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FOCO NA ZONA NORTE É APOSTA DA CHAPA NATÁLIA BONAVIDES E MILKLEI LEITE

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“A Zona Norte Merece Mais, Milklei vice-Prefeito de Natal” será o lançamento da pré-candidatura do vereador e presidente estadual do PV no Rio Grande do Norte à vice-prefeito na chapa com Natália Bonavides (PT). O evento vai acontecer na próxima segunda-feira (29), às 19h. A confirmação foi dada pelo próprio Milklei e sua assessoria de imprensa, nesta quinta-feira (25).

A deputada federal, que vai encabeçar a chapa, tinha conversado com outros partidos para formar composição, como o MDB do vice-governador Walter Alves, que tinha indicados nomes à vice na chapa. “Dialogamos com todos os partidos que estão conosco nessa campanha e a percepção do grupo é a mesma. Montamos uma chapa forte e que vai disputar para vencer as eleições deste ano”, afirma Natália Bonavides.

Ela complementa: “Milklei é um parlamentar dedicado na Câmara Municipal, em especial aos problemas enfrentados pela população que vive na Zona Norte da cidade. Temos andado juntos por Natal, ouvindo as pessoas nos bairros, nas comunidades. Essas atividades mostraram as nossas afinidades, a maneira como enxergamos as questões na nossa capital e a vontade comum de resolvê-las. A decisão foi tomada a partir dessa construção. Além disso, é um símbolo para evidenciar que a nossa candidatura e futura gestão vão dar prioridade à Zona Norte, há anos esquecida pelas administrações medíocres dos grupos políticos que estiveram e estão na Prefeitura até agora”.

Aliado do PT e da governadora Fátima Bezerra (PT), o MDB do vice-governador Walter Alves diz compreender o argumento em torno do projeto eleitoral de Natália. O presidente do diretório municipal do MDB de Natal, Julio Protassio, informa que já houve reunião comunicando a decisão por compor chapa com o PV, em vez dos nomes apresentados pelo MDB. Ele afirma que “Walter Alves compreendeu o argumento”.

“Natália se reuniu ontem à tarde com o governador em exercício Walter Alves, presidente estadual do MDB, justificando que por uma pesquisa qualitativa, o perfil do vice tinha que ser um político com atuação na Zona Norte para fortalecer a chapa majoritária. Walter Alves compreendeu o argumento”, afirmou Protassio.

Em conversa com o Diário do RN em matéria publicada no dia 18 de julho, o – até então – pré-candidato a reeleição ainda não havia decidido sobre o convite feito pelo PT e pela deputada federal para a formação da chapa na disputa. “O coração está pedindo para ser vereador e a cabeça está pedindo para ser vice de Natália”, admitiu Milklei Leite, explicando ser lisonjeiro o convite, mas destacando ponderação em relação ao projeto de reeleição à Câmara de Natal.

“O partido tem alguns que não querem arriscar perder a cadeira do Partido Verde nas pautas. Tem que ser muito bem pensado para que a gente vá para uma situação que seja também vencedora”, explicou ele na ocasião.

A saída de Milklei tende a facilitar o acesso de outros nomes da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PcdoB) à Câmara Municipal, principalmente os pré-candidatos do PT. Além disso, soma à Natália a proximidade de Milklei com a Zona Norte.

Milklei representa Nossa Senhora da Apresentação há 30 anos

Milklei Leite é potiguar, nascido em 5 de março de 1978 no município São Gonçalo do Amarante/RN. Casado há 22 anos, reside há mais de 30 no bairro Nossa Senhora da Apresentação, o mais populoso de Natal, na Zona Norte, onde sempre teve atuação política. Criou, inclusive, a Associação dos Melhores Amigos do Bairro Nossa Senhora da Apresentação (ASMANS), com objetivo de levar projetos sociais à comunidade.

Do trabalho de mais de 20 anos como motorista de transporte opcional, criou a Associação dos Trabalhadores no Transporte Opcional do RN (ASTOERN) em 2006, e depois o sindicato SINTROERN, o que possibilitou acordos coletivos e proporcionou sua participação no Conselho Municipal de Transporte.

Foi candidato a vereador em 2016 pelo PT, onde obteve 1.704 votos, em 2018 se lançou candidato a deputado estadual, dessa vez pelo PSOL, obteve 4.346 votos. Em 2020 no pleito municipal foi eleito com 2.721 votos pelo Partido Verde. Em 2022 foi candidato pelo PV, onde já era presidente estadual da legenda, e obteve 12.885 votos.

De 90 a 95% da sua votação vem da Zona Norte. Só da Nossa Senhora da Apresentação saíram mais de 80% de seus votos.

Milklei é defensor da Tarifa Zero na cidade de Natal e a bandeira do transporte é sua principal defesa desde que assumiu como vereador. Foi presidente da Comissão de Transporte do legislativo municipal desde que assumiu, apresentou mais de 300 projetos de lei, tendo dezenas deles aprovados.

Assumiu a presidência do PV em agosto de 2021. Foi reconduzido novamente em dezembro de 2022 até 2025. Em 2023 se envolveu em polêmica com a deputada Eudiane Macedo, co-partidária, quando vetou a filiação do seu marido Tárcio Macedo ao partido. A parlamentar e Tárcio também têm a Zona Norte como reduto eleitoral. A filiação dele só foi possibilitada após intervenção na Executiva Nacional do Partido. Tárcio deverá compor nominata pelo PV.
Agora, Milklei afirma que deixa de disputar uma vaga na Câmara para “fazer pelo povo o que nunca ninguém fez, e com Natália, isso é uma realidade”.

“Hoje quem está no poder é o mesmo grupo de sempre, já faz 20 anos, desde a eleição de 2004, que o poder é alternado, sai prefeito, entra vice pra virar prefeito, sai prefeito entra vice, hoje tem um ex-prefeito e um ex-vice querendo voltar ao poder, isso ninguém tá vendo?”, questiona Milklei.


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CONSIDERANDO APENAS VOTOS VÁLIDOS, ALLYSON TEM 88,78% DO ELEITORADO

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Se excluídas as intenções de votos, da pesquisa estimulada, dos que não quiseram ou não souberam responder, 5%, e dos que afirmaram votar em nenhum candidato, 9,25%, a vantagem de Allyson Bezerra (UB) aumenta para quase 90 pontos percentuais.

Dos votos válidos, o prefeito de Mossoró passa a ter 88,78% das intenções de votos, quase 85 pontos percentuais à frente do segundo colocado, Lawrence Amorim (PSDB), com 4,52%. Genivan Vale fica com 3,35% das intenções, Zé Peixeiro, com 2,33%, Tony Fernandes, com 0,87% e Irmã Ceição com 0,15%.

Em abril, a pesquisa Datavero teve 8,33% de pessoas que disseram votar em nenhum dos candidatos e 4,83% que não souberam ou não quiseram responder. Excluindo estas porcentagens e obtendo os votos válidos da sondagem naquele mês, Allyson Bezerra cresce de 79,27% para 88,78%, comparando com a pesquisa atual, o que representa quase 10 pontos percentuais.

Zé Peixeiro tinha 2,11% e passa a 2,33%, Genivan Vale apresentava 1,92% e passa a 3,35% e Tony Fernandes, de 1,34%, cai para 0,87%.

Em abril, o nome de Lawrence Amorim ainda não tinha sido lançado à disputa municipal. Há três meses, figuravam ainda os nomes de Rosalba Ciarlini (PP), que apresentou 11,32% dos votos válidos, e Isolda Dantas (PT), que teve 4,03% das intenções após excluídos os indecisos. De lá para cá, as duas desistiram de disputar a prefeitura de Mossoró diante da inviabilidade eleitoral.

A pesquisa Diário do RN/ Datavero ouviu 800 pessoas nos dias 20 e 21 de julho. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada sob protocolo RN-02219/2024.

Maioria dos nomes citados para vereador já ocupam cadeira na Câmara de Mossoró

Na sondagem sobre as intenções de votos a vereador em Mossoró, a maioria dos entrevistados ainda não escolheu o candidato: 64,6% não souberam ou não quiseram responder.

Dos citados, dois nomes apresentaram 2% de intenções de votos, cada um, os vereadores Tony Cabelos e Wiginis do Gás. Mazinho do Saci teve 1,3%, Petras 1,3%, a vereadora Marleide Cunha 1%, e o vereador Zé Peixeiro 1%. Costinha e Marckuty 0,9%, cada um. Caio 0,8% e Vladimir Cabelo de Nego 0,8%.

Já Fernando Martins, Francisco Carlos, Pluvia, Raério e Ricardo de Dodoca apresentaram 0,6% das intenções de votos, cada um.

Dr. Ocamoto, Jailson Nogueira, João Marcelo, João Moraes e Vavá foram citados por 0,5%, cada um. Aline Couto apresentou 0,4%.

A Câmara Municipal de Mossoró terá, a partir de 2025, 21 vagas, número reduzido após o Censo de 2022.

A pesquisa Diário do RN/ Datavero ouviu 800 pessoas nos dias 20 e 21 de julho. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada sob protocolo RN-02219/2024.


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GESTÃO ALLYSON BEZERRA CONQUISTA APROVAÇÃO DE 82% DA POPULAÇÃO

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De acordo com a pesquisa Diário do RN/Datavero, a avaliação da gestão municipal revelou que a gestão Allyson Bezerra é aprovada por 82% dos entrevistados. A desaprovação foi de 11,75% e não souberam ou não quiseram responder, 6,25%.

A classificação da gestão também foi positiva para o chefe do Executivo Municipal. Das pessoas que responderam à consulta, 29,88% classificaram a gestão como excelente e 44,25% como boa.

Opinaram como ‘Regular para mais’, 10,38%, e ‘Regular para menos’, 8,25%. Já os que avaliam a gestão como ruim, são 1,88%; como péssima, 2,75% e não souberam ou não quiseram responder, 2,63%.

Fátima é desaprovada com 51,13% e Lula aprovado por 56,25% dos mossoroenses

Na avaliação da gestão federal, o Governo Lula (PT) é aprovado por 56,25% dos entrevistados.

Desaprovam a gestão, 32,25% dos mossoroenses. Não souberam ou não quiseram responder, 11,50%.

Já a gestão Fátima Bezerra (PT) é desaprovada por 51,13% das pessoas consultadas em Mossoró. Já 34,38% disseram aprovar a gestão estadual. E não souberam ou não quiseram responder, 14,5%.

A pesquisa Diário do RN/ Datavero ouviu 800 pessoas nos dias 20 e 21 de julho. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada sob protocolo RN-02219/2024.


