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“PEC DA BLINDAGEM VAI PROTEGER PARLAMENTARES QUE COMETEREM CRIMES”

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A tramitação da chamada PEC da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados e agora em análise no Senado, acentua s divisão política no país. Para a bancada do PT no Rio Grande do Norte, que tem os únicos dois deputados da bancada potiguar que votaram contra a medida, a proposta representa um claro retrocesso democrático e um incentivo à impunidade. O deputado Fernando Mineiro afirmou que a proposta deturpa a ideia de imunidade parlamentar e cria uma casta acima da lei.

“A PEC da Blindagem é um mecanismo que vai proteger parlamentares que cometerem crimes e nada tem a ver com imunidade parlamentar. Parlamentares federais não estão acima da lei. Caso essa PEC seja aprovada no Senado – eu espero que não seja – os crimes dos membros do Congresso Nacional só serão julgados se os próprios membros do Congresso Nacional aprovarem!

Um completo absurdo tendo em vista que esse tipo de procedimento impede a ação do julgamento, como já ocorreu em passado recente”, disse.

No texto aprovado, está expresso que deputados e senadores, a partir da diplomação, não poderão ser processados ou presos sem o aval do Legislativo. Para Mineiro, essa regra vai na contramão da transparência. “Além disso, a aprovação para que haja o julgamento de parlamentares será através do voto secreto! Ou seja, é uma PEC que transforma os membros do Congresso Nacional em uma casta intocável. Acima da lei”, criticou.

O parlamentar também condenou o trecho que amplia o foro por prerrogativa de função para presidentes nacionais de partidos. “Outro absurdo é o fato de que as infrações cometidas pelos presidentes nacionais de partidos políticos serão julgadas pelo STF, em foro privilegiado. Partidos são instituições privadas e seus dirigentes não podem ser equiparados a ocupantes de cargos de Estado”, destacou.

A deputada Natália Bonavides reforçou a crítica, chamando a proposta de instrumento de autoproteção corporativa. “A PEC da Blindagem só serve para dificultar o julgamento e prisão de parlamentares que cometerem crimes, facilitar que eles se safem da Justiça com ajuda de colegas e conceder mais privilégios. Quem é a favor dessa proposta só pode ter uma intenção: proteger quem faz coisa errada”, afirmou.

O texto da PEC altera a Constituição para que parlamentares só possam ser processados criminalmente ou presos com autorização da respectiva Casa Legislativa, além de prever votação secreta nessas deliberações e ampliar o foro privilegiado para presidentes nacionais de partidos.

Agora, a proposta será analisada no Senado, onde precisa de 49 votos para ser aprovada em dois turnos. Antes, passará pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça, que avaliará sua constitucionalidade. Enquanto isso, cresce a pressão de setores jurídicos e políticos que veem na chamada blindagem um risco de transformar o Parlamento em um espaço de privilégios e imunidades incompatíveis com o Estado Democrático de Direito.

Deputados do RN que apoiaram PEC defendem “soberania do Parlamento”

General Girão e Sargento Gonçalves denfedem a PEC da Blindagem – Foto: Reprodução

Enquanto isso, outros deputados federais do Rio Grande do Norte votaram a favor da proposta. Para eles, o texto é uma forma de resguardar a independência do Legislativo diante do que classificam como ingerência do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Defendemos que o Parlamento seja independente e soberano, conforme previsto no texto constitucional. Há tempos, nós estamos vendo principalmente o Supremo Tribunal Federal interferir nas prerrogativas do Parlamento Brasileiro. Ora, se cabe ao Supremo zelar pela constitucionalidade das ações, nos estranha que o Supremo esteja agindo de maneira inconstitucional”, disse ao Diário do RN o deputado General Girão (PL).

Girão ressaltou que a blindagem não busca distanciar deputados e senadores da população, mas garantir que possam exercer seus mandatos sem receio de pressões externas. “Nossa principal intenção é de preservar o parlamentar da perseguição dos ministros do STF, e não da população — isso, jamais!”, declarou.

Embora tenha discordado da previsão de voto secreto para a análise de prisões e autorizações de processos criminais, o deputado reconheceu que essa regra já consta na Constituição. “Apesar de ser contra, é o que consta na Constituição, e isso poderá ser mudado no futuro”, acrescentou.

Na mesma linha, o deputado Sargento Gonçalves (PL) defendeu que a proposta ajuda a restabelecer a estabilidade institucional. “Prefiro apelidar de PEC contra a chantagem. Vivemos um momento de instabilidade institucional e precisamos restabelecer a democracia em nosso país. Isso passa obrigatoriamente pelo fortalecimento do Parlamento, de acordo com o próprio ministro Luiz Fux: ‘Em um Estado de direito, se existe um poder soberano, esse será o Parlamento, pois é o representante legítimo da vontade popular’”, afirmou.

Para Gonçalves, a PEC não é perfeita, mas representa um avanço. “O texto da PEC 03/2021 não é o ideal, mas é o possível; inclusive, estamos apenas retornando ao texto do constituinte original de 1988. É um absurdo os ataques que parte dos parlamentares sofre, com perseguições e chantagens por parte de ministros do STF”, criticou.

O deputado também ironizou a posição contrária de partidos de esquerda. “Só o fato de o PT e demais partidos da extrema esquerda estarem contra já é um bom sinal de que estamos votando no caminho certo”, disse.

Na avaliação dos dois parlamentares potiguares, a proposta aprovada na Câmara reafirma o equilíbrio entre os poderes da República e fortalece a soberania do Congresso como representante da vontade popular. “Voto com a consciência de querer um parlamento livre, com as prerrogativas mínimas para proteger e lutar pelos interesses daqueles que nos confiaram a representação política. Isso é a verdadeira democracia”, concluiu Sargento Gonçalves.

O Diário do RN também entrou em contato com Carla Dickson (UB), Benes Leocádio (UB), João Maia (PP) e Robinson Faria (PP), que também votaram a favor da PEC, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


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“LÍDERES DE FACÇÕES PODEM BUSCAR SE ELEGER PARA GARANTIR IMPUNIDADE”

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A aprovação da chamada PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados acendeu debate no meio jurídico e político sobre os limites da prerrogativa parlamentar e o risco de impunidade para crimes cometidos por quem ocupa cargos no Congresso Nacional. A proposta, que agora segue para análise no Senado, altera a Constituição para determinar que deputados, senadores e até presidentes nacionais de partidos com assento no Legislativo só possam ser processados criminalmente ou presos mediante autorização prévia da respectiva Casa.

O juiz Ivanaldo Bezerra Ferreira dos Santos, da 6ª Vara Criminal de Natal, que recebeu nota máxima em sem mestrado na PCU, avalia, em entrevista ao Diário do RN, que a mudança representa um grave retrocesso. “A Constituição já prevê a possibilidade de prisão do parlamentar somente em flagrante de crime inafiançável. A PEC mantém essa regra, mas acrescenta que, mesmo nesses casos, será necessário que a Câmara ou o Senado delibere sobre a manutenção da prisão”, afirmou em entrevista ao Diário do RN. O magistrado observa que, ao submeter ao crivo político o que já está definido pela Constituição como exceção, o Congresso cria uma barreira artificial que pode favorecer criminosos.

No texto aprovado pela Câmara, está expresso que, desde a diplomação, os membros do Congresso “não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa”. Em termos práticos, isso significa que, mesmo diante de delitos como homicídio qualificado, latrocínio, estupro ou crimes de corrupção, um parlamentar poderá escapar da responsabilização caso seus pares decidam não autorizar a abertura da ação penal ou a manutenção da prisão em flagrante.

O juiz, que tem especialização em Direito Processual Penal, lembra que a Constituição já estabelece um núcleo de direitos e princípios que não podem ser alterados por emendas, as chamadas cláusulas pétreas. “A PEC é inconstitucional em vários aspectos. Ela viola o princípio da separação de poderes e o princípio republicano da isonomia. A isonomia significa um princípio muito próprio e caro ao Estado Democrático de Direito. Aquelas pessoas que ocupam a mesma posição jurídica precisam ter o mesmo tratamento. É um princípio republicano. Então, à medida que ele confere um tratamento diferenciado ao parlamentar em relação aos demais cidadãos e que não tem nada a ver com a prerrogativa que afeta ao parlamento, ele está violando o princípio da isonomia de tratamento. Conferir tratamento diferenciado a parlamentares diante da lei rompe com o fundamento do Estado Democrático de Direito”, pontuou.

A polêmica se torna ainda maior quando se observa o contraste entre os crimes afiançáveis e inafiançáveis. Pela legislação brasileira, crimes afiançáveis são aqueles de menor gravidade, como furto simples, estelionato ou alguns delitos contra a honra, geralmente punidos com penas mais brandas. Já os crimes inafiançáveis incluem tortura, tráfico de drogas, terrorismo, crimes hediondos e ações de grupos armados contra a ordem constitucional. A lista de crimes hediondos, definida pela Lei nº 8.072/1990, inclui homicídio qualificado, estupro, estupro de vulnerável, feminicídio, latrocínio, entre outros. São condutas graves, que pela Constituição não admitem fiança e deveriam, em tese, receber tratamento rígido do Estado.

A PEC, no entanto, abre uma brecha. “Mesmo em flagrante de crime inafiançável, a deliberação será necessária. Se a Casa decidir pela não manutenção da prisão, o parlamentar será solto. Além disso, se a Câmara ou o Senado não autorizarem a abertura da ação penal, o processo nem sequer começa. E se não houver deliberação em tempo hábil, há ainda o risco de prescrição”, advertiu Bezerra.

Para o juiz, esse mecanismo pode transformar o Parlamento em escudo para criminosos e concorda com a análise que até mesmo membros de facções criminosas terão portas abertas para o Congresso Nacional.

