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Política


SEM COLIGAÇÃO, DEPUTADOS FEDERAIS TERÃO DIFICULDADES DE REELEIÇÃO

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Os atuais integrantes da bancada federal do RN na Câmara, em Brasília, terão enormes dificuldades para permanecer em seus respectivos mandatos. Além da atuação pífia de alguns, a falta de coligação proporcional será um grande obstáculo para a reeleição. Afinal, nenhum integrante da bancada tem voto suficiente para atingir o coeficiente eleitoral e garantir sua vaga.

Dessa forma, será uma luta gigante dos atuais parlamentares (Benes Leocádio, Beto Rosado, Fábio Faria, General Girão, Rafael Motta, João Maia, Natália Bonavides e Walter Alves) em busca de candidatos que sirvam para ser ‘esteira’ na corrida eleitoral. O ‘esteira’ já sabe que não será eleito, mas consegue votos para somar com os demais e possibilitar chegar ao coeficiente e garantir a vitória de pelo menos um, o ‘dono’ do partido.

Em todos os partidos, essa é a realidade nua e crua. O desespero já toma conta de alguns que não conseguem encontrar ‘esteira’ para fazer de escada em sua corrida pela permanência do mandato. Os bastidores do poder sinalizam que o Congresso poderá mudar a lei eleitoral e voltar a permitir coligações proporcionais. Só o tempo dirá. Enquanto isso não acontece, a correria é grande em busca de candidato laranja e candidato esteira.


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BENES LEOCÁDIO PODERÁ DEIXAR ATUAL PARTIDO PARA TENTAR REELEIÇÃO

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Eleito o deputado Federal mais votado do RN em 2018, com 125.841 votos, o que correspondeu a um percentual de 7,82 % dos votos válidos do Estado, Benes Leocádio passou a maior parte de sua vida pública no PMDB. Depois, passou pelo PP, voltou ao PMDB, pousou no ninho dos Tucanos e se filiou no PSDB, mas foi candidato pelo PTC, partido que deixou um ano após ser eleito. Hoje, é filiado ao Republicanos, partido que tem somente em Benes, sua estrela principal; e única.


Como ser reeleito se não dispõe de outros candidatos a somar votos para conquistar o coeficiente eleitoral? Esse dilema o ex-prefeito de Lages está enfrentando e não vislumbra muita perspectiva, a não ser trocar novamente de partido e se filiar numa legenda que lhe possibilite a reeleição.


Mas há outro problema em uma nova filiação partidária: O comando. Hoje, os políticos do RN tratam os partidos como propriedade particular, com o chicote na mão para manter seus espaços. Fazem todo tipo de negociação ou negociata sem dar a menor satisfação aos filiados.


Portanto, não é somente se filiar em outro partido. Qual? Terá o comando no Estado? Qual a relação desse partido com o Governo Federal? São questões que Benes Leocádio terá que avaliar muito bem para manter sua cadeira em Brasília, pois sua atuação tem sido extremamente produtiva, com frutos concretos para muitos municípios do Estado.


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BETINHO PRECISA REBOLAR PARA MOSSORÓ NÃO FICAR SEM MANDATO

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Único representante da família Rosado com um mandato de expressão, o deputado Federal Beto Rosado enfrenta dois monstros à sua pretensão de continuar em Brasília: Passando pelo mesmo problema que seus colegas de Câmara, a dificuldade de conseguir candidatos competitivos para fazer de ‘esteira’ e possibilitar sua permanência na Capital Federal, Betinho Rosado enfrenta um drama à parte: A sombra de Fernando Mineiro com um diploma de Deputado Federal debaixo do braço, dado pelo TRE e lambendo a rapadura para tomar a cadeira do sobrinho de Isaura.


Caso Mineiro consiga assumir a vaga, a situação de Betinho ficará ainda mais complicada, pois irá trabalhar sem mandato e sem a estrutura inerente ao exercício da atividade parlamentar, além do prestígio que goza junto ao Governo Federal.


Caso o sobrinho/primo de Rosalba deixe Mineiro de fora e continue em Brasília, seu drama vai ser conseguir filiados em sua legenda para tentar chegar ao coeficiente eleitoral e renovar o mandato.
Na última eleição, além de Beto Rosado, que obteve 71.092 votos, o PP apresentou somente as candidaturas de Juliana Cordeiro, que obteve 4.803 e Mestre Raimundo, que teve 5.413. A soma dos votos do PP para federal foi de 81.308 votos.

Para conquistar um novo mandato, não dá para Betinho dormir sossegado nem na Terra de Santa Luzia e nem na cidade sem esquinas.


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JOÃO MAIA E A LUTA PARA CONQUISTAR A REELEIÇÃO

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Deputado Federal eleito com 93.505 votos, João Maia tem bases consolidadas em praticamente todo o Estado. Mas sua reeleição não é tão simples como parece. Ele enfrenta o mesmo problema dos demais candidatos: a falta de ‘esteira’. No último pleito, disputou sozinho pelo PR.