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DATAVERO: ALLYSON ALCANÇA QUASE 80% ENQUANTO SEGUNDO NOME TEM 3,88%

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A nova pesquisa Diário do RN/ Datavero de intenções de votos em Mossoró traz a tendência de um fenômeno nas urnas no próximo dia 6 de outubro. De acordo com a sondagem, o prefeito Allyson Bezerra (UB) tem mais de 72 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim (PSDB).

Na pesquisa estimulada, Allyson Bezerra tem 76,13% das intenções de votos; Lawrence Amorim, 3,88%; Genivan Vale (PL), representante da direita bolsonarista, 2,88%; Zé Peixeiro (Republicanos), 2%; Tony Fernandes (Avante), 0,75%; e Irmã Ceição (PRTB), 0,13%. Responderam ‘nenhum’ 9,25%, e não sabem ou não responderam, 5%.

Esta é a primeira pesquisa sem o nome de Rosalba Ciarlini (PP), que desistiu de encabeçar a disputa pela oposição, e da deputada estadual de Isolda Dantas (PT), que retirou seu nome e definiu apoio a Lawrence Amorim.

A sondagem inclui, ainda, como novidade, o presidente da Câmara, Lawrence Amorim e o nome de Irmã Ceição, representante do segmento evangélico e da direita conservadora.

Em relação à primeira pesquisa, realizada em abril, o prefeito Allyson Bezerra cresceu quase oito pontos percentuais, ampliando as intenções de votos de 68,83% para 76,13%. Rosalba Ciarlini (PP) tinha 9,83%; Isolda Dantas (PT) 3,50%; Zé Peixeiro passou de 1,83% para 2%; Genivan Vale cresceu de 1,67% para 2,88%; Tony Fernandes, o líder da oposição na Câmara de Mossoró, caiu, de 1,17% para 0,75%. Há três meses, disseram votar em nenhum 8,33% e não souberam ou não quiseram responder 4,83%.

Na sondagem espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos ao entrevistado, Allyson Bezerra foi lembrado por 70,13% das pessoas consultadas; Rosalba Ciarlini veio em segundo, com 1,75%; Lawrence Amorim foi citado por 1,25%; Genivan Vale, por 1,00%; Isolda Dantas, 0,38%; Tony Fernandes, 0,25%; Claudia Regina, Larissa Rosado e Zé Peixeiro foram citados por 0,13%. Não souberam ou não responderam 21,88% e responderam ‘nenhum’ 3%.

Comparando com a pesquisa Datavero realizada em abril, Allyson mais uma vez cresceu, de 62,83% para 70,13%. Rosalba Ciarlini havia sido lembrada por 4,33%; após a desistência foi citada ainda por 1,75%. Já Genivan Vale subiu na espontânea de 0,50% para 1%. Em abril, Isolda Dantas foi lembrada por 0,50%; agora, após se retirar, foi citada por 0,38%. Zé Peixeiro apresentou queda, de 0,33% para 0,13%; Larissa Rosado tinha em abril 0,17% e agora 0,13%. As pessoas que não sabiam ou não queria responder naquele mês, eram 25,83%, número que caiu atualmente para 21,88%. Ali, 5,50% votavam em nenhum; número que apresentou queda para 3%.

Zé Peixeiro é o mais rejeitado e Allyson Bezerra tem uma das menores rejeições da pesquisa

A pesquisa Diário do RN/Datavero também consultou a rejeição do eleitor mossoroense aos pré-candidatos. Zé Peixeiro ficou em primeiro, com 21,75%; Genivan Vale foi o segundo mais rejeitado, com 10,25%; o presidente da Câmara de Mossoró, Lawrence Amorim, não deverá ter o voto de 7,88%; Allyson Bezerra é rejeitado por 4,88% dos entrevistados; Irmã Ceição, por 4,63%; Victor Hugo (UP), novo candidato da esquerda, 1,88%; e Tony Fernandes tem rejeição de 1,88%.

Disseram votar em nenhum, ou seja, rejeitam todos, 15,13% e não souberam ou não quiseram responder, 26,75%.

Comparando com a pesquisa de abril, a rejeição de Zé Peixeiro cresceu de 15,83% para 21,75%. Genivan Vale tinha 5,17% de rejeição e agora tem 10,25%. Allyson Bezerra permanece com praticamente a mesma baixa rejeição; em abril apresentou 4,83% e atualmente 4,88%. Tony Fernandes viu a rejeição cair, de 3,50% para 1,88%. Em abril, Isolda Dantas era a mais rejeitada, por 22,50% e Rosalba vinha em segundo, com 22%. Naquele mês, disseram votar em nenhum 12,50%, votariam em todos 6,67% e não souberam ou não quiseram responder 7%.

A pesquisa Diário do RN/ Datavero ouviu 800 pessoas nos dias 20 e 21 de julho. A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada sob protocolo RN-02219/2024.


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“NÃO POSSO SACRIFICAR NOSSA ESTRATÉGIA EM NOME DE CARLOS EDUARDO”, DIZ KELPS

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“Cada um monta a sua estratégia e eu não consegui entender qual é a estratégia de Carlos Eduardo. Para ser sincero, eu não consegui entender, mas ok, é estratégia dele. Isso ele tem todo direito. Eu não posso é sacrificar a nossa (estratégia) em nome da dele”. Esta é a justificativa do presidente estadual do Solidariedade no RN, Kelps Lima, sobre a retirada do apoio a Carlos Eduardo (PSD) para as eleições.

O partido Solidariedade formalizou, nesta quarta-feira, 24, o apoio à pré-candidatura de Paulinho Freire (UB) a prefeito de Natal. A decisão foi acatada na convenção partidária, que aconteceu durante a manhã, no Tirol Office, em Natal.

“O apoio ao candidato Paulinho Freire foi consenso entre os deputados e a maioria dos dirigentes partidários diante da aliança entre forças políticas que já tiveram no mesmo palanque do Solidariedade em 2022, quando da candidatura do ex-deputado, advogado e empresário Fábio Dantas a governador do RN”, disse o partido em comunicado oficial sobre a decisão.

A falta de entendimento para o apoio a Carlos Eduardo se deu pela demora do ex-prefeito em aceitar a oferta do Solidariedade, que apontou Kelps como nome disponível para compor como vice na chapa com o PSD.

“O Solidariedade tem candidatura muito forte em Parnamirim, que não é uma cidade qualquer, é a terceira maior cidade do estado. Tem uma nominata de vereadores em Natal, tem candidatos a prefeitos e vereadores em muitas cidades, tem dois deputados estaduais que têm que montar as estratégias deles para o interior. Um contexto é com Natal, outro contexto é sem Natal, e ele queria esperar até o dia da convenção dele e eu disse que era impossível. E aí a gente encerrou a conversa”, disse Kelps.

Kelps Lima chegou a participar, de mãos dadas com Carlos Eduardo, de evento de filiação do vereador Luciano Nascimento ao partido do pré-candidato a prefeito, no dia 2 de março. “Eu achava que ia dar certo, disse que era provável que a gente ia estar junto”, afirmou.

O ex-deputado ainda complementa que a decisão dos deputados Luis Eduardo e Cristiane Dantas e demais filiados em acompanhar Kelps no apoio a Carlos Eduardo estava condicionada ao partido ter a vice-prefeitura. Entretanto, sem definição, preferiram “encerrar a discussão”.

“Havia sim desejos internos de apoiar Paulinho tendo em vista a nossa aliança em 2022, quando o vice de Fábio Dantas foi do União Brasil, o senador foi Rogério Marinho, Paulinho votou em Fábio para governador. Então, os deputados já tinham dito inclusive em entrevistas que iam seguir a decisão que eu tomasse caso eu fosse o vice, mas eu não podia pôr em risco a unidade do partido num calendário de Carlos Eduardo”, completa.

Segundo Kelps, “não houve problema” com o ex-prefeito: “Ele tem todo o direito a escolher as alianças dele na data que ele quiser, acho isso legítimo, e à gente também é legítimo não compatibilizar com o calendário dele”.

O deputado do Solidariedade, Luis Eduardo, é um dos que nunca esconderam a preferência por Paulinho Freire. Após a decisão, ele explicou à reportagem do Diário do RN que apoiar Carlos Eduardo seria “repetir um erro do passado”. No entanto, apoiaria por ser partidário. “Não se faz política sozinho contra minha vontade, contra minhas ideias, mas eu tinha que seguir”, diz.

Luis Eduardo complementa: “Agora eu vou com toda força para a campanha”.

Solidariedade apoia Paulinho, mas é oposição a Álvaro Dias

Convenção partidária do Solidariedade aconteceu nesta quarta-feira, 24, com candidatos a vereador – Foto: Reprodução

O presidente do Solidariedade afirma que, apesar do apoio formal a Paulinho Freire, o Solidariedade continua se opondo a gestão de Álvaro Dias (Republicanos). O prefeito é um dos apoiadores principais de Paulinho, colocando, inclusive, a secretária Municipal de Planejamento, Joanna Guerra (Republicanos), à candidata a vice.

“A gente continua fazendo oposição ao prefeito. Isso é inegociável. Nossa avaliação da gestão de Álvaro Dias é que ela não é boa. A gente está apostando em Paulinho no mandato no próximo mandato”, explica Kelps.

Durante a pré-campanha, Paulinho tem afirmado que deverá dar continuidade às ações de Álvaro Dias. Contudo, Kelps contradiz a palavra do pré-candidato.

“Não é o que ele me diz não. Não foi essa a conversa que eu tive com ele não. Se ele não fizer uma gestão boa, a gente não vai participar de gestão dele. Então a gente está apostando no melhor”, completa.

Até a noite desta quarta-feira, 24, não havia qualquer declaração do pré-candidato Paulinho Freire, e nem menção nas redes sociais, sobre o apoio do Solidariedade.


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DIÁRIO DO RN DIVULGA NOVA PESQUISA SOBRE CENÁRIO ELEITORAL DE MOSSORÓ

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Três meses depois da primeira pesquisa realizada pelo Instituto Datavero em Mossoró, a empresa divulga, nesta quinta-feira, 26, nova sondagem sobre as eleições municipais no segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte. Sob o número RN-02219/2024, a pesquisa foi registrada no dia 19 de julho de 2024 e terá números divulgados na próxima quinta-feira, 25.

