro político, mas ainda assim aparece em torno de 30% em cidades como Caicó, por exemplo.

Entretanto, existem em Mossoró opositores ao prefeito que defendem que tamanha popularidade não passa de resultado de uma peça de marketing. A vereadora Marleide Cunha (PT), uma das duas parlamentares da oposição entre os 23 vereadores na Câmara de Municipal, diz ao Diário do RN que a Mossoró que o prefeito vende é diferente da realidade. “Ele é bem avaliado porque é um mentiroso, mente muito. Allyson é uma farsa”, afirma.

Em um dos temas apontados pela vereadora, Marleide fez duras críticas ao prefeito em razão do recente remanejamento de R$ 185 milhões no orçamento do município, aprovado pela Câmara em março. Segundo a parlamentar, o decreto retirou recursos importantes da Assistência Social e de programas voltados à população mais vulnerável.

“Allyson brinca com o orçamento, como se fosse brinquedo”, afirmou. Ela denunciou que o prefeito enviou o projeto de remanejamento “na véspera do feriadão, na noite da quarta-feira que ia ser a Semana Santa”, sem tempo adequado para análise. “Na quarta-feira eles colocaram em votação”, reclamou a vereadora, criticando também a atuação dos demais parlamentares na Câmara de vereadores, com manipulação do prefeito.

Marleide Cunha denunciou ao Diário do RN o uso da máquina pública com fins eleitoreiros visando se viabilizar para a disputa do próximo ano. “O prefeito está usando o orçamento como ferramenta de marketing e arma eleitoral. Isso é gravíssimo”, disparou.

Além de denunciar a precarização do trabalho da educação, criticou o programa de auxiliares de sala, que ela classificou como “programa eleitoreiro”. A vereadora relatou, ainda, que a gestão de Allyson tem promovido perseguição e desgaste extremo aos servidores, classificando o gestor como “adoecedor do servidor”.

Além disso, para ela, a Saúde é uma das áreas em que o uso eleitoreiro é mais presente nesta gestão. A parlamentar esclarece que houve aumento de investimento na pasta da Saúde, mas para pagamento de pessoal. Segundo ela, não para servidores efetivos, mas para contratos, cargos comissionados e até servidores de fora de Mossoró.

“Foram anuladas diversas despesas, recursos de ações importantes, e foram colocados todos os acréscimos para pagamento de pessoal. A gente sabe que é inchando os equipamentos públicos de cabos eleitorais, inclusive há denúncias de que ele está empregando em Mossoró pessoas de outros municípios, para garantir que naquele outro município vai ter apoio em 2026”, denuncia.

“É gritante isso. Antes, ele aumentou os comissionados, chegou a mil só em cargos comissionados na Prefeitura. Para fazer para todo o esquema para as eleições”, complementa.

Para a parlamentar, que está em seu segundo mandato como vereadora da oposição, Allyson Bezerra tem uma imagem positiva fora do seu município porque “ele mente”.

“A imagem que Allyson mostra para Mossoró é uma imagem construída pelo marketing, é uma mentira. É uma imagem de qualidade, mas porque é construída pelo marketing que ele produz. Então isso que o povo fora de Mossoró vê, não existe na realidade”, atesta.


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PREFEITA DE SÍTIO NOVO ANUNCIA SAÍDA DO PT E CONFIRMA ATO DE FILIAÇÃO AO PSD

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A prefeita de Sítio Novo, município a 110 quilômetros de Natal, Andrezza Brasil, anunciou sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda pela qual foi eleita em 2020 e onde esteve filiada nos últimos cinco anos. Única gestora municipal da sigla no Rio Grande do Norte, ela comunicou sua saída por meio de ofício formal encaminhado ao diretório municipal e confirmou a decisão à 98 FM, durante entrevista ao programa 12 em Ponto. Segundo a prefeita, ela se frustrou com o PT.

“Sou grata pelo espaço recebido no partido. Porém, eu tive dificuldade na parceria administrativa, e fiquei frustrada. Nosso município é um município pequeno, que precisa de ajuda para desempenhar um trabalho e aplicar minhas ideias. Eu já havia encontrado uma barreira por encontrar um município desorganizado, então precisava de ajuda”, declarou.