“Eu vejo a possibilidade de portas abertas para facções criminosas, porque a PEC traz essa blindagem. Líderes de grupos organizados, com poder financeiro, podem buscar se eleger para garantir impunidade. Isso não é imunidade parlamentar, é impunidade”, disse. Ele lembrou que, recentemente, investigações já revelaram conexões entre organizações criminosas e agentes políticos, o que reforça a gravidade da mudança.

Voto secreto
O magistrado também aborda a determinação de voto secreto, incluída na proposta. Depois de ser retirado, o artigo foi retomado à PEC após uma manobra patrocinada por Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (17), um dia após a PEC ser aprovada.

“Fere o princípio da publicidade. Não só isso, mas também trata de interesse puramente corporativo. A emenda constitucional viola inclusive outros princípios, como princípios da impessoalidade. Ele não trata de interesse público, ele está tratando de interesse corporativo, não somente os parlamentares. Então, nesse aspecto, também se questiona porque não dá publicidade, você não vai saber quem votou em quem”, avaliou.

Além da blindagem, a PEC também amplia o foro por prerrogativa de função, garantindo que presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso tenham seus processos julgados no Supremo Tribunal Federal. Na avaliação de críticos, trata-se de um reforço ao distanciamento entre representantes políticos e a lei aplicada ao cidadão comum.

O caminho da proposta ainda está em aberto. O Senado será a próxima etapa e a PEC precisará ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça antes de ir a plenário, onde são necessários 49 votos para a sua aprovação. A expectativa é de um debate mais rigoroso, tanto sobre o mérito quanto sobre a constitucionalidade.

No entanto, para juristas, como Ivanaldo Bezerra, a essência da proposta já traz em si um problema estrutural. Ao condicionar a responsabilização criminal de parlamentares à deliberação política de seus pares, a PEC da Blindagem desloca o interesse público para segundo plano e arrisca comprometer a confiança da sociedade nas instituições.


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PAULINHO JÁ PAGOU MAIS DE 200 MILHÕES EM DÍVIDAS DEIXADAS POR ÁLVARO DIAS

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Em apenas oito meses de gestão, a Prefeitura de Natal, sob gestão Paulinho Freire (UB) já desembolsou R$ 200.037.559,07 para pagar dívidas deixadas pela administração de Álvaro Dias (Republicanos). Desse total, a maior parte está concentrada na área da Saúde, responsável por quase 70% de todo o valor liquidado, ou R$ 137.083.108,19.

No dia 27 de dezembro de 2024, o Diário do RN fez um levantamento no Portal da Transparência da Prefeitura e verificou que Álvaro transferia para Paulinho, além de obras finalizadas e a serem concluídas, também as dívidas, no valor de R$ 432 milhões, incluindo contas da Prefeitura e órgãos da administração indireta e autarquias. As dívidas são relacionadas à órgãos da administração direta, NatalPrev, Companhia de Serviços Urbanos, Câmara Municipal, Fundação Cultural Capitania das Artes, Empresa de Fomento e Segurança Alimentar, Agência de Regulação de Saneamento Básico e Procon.

Entre os principais credores do município estão hospitais, clínicas, cooperativas médicas e prestadores de serviços da saúde. As maiores dívidas da Saúde já pagas, até 31 de agosto de 2025, foram à Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte R$ 38.367.839,30; Instituto do Coração de Natal Ltda R$ 14.163.406,42; Athena Healthcare Holding S.A R$ 13.588.074,23; Clínica Ortopédica e Traumática de Natal Ltda. – R$ 11.561.121,99; Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do RN Ltda (Coopanest-RN) R$ 7.711.774,31; Hospital Natal Center – R$ 6.782.584,12.

A Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer – Hospital Luís Antônio recebeu valor semelhante, de R$ 6.281.044,19. Já a JMT Serviços e Locação de Mão de Obra Ltda, R$ 4.746.900,06; a Protoclínica da Criança Ltda recebeu R$ 4.276.045,63 e a A&R Serviços Médicos e Consultórios Ltda, R$ 2.974.541,68.

Outros pagamentos referentes ao exercício anterior efetivados por Paulinho Freire entre janeiro e agosto deste ano também estão relacionados no Portal da Transparência. O valor de R$ 44.276.954,07 foi quitado com pagamento de pessoal e encargos sociais. Já R$ 54.523.343,44 com “outras despesas correntes”, que deve incluir pagamento de fornecedores, e prestadores de serviços.


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COMISSÃO DA CÂMARA DE NATAL AVANÇA EM PROCESSO DE CASSAÇÃO CONTRA BRISA

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A Comissão Especial Processante da Câmara Municipal de Natal se prepara para dar mais um passo no processo que pode levar à cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT). Após a entrega da defesa preliminar da parlamentar, o relator do caso, vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), apresentou parecer pela continuidade do processo, rejeitando as alegações iniciais da defesa e pela continuidade do processo. Agora, o colegiado se prepara para iniciar a fase de apuração, com a convocação de testemunhas e coleta de provas. A presidente da comissão, vereadora Anne Lagartixa (Solidariedade), confirmou que já está organizando o cronograma dos trabalhos.

“Estou organizando o cronograma para iniciarmos a apuração. Acredito que daqui para sexta será divulgado. Após a montagem do cronograma, daremos início à apuração, convocaremos e começaremos a ouvir as testemunhas que foram arroladas na defesa da vereadora denunciada. De acordo com o rito regimental, o processo precisa correr dentro do prazo de 120 dias”, explicou ao Diário do RN.

Já o relator Fúlvio Saulo detalhou os fundamentos da decisão de manter o processo em andamento. Ele rejeitou a defesa preliminar apresentada pela vereadora do PT. O relatório preliminar foi entregue no dia 12 de agosto.

“Em síntese, rejeitamos todas as preliminares apresentadas pela defesa, pois entendemos que os argumentos que dizem respeito ao mérito da denúncia serão analisados na fase de instrução. O parecer que apresentei recomenda a continuidade do processo, justamente para que as provas sejam colhidas e avaliadas apropriadamente. Minha linha é de não fazer juízo prévio, pois nessa nova fase serão apresentados argumentos definitivos”, afirmou à reportagem.

Ele acrescentou que a rejeição dos pedidos da defesa não foi uma questão de preferência política: “As argumentações apresentadas juridicamente não convenceram o nosso jurídico. Então, a gente preferiu que tivesse maior embasamento para tomar efetivamente as informações para o parecer final. Sou a favor de um processo justo, baseado na legalidade e formalidade processual”.

Outro membro da Comissão, o vereador Daniel Valença (PT), que é contra a cassação da colega de bancada, lembra que outro processo contra Brisa, sob o mesmo objeto, no Conselho de Ética deve andar mais rápido.

A reportagem entrou em contato com a vereadora Brisa para obter mais informações sobre a defesa, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.

Entenda o caso
O processo de cassação foi aberto após denúncia do vereador Matheus Faustino (União Brasil), que acusa Brisa Bracchi de ter destinado R$ 18 mil em emendas parlamentares para financiar o evento cultural “Rolê Vermelho”, realizado em agosto na Casa Vermelha. Com emendas de Brisa Bracchi, foram destinados R$ 500 para o DJ Augusto; R$ 15 mil para a cantora Khrystal e banda; e R$ 2.500 para a banda Skarimbó. O evento teve cartaz com imagem de Bolsonaro e pulseira com dizeres relacionados à prisão do ex-presidente. Para os opositores, a festa teve caráter político-partidário, configurando desvio de finalidade e quebra de decoro.

Posteriormente, o vereador Subtenente Eliabe (PL) também protocolou pedido de cassação, reforçando as acusações. A Câmara aprovou a abertura do processo em plenário, com 23 votos favoráveis, e sorteou a comissão responsável: Anne Lagartixa (presidente), Fúlvio Saulo (relator) e Daniel Valença (PT), como membro.

Na defesa apresentada, Brisa negou irregularidades, afirmou que os recursos foram aplicados com “total transparência” e classificou o processo como perseguição política. Segundo ela, o “Rolê Vermelho” teve caráter cultural, com contratações regulares de artistas locais e incentivo à produção cultural de Natal.

Com o parecer do relator pela continuidade, a comissão deve agora divulgar o cronograma da fase instrutória, que inclui depoimentos, apresentação de documentos e análise das provas. O prazo total para conclusão do processo é de 120 dias.

Caso seja aprovado relatório final pela cassação, a decisão caberá ao plenário da Câmara, onde Brisa poderá perder o mandato por maioria qualificada dos votos dos vereadores. Se isso acontecer, assume a cadeira em seu lugar a suplente Júlia Arruda (PCdoB), que compõe federação com o PT e o PV.


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MARINHO AFIRMA QUE QUEBRA DE SIGILOS VAI SEGUIR CAMINHO DAS FRAUDES NO INSS

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“Já está muito claro que, enquanto o governo Bolsonaro foi o primeiro em 30 anos a reforçar os controles e coibir fraudes, o governo Lula e o PT trabalharam para afrouxar e até eliminar tais mecanismos. Agora, com a quebra dos sigilos fiscais de diversas entidades e dirigentes, vamos avançar para seguir o caminho do dinheiro e punir os responsáveis de forma exemplar”, afirmou Rogério Marinho (PL), em conversa com o Diário do RN, sobre a CPMI do INSS, em andamento no Congresso Nacional.

Marinho fala sobre o assunto após a divulgação de que ele recebeu, em 2018, uma doação de campanha de R$ 10 mil de Nelson Wilians, advogado investigado pela PF por fraudes nos descontos das aposentadorias. Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho foi secretário especial da Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e é um dos integrantes da CPMI do INSS, que investiga a farra dos descontos indevidos sobre aposentadorias, revelada pelo Metrópoles.

Rogério, que é o único membro da CPMI entre os que receberam doação de campanha de Wilians, admite que recebeu a doação, mas “foi realizada observando todos os procedimentos legais e representa 0,5% do total de recursos gastos na campanha a deputado federal, em 2018”.

“Por óbvio, por ocasião da campanha, não havia nenhuma expectativa de que o senador Rogério Marinho ocupasse cargo no governo do presidente Bolsonaro. Por fim, nenhuma doação eventualmente recebida tem condão de interferir em sua atuação como parlamentar ou em qualquer outro cargo público ocupado”, disse.

