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EZEQUIEL E WALTER ALVES ARTICULAM SUPERNOMINATA NO MDB PARA 2026

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A confirmação da pré-candidatura do médico e ex-prefeito de Luis Gomes Dr. Pio X Fernandes a deputado estadual, sob apadrinhamento direto de Ezequiel Ferreira (PSDB) e do vice-governador Walter Alves (MDB), expõe a articulação entre duas forças políticas do Rio Grande do Norte para transformar o MDB no principal partido da Assembleia Legislativa a partir de 2026, ratificar a dimensão da sigla no Rio Grande do Norte e, mais do que isso, pavimentar influência decisiva na eleição estadual.

A entrada de Dr. Pio, líder regional do Alto Oeste Potiguar e ex-candidato a deputado federal com mais de 33 mil votos, é apenas uma peça num tabuleiro em configuração. A movimentação do presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, em direção ao MDB, legenda que ele já integrou entre 2013 e 2016, visa não apenas assumir o comando partidário no Estado, mas também estruturar uma supernominata que pode transformar a correlação de forças na Casa.

Dr. Pio entra na disputa com capital eleitoral de ex-presidente da AMORN. Ele parte com apoio de dois prefeitos da região: a esposa, Maria Elce (MDB), prefeita de Major Sales no quarto mandato e reeleita com 96,63% dos votos, e Tututa (MDB), prefeito de Luís Gomes reeleito com 56,79%.

A articulação do nome de Dr. Pio no interior revela estratégia do MDB para disputar de forma competitiva o voto regionalizado. A ideia é consolidar um polo político com potencial de manter ou ampliar a liderança do MDB de Walter – e de Ezequiel – no Rio Grande do Norte.

Além disso, a aliança entre Ezequiel e Walter mira um salto de representação: de apenas um deputado estadual atualmente, o MDB pode chegar a sete, ultrapassando o PL, que hoje lidera com seis cadeiras. O plano inclui atrair nomes de peso do PSDB e do PV, entre eles Dr. Bernardo, Ubaldo Fernandes, Kleber Rodrigues, Galeno Torquato, Hermano Morais e Eudiane Macedo.

Atual presidente do MDB estadual, o vice-governador Walter Alves deverá entregar o posto a Ezequiel Ferreira, assumindo, em contrapartida, a presidência de honra do partido no Estado e uma cadeira na Executiva Nacional. Walter, que assumirá o Governo do Estado em abril de 2026 com a desincompatibilização de Fátima Bezerra (PT), seguirá influente enquanto Ezequiel fortalece a legenda na Assembleia.

Com o comando do Executivo e do Legislativo, os dois se tornam protagonistas de uma composição ampla. Ao atrair quadros de peso e lideranças locais com base eleitoral sólida, a articulação prepara o MDB para ser possivelmente o fiel da balança na sucessão estadual de 2026. A legenda, que hoje conta com 45 prefeituras, poderá também influenciar diretamente quem será o próximo ocupante da Governadoria.


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AGRIPINO, SOBRE ROGÉRIO: “HONRA A TODOS QUE FAZEMOS PARTE DA CENTRO-DIREITA”

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A inclusão do senador potiguar Rogério Marinho (PL) em um dos cenários da pesquisa presidencial da Paraná Pesquisas provocou reações entusiasmadas entre os aliados da centro-direita no Rio Grande do Norte. Para o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), e o ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do partido, e Álvaro Dias, ex-prefeito de Natal, o resultado representa não apenas um reconhecimento à trajetória política de Marinho, mas também um indicativo de seu papel estratégico no redesenho da centro-direita brasileira.

“Os números da Paraná Pesquisas refletem o que temos acompanhado: Rogério Marinho hoje é uma liderança nacional de centro-direita, com uma reconhecida atuação parlamentar em prol do Rio Grande do Norte e do nosso país”, afirmou Paulinho. “Esse resultado é excelente para o nosso Estado. Ter um representante que se destaca a nível de Brasil é a prova de que ele está indo no caminho certo”, avalia o prefeito de Natal.