Ao justificar sua mudança, afirmou que a ausência de suporte institucional prejudicou sua administração. “Descobrimos que, apesar da nossa admiração partidária nos fortalecer na luta diária, a solidão na caminhada nos frustrou ao ponto de abalar a nossa gestão. Os prefeitos, todos os gestores, principalmente de municípios pequenos que não têm outras receitas, necessitam de ter um apoio, um apoio maior”, explicou.

Ela também relatou frustração nas tratativas com o Governo do Estado. Disse que, apesar de ter apresentado pautas diretamente à governadora Fátima Bezerra em quatro reuniões, demandas importantes continuaram sem resposta. “Quando falamos dos problemas e das demandas, as pessoas respondem que os problemas deveriam ser resolvidos, porque a governadora é do PT.

Tive quatro encontros com ela e trouxe pautas. Fui atendida em algumas, mas a nossa RN está na mesma situação que outras já estiveram. Outros municípios foram beneficiados e Sítio Novo não”, afirmou.

Andrezza já tem partido de destino. Deverá se filiar ao PSD, partido da senadora Zenaide Maia. A mudança reduz o número de prefeitos do partido da governadora de sete para seis. Ela era a única mulher no partido. Já o PSD passa a 23 prefeitos no Rio Grande do Norte. Com a mudança, Andrezza permanece na base do governo.

Durante a entrevista, a prefeita confirmou que sua carta de desfiliação foi entregue à presidente do diretório municipal do PT, Débora, que segundo ela já deu o recebimento. “Não sei lhe dizer se, a nível estadual, as pessoas têm conhecimento, mas acredito que Débora, com a responsabilidade que ela tem, com certeza ela deve ter já encaminhado”, disse.

Para Andrezza, a falta de articulação política com instâncias superiores impacta diretamente o cotidiano das prefeituras. “A política pública acontece nas cidades. A população muito dificilmente vem ao centro administrativo para cobrar uma demanda, vai nos ministérios para cobrar alguma demanda, para participar, para ser incluído em alguma política pública. Eles estão todos os dias na porta da Prefeitura ou até mesmo na casa do gestor”, afirmou.


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BONAVIDES JUSTIFICA NÃO ASSINATURA POR CPI COM PRAZO QUE NÃO É CITADO

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A deputada federal Natália Bonavides (PT) se pronunciou, pela primeira vez, sobre o requerimento da CPI do INSS, que já tem a adesão de 182 deputados. Em seu Instagram, a deputada postou um vídeo para preencher o vácuo dos deputados da base do Governo em não assinar e ter evitado se pronunciar sobre a negativa em investigar, no âmbito do parlamento federal, as supostas fraudes e desvios de aposentadorias no Instituto Nacional de Seguridade Social. Natália afirma que a Comissão Parlamentar de Inquérito é uma forma do bolsonarismo enganar o eleitor. Segundo a parlamentar, a oposição quer fazer barulho e se aproveitar do que aconteceu com a CPI.

“O Bolsonarismo quer enganar você mais uma vez. Nós defendemos que tudo o que aconteceu de ilegal no INSS seja investigado. E a diferença é clara: tem gente tentando resolver o problema, e tem gente querendo só fazer barulho e se aproveitar do que aconteceu”, afirma.

A deputada ressalta o discurso que vem sendo defendido pelo PT. Ela afirmou que esquema de fraudes começou no governo Bolsonaro, mas “ficou intocado durante todo o seu mandato”.

Segundo ela, o Governo Lula está enfrentando o esquema, “com investigações que já estão responsabilizando os culpados”, justifica, sobre a não assinatura do requerimento da investigação na Câmara.

Bonavides, no entanto, sob argumento de que a direita quer montar um palco, diz que a CPI quer investigar somente no período do Governo Lula.

“Querem uma CPI para atrapalhar e desviar o foco. Eles não querem investigar de verdade. Tanto que estão tentando instalar uma CPI que investigue somente o período após 2022. Ou seja, tudo o que aconteceu entre 2019 e 2022, no governo Bolsonaro, ficaria de fora. Mas foi justamente quando o esquema começou — e quando durou por mais tempo”, afirma no vídeo.

O requerimento da CPI, no entanto, não traz no texto qualquer menção a período a ser investigado. Com justificativa em duas páginas, o requerimento cita os principais fatos divulgados pela imprensa sobre a fraude e acrescenta, especificando, o envolvimento do Frei Chico, irmão do presidente Lula.