O advogado Nelson Wilians é alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de ter lavado dinheiro em benefício do empresário Maurício Camisotti, apontado como beneficiário final de três entidades acusadas de fraudar filiações de aposentados para realizar descontos indevidos. Na última sexta-feira (12), ele foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF dentro da Operação Cambota, segunda fase da Operação Sem Desconto.

Levantamento divulgado pelo Metrópoles revelou que, entre 2019 e 2024, Wilians movimentou R$ 4,3 bilhões em operações consideradas suspeitas. Ele nega qualquer irregularidade. Entre as transações investigadas está o repasse de R$ 15 milhões a Maurício Camisotti — valor que os dois afirmam se referir à compra e venda de um terreno em São Paulo.

Desde 2014, Wilians já fez doações a sete políticos — entre eles, apenas Rogério Marinho integra, como suplente, a CPMI do INSS.

A comissão foi instalada para apurar esquemas bilionários de descontos irregulares em milhões de benefícios previdenciários. A participação de Rogério Marinho, que ocupou o cargo de secretário da Previdência em parte do período em que ocorreram as fraudes, tem sido contestada por parlamentares governistas. Ele atua como suplente pelo bloco do PL e do Novo.

Mineiro: “Rogério Marinho sabia das fraudes”

Entre os governistas que contestam a presença de Rogério Marinho como membro da Comissão Parlamentar Mista de Investigação, está o deputado potiguar Fernando Mineiro (PT).

“Acho que ele não deveria estar na Comissão, porque como ex-secretário Nacional da Previdência, foi parte ativa na mudança da legislação em 2019. E agora vem à tona a informação de que recebeu doação de campanha de um dos investigados”, ressaltou o deputado do PT ao Diário do RN.

O parlamentar relembra postagem que fez em suas redes sociais no mês de maio, quando já citava a participação de Marinho em mudanças na legislação feitas no Congresso, que viabilizou o esquema de descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Relatada pelo então deputado Paulo Eduardo Martins (PR), a medida foi alvo de intensa negociação.

“Rogério Marinho sabia, era Secretário Nacional da Previdência e participou dos acordos que criaram as atuais regras de descontos no INSS. Nesse plenário ele acompanhou a discussão no dia 19 de maio de 2019. Ele sabia da existência das fraudes e ele foi secretário por mais de um ano”, afirmou Mineiro.

O deputado mostra trecho de vídeo de Rodrigo Pacheco, sobre presença de Marinho para um acordo da medida provisória. Além disso, exibe um senador do PL, em trecho de entrevista à CNN, afirmando que recebeu em seu gabinete os peritos do INSS de mais de mais R$ 70 bilhões com relação a aposentados, seguro defeso, consignados, e que o assunto teria sido levado ao presidente Bolsonaro durante a transição para seu governo.

“Desafio o senador, ex-secretário da Previdência do governo Bolsonaro, a apresentar uma medida concreta que ele e o governo passado tenham tomado para combater as conhecidas fraudes que prejudicaram milhões de brasileiros aposentados e pensionistas”, complementa.


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ROSALBA CIARLINI CONTESTA CONDENAÇÃO POR PROPINA: “NÃO TEM CABIMENTO”

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A defesa da ex-governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini Rosado, reagiu à condenação na ação civil de improbidade administrativa referente à construção da Arena das Dunas, em Natal. Em nota enviada ao Diário do RN, os advogados Alexandre Henrique Pereira, Ezequias Pegado Cortez Neto e Paulo de Tarso Fernandes enfatizaram que a decisão judicial “não reconheceu qualquer desvio de recursos e afirmou não ter havido sobrepreço na obra da Arena das Dunas”. Os defensores argumentam que, sem indícios de superfaturamento, “não há margem para a geração de ‘caixa 2’ vinculada a esse empreendimento exemplar”.

A ex-governadora Rosalba Ciarlini teve rápida conversa com o Diário do RN: “Nós vamos usar todos os recursos, porque a peça da sentença já afirma que não houve sobrepreço. Não tem cabimento”, enfatizou.

A nota da defesa de Rosalba ressalta ainda que a sentença estaria amparada em “relatos frágeis e delações contraditórias, já anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, no âmbito da fracassada Operação Lava Jato”. Para a defesa, tais elementos apresentam “vícios que tornam suas conclusões insustentáveis”.

Na manifestação, os advogados informaram que já ingressaram com Embargos de Declaração, pedindo que a decisão seja anulada. O recurso aponta “omissões e contradições” no processo e requer o reconhecimento da incompetência da Justiça Federal, com a remessa do caso para a Justiça Estadual. “A defesa reafirma sua confiança na Justiça, que reconhecerá a fragilidade das acusações comprometedoras”, diz a nota.

Condenação e recurso do MPF
A sentença, proferida pela 1ª Vara da Justiça Federal no RN, atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e condenou Rosalba Ciarlini, seu marido Carlos Augusto Rosado, então secretário chefe do Gabinete Civil, o ex-secretário extraordinário da Copa do Mundo, Demétrio Torres, o empresário Luciano Ribeiro da Silva e a construtora OAS (atual Coesa).

De acordo com o MPF, as investigações da Operação Mão na Bola comprovaram que, entre 2011 e 2014, houve pagamento de propina com recursos oriundos de financiamentos do BNDES. Os valores eram repassados a empresas subcontratadas para serviços fictícios ou superfaturados, com o objetivo de gerar dinheiro vivo em “caixa dois”, usado para assegurar a continuidade da obra e evitar greves de trabalhadores.

Além de provas documentais, a ação foi fundamentada em depoimentos de executivos da OAS, como Léo Pinheiro, e do doleiro Alberto Youssef. Para a Justiça, ficou demonstrado que os agentes públicos “solicitaram, aceitaram e receberam, de forma livre, consciente e voluntária, vantagens indevidas pagas pela Construtora OAS S/A, através de seu Presidente Léo Pinheiro, por questões relacionadas à obra do estádio Arena das Dunas em Natal/RN”.

A ex-governadora foi condenada por enriquecimento ilícito, devendo restituir R$ 123,3 mil aos cofres públicos e pagar multa no mesmo valor, além de ficar proibida de exercer função pública e de contratar com o poder público por 14 anos. Carlos Augusto Rosado foi condenado a devolver R$ 406,7 mil, também com multa equivalente, e teve os mesmos direitos suspensos. Já Demétrio Torres e Luciano Silva foram condenados sem a perda de função pública. A construtora Coesa foi condenada a multa de R$ 618,2 mil e ficou proibida de contratar com a administração pública pelo mesmo período.

Na última sexta-feira (12), o MPF recorreu da decisão, pedindo a majoração das multas e a extensão da pena de perda de função pública a todos os réus, inclusive com possibilidade de cassação de aposentadoria. O procurador da República Higor Pessoa afirmou que houve evolução patrimonial incompatível com as rendas declaradas. Segundo ele, “tais quantias não têm correspondência em fonte de renda lícita, pelo que são de proveniência provavelmente criminosa”.

O MPF solicita que os valores de ressarcimento sejam elevados para R$ 655,4 mil em relação a Rosalba, R$ 465,7 mil para Carlos Rosado e R$ 166,8 mil para Luciano Silva. Para Demétrio Torres e a OAS, o órgão requer a majoração das multas para R$ 1,1 milhão e R$ 1,28 milhão, respectivamente.


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LUIZINHO CAVALCANTE DESPONTA EM PESQUISAS COMO NOME DE ORIGEM POPULAR AO SENADO

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A disputa pelo Senado no Rio Grande do Norte começa a se desenhar e traz a possibilidade inédita de a região Vale do Açu, Costa Branca e região Central ter um representante de origem popular em Brasília.

O ex-prefeito de Carnaubais, Luizinho Cavalcante (PSB), aparece com 2,7% das intenções de voto na pesquisa mais recente do Instituto Paraná, realizada em Natal.

O dado ganha relevância não apenas pelo desempenho em si, mas pelo contexto político em que Luizinho está inserido. Respeitado em toda a região Central, Costa Branca e Vale do Açu, ele construiu sua trajetória política com forte ligação às bases populares, o que lhe garantiu visibilidade já nas primeiras sondagens.

Outro ponto estratégico é o índice de rejeição: apenas 8,6% dos eleitores afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum. Numa corrida competitiva como a do Senado, esse fator pode ser decisivo para abrir espaço de crescimento.

Além dos números, há o cenário de articulação política. O PSB, partido de Luizinho, é aliado histórico do PT e integra o mesmo campo político da atual governadora Fátima Bezerra, que também deve disputar uma vaga ao Senado em 2026. Essa conjuntura abre margem para que Luizinho seja considerado parceiro de chapa, reforçando a unidade da base governista que tem como referência o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Caso sua pré-candidatura avance e se consolide, o Rio Grande do Norte poderá assistir a um movimento inédito: a chegada ao Senado de um representante varzeano, de origem popular, alinhado ao projeto nacional da atual gestão federal.


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MP/RN ARQUIVA INVESTIGAÇÃO SOBRE PREGÕES DA PREFEITURA DE MOSSORÓ

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte decidiu arquivar a Notícia de Fato nº 02.23.2027.0000102/2025-17, que apurava supostas irregularidades em três pregões eletrônicos realizados pela Prefeitura de Mossoró em 2025: nº 01/2025 (Secretaria Municipal de Educação – SME), nº 05/2025 (Secretaria Municipal de Saúde – SMS) e nº 08/2025 (Secretaria Municipal de Administração – SEMAD). A decisão foi publicada pelo 7º Promotor de Justiça da Comarca, Fábio de Weimar Thé, que considerou não haver indícios de ilegalidade ou prejuízo ao erário. Segundo ele, “a suposta irregularidade que ensejou a ação inexiste”.