O irmão de Zenaide sabe que terá que percorrer um longo caminho para manter sua cadeira em Brasília. Sem coligação proporcional, os partidos precisam contabilizar os votos de forma individualizada, o que tem prejudicado a soma total e tem tirado o sono dos atuais parlamentares, justamente pela ausência de candidatos que façam o papel de ‘esteira’, aqueles que sabem que não vão se eleger, mas lutam para conquistar votos para alcançar o coeficiente eleitoral.


Portanto, o marido de Shirley terá que manter e ampliar suas bases, além de conseguir quem faça ‘esteira’ para reforçar seu partido e ajudá-lo a reconquistar o mandato.


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GENERAL GIRÃO JÁ NÃO TERÁ MAIS O APELO DO NOVO. REELEIÇÃO DIFÍCIL

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Em 2018, a avalanche da ‘novidade’ do presidenciável Jair Messias Bolsonaro, carregou, em todos os estados do Brasil, dezenas, centenas de novos candidatos que foram eleitos de forma surpreendente, alicerçados no discurso fácil do então PSL que iria mudar o País de ponta a ponta.


No RN, o General Girão foi o ‘escolhido’ do segmento Bolsonarista para ser eleito. Obteve 81.640 votos só na base do ‘gogó’, replicando as promessas do Capitão e fortalecendo o discurso radical da extrema direita no Estado.

Eleito Deputado Federal, Girão surfou na onda Bolsonarista até pouco tempo, quando a gestão do presidente era bem avaliada pela grande maioria da população. Mas hoje, só isso já não é suficiente para Girão renovar o mandato. Pelo contrário. Com Bolsonaro em baixa, Girão terá que encontrar um discurso e uma plataforma capazes de conquistar semelhante votação de 2018.

Sem candidatos potencialmente fortes em seu partido, o PSL, Girão terá que usar mais que o discurso agressivo contra a governadora Fátima Bezerra. Bater na irmã de Tetê pode até dar ibope, mas dificilmente produzirá votos que proporcione um novo mandato. General da reserva, Girão poderá entrar no banco de reserva da política potiguar logo depois do primeiro jogo oficial.


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PSD. FÁBIO FARIA OU ROBINSON? A LUTA PELA CADEIRA DE DEPUTADO

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Sem possibilidade de coligação proporcional, o PSD do RN poderá ficar sem uma representação na Câmara dos Deputados. A atual cadeira, ocupada pelo genro de Sílvio Santos e filho de Robinson, o bonitão Fábio Faria, poderá não ser renovada. O filho já acertou que, se o pai recuperar os direitos políticos tirados pelo TRE, ele cede o lugar e tenta ser candidato a senador no RN ou deputado federal em São Paulo.


Fábio Faria não teria dificuldades de ser eleito deputado federal no maior colégio eleitoral do País. Para isso, usaria o prestígio e o dinheiro do sogro para conquistar uma cadeira em Sampa. Candidato a senador no RN, vai depender da formação das chapas, mas é muito difícil o marido de Patrícia emplacar uma vitória majoritária no cenário atual potiguar. Seu maior padrinho eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro, está em queda livre na popularidade e poderá não ter força suficiente para ajudar eleitoralmente o PSD do RN.


Na última eleição, Fábio foi o lanterna na corrida eleitoral, obtendo 70.350 votos, escapando por pouco de uma derrota. Afinal de contas, o partido apresentou somente quatro candidatos e terminou somente com dois. Além de Fábio Faria, também foi votada Isabel Medeiros, com 4.103 votos. Leleu teve a candidatura indeferida e Dra. Vanessa renunciou. A soma dos votos do PSD para federal foi de 74.453 votos.

Já o pai de Fábio, ex-governador Robinson Faria, tem certo uma cadeira de deputado Estadual, voltando à Casa Legislativa onde reinou absoluto por 8 anos. Porém, a classe política é vaidosa. Robinson não se submeteria a disputar uma cadeira de deputado Estadual depois de ter sido governador do Estado.
Porém, caso decida ser candidato a deputado Federal, Robinson terá que encontrar quem queira ser seu ‘esteira’ para ajudar a pavimentar sua ida a Brasília.

Sherloquinho soube que o pai de Fábio está feito louco em busca de candidatos para o PSD. Sem ‘esteira’, o antecessor de Fátima poderá até ter uma boa votação, mas não conseguirá atingir sozinho o coeficiente eleitoral e ficará de fora da lista dos eleitos.


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BRIGA DE FOICE NO PT PARA MANTER A CADEIRA DE FEDERAL

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Diferentemente dos demais partidos que tem uma cadeira na Câmara dos Deputados, o PT é um dos poucos que teve dois deputados federais eleitos pelo quantitativo eleitoral: Natália Bonavides e Fernando Mineiro, este último prejudicado por questões burocráticas que lhe surrupiaram o mandato. O PT tem a possibilidade de manter o mandato em Brasília se buscar candidatos com peso eleitoral. Do contrário, sem candidatos ‘esteira’, o partido de Fátima também pode perder o mandato.