“Somente o Sindnapi, que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu R$ 77,1 milhões em contribuições em 2024, sendo alvo de suspensão administrativa pela Controladoria Geral da União (CGU) e de investigações criminais”, descreve.

Após a descrição, o texto do requerimento cita a necessidade de investigar os fatos, frisando o Sindicato presidido pelo irmão do presidente, mas sem citar datas de período investigado.

“A gravidade das acusações exige uma investigação parlamentar aprofundada para esclarecer a extensão das fraudes, identificar os responsáveis e avaliar o impacto sobre aposentados e pensionistas, que tiveram seus benefícios descontados indevidamente. A CPI deve apurar o modus operandi dessas práticas, incluindo a falsificação de documentos e a ausência de consentimento dos beneficiários, além de investigar possíveis conexões políticas que possam ter facilitado ou encoberto tais ilícitos. A proximidade de lideranças sindicais com figuras de alto escalão do governo, como no caso do Sindnapi, reforça a necessidade de transparência e imparcialidade na apuração (…) Por esses motivos, justifica-se o presente requerimento de informações. Dessa forma, o presente requerimento busca obter informações detalhadas e concretas, essenciais para assegurar e garantir a efetividade da política pública e uso de recursos públicos sem viés político. Assim, requer o deferimento”, finaliza o pedido de CPI.


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MINEIRO COBRA RESPONSABILIDADE DE ROGÉRIO MARINHO EM FRAUDES NO INSSMINEIRO COBRA RESPONSABILIDADE DE ROGÉRIO MARINHO EM FRAUDES NO INSS

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No período em que, segundo a Polícia Federal, começou o esquema bilionário de fraudes do INSS, em 2019, Rogério Marinho (PL) integrava o alto escalão do governo Bolsonaro. Em 2019 e 2020, o atual líder da oposição no Senado era secretário especial da Previdência Social. O deputado federal Fernando Mineiro (PT), levanta a responsabilização do senador no esquema que, segundo o deputado, tem a participação do Governo passado.

“As investigações da Polícia Federal, com o apoio da CGU, desbarataram um esquema bilionário de roubo de aposentados(as) que — segundo as apurações — vem desde 2019. Portanto, desde o período em que ele era responsável pela pasta da Previdência”, disse Mineiro se referindo a Marinho, ao Diário do RN.

Para o parlamentar, é inevitável que as apurações avancem sobre possíveis omissões ou responsabilidades do ex-ministro. “Certamente as investigações apontarão as responsabilidades de quem esteve envolvido nesse esquema”, complementou.

Mineiro, além disso, lamentou a ausência de medidas de contenção por parte da gestão Bolsonaro, apesar de, segundo ele, haver indícios de que o governo tinha conhecimento das fraudes. “Lamentavelmente, o governo passado — a despeito de notícias de que tinham conhecimento dos fatos — não tomou nenhuma providência para impedir esse roubo”, criticou.

O deputado reafirmou que o atual governo tem atuado para conter o esquema e buscar responsabilizações: “O esquema que se iniciou em 2019 só foi interrompido pela firme determinação do governo do presidente Lula”.

Apesar de apontar a responsabilização e possível omissão do senador da oposição com o esquema de fraudes, Mineiro defende que as investigações comprovem os reais envolvidos e apliquem punição “na forma da lei”.

“Só as investigações dirão. O fato é que não houve nenhuma investigação no governo passado. Espero que as investigações em curso apontem os envolvidos e que sejam punidos na forma da lei”, ressaltou à reportagem.

As declarações de Fernando Mineiro coincidem com o avanço de articulações na Câmara dos Deputados em torno da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes no INSS. O pedido, idealizado pelo PL, já reúne mais de 180 assinaturas, embora nenhuma de deputados do PT, que é contra a realização da CPI. Parlamentares da base do governo defendem somente as investigações que já estão conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. A oposição pretende protocolar o pedido da CPI até o fim de maio, com o máximo de assinaturas, para conduzir politicamente o tema no Congresso.