A investigação teve início a partir de denúncia anônima, que apontava quatro irregularidades principais: aumento excessivo do número de postos de trabalho nos pregões, supostamente inflando valores e favorecendo grandes empresas; exigências econômico-financeiras elevadas, incluindo índice de endividamento geral (IEG 0,6), consideradas restritivas à competitividade; possível lesão ao erário, ao substituir contratos vigentes por ajustes mais onerosos; risco de direcionamento, com restrição à participação de micro e pequenas empresas.

Em resposta à denúncia, a Secretaria de Administração da Prefeitura apresentou ao órgão ministerial documentação detalhada, justificando cada ponto. Entre eles, a Secretaria explicou que os aumentos não foram arbitrários. Para o Pregão nº 01/2025 – SME, a readequação funcional de servidores e a expansão da rede pública demandaram mais profissionais de apoio.

No Pregão nº 08/2025 – SEMAD, o incremento de 38 postos (de 578 para 616) foi justificado por processos de ampliação e revitalização de serviços. A unificação de demandas de 14 secretarias no certame SEMAD, segundo a Prefeitura, buscou economia de escala e maior poder de negociação. “Com efeito, as justificativas da Administração para o aumento dos postos de trabalho e a unificação dos certames demonstram o respaldo técnico e a intenção de economicidade”, citou o promotor sobre este ponto.

Quanto às exigências de saúde financeira das empresas, a promotoria também acatou a justificativa. A Prefeitura afirmou que os índices elevados visavam prevenir riscos de inadimplência, principalmente em relação a obrigações trabalhistas, evitando responsabilidade subsidiária da administração pública. O órgão destacou que todos os pregões tiveram ampla participação: 20 empresas no PE 01/2025-SME, 17 no PE 05/2025-SMS e 18 no PE 08/2025-SEMAD, demonstrando que os critérios não restringiram a competitividade.

Em relação à possível lesão ao erário, o Executivo Municipal de Mossoró também apresentou dados mostrando que os valores adjudicados ficaram significativamente abaixo das estimativas.

Além disso, a não renovação de contratos anteriores considerou problemas de desempenho de empresas, incluindo processos administrativos por irregularidades, reforçando busca por eficiência e economicidade. “Uma das empresas prestadoras anteriores possuía 11 processos administrativos por irregularidades contratuais, o que justificou a não renovação”, relatou Fábio Thé.

O promotor também teceu considerações sobre a restrição à micro e pequenas empresas no certame. “A ampla participação de licitantes e a ausência de impugnações ou pedidos de esclarecimento por parte das empresas interessadas durante os certames enfraquecem substancialmente a tese de restrição indevida à competitividade”, escreveu.

Diante de todas as justificativas apresentadas, o Promotor Fábio de Weimar Thé concluiu que não há elementos que indiquem dolo, má-fé ou prejuízo ao erário, inviabilizando a instauração de procedimento investigativo. O arquivamento segue as normas da Resolução nº 012/2018 do Conselho Superior do Ministério Público e dispensa remessa ao órgão colegiado, sendo definitivo.

O denunciante, por ser anônimo, não pôde ser intimado, e o caso será encerrado na Promotoria de Justiça de Mossoró.


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PRESIDENTE DA FIERN ELOGIA NATÁLIA E APONTA OTIMISMO NA SOLUÇÃO DO TARIFAÇO

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O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, voltou de Brasília, onde esteve na semana passada, com a expectativa de que o Governo Federal consiga articular soluções para reduzir os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre o sal e a pesca, setores estratégicos para a economia potiguar. O encontro com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, foi viabilizado pela deputada federal Natália Bonavides (PT). O presidente da FIERN classificou o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior como “pragmático”.

“A articulação foi da deputada Natália Bonavides, ela nos ligou abrindo esse espaço, nós agradecemos, porque é mais uma ação, uma oportunidade de a gente externar, não a preocupação, mas sempre agora buscando o que nós podemos fazer, tanto o lado da mitigação, de como compensar o problema de imediato, e como a gente tenha uma solução mais definitiva.

Essa foi a pauta que foi discutida com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Ele foi muito pragmático”, avaliou.

Na reunião, um dos pontos centrais foi a PLP 168/2025, que trata de mecanismos fiscais para setores afetados pelo tarifaço, mas que originalmente não incluía sal e pesca.

“Temos uma PLP tramitando no Senado. Essa PLP trata do uso parcial dos créditos da cadeia produtiva, mas a pesca e o sal não estavam inclusos nessa lista. Na mesma hora, o vice-presidente deu o direcionamento para que esses dois setores fossem inseridos. Isso é um ponto importante e que vai permitir que Câmara e Senado aprovem uma saída fiscal para a nossa indústria”, explicou.

Outro tema abordado foi a abertura de mercados alternativos diante da sobretaxa americana.

“Quando você fala do atum, a gente tem a perspectiva real da abertura da Europa e do Reino Unido. Já havia tratativas avançadas, e o vice-presidente nos adiantou que existe essa possibilidade concreta. Isso é estruturante, porque compensa a ameaça de perder o mercado americano”, afirmou.

Sobre o sal, Serquiz destacou que as opções são mais restritas, mas ainda viáveis: “O sal tem limitações porque não tem valor agregado e o frete pesa muito. Nosso foco segue sendo os Estados Unidos, mas surgiu uma alternativa de compensação com importações próximas ao Brasil. O Ministério da Pesca vai avançar nessa opção”.

O acesso ao crédito também esteve na pauta. “Havia dificuldade de compreensão porque não estava definida a norma de como seria o regulamento. Agora isso foi esclarecido e os setores já podem utilizar esse recurso. É mais uma medida de mitigação importantíssima”, acrescentou.

Férias programadas
Para o presidente da FIERN, a reunião com Alckmin deixou o setor mais confiante: “Foi uma conversa muito produtiva, com reais condições de emplacar soluções que possam resolver o problema do sal e do pescado”.

Ele lembrou que os impactos já são sentidos, mas que os empresários buscam resistir até que as medidas de compensação entrem em vigor. “Os números mostram a perda, e nós já tínhamos levantado isso desde o anúncio do tarifaço. Agora a realidade se confirma. Muitos empresários estão dando férias programadas ou sacrificando margem para manter os empregos e o mercado.

Os próximos seis meses serão decisivos para evitar desligamentos e perda real da produção”, afirmou.

Missão nos EUA
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) também relatou os bastidores da missão empresarial que cumpriu em Washington, no início do mês, ao lado de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O objetivo foi levar diretamente às autoridades e entidades americanas os efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre o sal e a pesca do RN.

“A nossa ida teve uma diferença: em vez da expectativa, nós levamos a esperança. A dificuldade de diplomacia, com a política interferindo diretamente nesse relacionamento, trouxe a necessidade da indústria ir aos Estados Unidos para discutir o tarifaço em forma técnica, comercial e econômica. É a nossa missão, está dentro da nossa competência”, explicou Serquiz.

Segundo ele, a agenda foi intensa e envolveu reuniões com a maior federação empresarial americana, a US Chamber, com a Câmara Internacional de Comércio (US-ITC) e também no Capitólio, sede do Congresso norte-americano. “Nesses três ambientes, eu consegui levar a mensagem do sal e da pesca, dois setores mais impactados do nosso estado”, disse.

Serquiz destacou que a argumentação foi construída a partir de dados concretos sobre o impacto do sal potiguar e do atum no mercado consumidor americano. “Estamos para iniciar a temporada de neve nos Estados Unidos, e algumas cidades vão precisar do nosso sal, pela pureza e pela qualidade. O mesmo acontece com o atum: não é que não possa ser substituído, mas haverá reflexos no hábito do consumidor. Essa mensagem nós deixamos bem clara.”

O retorno, no entanto, veio carregado de condicionantes políticos. “Sempre a resposta foi: resolvam o problema político, e o problema econômico nós vamos tratar no momento oportuno. E isso estava muito relacionado ao pré-julgamento do ex-presidente, que ainda se desenrolava naquele momento”, afirmou.

Ainda assim, o presidente da FIERN avaliou a missão como estratégica para manter viva a pauta brasileira junto aos tomadores de decisão em Washington. “Foram três dias intensos, uma jornada desafiadora, mas com resultados promissores. Saímos com novas esperanças e reanimados no sentido de dar continuidade a um trabalho de diálogo permanente para se chegar a uma equação”.

Ele ressaltou ainda que o trabalho agora segue com o suporte dos escritórios de lobby contratados pela CNI e pelo setor salineiro. “Essas informações que levamos serão importantes para que eles estejam abastecidos e possam dar sequência a essa defesa. É uma perenidade de acompanhamento que não pode parar”, concluiu.


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PAULINHO: “A TURMA DO ATRASO NÃO QUER DEIXAR A SAÚDE DE NATAL MELHORAR”

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Em visita técnica à UPA Cidade da Esperança, realizada na manhã desta quinta-feira (11) pelo prefeito Paulinho Freire, acompanhado do secretário de Saúde, Geraldo Pinho, e da vice-prefeita Joanna Guerra, foi reafirmado o compromisso da gestão municipal com a melhoria dos serviços de saúde em Natal. Durante o percurso pelas salas de atendimento e comissões médicas, Paulinho ressaltou o avanço com os novos contratos de serviços médicos com as empresas Justiz e Prosseg e tratou sobre o novo modelo de gestão das UPAs pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS), modelo planejado pelo Executivo, mas suspenso liminarmente pela Justiça.

“Nós não vamos ser cobaias, estamos copiando o que já existe e dá certo em outras cidades. A turma do atraso não quer deixar a saúde melhorar”, afirmou o prefeito.

A fala ocorre em meio à controvérsia jurídica a partir de ação movida pela deputada federal Natália Bonavides (PT) e o vereador Daniel Valença (PT) contra a terceirização da gestão de quatro UPAs de Natal para OSS.