Foram ouvidas 800 pessoas no último sábado, 20, e domingo, 21, em 31 bairros da cidade, incluindo a zona rural. Os entrevistados opinaram sobre as suas avaliações dos governos federal, estadual e municipal; a classificação da administração Allyson Bezerra; intenção de voto espontânea; intenção de voto estimulada e rejeição. No questionário estimulado, foram incluídos os nomes de Allyson Bezerra (UB), Genivan Vale (PL), Irmã Ceição (PRTB), Lawrence Amorim (PSDB), Tony Fernandes (Avante), Victor Hugo (UP) e Zé Peixeiro (Republicanos).

Esta é a primeira pesquisa sem o nome de Rosalba Ciarlini (PP), que desistiu de encabeçar a disputa pela oposição. Apesar da queda da popularidade, a ex-prefeita e ex-governadora ainda representa o segundo maior capital eleitoral em Mossoró.

Nesta nova consulta, também não é incluído o nome de Isolda Dantas (PT), deputada estadual que representa o nome da esquerda em Mossoró. O PT desistiu da disputa, diante da inviabilidade eleitoral, e definiu pelo apoio da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) ao nome de Lawrence Amorim, pré-candidato pelo PSDB, que também não figurava entre os nomes da última pesquisa. Lawrence foi lançado pré-candidato em maio.

A sondagem inclui, ainda, como novidades, os nomes de Victor Hugo, pré-candidato que se denomina “esquerda radical”, e de Irmã Ceição, representante do segmento evangélico e da direita conservadora.

Na pesquisa divulgada no dia 16 de abril, no primeiro cenário da estimulada, em que o nome de todos os pré-candidatos e cotados a candidatos foram apresentados, Allyson Bezerra teve 68,71%, Rosalba Ciarlini 9,93%, Isolda Dantas 3,48%, Genivan Vale 1,82%, Zé Peixeiro 1,82% e Tony Fernandes (Avante) 1,16% das intenções de votos. 8,28% afirmaram votar em nenhum e 4,80% não souberam ou não quiseram responder.

Já na espontânea, quando os nomes não são apresentados ao entrevistado, o gestor aparecia amplamente cristalizado na mente do mossoroense, com 62,75% das intenções de votos. Rosalba Ciarlini (PP) teve 4,30%, Genivan Vale (PL) 0,66%, Isolda Dantas (PT) 0,5% e Zé Peixeiro (Republicanos) 0,33%. A ex-deputada Larissa Rosado (PSB) também foi citada, por 0,17% dos eleitores. Não sabe ou não responderam são 25,83%. Já 5,46% disseram votar em nenhum.

Os candidatos mais rejeitados foram Isolda Dantas, liderando com 22,68%. Rosalba Ciarlini em segundo, rejeitada por 21,85% dos entrevistados. Zé Peixeiro teve 15,89% de rejeição, Genivan Vale 5,13%, Allyson Bezerra 4,80 e Tony Fernandes 3,48%. Dos entrevistados, 12,42% dizem não votar em nenhum dos candidatos, 7,12% não sabem ou não responderam e 6,62% afirmam que votariam em todos.

A pesquisa entrevistou 600 pessoas nos dias 13 e 14 de abril de 2024. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O número de registro no TRE: RN-00041/2024.


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EM PLENO PERÍODO DE CONVENÇÕES, SÓ DUAS CHAPAS ESTÃO DEFINIDAS EM NATAL

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As convenções partidárias iniciaram em 20 de julho e seguem até 05 de agosto. É esse o período final de definições de candidaturas, formação de alianças e chapas pelos partidos e federações. É aqui que as pré-candidaturas tendem a se tornar candidaturas e as articulações da pré-campanha se consolidam, ou não. Em Natal, das seis candidaturas lançadas, somente duas têm chapas definidas às vésperas de terem seus nomes homologados.

Com um palanque que deve reunir sete partidos, o deputado estadual, ex-presidente da Câmara de Natal, Paulinho Freire (UB) foi o primeiro pré-candidato a definir sua companheira de chapa. A indicação da secretária de Planejamento Joanna Guerra (Republicanos) foi a condicionante para que o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) decidisse subir no palanque do União Brasil, em vez do PSD de Carlos Eduardo, de quem já fora aliado.

Paulinho e Joanna deverão ter, além do União Brasil e Republicanos, o apoio do PL, Podemos, PSDB, PP e Cidadania. Neste arco, 21 vereadores, que formam a base do prefeito seguem o projeto em torno de Paulinho Freire. A convenção do União Brasil vai acontecer no próximo dia 3 de agosto.

Outra chapa formada é a do PSTU. Com composição puro sangue, Fernando Antônio, mais conhecido como Nando Poeta, foi definido pelo partido em maio para a candidatura à prefeitura de Natal. O sociólogo, professor da rede pública e cordelista, terá Luciana Lima (PSTU) como candidata a vice na defesa dos valores socialistas na capital. A convenção do PSTU vai acontecer na próxima sexta-feira, 27.

Carlos Eduardo (PSD), apesar da liderança nas pesquisas, não tem ainda qualquer partido para compor sua candidatura. Tem ao seu lado somente o vereador Luciao Nascimento entre os 29 que compõem a Câmara de Natal. Alguns apoios já foram conversados e articulados e, até agora, descartados.

É o caso do Solidariedade de Kelps Lima, que chegou a colocar seu nome como indicação para candidatura a vice-prefeito, mas anunciou desistência no último final de semana. Segundo nota divulgada pelo Solidariedade, o partido “optou não mais esperar nos prazos estipulados pelo PSD”.

Outra opção que circulou nos bastidores seria o nome do ex-deputado Jacó Jácome (PSD) para uma composição puro-sangue. A intenção de Carlos Eduardo seria agregar parcela do eleitorado evangélico à sua candidatura. No entanto, denúncias graves de adultério e aborto sobre o pai de Jacó, Antonio Jácome, teriam finalizado as tratativas.

Agora, a opção mais provável a vice de Carlos Eduardo é Rafael Motta (Avante). Apesar de negar publicamente a retirada de sua pré-candidatura, nos bastidores, Rafael estaria mantendo conversas com Carlos Eduardo, com quem disputou, em 2022, uma vaga ao Senado, dividindo os eleitores da centro esquerda norte rio-grandense. A convenção do Avante de Rafael acontece no próximo dia 1º de agosto. Já a do PSD de Carlos Eduardo será no dia 3 de agosto.

Rafael Motta, que vem circulando em torno de cinco pontos percentuais nas pesquisas de intenções de votos, tem tentado, oficialmente, viabilizar seu nome à Prefeitura de Natal desde o ano passado, quando se aliou a Álvaro Dias assumindo a secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Natal. O objetivo era ser lançado à disputa com o apoio do gestor. Sem êxito, e ainda filiado ao antigo partido, o PSB, buscou viabilizar-se isoladamente.

Aliado do PT no Governo Federal, o PSB no RN sofreu interferência nacional para que a candidatura de Rafael fosse retirada e a sigla consolidasse o apoio à Natália Bonavides (PT). Insatisfeito, Rafael mudou para o Avante, onde busca se fortalecer, mas com as chances de seguir para a composição com Carlos Eduardo.

No PT, a candidatura da deputada federal Natália Bonavides à Prefeitura da capital é o foco do partido no Rio Grande do Norte. Com o possível apoio, até aqui, da Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV), MDB, PSB e PDT, a chapa do partido da governadora Fátima Bezerra também não tem vice definido.

O MDB de Walter Alves, vice-governador, tentou emplacar um nome, mas nos bastidores, nada foi consolidado. A deputada estadual Eudiane Macedo (PV), que chegou a expor intenção de ser prefeita de Natal, foi ventilada como provável candidata a vice-prefeita. Sem avanço. O vereador Milklei Leite, presidente estadual do PV RN, foi convidado para compor a chapa com Bonavides, mas ainda não aceitou.

Segundo ele, ao Diário do RN, em reportagem publicada no dia 18 de julho, pesa o fato da sua pré-candidatura à Câmara de Natal estar “bem encaminhada” e “se vale a pena arriscar uma cadeira”.

Segundo o vereador, essa questão tem sido ponderada pelo partido. Decisão deve ser tomada até a próxima semana, prazo final das convenções. A convenção da Federação está marcada para o dia 2 de agosto.

Uma sexta candidatura que chegou a ser lançada em Natal tem em cheque não somente a composição da chapa, mas a próprio projeto de encabeçar a disputa. A convenção do PSOL para homologar o nome de Camila Barbosa estava marcada para o último sábado, 20, e foi suspensa após decisão da Executiva Nacional.

A provocação foi do presidente estadual do partido e presidente da Federação PSOL-Rede no RN, Sandro Pimentel, que defende o apoio a Natália Bonavides (PT), em vez do nome do seu partido.

Em comunicado assinado pela presidente nacional do PSOL, Paula Bermudes Morais Coradi, o partido deve realizar consulta com todos os filiados para definição sobre a candidatura própria e só então marcar convenção.


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SALATIEL ASSUME PRESIDÊNCIA DO PL PARNAMIRIM COM FOCO EM “VENCER”

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Três meses depois de se filiar ao Partido Liberal, o pré-candidato a prefeito de Parnamirim, Salatiel de Souza, assume a presidência do partido no município, nesta terça-feira, 23. Em decisão tomada em acordo com o então presidente, Gabriel César, o comunicador pretende “dar mais visibilidade” ainda ao PL de Bolsonaro.

“A partir de agora é o partido ficar cada vez com mais visibilidade, nós já somos o maior partido do Rio Grande do Norte, maior partido no Brasil e Parnamirim nós temos três vereadores e o candidato, então o foco agora é organizar o partido para fazer o maior número possível de vereadores e ganhar a eleição”, afirma.

Salatiel de Souza explica que o convite surgiu pelo presidente estadual do PL no RN, Rogério Marinho, após sugestão do vereador e até então presidente, Gabriel César, que pretende se dedicar à sua candidatura à reeleição, após organizar o partido e construir a nominata. “Ele fez todo o trabalho de formar a nominata muito forte, que deve fazer de três a quatro vereadores e agora ele quer se dedicar a cuidar da reeleição dele”, esclarece.

“O Diretório Municipal do PL está preparado para intensificar as nossas ações e estratégias políticas em Parnamirim. A inclusão de Salatiel na presidência reflete o comprometimento do PL em apoiar candidatos com potencial significativo e que tenham a confiança da base partidária”, destaca o Senador Rogério Marinho.

Com a mudança no comando, Gabriel assume a vice-presidência do novo diretório. Além dele, na nova composição, o vereador Vavá Azevedo é o segundo vice-presidente; Maurício Cesar Barros Adrião, secretário; Gilte Anízio de Souza, tesoureiro; e o vereador Afranio Bezerra e Wendell de Medeiros Gois Xavier são vogal, que podem substituir os demais membros em necessidade.