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MPF EMITE PARECER FAVORÁVEL A ALLYSON EM PROCESSO QUE PEDIA SUA CASSAÇÃO

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A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio Grande do Norte emitiu parecer desfavorável a recurso impetrado por Lawrence Amorim (PSDB), que foi candidato a prefeito de Mossoró, em oposição a Allyson Bezerra (UB). O parecer assinado pela procuradora regional eleitoral, Clarisier Azevedo Cavalcante de Morais, também não acatou recurso impetrado pelo prefeito de Mossoró, contra sentença proferida pela 33ª zona eleitoral do TRE, a 1ª instância da Justiça Eleitoral, em processo que questiona os gastos acima dos limites em lei, da Prefeitura Municipal com publicidade no ano eleitoral de 2024, quando o prefeito foi candidato e reeleito.

Nos recursos, a coligação de Lawrence Amorim pedia a cassação da chapa eleita. Já Allyson pedia o cancelamento da multa sentenciada pela primeira instância.

De acordo com a opinião emitida no parecer, o valor excedido do limite de gasto com publicidade institucional pela gestão municipal de Mossoró foi “pequeno” e, portanto, não houve gravidade suficiente para a cassação dos diplomas do prefeito e do vice-prefeito, Marcos Medeiros. Ainda assim, se manifesta pela manutenção da multa de R$ 11.851,91, o valor excedido com a publicidade institucional no ano eleitoral.

“Sendo assim, em razão do pequeno valor excedido do limite de gasto com publicidade institucional, previsto no inciso VII do art. 73 da Lei das Eleições, qual seja, R$ 11.851,91, conclui-se que, de fato, a conduta vedada perpetrada pelos representados não revestiu-se de gravidade suficiente, hábil a atrair a sanção de cassação dos diplomas de Allyson Leandro Bezerra Silva e Marcos Antonio Bezerra De Medeiros, mostrando-se adequado, proporcional e suficiente, na espécie, a imposição de tão somente de multa, no valor arbitrado pelo Juízo sentenciante”, afirma a procuradora.

No processo, a acusação afirma que a gestão Allyson extrapolou os limites dos gastos com publicidade em ano eleitoral. Segundo a representação, a gestão municipal empenhou R$ 2.350.842,33 (dois milhões, trezentos e cinquenta mil, oitocentos e quarenta e dois reais e trinta e três centavos) no primeiro semestre de 2024, quando a média, levando em conta os gastos com publicidade nos primeiros semestres dos três anos anteriores, seria de R$ 1.583.727,54 (Um milhão, quinhentos e oitenta e três mil, setecentos e vinte sete reais e cinquenta e quatro centavos).

O processo foi remetido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde deverá ser julgado. O juiz Fábio Luiz de Oliveira Bezerra é o relator da matéria no Tribunal.


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MINEIRO CRITICA CPI DO INSS E DIZ QUE DIREITA IDEALIZOU “ESPETÁCULO POLÍTICO”

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Criticado pelos deputados do PL potiguar, o deputado federal Fernando Mineiro (PT) conversou com o Diário do RN sobre sua decisão de não assinar o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). À reportagem, Mineiro afirmou que as denúncias não apuradas no governo anterior estão sendo investigadas no atual governo do presidente Lula. Ele destacou que a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) estão conduzindo uma investigação séria para desmantelar um esquema de fraude que teria se iniciado no governo Bolsonaro e se mantido durante toda a gestão do ex-presidente.

“As denúncias que não foram apuradas no governo passado estão sendo no governo do presidente Lula. Está em curso uma investigação séria para acabar com esse esquema de fraude que começou no governo Bolsonaro e permaneceu intacto durante todo o seu governo. O governo Lula, graças à CGU e à PF, está colocando um fim nesse esquema. Quem tem competência e experiência em investigar já está fazendo todo o possível para acabar com esse crime”, afirmou.

O deputado criticou a iniciativa da oposição de instaurar a CPI, alegando que ela tem motivações políticas e visa atrapalhar as investigações que já estão em andamento. Segundo o Mineiro, a direita busca criar um espetáculo político para evitar responsabilização dos culpados pelos supostos crimes cometidos.

“A extrema-direita não quis e não quer investigar. Quer fazer disputa política e atrapalhar as investigações para conseguir palco. Quer fazer um espetáculo para evitar que a investigação séria que já está em curso realmente se aprofunde e chegue nos responsáveis pelos crimes cometidos desde 2019”, dispara Mineiro.