José Agripino, que vem articulando os movimentos do bloco da direita visando as eleições de 2026 no Estado, classificou a inclusão do nome de Marinho como um “fato honroso”.

“O Rogério Marinho é um nome altamente qualificado, não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Eu sempre disse isso. A simulação dele poder ser pré-candidato dentro dos nomes do PL é algo que nos honra a todos nós que fazemos parte de um grupo político de centro-direita”, pontuou.

Para Agripino, o processo nacional ainda passará por diversas etapas e dependerá da construção de consensos. A união, segundo Agripino, definirá a vitória da direita na eleição nacional e estadual.

“O PL teria que se decidir pela candidatura de Tarcísio de Freitas, Rogério Marinho, Zema, Ronaldo Caiado… Quem seria? Agora, uma coisa é importante: se a direita no plano nacional estiver junto com o centro, ganha a eleição, como acontece aqui no Rio Grande do Norte. São todos nomes muito bons. O importante é que haja união entre eles e viabilidade em pesquisa”, afirmou.

Embora Rogério Marinho mantenha o discurso de que sua prioridade é o Rio Grande do Norte – reafirmando a pré-candidatura ao governo estadual, seus aliados enxergam a possibilidade como real. O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), frisa o trabalho de Marinho enquanto Ministro do governo Bolsonaro.

“Acredito, sim, que o nome dele possa se concretizar numa chapa presidencial, justamente pelo desempenho que teve no Ministério. Acho que o fato de Rogério Marinho ter sido ministro do Desenvolvimento Regional durante o governo do presidente Bolsonaro, com um bom desempenho e tendo feito um excelente trabalho, o credencia para disputar qualquer posto no nosso país — inclusive o de presidente da República”, analisa Dias.

“Rogério hoje é um nome que teve um bom desempenho no Ministério do Desenvolvimento Regional e, atualmente, é uma das figuras de maior relevo da oposição no Brasil. Ele tem feito uma atuação destacada no Senado, apresentando questionamentos importantes, participando de debates relevantes, e demonstrando preparo, capacidade e condições de exercer qualquer cargo no nosso país. Assim como ele, outras pessoas que também desempenharam bem suas funções hoje estão credenciadas para disputar o cargo, como, por exemplo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também foi ministro do ex-presidente Bolsonaro”, finaliza Álvaro.


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ROGÉRIO MARINHO REAFIRMA: “SOU PRÉ-CANDIDATO A GOVERNADOR DO ESTADO”

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Incluído no radar nacional de Bolsonaro ao entrar como cenário possível em sondagem eleitoral da Paraná Pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24), o secretário nacional do PL, Rogério Marinho (PL) prefe manter cautela e ratificar pretensão eleitoral ao Executivo estadual. Marinho conversou com o Diário do RN e mantém posicionamento que vem reforçando nos últimos dias. “Sou pré-candidato a governador do Estado”, afirmou Rogério.

“Isso mostra mais uma fragilidade de Lula do que qualquer outra coisa. Eu sou hoje uma pessoa que não tenho essa dimensão nacional não. Por mais que eu esteja fazendo esse trabalho como líder da oposição [no Senado], tem que rodar muito para ter projeção nacional. É outra dimensão”, pondera o líder da oposição no Senado, secretário nacional do PL e presidente do partido bolsonarista no RN.

Ele se refere especificamente ao cenário apontado num segundo turno, em que perderia de Lula por dez pontos de diferença – 41,9% a 31,2%.

Num cenário de 1º turno Marinho aparece com 6,8%. Na sondagem, Lula (PT) apresenta 34,2%; Ciro Gomes (PDT) 15%; Ratinho Junior (PSD) 13,9%; Ronaldo Caiado (União Brasil) 7,1%; Rogério Marinho (PL) 6,8%; Helder Barbalho (MDB) 1,2%.

A inclusão do senador potiguar entre presidenciáveis na pesquisa reforça seu papel como nome de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro e figura estratégica para a disputa estadual de 2026.

O dado é ainda mais simbólico pelo fato de Marinho ser um nome, como ele mesmo afirma, sem tamanha projeção nacional, como Ronaldo Caiado, que ele empatou, de acordo com a sondagem.