Segundo Salatiel, as alterações foram “uma maneira de prestigiar os vereadores que se filiaram também dentro do período”.

A partir de agora, o PL de Parnamirim se foca em “divulgar propostas”: “Até hoje os candidatos adversários não apresentaram nada a não ser críticas à atual gestão. Nós estamos apresentando um plano de governo que já foi inclusive entregue em mãos aos senadores, aos deputados federais, nós entregamos na Fiern, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e estamos agora divulgando esse plano de governo. Eu tenho certeza que na hora em que a população toda tomar conhecimento, saberá que o PL e que a nossa candidatura é a que apresenta o melhor projeto para fazer a cidade de Parnamirim avançar”, diz Salatiel.

Além dos debates sobre as propostas, o pré-candidato e agora presidente do PL Parnamirim acredita que o debate ideológico, entre esquerda e direita, também será destaque durante a campanha eleitoral. Inclusive, o partido já conta com a promessa da presença de lideranças do bolsonarismo na cidade para eventos de campanha. De acordo com Salatiel, Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Magnos Malta, Marcos Pontes são alguns representantes da direita que deverão confirmar presença a partir do dia 16 de agosto, quando começa a campanha eleitoral.

Neste projeto, o PL conta com outros cinco partidos no palanque: Democracia Cristã, PSDB, PP, Podemos e Republicanos, partido do pré-candidato a vice-prefeito, Homero Grec. O Republicanos também é o partido do atual prefeito, Rossano Taveira, que endossa o nome de Salatiel de Souza na disputa.

Além do gestor parnamirinense, o filho, deputado estadual Taveira Junior, e os deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire já oficializaram o apoio a Salatiel. Os três deputados do União Brasil decidiram por não seguir a orientação do partido em Parnamirim, que compõe chapa com a pré-candidata da oposição, Professora Nilda (SD).

“O apoio dos federais, estadual, significa que a gente vai ter mais emendas, convênios. O apoio dos deputados lá em Brasília para a gente trazer mais recursos. Eles têm acesso aos ministérios em Brasília, têm acesso aos órgãos do Governo Federal e Taveira tem acesso, por ser deputado, aos órgãos do Governo do Estado, apesar de fazer oposição, mas como parlamentar ele pode ir buscar tem os caminhos e tem as emendas próprias que são impositivas. Então isso vai representar também para a cidade Parnamirim que a gente vai ter além dos recursos próprios a garantir com o apoio desses parlamentares e trazer mais recurso para gente fazer mais”, analisa.


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CÂMARA DE TANGARÁ GASTA MAIS DE R$25 MIL DE COMBUSTÍVEL DURANTE RECESSO

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Em dois meses apenas e com a frota de um veículo, a Câmara Municipal de Tangará utilizou mais de quatro mil litros de combustível. O faturamento no Posto Trairí, em janeiro e fevereiro de 2024, foi de R$ 26.344,70, de acordo com o Portal da Transparência da casa legislativa tangaraense. Pela proporção, a presidente da Câmara, Ana de Ilo (PSD), gastou cerca de um tanque de combustível por dia, todos os dias, de janeiro e fevereiro, no único veículo da “casa do povo”.

O valor é quase R$ 25 mil maior que a despesa com combustível do mesmo período no ano passado. Entre janeiro e fevereiro de 2023, a Câmara de Vereadores de Tangará pagou R$ 1.453,41 ao Posto Trairi. Já nos 12 meses do ano passado, o valor total gasto pela casa legislativa foi de R$ 38.334,75; somente 12 mil a mais que janeiro e fevereiro deste ano.

É importante lembrar, ainda, que neste período, a Câmara se encontra em recesso parlamentar.

Segundo o Artigo 15 do Regimento Interno os trabalhos são realizados de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 01 de agosto a 15 de dezembro.

Os R$ 26.344,70 gastos com combustível nos dois primeiros meses de 2024 pela Câmara tem pouca diferença em relação às despesas do Município de Tangará no período. A Prefeitura pagou R$ 30.325,09 ao mesmo posto Trairi.

O duodécimo recebido pela Câmara Municipal é de R$ 208.892,15. No primeiro semestre de 2024, recebeu R$ 1.253.352,90, pelos dados registrados no Portal da Transparência da Câmara.


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ROBÉRIO: “DECISÃO ANTIDEMOCRÁTICA E AUTORITÁRIA DE SETOR DO PSOL”

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O PSOL Natal foi um dos primeiros partidos a marcar as convenções partidárias. Para o primeiro dia permitido pelo calendário eleitoral, sábado, 20. No mesmo dia, foi levado a cancelar o evento que consolidaria a candidatura própria do partido à Prefeitura de Natal, apresentando Camila Barbosa candidata. A ordem de cancelamento do evento veio da Executiva Nacional, assinada pela presidente nacional do PSOL Paula Bermudes Morais Coradi. A provocação foi do presidente estadual do partido e presidente da Federação PSOL-Rede no RN, Sandro Pimentel, que defende o apoio a Natália Bonavides (PT), em vez do nome do seu partido.

O vereador do PSOL, Robério Paulino, “lamenta” a ordem da Executiva Nacional: “Eu lamento profundamente essa intervenção do Diretório Nacional. Ainda mais eu sendo um dos 101 fundadores nacionais do PSOL. Essa intervenção foi provocada por um setor antidemocrático do PSOL RN, inclusive contra uma decisão tomada democrática e coletivamente. Essa intervenção foi provocada por um setor antidemocrático, autoritário do PSOL RN contra uma decisão democrática em Natal”, afirma em conversa com a reportagem do Diário do RN.

Segundo Robério, Sandro Pimentel tem “interesses”: “Ele está fazendo cálculos que a candidatura da Natália é mais conveniente para ele no sentido de eleger os candidatos que ele está defendendo dentro do partido”.

Para o parlamentar que representa o partido na Câmara de Natal, pode haver uma articulação interna do PT em relação a isso. Na opinião dele, “hoje existem setores na direção nacional do PSOL que tem contato direto com a direção do PT e que pode muito bem ter havido uma interlocução para essa intervenção”.

E complementa: “Mas o problema, do nosso lado do diretório municipal, achamos que é inviável o apoio a Natália (Bonavides) por alguns motivos. Primeiro que nacionalmente o PT tem votado políticas contra os trabalhadores como o arcabouço fiscal, que é a mesma política do teto de gastos do ministro Guedes de Bolsonaro. Segundo, esse novo ensino médio é inaceitável. O pessoal não aceita isso”.

Ele, pontua, ainda, temáticas que o partido quer levar ao debate durante a campanha e que “o PT não vai fazer”. “Por exemplo, vamos defender o ensino integral em todas as escolas de Natal, nós vamos defender a criação de uma empresa pública de transporte”.

Em nota encaminhada no sábado, o Diretório Municipal do PSOL Natal classifica a decisão como “uma intervenção inédita que ataca frontalmente a democracia interna do partido”. Repudiando “qualquer intervenção nacional sobre as instâncias de direção municipal” e afirmando que “não será intimidada’, a nota complementa: “A intervenção da Executiva Nacional aconteceu por provocação de um recurso assinado por Sandro Pimentel, que teve sua posição de apoio à Natália Bonavides derrotada na direção do PSOL Natal. Sandro apelou para uma intervenção burocrática e inédita no PSOL Natal, sufocando a democracia interna do partido em prol de suas posições individuais”.

Em conversa com o Diário do RN, o presidente estadual do PSOL RN defende que não houve intervenção: “Intervenção seria se o Diretório Nacional dissesse ‘Em Natal vocês vão ter que apoiar A B ou C. Está dizendo é para fazer uma consulta. Se na consulta os filiados disserem que deve ter candidatura própria, vai ter candidatura própria e eu serei o primeiro vou fazer questão de estar com a bandeira da candidatura própria pedindo voto”. A decisão pelo nome de Camila foi tomada por votação, por seis a três, entre os nove membros do Diretório Municipal.

No entanto, Sandro Pimentel acha que o nome de Natália Bonavides é melhor que o nome de Camila Barbosa. “Porque a Natália é um nome que já é muito conhecido em Natal, já foi vereadora de Natal, deputada federal pela segunda vez, chegou a ser a mais votada de Natal. É um nome que tem um acúmulo muito maior, já estão com ela todos os partidos de esquerda, nós entendemos que o PSOL não deve ficar indo isoladamente fora dessa disputa. O meu entendimento é de que é o único nome que está posto capaz de ir para o segundo turno e derrotar a direita”, explica.

Segundo Pimentel, que afirma ter montado 70% da nominata, dos 29 pré-candidatos do PSOL-Rede, 23 concordam com seu posicionamento; todos os doze pré-candidatos a vereador da Rede e 11 do PSOL. “Mas é que a gente tem mais de 12 mil filiados. O que eu pedi é que os filiados decidam, ou seja, eu estou pedindo a ampliação da democracia”, completa defendendo que seu posicionamento é “legítimo”.

Em junho, após decisão pela pré-candidatura própria, Camila Barbosa explicou ao Diário do RN que a definição se deu para “superar a estrutura ‘oligárquica’, o Partido Socialismo e Liberdade tomou a decisão de não integrar frente ampla da esquerda em Natal”. Na ocasião, a pré-candidata afirmou que as alianças eleitorais apresentadas ultrapassavam seus “limites de princípios”: “Existe também uma resolução Nacional do nosso partido que não estimula e proíbe coligação com o MDB, com o PRD, que são partidos que fizeram parte em algum momento também da base do ex-presidente Bolsonaro”.

Em conversa com a reportagem após a suspensão da convenção, Camila afirma que “nunca na história do PSOL em Natal a decisão foi encaminhada através do voto dos filiados”, e que resolução de tática eleitoral, emitida em março, diz que o diretório das cidades com mais de 200 mil eleitores, o diretório é a instância outorgada para definição da candidatura. “Por isso é uma intervenção tão grave da parte do diretório nacional”, afirma ela.


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COM DIFICULDADE PARA DEFINIR VICE, CARLOS EDUARDO EVITA O ASSUNTO

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O Solidariedade retirou, neste fim de semana, a indicação do nome de Kelps Lima para a candidatura a vice-prefeito de Natal em chapa com Carlos Eduardo (PSD). Segundo nota divulgada, o partido “optou não mais esperar nos prazos estipulados pelo PSD”.

A agremiação vai agora reiniciar a montagem de suas estratégias para as eleições majoritárias na capital e até o próximo dia 24 de julho, data de sua convenção, conforme texto publicado pela sigla.