A Prefeitura de Natal publicou editais prevendo que as UPAs da cidade passem a ser geridas por Organizações Sociais de Saúde (OSS), com contratos de longo prazo, possivelmente até 10 anos. O argumento da Prefeitura é de que esse modelo trará vantagem econômica, melhoria em eficiência e qualidade de atendimento. Informações divulgadas apontam expectativa de economia anual e otimização de recursos.

Por outro lado, Bonavides e Valença afirmam que estudos técnicos preliminares que embasam os editais são insuficientes, carecem de memória de cálculo, comparativos concretos de custos entre gestão direta e terceirizada, e dados objetivos sobre impacto operacional.

Em fala, o prefeito Paulinho Freire se refere ao receio colocado pelos opositores de que o modelo esteja sendo testado sem garantias, ou sem parâmetros comparativos sólidos, como esses mencionados nas ações judiciais. Embora, não cite os autores da ação nominalmente, a crítica remete à ação impetrada pelos parlamentares do PT. Em outros momentos, integrantes da gestão municipal chegaram a citar exemplos de gestão semelhante em cidades e estados administrados pelo PT que seriam modelo de eficiência no atendimento e economia financeira, o que comprovaria a incoerência de parlamentares do mesmo partido apoiando modelo idêntico em outras cidades e condenando antecipadamente em Natal.

No decorrer da visita, o prefeito ressaltou a importância e reafirmou o compromisso da administração municipal em acompanhar de perto o funcionamento dos serviços de saúde.

“Estamos aqui para garantir que o atendimento esteja funcionando da melhor forma possível.

Encontramos uma UPA equipada, com escalas médicas completas e em pleno funcionamento, com 10 médicos atendendo simultaneamente. Temos o compromisso de visitar não só essa, mas todas as UPAs e maternidades de Natal, porque nosso dever é oferecer um serviço de saúde rápido, eficiente e de qualidade para todos os natalenses”, afirmou Paulinho.

O secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, apresentou um balanço do atendimento nos primeiros dias após a implementação de novas empresas de gestão. “Começamos a visita pela maior unidade para avaliar de forma mais ampla o funcionamento. Puxamos o relatório dos 10 primeiros dias e foram 3.997 atendimentos realizados, quase 4 mil só aqui. Teve dia em que foram registrados 515 atendimentos. Mas não é apenas quantidade: a qualidade e a velocidade também chamam a atenção. Hoje, presenciamos 10 médicos atendendo simultaneamente, mais do que o normal. Em alguns locais, temos até médicos a mais, o que garante mais rapidez, assistência e resolutividade para a população”, explicou.


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“O SUPREMO FAZ VALER A LEI DO BRASIL E REALIZA UM JULGAMENTO HISTÓRICO”

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Esta quinta-feira (11) foi decisiva no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal federal (STF). A ministra Carmem Lúcia e o ministro Cristiano Zanin votaram pela condenação dos réus. Até a quarta-feira (10), o placar estava por 2 a 1 pela condenação. A maioria dos ministros da 1ª turma, com placar de 4 a 1, considerou Bolsonaro chefe da organização criminosa que implementou atos de execução de golpe de Estado no Brasil.

“Como tenho dito, é o começo do fim da carreira de impunidade que caracterizou toda a vida pública de Bolsonaro. Vida essa marcada por sucessivos crimes e nunca julgada”, afirmou o deputado federal Fernando Mineiro (PT).

Mineiro foi um dos parlamentares que celebraram a condenação do ex-presidente e dos sete réus. Segundo ele, a impunidade que caracterizou a vida de Bolsonaro foi motivador da tentativa de golpe: “Por isso, chegamos ao 8 de janeiro e à atual trama contra o Brasil, via EUA. Se tivesse sido julgado e punido desde o início, não teríamos passado pelo 8 de janeiro”.

O deputado ainda avaliou o único voto divergente, do ministro Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro de todos os cinco crimes denunciados pela Procuradoria Geral da República. Além de Bolsonaro, Fux votou pela absolvição dos réus Anderson Torres, almirante Almir Garnier, general Paulo Sérgio Nogueira, general Augusto Heleno e Alexandre Ramagem.

“Vergonhoso ver um ministro da Suprema Corte negar ao órgão o papel de julgar os crimes contra a própria Corte. Um péssimo ator em um teatro de contorcionismo jurídico. Ao mesmo tempo em que diz não ser papel do STF julgar o crime e livra a cara do líder da quadrilha, condena o ajudante de ordem envolvido na trama”, disse o parlamentar, sobre o ministro que votou para condenar 400 réus do 8 de janeiro de 23 e é considerado um dos mais rígidos, mas que condenou o ajudante de ordens Mauro Cid, mas absolveu o ex-presidente.

A deputada federal Natália Bonavides (PT) ressalta o momento histórico que vive o país: “O Supremo Tribunal Federal faz valer a lei do Brasil e realiza um julgamento histórico no nosso país, dando um recado muito claro: ninguém pode atacar o Estado Democrático de Direito e sair impune”.

Ela reafirma a liderança da organização criminosa pelo ex-presidente, um dos principais crimes atribuídos a Bolsonaro nos votos do Supremo.

“O resultado da condenação de Bolsonaro confirma o que defendemos desde o começo desse processo: não podemos anistiar os traidores da pátria. Bolsonaro liderou a organização criminosa que tentou destruir a democracia do Brasil, planejou matar o presidente, o vice e um ministro da Suprema Corte”, frisa a parlamentar.

Bonavides relembra ainda a gestão de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19 e reitera que ele precisa ser julgado também pela negligência: “Esperamos que os demais crimes praticados por Bolsonaro também sejam julgados. Os parentes dos mortos da Covid-19 aguardam respostas para a negligência dele durante a pandemia, que resultou na perda de milhares de vidas de brasileiros e brasileiras”.

Já a presidente do PT no RN, Samanda Alves, ressalta que o julgamento contribui para que o país não naturalize a violência política no país. Para ela, os atos de Bolsonaro e seus aliados “tentaram usurpar o princípio da soberania popular, que garante ao povo o direito de escolher seus representantes pelo voto”.

“O país ansiava por este dia. Enquanto o julgamento não ocorresse, toda a violência política, institucional e simbólica, que culminou no atentado de 8 de janeiro, corria o risco de ser naturalizada, o que seria inaceitável”, afirmou a vereadora de Natal.

Ela também avalia o voto divergente do ministro Fux, que, segundo ela, foi contraditório”: “Ontem, vimos um voto contraditório: o mesmo ministro que já havia julgado e condenado centenas de pessoas pelo mesmo crime, em sua maioria cidadãos de menor projeção, que apenas executaram a tentativa de golpe, afirmou que o Supremo não teria competência para este julgamento. Como bem lembrou o ministro Flávio Dino, hoje há mais provas da tentativa de golpe do que havia sobre o golpe de 1964”.

“O que estamos vivendo hoje é um verdadeiro reencontro do Brasil com a sua própria história”, finalizou Samanda.

Golpe
A Ação Penal 2668 inclui Jair Bolsonaro e os sete aliados Alexandre Ramagem, Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno, Almir Garnier, Mauro Cid e Anderson Torres por tentativa de golpe de Estado; tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito; participação em organização criminosa armada; dano qualificado pela violência; grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento começou em 2 de setembro de 2025, com sustentações orais das defesas, do relator Alexandre de Moraes e do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Votaram pela condenação Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dinoo, Carmem Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux já votou pela absolvição de Bolsonaro.


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LUCIANO: “AÇÃO CONTRA OS É COLOCARO INTERESSE POLÍTICO ACIMA DO POVO”

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O vereador Luciano Nascimento (PSD), vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Natal, deu declarações otimistas sobre os recentes resultados da gestão de saúde na capital, especialmente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), após visitas realizadas pelo colegiado.

Segundo Luciano Nascimento, durante visita à UPA da Cidade da Esperança, realizada na última segunda-feira (08) foram constatadas melhorias significativas no fluxo de atendimento. O vereador ressaltou que o sistema de prontuário eletrônico otimiza o processo de triagem e classificação de risco, reduzindo o tumulto e longas esperas, um problema comum no passado, segundo ele, quando pacientes ficavam longos períodos sem saber o destino do atendimento.

“Não tem mais aquele corredor lotado na UPA, sem as pessoas saberem para onde vão com a guia na mão”, destacou. O vereador lembrou que o tempo de espera para resultados de exames de sangue, que chegava a duas horas no sistema público, agora é comparável ao observado em hospitais privados, entre uma hora e uma hora e meia.

Além disso, Nascimento destacou ajustes nos plantões noturnos: na UPA Esperança, por exemplo, o médico da “sala amarela” passou de plantões de 6 horas para 12 horas. Ele ainda elogiou as empresas contratadas, a Justiz e a Proseg, de terceirização de serviços médicos, pelas mudanças percebidas no atendimento. E destacou que, mesmo aguardando a implantação das Organizações Sociais (OS) no modelo de gestão, vê com otimismo essa alternativa para dar continuidade às melhorias.

“Tudo que venha melhorar, modernizar, trazer agilidade e benefícios para o cidadão, nós queremos que dê certo. E que funcione em Natal, no Estado e no Brasil”, afirmou.

A avaliação positiva do vereador surge em meio a uma polêmica jurídica. A Justiça suspendeu a contratação emergencial de médicos pela Prefeitura de Natal, cujos contratos ultrapassavam R$ 271 milhões, atendendo a um pedido da Cooperativa Médica do RN (Coopmed). A cooperativa, que foi vencida pelas duas últimas empresas, questionou os novos contratos e pediu suspensão. A suspensão foi revertida dias depois pelo Tribunal de Justiça do RN, permitindo a continuidade do procedimento.

As OS também passam por questionamento jurídico e Luciano Nascimento fez críticas contundentes aos parlamentares Daniel Valença (PT) e à deputada federal Natália Bonavides (PT), autores da ação judicial que resultou na suspensão do modelo de gestão adotado.

“A oposição faz uma oposição ainda em cima do palanque e sem baixar as bandeiras. Natália não aceita a derrota nas urnas e tenta fazer uma política do quanto pior, melhor”, disparou em conversa com o Diário do RN.