Neste momento, Jair Bolsonaro, que continua inelegível, ainda não bateu o martelo sobre quem apoiará na disputa presidencial de 2026. No levantamento, o nome do potiguar aparece ao lado de figuras como Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Flávio.

Apesar da projeção de Tarcísio de Freitas, Bolsonaro já deu sinais claros e públicos de desconfiança ou distanciamento político, especialmente após Tarcísio adotar posturas consideradas mais moderadas e pragmáticas como governador de São Paulo. Esses sinais vêm sendo interpretados nos bastidores como um recado de que ele pode não ser o preferido para a sucessão presidencial de 2026. Sem citar nomes, Bolsonaro já criticou aliados que “se esquecem da base conservadora”. Na ausência de Tarcísio em algumas manifestações bolsonaristas, a liderança do PL não escondeu a frustração e chegou a dizer que “alguns amigos não puderam ou não quiseram vir”.

Nome mais carismático e com maior intenção de votos entre os possíveis substitutos do bolsonarismo nos cenários de 1º e 2º turno na pesquisa, Michelle Bolsonaro pode configurar como cabeça de chapa ou candidata a vice.

Apesar da modéstia, a presença de Marinho entre os possíveis candidatos de direita reflete mais que um teste eventual: é um sinal claro de prestígio dentro do grupo bolsonarista alcançado como resultado da dedicação de Marinho ao grupo.

No comando da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, Marinho foi o principal responsável pela articulação da Reforma da Previdência, aprovada em 2019. Já como ministro do Desenvolvimento Regional, liderou a conclusão de obras da transposição do Rio São Francisco, promoveu entregas no semiárido. Como senador e secretário nacional do PL, vem articulando a reestruturação da direita bolsonarista no Nordeste e ampliando a base política em diversos estados.

RN 2026
No bastidor, seu grupo político prepara movimentações importantes para os próximos meses: “O próprio Rota 22 vai ter uma atividade dia 2 de agosto, mas em julho vamos fazer algumas filiações, tem alguns prefeitos que virão, nesse período que antecede o recesso”, adiantou o senador.


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SEM LICITAÇÃO, EMPRESA GANHA UM CONTRATO MILIONÁRIO NA GESTÃO NILDA

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A Prefeitura de Parnamirim firmou um contrato milionário, sem licitação, com a empresa Liderança Locações, Transportes e Serviços Ltda, no valor de R$ 5.393.449,92, para a realização de serviços de poda de árvores no município. O acordo está no Diário Oficial do Município do dia 23 de junho de 2025, publicado nesta terça-feira (24), e tem validade de um ano.

A empresa é de Sergio Bezerra, irmão do vereador Afrânio Bezerra, que compõe a base da prefeita Nilda Cruz.

O Contrato nº 16/2025, assinado pela filha da vice-prefeita, Carol Pires, titular da Secretaria de Serviços Urbanos, chama atenção por ter sido firmado sem concorrência pública direta, por meio de adesão a uma ata de registro de preços.

Entre os serviços descritos em contrato, além da poda de árvores, está a disponibilização de equipe técnica, veículos e equipamentos necessários ao atendimento das atividades.

A adesão à ata de registro de preços, também chamada informalmente de “carona”, é um mecanismo previsto na legislação brasileira de compras públicas que permite que órgãos ou entidades que não participaram originalmente de uma licitação possam utilizar a mesma ata para adquirir bens ou serviços nas mesmas condições ali estabelecidas.

A prática, embora legal, tem sido alvo de críticas por permitir contratações sem a realização de nova licitação, o que pode comprometer a transparência e a competitividade do processo.


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MPRN INVESTIGA PRORROGAÇÃO INDEVIDA DE CONTRATO DA SOLARES EM PARNAMIRIM

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou um Inquérito Civil para apurar possíveis irregularidades na prorrogação de um contrato emergencial firmado entre a Prefeitura de Parnamirim e a empresa terceirizada Construtora Solares Ltda, que fornece mão de obra ao Município. O procedimento nº 04.23.2144.0000087/2025-88 foi autuado e instaurado no último dia 5 de junho de 2025 e tramita na 1° Promotoria da Comarca de Parnamirim.