“O Partido Solidariedade montou uma nominata que pretende eleger de 3 a 4 vereadores em Natal, tem o primeiro lugar nas pesquisas para a prefeitura de Parnamirim (terceiro maior colégio eleitoral do Estado), também mantém diversos candidatos a vereador a prefeito e vice-prefeito em outras cidades do interior; e muitas decisões nos municípios são influenciadas pela posição do partido na eleição da escolha do futuro prefeito da capital”, diz trecho da nota.

Ao Diário do RN, Kelps Lima afirma que até amanhã, 23, acontecerá nova definição e anúncio do partido, a partir de “muitas conversas internas” que estão acontecendo. O ex-deputado garante que a decisão já tomada é “não apoiar o PT”. Kelps deverá ir de acordo com o grupo, tendo a missão de “promover a unidade”.

Perdendo a opção do Solidariedade, Carlos Eduardo não quis se pronunciar sobre o assunto.

Segundo sua assessoria de comunicação, não há, “por enquanto”, posição dele sobre a questão.

Outra opção que circula nos bastidores seria o nome do também ex-deputado Jacó Jácome. Em reportagem publicada pelo Dário do RN na última sexta-feira, 19, Carlos Eduardo estaria articulando o nome de Jácome para agregar parcela do eleitorado evangélico à sua candidatura.

No entanto, Jacozinho, como é conhecido, teria problema em como defender seu principal tema, o aborto, diante da volta das denúncias que revelam que seu pai, Antônio Jácome, forçou uma jovem do interior a abortar, quando exercia o mandato deputado estadual. O caso, que veio à tona em 2011 em denúncia publicada pelo Jornal de Hoje, tenderia a prejudicar a candidatura de Carlos Eduardo, mais do que ajudar.

Na época, Jácome acabou respondendo a um procedimento disciplinar e julgado por um Conselho da Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte – IEADERN, que o puniu com a perda do título de pastor e proibição de usar o púlpito da igreja, local onde as pregações são feitas.

Diante dos obstáculos, se voltam para Rafael Motta (Avante) as possibilidades de se tornar o candidato a vice-prefeito de Natal na chapa com o ex-prefeito. Apesar de negar publicamente a retirada de sua pré-candidatura, nos bastidores, Rafael estaria mantendo conversas com Carlos Eduardo, com quem disputou, em 2022, uma vaga ao Senado, dividindo os eleitores da centro esquerda norte rio-grandense. Com cerca de 5% de intenções de votos nas pesquisas realizadas até aqui, Motta estaria vendo mais vantagem em se unir ao seu ex-opositor.


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ESCÂNDALO SEXUAL COM ABORTO PODERÁ ABALAR A CHAPA DE CARLOS EDUARDO

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A eleição municipal em Natal ainda está no período de fechamento das chapas, antes da chegada das convenções partidárias. A escolha do vice é algo que tanto pode ajudar uma candidatura, como pode atrapalhar muito e até provocar a derrota.

O pré-candidato à Prefeitura de Natal, Carlos Eduardo, anunciará seu vice no dia 3 de agosto, quando ocorrerá a convenção de seu partido em Natal. O nome que circula nos bastidores e já teria sido escolhido é o do ex-deputado estadual Jacó Jácome.

Jacozinho, como é conhecido, chegaria para fortalecer a votação de Carlos Eduardo entre os evangélicos. O problema dele será como defender seu principal tema, o aborto, diante da volta das denúncias que revelam que seu pai, Antônio Jácome, forçou uma jovem do interior a abortar, quando exercia o mandato de deputado estadual.

O caso veio à tona em 2011 e a denúncia foi publicada pelo Jornal de Hoje. Com a repercussão do caso de adultério e a denúncia formal da jovem que teria sido usada sexualmente e forçada a fazer um aborto, Jácome acabou respondendo a um procedimento disciplinar e julgado por um Conselho da Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte – IEADERN, que o puniu com a perda do título de pastor e proibição de usar o púlpito da igreja, local onde as pregações são feitas.

“A comissão de pastores, após colher depoimentos e examinar provas das denúncias contra o deputado e membro destacado da Assembleia de Deus, estabeleceu a data de 05 de março último para que ele apresentasse esclarecimentos e fizesse sua defesa mas, em vez de atender a comissão, Antônio Jácome preferiu enviar à direção da Igreja, por meio de advogado, uma carta contendo sua confissão, na qual teria cometido o cometimento dos fatos denunciados e pedido perdão”, diz trecho da reportagem publicada no dia 12 de abril de 2011, no Jornal de Hoje.

A punição foi anunciada oficialmente no dia 2 de abril de 2011, num encontro de líderes evangélicos de Natal, realizado pela Assembleia de Deus no auditório do CEMURE e também no dia 4 de abril, na Assembleia Geral dos líderes e pastores Integrantes da Convenção Geral de Ministros da Assembleia de Deus do Estado do Rio Grande do Norte, evento realizado mensalmente e que reúne todos os obreiros com ação pastoral do Estado.

aborto forçado
Pai do provável vice de Carlos Eduardo, Antônio Jácome foi expulso do púlpito da Igreja por forçar uma jovem do interior a abortar, depois de engravidá-la e se recusar a assumir a criança. Um caso de adultério associado a um crime de forçar alguém a realizar aborto. O caso fica ainda mais grave quando o suposto autor dessa situação é médico.

O fato foi denunciado na imprensa do Rio Grande do Norte e houve a abertura de um processo disciplinar na Assembleia de Deus. Após ouvir os dois lados, uma comissão formada por pastores com formação jurídica decidiu pela expulsão de Jácome do púlpito da Igreja. Jácome era pastor e foi proibido de pregar a palavra de Deus depois de sua condenação interna.

Segundo denúncia publicada no Jornal na época, “a reportagem entrou em contato com dois dos pastores que fizeram parte da comissão que analisou o caso do deputado e estes confirmaram os fatos, pedindo, porém, que seus nomes não fossem citados, acrescentando apenas que os depoimentos das pessoas responsáveis pelas denúncias e das testemunhas de acusação, além da carta de confissão de Jácome, se encontram arquivados no templo Central da Assembleia de Deus do Rio Grande do Norte”.

Após o que teria sido a confissão de Jácome, a diretoria da Assembleia de Deus, em concordância com a Comissão Disciplinar, aplicou a punição institucional. “Duas modalidades de disciplina foram aplicadas a Antônio Jácome: a Disciplina Comum, considerada uma reprovação pública, e a Exclusão, esta, em razão da acusação de indução à prática de aborto”.

De acordo com uma fonte que teve acesso ao depoimento da jovem, “Jácome usava seu cargo de vice-governador e deputado estadual, e também a autoridade de pastor evangélico, para coagir ‘jovens virgens’ a irem para a sua cama”.

Boa parte do relato que levou à condenação e expulsão de Jácome da igreja Assembleia de Deus é impublicável, segundo um evangélico que teve acesso ao documento.

Antônio Jácome, depois de tudo que ocorreu e foi do conhecimento dos fiéis, não conseguiu mais ser eleito com os votos dos evangélicos. Caso o filho de Antônio seja candidato a vice de Carlos Eduardo, deverá haver constrangimento e desgaste para a chapa. Afinal, recentemente, Jacó Jácome concedeu entrevista ao Agora RN e combateu fortemente uma decisão do STF, que seria interpretada como descriminalização do aborto: “Fiquei estarrecido quando li a decisão”, disse Jacó Jácome.


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CARLOS EDUARDO: “ESPERO QUE A VERDADE SEJA RESTABELECIDA E A JUSTIÇA SEJA FEITA”

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Condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por “irregularidades” nas obras do antigo estádio Machadão, o ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD) afirma, em nota, que “recebeu com surpresa” a decisão. O acórdão dos Ministros do TCU foi publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (18).

Segundo a denúncia, referente ao processo nº TC 004.063/2008-4, as obras foram superfaturadas em mais de R$ 812 mil. Entretanto, o pré-candidato a prefeito afirma que “ele não era ordenador de despesa e, portanto, não pagou valor algum a qualquer construtora”.

“No caso específico, que ocorreu há mais de 15 anos, o ex-prefeito Carlos Eduardo reteve verbas e não realizou pagamentos”, diz trecho da nota.

Ele complementa: “O próprio juiz Artur Cortez Bonifácio, na sua sentença, reconheceu que o ex-prefeito Carlos Eduardo não pagou nada. O Ministério Público, por sua vez, sugeriu o arquivamento do caso, que já teria prescrito”. A decisão a que o ex-prefeito se refere é relativo ao processo número 0828019-90.2017.8.20.5001, cuja sentença foi dada em 18 de dezembro de 2023.

Carlos Eduardo finaliza afirmando que vai recorrer da decisão e “espera que a verdade seja reestabelecida e Justiça seja feita”.

Pelo acordão nº 1363/2024, do TCU, são condenados Carlos Eduardo Nunes Alves, Francisco Nilton Pascoal Figueiredo e a Construtora A Gaspas S/A a devolver aos cofres do Tesouro Nacional a quantia R$ 812.410,87. As contas dos três responsáveis foram julgadas irregulares.

Além disso, foi determinado a Carlos Eduardo o pagamento de multa no valor de R$ 200 mil. Os demais condenados devem pagar R$ 100 mil, cada um. As dívidas devem ser atualizadas monetariamente e acrescida de juros de mora, a partir de 19 de março de 2013 até a data do efetivo pagamento.

Foi fixado prazo de 15 dias, a contar das notificações, para comprovação, perante o Tribunal, do recolhimento das dívidas determinadas. Ainda de acordo com a decisão, os três responsáveis, a Prefeitura de Natal e o Procurador-Chefe da Procuradoria da República do Estado do Rio Grande do Norte devem ser comunicados da decisão.

O relator do processo é o ministro Jorge Oliveira. Estavam presentes na sessão ordinária do Tribunal os ministros Bruno Dantas (Presidente), Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler, Aroldo Cedraz, Jorge Oliveira (Relator) e Jhonatan de Jesus. Augusto Sherman Cavalcanti e Marcos Bemquerer Costa, como Ministros-Substitutos convocados e Weder de Oliveira, como Ministro-Substituto presente.


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VOTAÇÃO DE CONCESSÕES É TEMA DIVERGENTE NA CÂMARA DE NATAL

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Não aconteceu a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Natal que deveria ter apreciado e votado os projetos de concessão pública do Complexo Turístico da Redinha e do Teatro Sandoval Wanderley. Faltou quórum. E também não há uma nova data para ocorrer. Certo mesmo é a polêmica e divergências acerca do tema. Manifestantes contrários aos projetos lotaram a “Casa do Povo”.