Nesta terça-feira (06), o Diário do RN publicou críticas dos parlamentares da oposição potiguar aos deputados do PT por não terem assinado requerimento da CPI. Segundo General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL), o posicionamento dos colegas de bancada significa conivência com o crime.

CPI do INSS
A proposta de criação da CPI do INSS foi protocolada por deputados da oposição, liderados pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), com o objetivo de investigar supostas fraudes em descontos indevidos aplicados sobre benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. A iniciativa ganhou força após a deflagração de uma operação conjunta da PF e da CGU, que revelou um esquema que teria movimentado cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 por meio de cobranças irregulares aplicadas em nome de entidades associativas. O requerimento de criação da CPI foi entregue com 185 assinaturas de deputados de 14 partidos, ultrapassando o mínimo necessário de 171 assinaturas.

O escândalo levou à exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de outros dirigentes da autarquia. Entre as entidades envolvidas, destaca-se o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Lula. O repasse de recursos ao sindicato cresceu significativamente entre 2020 e 2024, segundo documentos da investigação.

Demitido, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), admitiu ter sido alertado sobre irregularidades, mas negou responsabilidade direta.

A decisão sobre a instalação da CPI agora depende do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ainda não instalou nenhuma comissão desde que assumiu o cargo em fevereiro.

A reportagem buscou novo contato com a deputada Natália Bonavides (PT), mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


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FRANCISCO: “GOVERNO QUE AVANÇOU. É SÓ COMPARAR EM QUALQUER ÁREA”

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O líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Francisco do PT, afirmou ao Diário do RN que a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) tem avançado em diversas áreas e sofre ataques injustos por parte da oposição, com base em “fake news e mentiras”. Por isso, o Governo vem executando um trabalho voltado para a divulgação de realizações da gestão numa ofensiva aos ataques. Durante entrevista, o parlamentar destacou realizações do governo e avaliou os nomes cotados para a disputa do governo estadual em 2026, defendendo a pré-candidatura do atual secretário Cadu Xavier.

“É um governo que avançou. Tem problema? Tem, evidentemente que tem problemas. Mas o nosso governo é um governo que é vítima de muitos ataques, feitos na forma de fake news, de mentiras”, afirmou. Segundo Francisco, setores que deixaram o Estado “na situação em que deixaram” agora tentam “dizer ao povo do Rio Grande do Norte que o RN hoje estaria, na visão deles, nas fake news deles, pior do que o Rio Grande do Norte que Fátima encontrou para governar. E não é verdade. É só comparar em qualquer área”, analisa Francisco.

O deputado alertou que a falta de comunicação pode trazer prejuízos eleitorais: “Se o governo não fizer isso e a gente assistir passivamente a esta tentativa que setores da oposição tentam fazer, de desconstruir aquilo que eles deixaram arruinado, é evidente que isso traz consequências eleitorais”.

Por isso, segundo ele, o governo tem se empenhado em mostrar os resultados do trabalho realizado: “Que já aparecem visivelmente em diversas estradas, em diversas escolas, em diversos hospitais, na segurança pública. Não são mais somente números, são coisas visíveis”, disse.

Francisco afirmou que o atual governo é muito melhor do que o que Fátima recebeu em 2019: “Eu não tenho nenhuma dúvida em afirmar: o Rio Grande do Norte de hoje é muito melhor do que o Rio Grande do Norte que nós pegamos para governar”, reforça.

Como exemplos, o deputado citou o aumento do número de UTIs, reformas em hospitais regionais, concursos e nomeações de professores, expansão do ensino em tempo integral, renovação da frota de viaturas e a melhoria nos indicadores de segurança. “Hoje, todos os municípios do Rio Grande do Norte têm viaturas novas do Estado. Adquirimos uma nova aeronave, um novo helicóptero. […] Em 2019, estávamos entre os piores do Brasil em número de violência. Hoje estamos entre os mais seguros do nosso país”, garante.

Sobre a folha de pagamento, Francisco lembrou que o governo recebeu o Estado com salários atrasados: “Hoje os salários estão em dia e as categorias de servidores e servidoras do Estado têm hoje política de recomposição salarial. É um governo que avançou”, ressalta.