Ele comparou Natal com outras cidades governadas pelo PT onde o modelo de OS está em vigor e funciona bem, sugerindo incoerência no posicionamento dos petistas:

“Em outras cidades administradas pelo PT há sistemas de OS e ninguém reclama. Então eu acho que [essa ação] de Natália e Daniel é mais para tumultuar. Eles colocam os interesses políticos acima dos interesses da população. A gente sente isso, porque as pessoas que têm um mínimo de boa-fé, que forem nas UPAs, ainda não está 100%, nunca vai ficar 100%, é difícil, no privado tem problemas, mas que teve melhores significativas com essas novas empresas, com essas mudanças”, complementa.

Apesar dos avanços, o vereador reconhece que há margem para aprimoramentos e reforça a importância da atenção primária na redução da superlotação nos prontos atendimentos. Ele lembrou dos esforços do prefeito para obter recursos em Brasília a fim de revitalizar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), fortalecendo a estrutura física e evitando sobrecarga nas UPAs.

“O prefeito está em busca de recursos em Brasília para fazer um grande mutirão de revitalização, de reforma de modernidade nas UBS. A gente precisa fortalecer essa atenção primária para que cada vez mais os prontos-atendimentos não superlotem, mas a gente precisa ter uma oposição responsável, não com interesses políticos acima do público”, afirmou.


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DATAVERO: STYVENSON LIDERA DISPUTA AO SENADO NO RN COM LARGA VANTAGEM

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O senador Styvenson Valentim (PSDB) aparece em primeiro lugar nas intenções de voto para o Senado Federal no Rio Grande do Norte, segundo pesquisa realizada pelo Instituto DataVero/Diário do RN em Natal. No levantamento estimulado para o primeiro voto, Styvenson soma 28,18%, mais que o dobro dos seus principais concorrentes.

Na sequência, há um empate numérico entre o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PSD) e a governadora Fátima Bezerra (PT), ambos com 14,09%. Logo atrás, surge o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), com 12,02%, seguido pela senadora Zenaide Maia (PSD), que marca 7,68%. Os demais nomes aparecem com índices abaixo de 2%: o ex-deputado Coronel Hélio (PL) com 1,97%, Babá com 0,69%, e Luizinho Cavalcante (PSB) com 0,39%. Entre os entrevistados, 16,85% disseram que não votariam em nenhum dos nomes e 4,04% não souberam ou não responderam.

O levantamento também mediu as intenções de voto para o segundo senador, já que em 2026 o Rio Grande do Norte terá duas vagas em disputa, sendo a renovação da Casa de 2/3 dos parlamentares. Nesse cenário, Styvenson também lidera, com 22,46%, seguido por Álvaro Dias (13,20%), Carlos Eduardo (12,91%), Fátima Bezerra (10,94%) e Zenaide Maia (7,78%). Os demais nomes aparecem abaixo de 4%, enquanto 23,25% não votariam em nenhum.

No resultado unificado, que considera a média do primeiro e do segundo voto, Styvenson mantém ampla vantagem com 25,32%, praticamente o dobro de Carlos Eduardo, que apresentou 13,50% das intenções de voto, de Álvaro Dias (12,61%) e de Fátima Bezerra (12,51%), que aparecem tecnicamente empatados. A senadora Zenaide Maia soma 7,73%, enquanto Coronel Hélio (2,76%), Babá (0,89%) e Luizinho Cavalcante (0,44%) têm desempenhos residuais.

Natal dá maioria a Lula e Bolsonaro é o mais rejeitado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na frente na disputa presidencial em Natal, segundo pesquisa realizada pelo Instituto DataVero/ Diário do RN na capital, repetindo um cenário de liderança já observado em pleitos anteriores no Estado, onde tradicionalmente o PT tem desempenho expressivo. Bolsonaro, por sua vez, segue consolidado como principal nome da oposição, com um eleitorado fiel, mas também com a maior taxa de rejeição.

No cenário estimulado, Lula soma 39,21% das intenções de voto, seguido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com 27,29%.

Em terceiro lugar, surge o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), que registra 8,87%. Logo depois, aparecem nomes cotados dentro da direita e do centro-direita nacional: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 5,52%; o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 1,38%; o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 0,69%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com 0,59%; e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 0,20%.

Entre os eleitores entrevistados, 11,72% disseram que não votariam em nenhum dos nomes e 4,53% não souberam ou não responderam.

Rejeição
O levantamento também perguntou em quem o eleitor não votaria de forma alguma. Jair Bolsonaro lidera a rejeição com 39,31%, seguido por Lula, com 31,72%. Entre os demais nomes, os índices são mais baixos: Ciro Gomes (2,96%), Ratinho Júnior e Tarcísio de Freitas (1,87% cada), Eduardo Leite (0,59%), Ronaldo Caiado (0,49%) e Romeu Zema (0,30%).

O percentual de eleitores que afirmam rejeitar todos os nomes chega a 11,63%, enquanto 5,02% disseram que poderiam votar em qualquer um e 4,24% não souberam ou não responderam.


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CARLOS EDUARDO LIDERA DISPUTA PARA O GOVERNO EM NATAL, APONTA DATAVERO

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Pesquisa realizada pelo Instituto DataVero/ Diário do RN na capital potiguar mostra o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), na liderança da corrida para o Governo do Rio Grande do Norte, cerca de quatro pontos à frente do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Na pesquisa estimulada, quando todos os pré-candidatos são apresentados ao entrevistado, o também ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos) fica à frente do presidente do PL no RN, Rogério Marinho.

Carlos Eduardo Alves soma 19,31% das intenções de voto, seguido pelo atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, com 15,76%, e por Álvaro Dias, que marca 13,89%. Na sequência aparecem o senador Rogério Marinho (PL), com 11,53%, a vereadora de Natal Thabatta Pimenta (PSOL), que alcança 7,68%, e o secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier (PT), com 2,96%. Entre os eleitores ouvidos, 22,76% disseram que não votariam em nenhum dos nomes, enquanto 6,11% não souberam ou não responderam.

Cenários

O levantamento também simulou diferentes composições de disputa na cidade que representa mais de 20% do eleitorado potiguar. No cenário 2, sem a presença de Rogério Marinho, Carlos Eduardo amplia sua vantagem e chega a 23,84%, contra 20,59% de Álvaro Dias e 17,64% de Allyson Bezerra, que mostra desvantagem na capital.

Já no cenário 3, em que Allyson Bezerra fica de fora, Carlos Eduardo sobe ainda mais e alcança 27,39%, contra 19,31% de Álvaro Dias e 13,20% de Rogério Marinho.

No cenário 4, sem a participação de Álvaro Dias, o ex-prefeito de Natal mantém a dianteira com 26,60%, enquanto Allyson Bezerra aparece com 17,64% e Rogério Marinho logo atrás, com 17,34%.

Os percentuais mostram que Carlos Eduardo se consolida como o nome mais competitivo na capital. O levantamento reforça também a relevância do eleitorado que não demonstra preferência por nenhum dos nomes testados, que em todos os cenários não superou a marca de 27%, a um ano e um mês da eleição.

A pesquisa DataVero/Diário do RN foi realizada nos dias 06 e 07 de setembro, entrevistando 1000 em todas as regiões da capital. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança é de 95%.

O levantamento reforça também a relevância do eleitorado que não demonstra preferência por nenhum dos nomes testados, que em todos os cenários não superou a marca de 27%, a um ano e um mês da eleição


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SANDRO PIMENTEL TENTA ATRELAR DESTAQUE DE THABATTA EM PESQUISA À FORÇA DO PSOL

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A pesquisa DataVero/Diário do RN trouxe uma surpresa para o cenário estadual: a vereadora de Natal Thabatta Pimenta (PSOL) apareceu com 8,16% das intenções de voto para governadora do Rio Grande do Norte, ficando à frente de Cadu Xavier (PT), candidato do sistema governista. O resultado foi interpretado pelo presidente estadual da legenda, Sandro Pimentel, como prova de que o PSOL tem conseguido fincar raízes nas lutas sociais e no fortalecimento do serviço público.

“Isso mostra que o PSOL é um partido que, de fato, tem conseguido fincar raízes nas lutas primordiais de interesse da população e do fortalecimento do serviço público. O PSOL sempre vai aparecer com um status muito bem lembrado pela população”, avaliou.

Apesar de relacionar a força do partido ao desempenho de Thabatta, nas últimas eleições gerais de 2022, os candidatos do PSOL tiveram um total de 20.715 votos para todos os cargos, a metade que Thabatta obteve a deputada federal pelo PSB. O candidato mais votado do PSol foi Freitas Junior, ao Senado, que obteve 6.661 votos. A candidata a deputada federal mais votada do partido foi Camila das Juntas, com 1.710 votos. Já Thabatta Pimenta, que disputou o mesmo cargo pelo PSB, conquistou 40.533 votos.

Mesmo com o desempenho expressivo para os padrões de um partido de esquerda, Pimentel pondera que o partido não define candidaturas apenas com base em pesquisas de popularidade.

“Pode aparecer alguém nosso que tenha 0,1% e a gente lança. Pode aparecer alguém com 50% e a gente decidir não lançar. O que define também é o trabalho militante, a construção partidária, a visão de mundo, de país, de administração pública. Qualquer um de nós pode dizer: ‘eu sou candidato a partir de agora, vou me filiar e já sou candidato amanhã’. Só que a decisão não é sua, é do partido”, explicou.

Reiterando que “a pesquisa é muito importante para o PSOL e para Thabatha. Recebemos com alegria, mas é apenas um dos parâmetros de avaliação”, Sandro Pimentel pondera sobre a candidatura do partido ao Governo do RN. Ele avalia que a postulação à Assembleia Legislativa pode ser mais viável ao partido.