Vale lembrar que muitos moradores e trabalhadores da praia da Redinha, na Zona Norte de Natal, não estão convencidos de que terão direito a renovar o tempo de uso no espaço. Para eles, a Prefeitura de Natal está querendo privatizar o equipamento. Revoltados, alguns chegaram a interromper o trânsito na Ponte Newton Navarro, causando grande engarrafamento no início da manhã da terça (16). O protesto foi chamado de “Privatização não. A Redinha merece respeito”.

Também há muito barulho e insatisfação por parte da classe artística, amantes da cultura, gente que acredita que o teatro também será entregue de mão beijada para a iniciativa privada, de forma a explorar o espaço do jeito que bem entender.

Quem também se manifesta contra as concessões é o vereador Daniel Valença. Ao Diário do RN, ele disse que “ambos os projetos representam privatização do espaço público, após a gestão Álvaro Dias colocar R$ 6 milhões na reforma do Teatro Sandoval Wanderley, e cerca de R$ 30 milhões no Mercado da Redinha, para serem repassados ao empresariado sem custo algum. Dar o nome de PPP ou dizer tratar-se de uma concessão, não muda a essência: a Prefeitura investe, mas quem ganha não é o povo ou a comunidade. No caso da Redinha, a Prefeitura vai cobrar R$ 600 dos boxes do mercado e R$ 1.300 das quiosqueiras apenas para a administração. Elas já administram o lugar há anos. A infraestrutura é que precisava melhorar para adequação às normas de sustentabilidade e isso não está sendo cobrado da empresa. Na prática, eles irão pagar aluguel e ter sua mão de obra explorada. A consequência prática será a elitização da orla e a expulsão da comunidade de sua própria orla, construída historicamente e caracterizada por investigação do MPF como território de povos tradicionais. No caso do Teatro Sandoval Wanderley, a lógica se repete. A Prefeitura investiu na infraestrutura, o Estado doou parte do terreno da escola ao lado para adequar as exigências da obra e, depois de 14 anos fechado, o teatro do povo, apesar de todo investimento público, será cedido a terceiros”, pontuou.

A vereadora Brisa Bracchi é outra que não esconde sua indignação com os projetos da Prefeitura.

“Esses PLs são exemplos perfeitos do quanto Álvaro Dias despreza o patrimônio da cidade. O Teatro Sandoval Wanderley não é conhecido como Teatrinho do Povo à toa, é um equipamento histórico que sempre cumpriu papel social, viabilizando arte para as camadas mais populares da sociedade. A Redinha é também local de tradição popular. O Mercado e os quiosques sustentam a economia da comunidade. Mas o entreguismo de Álvaro não reconhece o valor de seu próprio povo. Gastou dinheiro público para requalificar tanto o Teatro como a Redinha, e agora que as obras estarão prontas, quer ceder para exploração privada, desconfigurando o caráter popular dos locais. Já passou da hora de derrubar esse projeto precarizante de gestão. Precisamos de uma Prefeitura que valorize e respeite o povo natalense”, criticou.

Enquanto uns são contra, outros são a favor da iniciativa proposta pelo Executivo municipal. É o caso do vereador Anderson Lopes. “Com relação a essa concessão para o SESC (Teatro Sandoval Wanderley), eu não vejo nenhum problema, até porque parceria público-privado é algo que traz benefício no Brasil todo. Infelizmente, os municípios passam em frente a momentos difíceis que em grande parte não têm condições de manter seus equipamentos públicos. Natal, por exemplo, de tudo que arrecada, 70% gasta só em folha de pessoal. Então, uma parceria dessa com uma empresa que tem um know-how muito grande da cultura, que é o SESC. Nós vemos pelo Brasil todo o sistema cultural do SESC. Então, assim, não está sendo entregue a qualquer empresa. É uma empresa de grande credibilidade, uma empresa que tem nome e que tem uma história dentro da cultura, que realmente investe na cultura. Já a Redinha (Complexo Turístico), eu tinha uma preocupação até ler o projeto, de saber como é que seria com as pessoas que já estavam dentro dos boxes. Daí, eu fiquei muito tranquilo quando vi que a prioridade de ocupação desses boxes é de quem já estava lá por três anos, podendo se prorrogar por mais três, que é o que a legislação permite. Então, isso me deixa muito mais tranquilo para votar esse projeto sabendo que a prioridade vai para as pessoas que já ocupavam os boxes. Além disso, dos novos restaurantes que vão ter 10% deles, vão ser direcionados para pessoas priorizadas, para as pessoas que moram na Redinha. E ainda tem um investimento de 10% de tudo que vai ser arrecadado que vai ser investido em benefícios para a Redinha. Vai caber à Câmara fiscalizar o investimento desses 10%, que realmente seja investido em benefícios para a comunidade. Eu fico bem tranquilo em votar num projeto desse porque não vejo que venha desfavorecer ninguém.

Pelo contrário. Tenho certeza que uma parceria público-privada vai ajudar e muito na manutenção, para poder manter o mercado da Redinha do jeito que a Zona Norte merece. E mais certeza ainda eu tenho que, no futuro bem próximo, a Redinha vai se transformar num local, num polo não só turístico, mas também com melhor frequência dos natalenses, especialmente da população da Zona Norte”, afirmou.

A vereadora Julia Arruda preferiu não opinar neste momento. Ela acredita que faltou tempo para uma discussão mais ampla. “Trata-se de dois projetos extremamente importantes e, pela importância deles, não pode ser votado de qualquer jeito, sem uma ampla discussão, sem ouvir os segmentos diretamente afetados com todo o desdobramento deles. O nosso mandato está empenhado em ouvir as categorias, as representações da sociedade civil, inclusive na elaboração de emendas para apresentarmos. Lamento projetos como esses serem pautados em uma convocação extraordinária e em regime de urgência. Como a bancada não deu quórum hoje, o PL não foi aprovado em urgência e volta de forma ordinária na volta do recesso”, disse ela.

Falta de quórum
Dos 29 vereadores que compõem a Câmara Municipal de Natal, apenas 11 atenderam à convocação e compareceram à sessão extraordinária. Para abrir a sessão, seria necessária a presença de pelo menos 15 parlamentares.

A sessão extraordinária foi convocada durante o recesso dos vereadores. A pauta seria votada em regime de urgência, ou seja, sem a necessidade de tramitação das comissões da Casa Legislativa.


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PREFEITO CONTRATA, SEM LICITAÇÃO, EMPRESAS DA CAMPANHA DE 2020

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Em Monte Alegre, duas das empresas que atuaram na campanha do então candidato André Rodrigues (PL), eleito prefeito em 2022, fecharam contratos com a gestão, sem o processo licitatório. Uma delas, teve contrato firmado em 2021 e atua durante os três anos e meio em que André administra o município da Região Metropolitana.

A Analisa RN é uma empresa de consultoria contábil, que fez a assessoria na área para a campanha do então candidato, conforme mostra a prestação de contas no Sistema do TRE/RN, Divulgacand, de 2020. Logo em 2021, a Prefeitura fez um aditivo do processo licitatório oriundo de 2018, nº 26/2018, mantendo o contrato com a empresa até 2023, sem licitação. Nos anos seguintes, o contrato foi prorrogado através de aditivos. Em 2024, a gestão monte alegrense manteve o serviço com a empresa por inexigibilidade, sem a necessidade do processo de licitação.

Entre 2021 e 2024 até agora, a Analisa RN recebeu quase R$ 1 milhão da Prefeitura de Monte Alegre. Em 2021, o valor liquidado para a consultoria contábil foi R$ 152.260,00; em 2022, foram R$ 245.705,09; já em 2023, a Prefeitura de Monte Alegre pagou R$ 303.206,00 à empresa que auxiliou o hoje chefe do Executivo na contabilidade da campanha. Em 2024, de 1º de janeiro a 17 de julho, já foram R$ 85.849,00.

Durante a campanha eleitoral, André Rodrigues, enquanto candidato, pagou R$ 12.000,00 a Analisa RN.

Já a empresa Natal Fogos, de razão social KCM dos Reis Almeida ME, que forneceu os fogos de artifício da campanha, teve contrato firmado com a Prefeitura de Monte Alegre por dispensa de licitação. A Natal Fogos continuou a fornecer o material para a gestão durante os dois primeiros anos da gestão.

Em 2021, foram pagos R$ 16.800,00 e em 2022, R$ 17.380,00 de fogos de artifício. Durante a eleição de 2020, a empresa forneceu fogos para os eventos de campanha no valor de R$ 2.200,00.


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NATÁLIA QUER MILKLEY COMO VICE, MAS ELE ESTÁ “ENTRE O CORAÇÃO E A RAZÃO”

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O convite foi feito “por diversas vezes”, segundo o vereador Milklei Leite (PV). A pré-candidata à Prefeitura de Natal, Natália Bonavides (PT), espera ter o parlamentar como candidato a vice-prefeito em sua chapa na disputa. Contudo, o – até agora – pré-candidato a vereador diz que “ainda não” aceitou o convite.

Para ele, que é presidente estadual do PV, pesa o fato da sua pré-candidatura à Câmara de Natal estar “bem encaminhada” e “se vale a pena arriscar uma cadeira”. Segundo o vereador, essa questão tem sido ponderada pelo PV, partido ao qual é filiado e que forma Federação com o PT e o PCdoB.

“A questão aqui é mais se a gente arrisca o mandato já encaminhado, com avaliação nossa que a gente ainda poderia ter feito muita coisa, mas nosso mandato tem sido atuante na cidade, tem pautas importantes. Então, o partido tem alguns que não querem arriscar perder a cadeira do Partido Verde nas pautas. Tem que ser muito bem pensado para que a gente vá para uma situação que seja também vencedora”, explica ele ressaltando que dentro do PV “é fato” que não há divergência quanto à candidatura de Natália Bonavides.

Milklei diz que o convite feito pela pré-candidata apoiada pela governadora Fátima Bezerra (PT) é um “privilégio”, mas o desejo maior é ser vereador novamente: “Eu creio que o desejo maior é ser vereador, porém o convite foi feito e a gente sente também o privilégio de receber o convite para compor a chapa”.

Segundo ele, estão acontecendo reuniões frequentes dentro do partido e na próxima segunda-feira (22) a direção do PV vai se reunir para avaliar e “tomar um posicionamento”. A decisão deverá vir de “sete a 10 dias”, já que a convenção acontecerá no próximo dia 02 de agosto.

Milklei Leite obteve 2.721 votos nas eleições de 2020, sendo eleito vereador pela primeira vez em Natal. Nas eleições de 2022, foi candidato a deputado federal, obtendo 9.489 votos (2,32% da votação) só em Natal. No Estado, foram 12.885 votos.