Cadu Xavier e a sucessão estadual
Sobre a possível candidatura do secretário Cadu Xavier (PT) ao governo em 2026, Francisco do PT afirmou que há consenso interno no partido e apoio de aliados: “Dentro do PT não há nenhuma divergência em relação a isso. É um nome que está sendo construído não apenas do ponto de vista da concordância do PT estadual, do Governo, mas também dialogado com os aliados de outros partidos políticos”, afirma sobre a base que inclui legendas como PV, PCdoB, MDB, PSB e PDT.
Segundo o deputado, nomes que poderiam ser naturais na linha sucessória, como o vice-governador Walter Alves e o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, não demonstraram interesse na disputa. “Walter já deu inúmeras declarações dizendo que não pretende ser candidato à reeleição. […] Ezequiel, que é um grande quadro, também teria dito aos interlocutores do governo que não estaria com seu nome à disposição”, e que por isso, o nome hoje do sistema governista é Cadu Xavier.
Francisco reforçou que Cadu Xavier “é um quadro extremamente competente, preparado, habilidoso, experiente, conhecedor da realidade do Estado”. Apesar disso, ponderou que a decisão final será coletiva: “Ainda tem tempo para essa discussão ser feita. Ninguém vai querer fazer nenhum tipo de imposição. Não se constrói política com esse critério da imposição”, finaliza.

Senado: Zenaide e
Fátima na mesma chapa
O líder do governo também defendeu que a senadora Zenaide Maia (PSD) componha a chapa com Fátima Bezerra na eleição para o Senado em 2026, como já havia afirmado. “Eu acho que Zenaide tem que estar com Fátima. […] É uma grande parlamentar, está aliada conosco já há bastante tempo. Tem ideias muito progressistas, tem serviços prestados ao Rio Grande do Norte”, reforça.
Francisco elogiou a atuação de Zenaide como uma das líderes do governo Lula no Senado e afirmou que, naquilo que depender dele, a senadora estará na chapa: “Acredito, sim, que é fundamental desenvolvermos todos os esforços necessários para continuidade dessa aliança exitosa. Essa aliança possibilitou Fátima se eleger governadora lá em 2018 e Zenaide senadora da República. Aquilo que está dando certo, na minha opinião, é importante que continue”.


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PAULINHO EVITA FALAR SOBRE ESCOLHA ENTRE ROGÉRIO E ALLYSON EM 2026

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Liderança política do União Brasil, o prefeito da capital do Rio Grande do Norte, Paulinho Freire (UB), não quer ter que definir, ou pelo menos opinar, sobre o nome ideal para representar a direita no Rio Grande do Norte na disputa estadual do próximo ano. Para ele, agora não é o momento. O prefeito de Natal evitou responder sobre o assunto eleição de 2026, durante o lançamento da programação do São João de Natal, que aconteceu nesta terça-feira (06), na Fundação Capitania das Artes.

O posicionamento, para Paulinho Freire, o coloca entre o prefeito da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, Allyson Bezerra, filiado ao mesmo União Brasil de Paulinho, e o parceiro político, senador Rogério Marinho (PL), com quem tem acordos para a eleição do próximo ano.

No primeiro dia de 2025, durante a posse como prefeito de Natal, Paulinho deixou claro ao Diário do RN o que já se sabia desde a eleição: “Tenho acordo com Rogério Marinho para 2026”, sem maiores detalhes. A parceria firmada para a eleição do ano que vem se apresenta como conseqüência da união de forças formada em torno de Paulinho – e que garantiu a virada histórica do seu nome sobre os demais adversários – e que se pretende manter para 2026, como projeto da direita para ocupar o Executivo Estadual. Marinho já se colocou como pré-candidato ao Governo.

Entretanto, a própria direita sabe que eleitoralmente existe um outro nome com mais viabilidade eleitoral do que o líder da oposição no Senado. Allyson Bezerra conseguiu firmar imagem de bom gestor junto à opinião pública, foi reeleito no segundo maior colégio eleitoral do Estado com quase 80% dos votos, foi escolha de mais de 100 mil eleitores. Para 2026, essa marca já lhe garante número expressivo como pontapé inicial caso consiga viabilizar candidatura ao Executivo estadual.

Apesar de filiado ao mesmo partido que Paulinho Freire – o União Brasil de José Agripino, o prefeito de Mossoró não é unânime dentro do grupo da oposição no Estado. Tem desavenças com Styvenson Valentim (PSDB), que também é nome forte para a disputa, rompeu com Marinho antes da campanha eleitoral municipal e, além disso, não tem qualquer relação com Álvaro Dias (Republicanos), que também se coloca como possibilidade da direita na disputa ao Governo do Estado.