“Uma disputa para o governo é muito difícil a gente conseguir chegar no segundo turno, porque nós somos um partido que não engana as pessoas. Não compramos voto, não oferecemos prestígio e poder a ninguém. Isso dificulta dentro da política tradicional. Talvez uma candidatura a deputada estadual fosse mais viável para garantir eleição”, afirmou.

Thabatta, entretanto, já afirmou em entrevistas anteriores que deverá sair a deputada federal, caso a candidatura a governadora não siga adiante. A ideia da parlamentar é ser um nome a mais na bancada LGBTQIAPN+. Recentemente, ela fez postagem ao lado da deputada Erika Hilton, também do PSOL, sobre o assunto.

Para Pimentel, a lembrança espontânea do nome de Thabatta já fortalece a imagem do PSOL como alternativa política. “O PSOL é algo novo, diferente. Nem é a velha política tradicional e nem é a esquerda que acaba não sendo tão nova assim também, porque traz vícios da velha direita”, completou, em crítica ao PT.

Ele também avalia o baixo desempenho do pré-candidato ao governo lançado por Fátima Bezerra (PT), Cadu Xavier.

“O candidato do PT é avaliado a partir do índice de aceitação versus rejeição do Governo do Estado aqui e também em nível nacional. Porque o eleitor, quando olha para o candidato do PT, ele olha levando em consideração a legenda também. No nosso caso, nós nunca conseguimos administrar um governo do Estado. Então, a gente começa a sair na frente, especialmente quando as pessoas lembram do PSOL. Elas lembram de não corrupção, do combate à corrupção, da defesa da moralidade pública, da defesa da administração pública, da transparência, do raio-x que tem apresentado os nossos parlamentares federais e estaduais”, afirma o presidente do PSOL.


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THABATTA CELEBRA DESEMPENHO NA PESQUISA DATAVERO: “ESTOU PASSADA”

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A vereadora de Natal, Thabatta Pimenta (PSOL), avaliou como positivo o resultado da pesquisa DataVero/Diário do RN, divulgada nesta segunda-feira, que apontou seu nome com 8,16% das intenções de voto na disputa para o Governo do Rio Grande do Norte. O levantamento mediu cenários eleitorais na Grande Natal, incluindo os municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, que representam 36% do eleitorado potiguar.

“Estou passada! Eu fiquei muito impressionada porque é quase dois dígitos e mostra que uma quantidade muito grande, se for fazer estatisticamente a partir dos eleitores do nosso Estado e a partir dos números que a pesquisa mostra, que é uma quantidade muito grande de pessoas que têm o meu nome na mente. Isso mostra que há um caminho a seguir, que a minha luta pode ser expandida para todo o Estado também, nas eleições do próximo ano, seja para governo, deputada federal, o que for”, afirmou Thabatta.

A pesquisa mostra o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), liderando com 19,65% das intenções de voto. Em seguida aparecem o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), com 16,24%; o senador Rogério Marinho (PL), com 13,49%; e o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), com 11,49%. A vereadora Thabatta Pimenta surge em quinto lugar, com 8,16%, à frente do secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier (PT), que marcou 1,83%. Mais de 20% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados, enquanto 8,99% não souberam responder.

Para Thabatta, o resultado representa reconhecimento popular e reforça seu espaço como liderança política no Estado. “Mostra realmente que o povo quer uma renovação. Além de tudo, ver que eu sou a única mulher nesse cenário ali colocado com tantos nomes. Então, para mim, é além de tudo um reconhecimento da nossa atuação política hoje dentro do Rio Grande do Norte, mas também do que veio a partir do interior do Estado, por saber tanto o quanto é a vivência de um corpo interiorano, mas também nessa perspectiva de chegar à capital pensando e lutando por todas as vozes. Então, eu estou muito feliz, fiquei impressionada com os números”, declarou.

A parlamentar também destacou o simbolismo do resultado para o PSOL. “Inclusive para o meu partido, eu creio que nunca chegou a esses números. Então mostra, além de tudo, a liderança política que nós estamos estruturando, fazendo acontecer mesmo dentro do Rio Grande do Norte.

Para além de tudo, eu estou muito feliz que há um reconhecimento da nossa atuação política”, disse.

A pesquisa DataVero/Diário do RN foi realizada nos dias 3 e 4 de setembro, com 1.200 eleitores, e tem margem de erro de 3% para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

Procurados, Allyson Bezerra e o senador Styvenson Valentim informaram por meio de assessoria que não vão se pronunciar sobre o resultado no momento. Já a governadora Fátima Bezerra, o senador Rogério Marinho, Álvaro Dias, Cadu Xavier e a senadora Zenaide Maia não responderam até o fechamento desta edição.


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CARLOS EDUARDO PEDE INCLUSÃO DO NOME EM PESQUISAS PARA GOVERNO E SENADO

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O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), quebrou o silêncio e se posicionou no cenário político potiguar após aparecer com força na pesquisa DataVero/Diário do RN, divulgada nesta terça-feira (09). O levantamento inseriu seu nome na disputa majoritária para o Governo do Estado e para o Senado, registrando 16,24% das intenções de voto na corrida para governador e 11,66% na disputa pela vaga de senador.

Em conversa com o Diário do RN, Carlos Eduardo afirmou que o resultado o motivou a retomar a agenda política e a solicitar oficialmente que os institutos de pesquisa passem a incluir seu nome nos cenários futuros.

“Eu fico muito feliz em ver esse resultado da pesquisa. Até porque agora em outubro vai fazer um ano que eu estou calado. Estou em silêncio profundo. E nesse tempo eu passei seis meses morando em São Paulo. Então, eu fico feliz com a lembrança do meu nome. A partir desse resultado, eu quero solicitar a todos os institutos de pesquisa que a partir de agora considerem, incluam o meu nome, tanto para governador quanto para senador”, declarou.

Apesar da reaproximação com a política, Carlos Eduardo ressaltou que não teve movimentações públicas no período. Chegou a cogitar e conversar sobre possibilidade de candidatura a deputado, ao lado de Kelps Lima, Rafael Motta e Abraão Lincoln há alguns meses, com o objetivo de montar uma nominata capaz de enfrentar o poderio eleitoral dos parlamentares com mandato.

Entretanto, com os resultados de intenções de votos à majoritária, deve começar movimentação eleitoral.

“Houve um trabalho coordenado por Kelps querendo montar uma nominata para deputado federal, e eu tive algumas conversas com ele e com outros pré-candidatos. Mas foi a única iniciativa que eu tive nesse tempo todo. Não dei entrevista, não viajei para o interior, não fui aos bairros de Natal. Agora, quero que meu nome esteja em todas as pesquisas e, simultaneamente a isso, vou começar a visitar os bairros de Natal e o interior do Estado”, ressaltou.

Carlos Eduardo é filiado ao PSD de Zenaide Maia, senadora pré-candidata à reeleição, que vem sinalizando e reafirmando parceria política com Allyson Bezerra (UB), caso ele se candidate ao Governo do RN. O ex-prefeito de Natal disse que pretende conversar com a cúpula para alinhar os próximos passos da sua intenção de se candidatar. O fato novo deve obrigar a senadora a articular novos cenários.

“Eu recebi o resultado e devo conversar com Jaime e Zenaide dentro desse novo cenário. É importante porque cresce a importância do PSD para as eleições de 2026, já que tem um posicionamento muito bom com a senadora Zenaide, que tem honrado o Rio Grande do Norte no Senado, e um partido que tem em torno de 25 prefeitos. Então, eu acho que com essa performance, cresce o partido”, avaliou.

Questionado sobre a possibilidade de alianças, inclusive com composição com o prefeito de Mossoró, Carlos Eduardo evitou se alongar e ponderou que este é o momento de diálogo. Ao ser provocado sobre uma eventual chapa com Allyson, respondeu que ainda é cedo para tratar do assunto. “Olha, eu não vou entrar nisso agora. O que eu quero é que meu nome seja testado para governador e para senador. A questão de coligação e de candidaturas, de alianças, fica para o ano que vem”, garantiu.

A partir dos números, Carlos Eduardo concluiu a entrevista com um agradecimento direto aos eleitores que citaram seu nome: “Eu quero apenas aproveitar a oportunidade para agradecer aos natalenses e aos norte-rio-grandenses por me colocar, apesar de eu estar um ano fora de tudo, numa situação realmente muito boa sob o ponto de vista eleitoral, tanto para o governo quanto para o Senado”.

De acordo com a pesquisa DataVero/ Diário do RN, no cenário estimulado geral a governador do Rio Grande do Norte, Allyson Bezerra tem 19,65% das intenções de voto, seguido de Carlos Eduardo (16,24%), Rogério Marinho (13,49%) e Álvaro Dias (11,49%). A vereadora Thabatta Pimenta (PSol) tem 8,16%, enquanto Cadu Xavier (PT) registra 1,83%. Mais de 20% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados e outros 8,99% não souberam responder.

Já ao Senado, na pergunta estimulada sobre o primeiro voto, Styvenson aparece com 33,47% das intenções. Em seguida aparecem Carlos Eduardo Alves (PDT), com 11,66%, a governadora Fátima Bezerra (PT), com 11,41%, e a senadora Zenaide Maia (PSD), com 10,32%, seguidos de Álvaro Dias (Republicanos), Coronel Hélio (PL), Babá Pereira (PL) e Luizinho Cavalcante (PSB). Eleitores que não souberam ou não responderam somam 5,91%, e os que declararam não votar em nenhum dos nomes, 15,32%.

No segundo voto, Styvenson tem 21,40%, Álvaro Dias (11,41%) e Carlos Eduardo (11,32%) empatados. Zenaide Maia tem 9,58% e Fátima Bezerra 6,99%. A pesquisa foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03 e 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro 3%.