O objetivo da investigação é esclarecer se houve prorrogação indevida da vigência do contrato, que é emergencial. Segundo apuração preliminar, o prazo teria sido estendido até fevereiro de 2026, o que pode contrariar os princípios da legalidade e temporariedade que regem as contratações emergenciais na administração pública.

Contratos emergenciais são permitidos por lei em situações excepcionais, como risco à prestação de serviços essenciais, e devem ter duração limitada, sendo vedada sua renovação ou prorrogação além do tempo estritamente necessário. O suposto prolongamento do contrato sem licitação levanta suspeitas de eventual burla ao processo licitatório.

A empresa Solares é responsável por serviços terceirizados junto ao município, e o caso pode envolver a análise de documentos, pareceres jurídicos e justificativas técnicas apresentadas pela gestão municipal para sustentar a prorrogação. O contrato em vigência teve empenhados R$ 37.849.864,89 para a prestação do serviço entre 01 de janeiro e 23 de junho de 2025.

A Solares já vem envolvida numa série de polêmicas e atritos na Prefeitura de Parnamirim. No último dia 06 de maio, foi tema de audiência pública na Câmara Municipal sobre as condições de trabalho, remuneração, direitos trabalhistas e obrigações contratuais referentes aos trabalhadores vinculados a empresa Solares e que atuam junto ao Município.

Já em janeiro, diante da paralisação de trabalhadores da empresa na Prefeitura, a Solares emitiu uma nota em que justificou o atraso salarial, alegou dificuldades com a Prefeitura e afirmou que se reuniria com a nova gestão para alinhar entendimento.

O inquérito sobre os contratos emergenciais segue em andamento.


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PROCURADORIA PEDE CASSAÇÃO DE CHAPA E NOVAS ELEIÇÕES EM OURO BRANCO

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A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (PRE-RN) emitiu parecer favorável a um recurso que pede a cassação dos mandatos do prefeito Samuel Souto (PL) e do vice-prefeito Dr. Araújo (PP), eleitos nas eleições municipais de 2020 e reeleitos no pleito de 2024. A manifestação ocorre no bojo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura supostos abusos de poder político e econômico e promoção pessoal com uso indevido da estrutura pública durante o período eleitoral.

O recurso foi interposto pela coligação adversária, que acusa o gestor de utilizar a administração municipal para favorecer sua campanha à reeleição. Entre os fatos apontados, estão a realização de eventos com forte conotação eleitoral antes do prazo legal e a distribuição gratuita de bens à população em contexto de evidente finalidade eleitoral.

A Procuradoria destacou em seu parecer:
“Desse modo, resta demonstrado que Samuel Oliveira de Souto, prefeito de Ouro Branco/RN, praticou conduta vedada ao infringir o § 10 do art. 73 da Lei nº 9.504/97, por ter realizado a distribuição gratuita de bens em pleno ano eleitoral, sem a comprovação de amparo nas ressalvas legais (calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior), propiciando benefícios eleitorais à chapa integrada por ele e por Francisco Lucena de Araújo Filho.”

O processo agora segue para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), que poderá confirmar ou rejeitar o pedido de cassação. Caso a Corte acate o recurso, uma nova eleição municipal deverá ser convocada para escolher os novos representantes do Executivo de Ouro Branco.

A decisão do TRE-RN será tomada nas próximas sessões, ainda sem data definida.


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NINA SOUZA ELOGIA POSTURA DE FÁTIMA E ATACA POSIÇÃO “IMATURA” DE NATÁLIA

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Enquanto a deputada federal Natália Bonavides (PT) atacou publicamente a gestão Paulinho Freire (UB) pela suposta omissão em apresentar projetos de drenagem ao Novo PAC, a governadora Fátima Bezerra (PT) fez o movimento oposto e telefonou diretamente para o prefeito, oferecendo ajuda e colocando a estrutura do Estado à disposição do município. As duas diferentes posturas aconteceram nos últimos dias, durante as fortes chuvas que atingiram Natal e geraram os alagamentos que atingiram as quatro regiões da capital.