Rogério, um dos estrategistas da oposição, apesar das divergências, não descarta Allyson entre prováveis nomes da direita à disputa, conforme expõe em entrevistas. O contexto nacional e outros fatores ainda devem definir se o parceiro de Paulinho Freire vai mesmo levar à frente o projeto de ser o candidato ao Governo do grupo. Diante das incertezas, Paulinho Freire prefere não tomar partido, por enquanto.


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GESTÃO ÁLVARO DEIXA IRREGULARIDADES NA SAÚDE DE HERANÇA PARA PAULINHO

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O relatório da Controladoria Geral da União (CGU) expõe, em 59 páginas, irregularidades e inconsistências constatadas na Secretaria Municipal de Saúde de Natal, durante os últimos dois anos da gestão Álvaro Dias (Republicanos), especialmente em relação ao respeito à fila de regulação para realização de exames e cirurgias na rede pública municipal. O relatório de avaliação 1426051, disponível no site da CGU, examinou a secretaria e o uso do Fundo Municipal de Saúde de Natal nos anos de 2023 e 2024.

O relatório, segundo a Controladoria, faz parte de um conjunto de auditorias realizadas em seis capitais da federação. Os resultados, ainda segundo o texto, devem subsidiar a atuação do Ministério da Saúde para o aprimoramento da Política Nacional de Regulação do SUS.

O assunto foi publicado pelo Blog do Dina, do jornalista Dinarte Assunção, e teve origem de uma denúncia interna feita por um servidor municipal, que, juntamente com a auditoria, revelou as fraudes graves no sistema de regulação de atendimentos no município de Natal. O sistema opera com falhas estruturais e ausência de controle, permitindo o agendamento de consultas fora da ordem da fila, criação de logins fantasmas, uso indevido de vagas de retorno, e manipulação de dados.

A CGU identificou que 69,5% das marcações são feitas diretamente pelas unidades de saúde, ignorando a Central Metropolitana de Regulação, e apontou que quase dois mil logins estavam ativos sem CPF, o que impossibilita a rastreabilidade das ações. Além disso, a Controladoria apontou baixa confiabilidade dos dados do Sistema de Regulação quanto à efetiva execução dos procedimentos.

Segundo a CGU, foi identificado o aumento no tempo de espera na fila de procedimentos regulados: o tempo médio de espera entre a solicitação e a data agendada para atendimento dos 20 procedimentos com maior criticidade aumentou 39,26% entre 2022 e 2023.

O tempo médio em dias, entre as solicitações e os agendamentos, por classificação de risco, sendo os de prioridade zero, correspondente a emergência e necessidade de atendimento imediato, é em média, de 148 dias; a urgência, 185 dias; a prioridade não urgente, 205; e o atendimento eletivo, 118 dias. O órgão ressalta a importância do monitoramento regular e estruturado das filas com maior tamanho e tempo de espera para subsidiar e direcionar as ações da SMS.

A auditoria ainda aponta uma falta de confiabilidade das informações do sistema quanto à efetiva execução dos serviços de saúde pelos prestadores. “Essa fragilidade torna-se relevante quando se observa que dos 626.848 atendimentos agendados para 2023, apenas 345.882 (55,2%) tiveram registro de confirmação da realização no campo “marcação executada”, diz o documento da CGU.

A Controladoria observa, além disso, uma quantidade expressiva de logins de acesso ao Sisreg, o sistema de regulação, com muitos casos de login sem nenhum CPF vinculado, ou ainda de vários logins vinculados ao mesmo CPF. Inclusive, foi observado um elevado número de agendamentos em 2023 por um mesmo operador – 48.301 operações de agendamento em 2023. Também se evidenciou quantidade expressiva e indevida de usuários com perfis de regulador que operam em unidades solicitantes, quando esse perfil devia estar restrito a profissionais vinculados à central de regulação.

O relatório alerta para riscos como clientelismo, favorecimento político e desperdício de recursos durante a gestão de Álvaro Dias.

A gestão Paulinho Freire (UB), que herdou os problemas deixados pelo ex-prefeito afirmou que….


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