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SILÊNCIO DE PRÉ-CANDIDATOS SOBRE PESQUISA REVELA OBJEÇÃO AO FATO NOVO

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A pesquisa DataVero/Diário do RN trouxe novos elementos ao cenário eleitoral do Rio Grande do Norte. A pesquisa não só incluiu o nome do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PSD), como revelou larga intenção de votos do eleitorado da Grande Natal no nome do PSD. O novo elemento altera as perspectivas dos demais candidatos e pode levar os nomes a recalcular rotas. O Diário do RN entrou em contato com todos os citados na pesquisa, mas quase nenhum quis se pronunciar sobre os novos números.

Allyson Bezerra (UB) e Styvenson Valentim (PSDB) afirmaram, através das respectivas assessorias de comunicação, que não vão se pronunciar no momento sobre pesquisas eleitorais. Já Álvaro Dias (Republicanos), Fátima Bezerra (PT), Cadu Xavier (PT), Rogério Marinho (PL) e Zenaide Maia (PSD) não responderam até o fechamento desta edição.

A chegada do nome de Carlos Eduardo Alves no rol de pré-candidatos à majoritária revela, entre outras considerações, que a posição de Allyson Bezerra se apresenta menos confortável do que se vislumbrava. Carlos Eduardo aparece tecnicamente empatado com o prefeito de Mossoró na sondagem estimulada geral: 19,65% a 16,64%. Os números ficam mais próximos ainda em outros cenários. Em um deles, sem Rogério Marinho, Allyson Bezerra tem 22,73% e Carlos Eduardo 21,07%. Em outro, sem Álvaro Dias, Carlos Eduardo fica à frente com 22,65% e Allyson Bezerra 21,07%.

Para Rogério Marinho, que ficou colocado em 3ª posição, com 13,49%, vê uma distância maior do primeiro e segundo colocados em seu reduto eleitoral. O presidente do PL tem o desafio de furar a bolha da militância bolsonarista num Estado que deu maioria de votos ao PT. Apesar da rejeição aos nomes do sistema governista, Marinho acompanha o eleitorado enxergar mais uma alternativa ao Governo do RN.

Álvaro Dias, colocado em quarta posição, com 11,49% das intenções de votos, vê dificultada sua intenção de ser escolhido o nome da direita pelo fator popularidade. Álvaro tem a região de Caicó como reduto eleitoral, mas tem liderança também na Grande Natal. Na quarta posição na região e integrante do mesmo grupo de Rogério Marinho, deverá se submeter, junto ao aliado político, para escolha pelo grupo do representante à majoritária.

O nome do sistema governista ao Governo do Estado, secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier, teve o resultado mais desfavorável. O candidato da governadora Fátima Bezerra foi citado por 1,83% dos eleitores potiguares e talvez por isso o desinteresse em proferir qualquer declaração sobre os números. Cadu é o desafio do PT e deverá depender do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para alçar seu nome a melhores perspectivas, somado ao trabalho da governadora.

Cadu ficou atrás até mesmo da pré-candidata do PSol, vereadora natalense Thabatta Pimenta, que apresentou 8,16%. Ela se declarou “impressionada” com o resultado positivo do seu nome. À frente cerca de seis pontos de Cadu Xavier, Thabatta mostra que a esquerda pode ter outras opções na visão do eleitorado da capital e Região Metropolitana e dificulta a viabilidade eleitoral do projeto governista.

Carlos Eduardo Alves teve ainda nome incluído ao Senado, e ficou à frente até da presidente do seu partido, senado Zenaide Maia. Caso defina pela candidatura à Casa Legislativa, as peças se reorganizam também na disputa ao Executivo.

A pesquisa DataVero foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03 e 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro 3%.


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STYVENSON LIDERA; CARLOS EDUARDO, FÁTIMA E ZENAIDE EMPATAM AO SENADO

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O senador Styvenson Valentim (PSDB) aparece como favorito na disputa por uma das duas vagas ao Senado pelo Rio Grande do Norte, segundo levantamento do Instituto DataVero realizado na Grande Natal. O estudo mostra vantagem significativa do parlamentar tanto no primeiro voto quanto na soma dos dois votos, cenário que reforça sua posição como principal nome na corrida.

Na pergunta estimulada sobre o primeiro voto, Styvenson aparece com 33,47% das intenções. Em seguida aparecem Carlos Eduardo Alves (PDT), com 11,66%, a governadora Fátima Bezerra (PT), com 11,41%, e a senadora Zenaide Maia (PSD), com 10,32%. O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), registra 8,49%, enquanto Coronel Hélio (PL) aparece com 1,92%, Babá Pereira (PL) com 1,17% e Luizinho Cavalcante (PSB), ex-prefeito de Carnaubais, com 0,33%. Eleitores que não souberam ou não responderam somam 5,91%, e os que declararam não votar em nenhum dos nomes, 15,32%.

No segundo voto, Styvenson também fica em primeiro, embora com percentual menor: 21,40%.

Em seguida, estão Álvaro Dias (11,41%) e Carlos Eduardo (11,32%) empatados. Zenaide Maia tem 9,58% e Fátima Bezerra 6,99%. Coronel Hélio tem 4%, Babá Pereira 1% e Luizinho Cavalcante 0,42%. Entre os que não sabem ou não responderam, o índice é de 9,66%, e os que rejeitam todos os nomes para a segunda escolha somam 24,23%.

Quando consideradas as duas opções de voto em conjunto, o resultado mantém Styvenson Valentim na frente, com 27,44%. Na sequência, aparecem Carlos Eduardo, com 11,49%, Álvaro Dias, com 9,95%, Zenaide Maia, com 9,95% das intenções e Fátima Bezerra, com 9,20%. Em seguida, vêm Coronel Hélio (2,96%), Babá Pereira (1,08%) e Luizinho Cavalcante (0,37%). Os eleitores indecisos representam 7,79%, e os que não votariam em nenhum, 19,78%.

Rejeição ao Senado
A pesquisa também mediu o nível de rejeição dos pré-candidatos. A governadora Fátima Bezerra lidera esse índice, com 27,73% dos eleitores afirmando que não votariam nela de forma alguma para o Senado.

Na sequência, aparecem Styvenson Valentim (7,58%), Carlos Eduardo (6,91%), Álvaro Dias (6,08%), Babá (5,58%), Coronel Hélio (4,16%), Zenaide Maia (3,00%) e Luizinho Cavalcante (1,25%).

Outros 8,66% disseram que votariam em todos, enquanto 13,74% afirmaram que não votariam em nenhum. Já os que não souberam ou não responderam somam 15,32%.

A pesquisa DataVero foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03


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DATAVERO/DIÁRIO APONTA CARLOS EDUARDO EMPATADO COM ALLYSON PARA O GOVERNO

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A pesquisa DataVero aponta cenário competitivo e novos elementos à sucessão estadual no Rio Grande do Norte. O levantamento avaliou intenções de voto para o Governo em diferentes cenários e revelou que Carlos Eduardo, ex-prefeito de Natal e tradicional liderança da família Alves, aparece bem posicionado em todos os cenários, disputando diretamente com Allyson Bezerra (UB). Rogério Marinho, com atuação nacional como ex-ministro e senador, mantém um eleitorado expressivo. Álvaro Dias, também ex-prefeito da capital, também aparece.

A pesquisa aponta cenário na Grande Natal, incluindo Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, que representam 36% do eleitorado potiguar.

No cenário estimulado geral a governador do Rio Grande do Norte, quando os nomes são apresentados ao eleitor, Allyson Bezerra tem 19,65% das intenções de voto, seguido de Carlos Eduardo (16,24%), Rogério Marinho (13,49%) e Álvaro Dias (11,49%). A vereadora Thabatta Pimenta (PSol) tem 8,16%, enquanto Cadu Xavier (PT) registra 1,83%. Mais de 20% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados e outros 8,99% não souberam responder.

Já a pesquisa espontânea – quando o entrevistado cita o primeiro nome que pensa, sem ser apresentado à lista de candidatos – revela um quadro de alta indefinição do eleitorado, refletido principalmente na pesquisa espontânea, em que três em cada quatro potiguares ainda não sabem em quem votar.

Neste levantamento, a pesquisa mostra que 76,85% dos potiguares não souberam ou não responderam em quem votariam. Entre os nomes lembrados, Allyson Bezerra lidera com 5,66%, seguido por Styvenson Valentim (PSDB), com 4,66%, e Rogério Marinho (PL), com 2,83%. Álvaro Dias (Republicanos) aparece com 2,16% e Carlos Eduardo (PSD) com 1,75%. Outros nomes citados, ainda que com índices inferiores a 1%, foram a governadora Fátima Bezerra (PT), Natália Bonavides (PT), Paulinho Freire (PP), José Agripino (União Brasil), Walter Alves (MDB), Garibaldi Alves Filho (MDB), Ricardo Motta (PSB), Ezequiel Ferreira (PSDB), entre outros.

Cenários

O DataVero também simulou diferentes combinações de candidatos. No Cenário 1, sem Rogério Marinho, Allyson Bezerra lidera com 22,73%, seguido de Carlos Eduardo (21,07%) e Álvaro Dias (15,99%). A taxa de eleitores que não votaria em nenhum é de 28,14%.

Em um segundo cenário, sem Allyson Bezerra, Carlos Eduardo assume a dianteira com 21,82%, deixando Rogério Marinho, com 16,49%, em segundo; e Álvaro Dias em terceiro, com 16,65%.

Nesse recorte, 32,97% disseram não votar em nenhum dos nomes.

Já no 3º cenário, sem Álvaro Dias, Carlos Eduardo (22,65%) e Allyson Bezerra (21,07%) aparecem tecnicamente empatados na liderança, com Rogério Marinho logo atrás (17,15%).

Rejeição
Quando o tema é rejeição do eleitorado aos nomes possíveis ao Governo, a vereadora de Natal Thabatta Pimenta aparece em primeiro lugar, com 18,23%, seguida por Rogério Marinho, segunda maior rejeição, com 17,49%, Carlos Eduardo tem 10,74% e Álvaro Dias 8,16%. Allyson Bezerra tem apenas 2,83%. Outros 13,66% afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes e 15,40% não souberam responder.

A pesquisa DataVero foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dia


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