No último pleito, o PT apresentou apenas cinco candidatos. Além de Natália e Mineiro, o único com votação expressiva foi Caramuru, que obteve 23.813 votos; os demais tiveram votação fraquíssima: Ana Michele, 7.631 votos; Gilberto Veríssimo, 2.402 votos e Major Henrique, que obteve apenas 1.842 votos. Os ‘esteiras’ do PT somaram 35.688 votos.

No total geral, o PT obteve 246.756 votos para a legenda de deputado federal.
Atual ocupante da cadeira petista, a bela Natália Bonavides conquistou a simpatia de expressivo segmento eleitoral dentro e fora do PT. Foi eleita com 112.998 votos, consolidando a segunda posição entre os eleitos em 2018. A juventude é o maior capital que a deputada dispõe, mas é insuficiente para fazê-la continuar distribuindo simpatia na Capital Federal.


Dentro do PT existe a possibilidade de Fernando Mineiro ser novamente candidato a Federal. Se assumir o mandato, mandando Betinho Rosado de volta pra Mossoró, facilita sua posição. Mineiro tem história no PT e capital político com capilaridade estadual. Em 2018, obteve 98.070 votos, ficando na terceira posição geral, mas foi prejudicado pela contabilidade do TRE e ficou de fora. Tirando a antipatia natural e a soberba do poder, Fernando Wanderley poderá tomar a cadeira da menina do atual cabelo curto.

Corre por fora o atual senador Jean Paul Prates, que já vislumbra a rasteira que vai levar do partido de Lula para tentar se manter em Brasília como Senador. Dessa forma, poderá disputar uma cadeira de deputado Federal. Entre Natália, Mineiro e Jean Paul, este último é o mais fraco do ponto de vista eleitoral. Será um grande ‘esteira’ para manter a cadeira do PT na Câmara dos Deputados.


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FILHO DE GARIBALDI TEM DOIS PESADELOS: HENRIQUE ALVES E A FALTA DE CANDIDATOS NO MDB

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O deputado Federal Walter Alves tenta renovar seu mandato, mas terá pela frente duas situações que lhe tiram o sono da tranquilidade: o primeiro pesadelo de Waltinho é o primo Henrique Alves, que foi preso por corrupção e ficou fora de combate durante algum tempo.


Porém, como a política é feita de mudanças, representada pela metáfora das nuvens, imortalizada pelo político mineiro Magalhães Pinto, que dizia: “Política é como nuvem. Você olha e está de jeito. Olha de novo e já mudou”. Desse modo, o filho de Aluízio Alves viu na decisão do STF que livrou Lula das condenações da Lava Jato, um salvo conduto para voltar por cima e reconquistar a cadeira que ocupou por 11 mandatos em Brasília. Lula Livre, Henrique eleito.


Henrique Alves é o filho do maior político da história recente do RN, ex-deputado e ex-governador Aluízio Alves. Tem dinheiro para pavimentar sua campanha, tem discurso emocional e poderá ter mais votos que Waltinho, deixando o filho de Garibaldi na suplência.


Outro pesadelo de Waltinho é igual ao dos demais integrantes da bancada hoje: a falta de candidatos que sirvam de esteira para puxar votos e atingir o coeficiente eleitoral. Na eleição de 2018, o filho de Garibaldi obteve 79.333 votos, que foram somados aos outros três candidatos do MDB: Dra Kátia Nunes, que obteve 6.680 votos; Leila Teixeira, que teve 3.309 votos e Clebão de São Miguel, que somou 3.110 votos. Dessa forma, a soma do MDB para federal foi de 92.432 votos.

Acordado, o filho de Garibaldi vê grandes obstáculos pela frente. Dormindo, tem pesadelo com o primo Henrique tomando sua cadeira.


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RAFAEL MOTTA TERÁ QUE TER MAIS QUE HABILIDADE EM ESPORTES RADICAIS PARA MANTER A CADEIRA

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O filho de Ricardo Motta tem se destacado com posições firmes em temas polêmicos. Sua atuação tem sido elogiada. Porém, atuação parlamentar nunca foi garantia de manutenção de mandato.


Adepto dos esportes radicais como asa delta e rapel, Rafael Motta terá que ter muito mais que habilidade e coragem. Precisa ter muito mais voto que imagina. Seu partido não dispõe de nomes com potencial eleitoral suficiente para garantir votação expressiva para conquistar o coeficiente eleitoral. Na eleição de 2018, Motta foi bem votado, alcançando a marca de 82.791 votos.


Portanto, a falta de coligação proporcional deixou os partidos na dependência de sua própria força. Como uma campanha custa muito dinheiro, não é fácil encontrar alguém disposto a apenas disputar para conseguir votos para possibilitar a vitória de outro.

O filho de Ricardo vai ter que fazer um verdadeiro rapel eleitoral para permanecer em Brasília.


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