O partido, de acordo com ele, teme que a sua saída da nominata possa reduzir o número de votos a ponto de alterar os planos da Federação para a eleição proporcional. Eles acreditam que há condições de eleger quatro nomes mais um da primeira sobra. Além dele, compõe a nominata pelo PV o vereador Herberth Sena, entre os nomes com mandato. Em 2020, Herberth foi o vereador mais votado, alcançando 6.029 votos.

“Nós temos expectativa de fazer quatro normais e um na primeira sobra, porque nós temos muitos nomes fortes no partido. Então, a gente tem condições de fazer uma quantidade boa de votos. E a gente tem a ideia de trabalhar para as seis vagas. Porém, eu saindo já tenho a quantidade de voto que que sai, então, também tem essa análise. O coração está pedindo para ser vereador e a cabeça está pedindo para ser vice”, complementa.


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O PAPA ESTÁ DE VOLTA: “DISPOSTO, AGUERRIDO, QUERENDO FAZER MAIS”

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“No caminho da volta ninguém se perde e eu quero continuar trabalhando pelo Caicó grande, pelo Seridó, pelo Rio Grande do Norte. Quero continuar minha luta, que já faz 50 anos e eu me sinto ainda disposto, aguerrido, querendo fazer mais. Quero continuar a luta dos cinquenta anos”, comemora Vivaldo Costa (PV), ao assumir pela 10ª vez o mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Vivaldo Costa (PV) tomou posse nesta quarta-feira (17), no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa. O ato de posse foi publicado no Diário Oficial Eletrônico (DOE/ALRN) desta quarta-feira. Empossado pelo presidente Ezequiel Ferreira (PSDB), o líder político do Seridó ressaltou, ainda, o desejo de continuar os projetos em torno da saúde mental e UTI infantil no Seridó, além da conclusão da Passagem das Traíras.

Médico por formação, Vivaldo Silvino Costa retoma caminhada política iniciada na década de 70, quando conquistou o primeiro mandato de deputado estadual em 1975. Ficou no cargo até 1991.

Foi vice-governador do Rio Grande do Norte no primeiro governo de José Agripino. Em 1994, com a saída de Agripino para campanha a senador, Vivaldo assume o Governo do RN até 1995.

Foi prefeito de Caicó entre janeiro de 1997 e abril de 1998. No mês de janeiro de 2003, chegou a exercer mandato de deputado federal. Em seguida, foi eleito deputado estadual, para as legislaturas de 2003 a 2007, 2011 a 2015 e de 2015 a 2023.

Na eleição de 2022, o Papa, como é conhecido, obteve 27.534 votos e ficou na primeira suplência da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PcdoB).

Sendo agora o mais longevo deputado na Assembleia, com dois anos de mandato pela frente, Vivaldo afirma que não deve concorrer à reeleição em 2026.

A cerimônia de posse contou com lideranças políticas do Seridó, e com a presença dos deputados Francisco do PT, Divaneide Basílio (PT) e Nelter Queiroz (PSDB), assim como também o prefeito de Caicó, Dr. Tadeu (PSDB), o conselheiro aposentado do TCE, Tarcísio Costa, irmão de Vivaldo, Augusto Viveiros, Diretor Geral da ALRN, entre outras autoridades e correligionários políticos do deputado.

Durante a posse, o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, destacou a “honra de ter o Papa de volta, só enobrece a Assembleia Legislativa, com a sua história de vida e a sua disposição de ajudar o povo do RN, particularmente o povo de Caicó. Isso só aumenta a responsabilidade de cada deputado”.

Vivaldo assume a vacância na casa após a saída de George Soares, eleito novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, assumindo vaga de Tarcísio Costa, irmão de Vivaldo, após aposentadoria compulsória. George Soares, nome defendido pela bancada do Governo para o TCE, venceu por 12 votos a 10 o deputado Gustavo Carvalho, em eleição que aconteceu no dia 26 de junho. Quatro dos sete conselheiros do TCE são indicação da Assembleia Legislativa.

Compromisso com quem o “ajudou”
O deputado recém empossado falou sobre o compromisso que tem com quem o “ajudou” para o seu retorno à Assembleia. “Os que me ajudaram, os que ajudaram na minha volta, pode ter certeza que cumprirei todo o meu compromisso com eles”, admite ao Diário do RN, durante cerimônia de posse.

Assim como fez no dia em que George Soares (PV) foi escolhido, Vivaldo, mais uma vez, citou os nomes das pessoas a quem tem gratidão e compromisso: “Eu devo a quatro pessoas, aliás, é mais, mas eu estou dizendo quatro que ficaram na linha de frente. Por exemplo, Tadeu, prefeito de Caicó me ajudou muito; João Maia me ajudou muito e a FÉ – Fátima e Ezequiel”, lembra.

Vivaldo reconhece que a decisão por George Soares foi uma decisão política e admite que pediu votos para o deputado de Assu se eleger: “Sim, sem dúvida nenhuma (foi decisão política). Aqui eu contei com o apoio da maioria dos deputados, contei com o apoio de todo mundo e com a boa vontade. Aqui vão deixar de ver Vivaldo Dinartista tradicional dentro do Partido Verde para ver Vivaldo Costa um homem público decente que sempre foi”, declarou.


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VALENÇA: “PREFEITURA SEGUE MENTINDO”; ANDERSON: “IDEMA É 100% POLÍTICA”

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“Enquanto não fizerem o que determina o direito ambiental e social brasileiro, continuarão sem atender os requisitos para executar a obra”. Assim opina o vereador Daniel Valença (PT) sobre a Prefeitura Municipal de Natal e os requisitos técnicos exigidos pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) para a liberação da Licença de Instalação e Operação, necessária para o início das obras de Engorda e Drenagem da Praia de Ponta Negra.

Nesta terça-feira (16), o diretor do Instituto concedeu entrevista coletiva sobre o resultado das análises técnicas a respeito das respostas da Prefeitura de Natal no processo de Licenciamento Ambiental das obras. Para o Idema, as respostas às condicionantes não são satisfatórias e ainda impedem a emissão da Licença de Instalação e Operação.

Para o vereador petista, a polêmica gerada pela Prefeitura sobre a licença parte de uma “mentira” da gestão municipal: “A prefeitura do Natal segue mentindo à sociedade. Primeiro, comandou ataques contra o Idema nas redes, fazendo uso inclusive de uma draga cujo custo de funcionamento seria de R$ 7,5 milhões. Desmoralizada pela comprovação de que passaram quase um ano para responder aos questionamentos feitos pelo órgão ambiental quando da emissão da Licença Prévia, invadiram o Idema e alegavam que a Licença de Instalação e Operação não era emitida por questões políticas”.

O parlamentar municipal pontua, ainda, que o trabalho apresentado ao Idema foi “incompetente e incompleto”: “Mentira tem perna curta e, depois de ‘responderem’, poucos dias depois da invasão, os 17 pontos levantados pelo Idema, por ex., sobre o impacto socioeconômico em face dos pescadores e pescadoras, bem como sobre a existência de consulta prévia, livre e informada, tendo em vista se tratar de comunidade tradicional pesqueira; novamente apresentam um trabalho incompetente e incompleto”, finaliza.

Já o vereador Anderson Lopes (PSDB), que apoia o prefeito Álvaro Dias (Republicanos), acredita que a avaliação do Idema é “100% política”, e não técnica. Ele atrela a decisão do órgão ambiental à pré-candidatura de Natália Bonavides, lançada pela governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT).

“O que eu acho é que de fato está tendo alguma má vontade. Está tendo uma questão política aí nesse ano de eleição e o Governo do Estado tem sua preferência em candidatura, que não é a mesma candidatura do Governo Municipal. Isso aí é fato”, acusa.

O vereador repete a argumentação defendida pelo prefeito Álvaro Dias e seus apoiadores sobre obras de dragagem e aterro hidráulico realizadas em outras cidades do país: “Não acredito (em análise técnica) porque eu fui pesquisar em Santa Catarina, em Balneário Camboriú, e no Ceará, com relação a Fortaleza, não houve tanto empecilho, não houveram tantos questionamentos. Se tivesse uma boa vontade do Governo do Estado, eu acho que já teriam sentado todo mundo numa sala e dizer: ‘Olha a gente só vai sair daqui agora com tudo pronto”, acredita.

Lopes destaca, ainda, que a cidade deve perder no aspecto econômico: “Natal vai perder muito com isso, é um risco muito grande da gente perder inclusive o Morro do Careca. A engorda seria uma defesa ambiental, isso dito pelos técnicos da própria UFRN, que iria facilitar e muito na reconstrução do Morro do Careca, mas que infelizmente o resultado vai ser ficar sem essa obra”.

O diretor geral do Idema, Werner Farkatt, responsável pela licença ambiental, foi questionado pelo Diário do RN, na coletiva, sobre a acusação de uso político do Instituto.

“O que eu tenho falado o tempo todo. Eu acho que isso, inclusive, é um desrespeito à diretoria do IDEMA, que é técnica, ao corpo de profissionais que nós temos dentro do IDEMA, que é técnico também, porque amanhã nenhum desses vereadores, caso haja um problema, virá a defender o IDEMA nem o corpo técnico. É lamentável que sigam essa linha, achando que todo mundo trabalha com política. Nós aqui trabalhamos tecnicamente. Os nossos questionamentos, todos eles são técnicos. Todos os questionamentos que foram feitos são técnicos. E se nós não pensássemos dessa forma, nós poderíamos ter conduzido lá atrás o processo de outra maneira e não ter condicionado todos os questionamentos. Mas eles são livres para dizer, interpretar as coisas da maneira que eles acharem mais conveniente para eles. O que nós temos de tranquilidade e consciência é que nós estamos fazendo o nosso trabalho”, concluiu.


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AGRIPINO IGNORA ALLYSON E AFIRMA QUE PODE APOIAR STYVENSON EM 2026

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O presidente estadual do União Brasil, José Agripino, abriu as suas possibilidades de apoio ao Governo do Estado nas eleições de 2026. Segundo o ex-parlamentar, se o senador Styvenson Valentim (Podemos) “reunir as condições”, ele o apoia “na hora”.

“Vou olhar no olho dele: na hora. Olhando no olho dele, não tenha nenhuma dúvida. Ele é um homem de bem, todo mundo tem virtude e defeitos, ele tem virtudes e defeitos, mas é um homem de bem. É corajoso e já disse isso para ele, ele é corajoso e ele teria, se eleito governador, as condições”, disse Agripino no programa do Youtube Eleições em Debate, da 96 FM, nesta segunda-feira (15). O programa é apresentado pelos jornalistas Ênio Sinedino e Bruno Giovanni.

Agripino, entretanto, pontuou que Styvenson, caso decida se candidatar à disputa pela cadeira de chefe do Executivo Municipal, precisa “merecer o apoio de todos”. Em entrevistas anteriores, Agripino afirmou a intenção de reunir grande coalizão de partidos em 2026.

“Agora, para isso, ele tem que adquirir as condições, ele tem que ser o ponteiro para merecer o apoio de todos; eu sou uma andorinha só, eu não faço verão. Agora, com argumentos bons, a gente consegue convencer a maioria a votar no que tem melhor condição de ganhar”, complementou Agripino sobre Styvenson.

O Podemos, partido do senador Styvenson Valentim, apoia a pré-candidatura de Paulinho Freire, do União Brasil, a Prefeitura de Natal, nas eleições de 2024. O arco de alianças reúne também o Republicanos, PP, PSDB e PL.

Acontece que o União Brasil já teria um nome para chamar de seu ao Governo do RN em 2026. O prefeito de Mossoró teve seu nome colocado pelo próprio Agripino, que apadrinha o prefeito do segundo maior colégio eleitoral desde 2022. Na entrevista em que afaga Styvenson, ele sequer cita os afagos anteriores que fez a Allyson Bezerra.

A confirmação da indicação do prefeito de Mossoró ao Governo do RN foi publicada pelo jornal Agora RN, em abril deste ano. “Sem dúvida, Allyson é um excelente quadro na política do RN, e o União Brasil, em 2026, vai buscar a união do centro democrático em torno de uma candidatura para a gestão estadual”, afirmou o presidente do União Brasil no Rio Grande do Norte.

Antes, em 16 de agosto de 2023, José Agripino esteve em agenda administrativa da Prefeitura de Mossoró e conversou com reportagem da TCM, televisão local, sobre o nome de Allyson que, na época, acabava de se filiar ao União Brasil.

“Ninguém se iluda não, Allyson veio para ficar na política do Estado. Ele é bom político e é bom administrador, junta as duas coisas, o que é bom para a política. Ele é um quadro de qualidade e que eu não tenho nenhuma dúvida, qualifica os quadros do União Brasil e coloca o União Brasil no rol dos pretendentes ao Governo do Estado num futuro que a gente possa enxergar. O Estado é o futuro de Allyson”, afirmo Agripino.

Já Allyson Bezerra (UB), apesar de planejamentos nos bastidores que devem influenciar, inclusive, a indicação do vice na sua chapa à reeleição na Prefeitura de Mossoró, sempre se esquivou falar publicamente sobre suas perspectivas de disputar o Governo do RN em 2026. Em entrevista ao Diário do RN, publicada no dia 23 de maio, o chefe do Executivo mossoroense disse não antecipar a eleição geral.

“Tem muita gente que está antecipando eleições, sem ter a humildade de passar por essa; tem pessoas que estão fechando acordos que não vão cumprir para as eleições próximas, de 2026. Que estão fechando portas, por 2026”, disse.

Ele ainda ressaltou sua visão sobre acordo político e confiança: “A partir do momento que o prefeito Allyson vai para a rua, apoia o candidato, veste a camisa do candidato, coloca adesivo do candidato no peito, pega o candidato nas últimas colocações, coloca ele em primeira em Mossoró, dá uma maioria de votos, vai para cima de qualquer um, dando a confiança a outra pessoa e chega lá na frente, no momento que o prefeito está precisando do apoio partidário e político, e essa pessoa age totalmente contrário, acho que a política cobra. Eu não quero acreditar que nenhum político confie em outro político que deixa seus aliados na hora que eles mais precisam. Eu não acredito nisso”.


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A SUCESSÃO NO MAIOR COLÉGIO ELEITORAL DO RN PROTAGONIZADA POR QUATRO NOMES

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O pleito de 6 de outubro em Natal será disputado predominantemente por ex-aliados. Até o momento, são sete candidaturas postas, sendo quatro nomes mais expressivos e com histórico político-eleitoral: Carlos Eduardo, Paulinho Freire, Natália Bonavides e Rafael Motta.

Comecemos pelo ex-prefeito Carlos Eduardo, que governou Natal em quatro oportunidades. Na história recente da capital, é o político com mais tempo de gestão no executivo natalense.

O filho de Agnelo tem suas gestões como vitrine e ele já começou a mostrar o que fez quando governou Natal. Os pontos positivos serão explorados à exaustão, para consolidar a imagem do bom gestor. O líder atual das pesquisas também tem a seu favor o fato de não ter sua imagem respingada por desgaste de nenhuma liderança, seja municipal, estadual ou federal. Se o eleitor estiver chateado com Álvaro Dias, não atinge Carlos Eduardo; se estiver aborrecido com Fátima Bezerra, também não atinge o filho de Agnelo; e, se reprovar a gestão de Lula ou repelir Bolsonaro, Carlos Eduardo também não será atingido. O eleitor vai votar ou deixar de votar em Carlos Eduardo sem nenhuma influência externa. Será o voto dele ou contra ele.

Como pontos negativos estão a reprovação de suas contas pelo Tribunal de Contas do Estado. O ex-gestor pretende pedir ao eleitor um novo mandato, mas o órgão técnico diz que suas administrações foram reprovadas, inclusive pelo fato de investir menos recursos na Educação do que a legislação determina.

Os movimentos pendulares de Carlos Eduardo também serão lembrados pelos adversários, para mostrar sua instabilidade política e ausência de definição ideológica. Ele já foi Lula, Bolsonaro, Fátima e Álvaro; já foi contra Fátima, contra Lula, contra Bolsonaro, contra Álvaro e até se afastou da família, que abriu as portas para sua carreira no Executivo.

Paulinho Freire é o candidato com maior respaldo político da atual eleição. Conta com 20 dos 29 vereadores da capital, cinco partidos, o prefeito de Natal, além de deputados estaduais, federais e dois senadores. Por enquanto, esse conjunto de apoio político de peso não fez com que a candidatura de Freire subisse numa velocidade mais visível. Mas ele consolidou o segundo lugar e poderá cresce mais pela capilaridade que os apoios lhe darão quando a campanha começar.

Os pontos negativos da candidatura de Paulinho são os mesmos que também são considerados positivos: os apoios políticos. Com Álvaro em desgaste, atinge diretamente a pretensão de Freire; sua vinculação ao bolsonarismo, atende à Direita, mas lhe tira votos do Centro; sua postura moderada está sendo desgastada por votações vinculadas à extrema-direita. Seu grande malabarismo vai ser chegar ao eleitor do Centro sem afugentar o eleitorado mais radical do bolsonarismo.

A deputada federal Natália Bonavides tem um perfil bacana para ser trabalhado: jovem, bonita, inteligente, carismática. No último pleito, obteve mais de 50 mil votos em Natal, o equivalente a 12% do eleitorado da capital. É um acervo importante para uma largada majoritária.

Natália, assim como Paulinho, precisa usar um engenhoso malabarismo para conquistar o eleitor que admira Lula, sem perder o eleitor que reprova Fátima. Não será uma tarefa fácil. Outro ponto negativo da parlamentar é a passividade com cheiro de arrogância, que permeia sua atuação. Ela permitiu que sua imagem fosse desconstruída sem a menor preocupação em reparar os danos causados.

Seu perfil precisa ser refeito aos olhos do eleitor, que em boa parte enxerga alguém que apoia e incentiva invasão de prédios públicos e propriedades privadas, é a favor da legalização das drogas e da liberação total do aborto, entre outras situações que não foram rebatidas e se consolidou como uma imagem pronta e acabada de alguém imatura para exercer o comando da capital.

Rafael Motta tem um perfil leve para ser trabalhado. Se tivesse sido escolhido como o candidato do prefeito Álvaro Dias, já teria subido mais do que Paulinho alcançou. Carismático, se expressa bem, não contabiliza desgaste e tem uma imagem limpa.

Sua maior dificuldade é a ausência de respaldo das forças políticas. Num gesto inesperado, trocou um partido forte no aspecto político, com fundo partidário expressivo, por outro sem identificação de qualquer liderança de peso na política nacional e um caixa sem grandes atrativos. Além disso, sua passagem pelo secretariado do prefeito retirou o discurso de oposição.

O crescimento de Rafael está vinculado à forma como ele vai chegar ao eleitorado. Quando ele fala, se deixa escutar pela população, o quadro referente à percepção da imagem pelo eleitor muda sensivelmente.

Há um outro detalhe em relação a esses quatro nomes. De alguma forma eles já estiveram juntos, de maneira direta ou indireta.

Carlos Eduardo já foi aliado de Paulinho e de Natália; Paulinho já apoiou a gestão de Carlos Eduardo; Rafael já foi aliado de Natália; Natália já dividiu palanque com Carlos Eduardo, que já foi aliado de Álvaro, de Fátima, de Lula, de Bolsonaro e de Paulinho.

O marketing dos candidatos vai ter que separar cada situação, pontuar eventuais justificativas, tornar agudo o defeito do opositor, minimizar as falhas de seu candidato e partir para o ataque.

Justamente pelo fato de que são candidatos que podem e devem crescer durante a campanha, a eleição em Natal deverá ser disputada em dois turnos. E é aí que entram os atuais candidatos minúsculos. A soma de Paulinho, Natália e Rafael, receberá também votos de Camila Barbosa, do Psol, de Nando Poeta, do PSTU e de Heró Bezerra, do PRTB.

Não esqueçamos da eleição de 2014 para governador do RN, quando o então favorito a ganhar em primeiro turno, Henrique Alves, viu sua chance de vitória ir embora por causa da votação de Robério Paulino.

Na primeira votação, Henrique obteve 47,34 % dos votos; Robinson ficou com 43,04%; Simone Dutra (PSTU) teve 0,98% e Araken Farias (PSL) obteve 0,90%. Até aí, Henrique estaria eleito em primeiro turno.

O problema foi Robério. O então candidato do Psol surpreendeu e obteve 8,74% dos votos. A soma de todos contra Henrique foi 52,66%.

Por pouco mais de 5%, a decisão para governador do RN foi para o segundo turno, configurando um novo pleito.

O vitorioso do primeiro turno, Henrique Alves, perdeu no confronto direto para Robinson Faria na segunda disputa. O pai de Fábio obteve 54,42% dos votos, contra 45,58% do filho de Aluízio.

Portanto, no cenário de hoje em Natal, o pleito caminha para ser definido em dois turnos. Mas aí já é outra história.


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