Diante da atitude das duas petistas, a secretária municipal de Assistência Social, Nina Souza (UB), classificou o gesto da governadora como “republicano” e elogiou a disposição de diálogo da chefe do Executivo estadual. Já sobre Natália Bonavides, o tom foi outro. Em entrevista ao Diário do RN, Nina acusou a deputada de “imaturidade política” e de se alimentar do “caos” para obter capital político.

“Quando a governadora liga para oferecer ajuda, isso é um comportamento republicano. Nós precisamos entender que é isso o Estado Democrático de Direito: a gente ter os políticos convergindo para resolver o problema do povo. Em contrapartida, os parlamentares do partido dela, que não foi só a Natália, em vez de destinar emendas para ajudar, não fizeram”, destacou Nina.

Segundo Nina, há o componente a mais, no caso da deputada Bonavides, que enquanto candidata a prefeita de Natal, em oposição a Paulinho, não aceitou o desafio de destinar 20 milhões de reais em emendas para a cidade caso fosse derrotada.

“Naquele momento ela já mostrou claramente que o objetivo não é resolver o problema. Lamentavelmente. Parece, a impressão que dá, é que é o quanto pior, melhor. É a questão de se nutrir do caos. Se o problema for resolvido, eu não tenho o que bater. Eu não tenho retórica. Eu não tenho argumento. Então, eu vou lá ajudar?”, levanta a secretária e primeira-dama de Natal.

Em nota, o Executivo estadual reforça que a responsabilidade pela execução de obras de drenagem é municipal. Ainda assim, o Estado garante estar monitorando as chuvas desde o início da semana e mantendo diálogo com a Defesa Civil da capital.

O gesto da governadora, nesse contexto, assumiu um papel político estratégico. Ao se afastar da retórica de confronto adotada por sua correligionária e optar pela construção de uma ponte com a Prefeitura, a movimentação foi lida como um gesto de maturidade política, principalmente em um momento de desgaste nas relações entre os dois lados políticos.

“Essa é a diferença entre quem está preocupada com o povo e quem ainda está no palanque eleitoral. Enquanto Fátima age, Natália ataca. Ela foi muito bem votada em Natal, poderia estar destinando emendas para ajudar na drenagem, mas prefere se omitir e criticar”, afirmou Nina.

A fala da deputada, feita dois dias antes da ligação da governadora, acusava a gestão municipal de não “ter um pingo de amor por Natal”. “A cada período de chuva, os mesmos lugares alagam, pessoas ficam desabrigadas, ruas intransitáveis. Mesmo com o governo Lula disponibilizando recursos, a Prefeitura sequer apresentou projetos”, escreveu Natália nas redes sociais, o que foi visto por aliados de Paulinho como mais um lance eleitoral em uma disputa ainda mal digerida.

A crítica também remete à percepção, dentro da base aliada do prefeito, de que Paulinho tem enfrentado mais ataques em seis meses de gestão do que Álvaro Dias sofreu em seis anos como prefeito. “É estranho. O São João está aí, aquecendo a economia formal e informal, com gente trabalhando e ganhando dinheiro, mas tem quem prefira criticar. É como se não suportassem ver a cidade avançar”, comentou Nina.

“Paralelo a isso, ele [Paulinho] zerou fila de creche, as UPAs já começaram a ser remodeladas, nós baixamos 33 mil pessoas que esperavam para ser cadastrados no Cadastro Único nessa gestão. Nós temos várias políticas sendo reestruturadas, inclusive a política de habitação sendo reformulada. Muita coisa boa aconteceu em apenas seis meses. Então, eu acho que na hora que se vê isso, vamos atacar, porque o cara não pode crescer, entendeu? É meio complicado. Parece que o povo não para de fazer política”, finaliza Nina.


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GOVERNO REBATE PROTESTO E AFIRMA QUE ESTÁ TRABALHANDO EM NOVA LEI PARA PMS

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O secretário de Estado da Segurança Pública do Rio Grande do Norte, coronel Araújo, reagiu nesta segunda-feira (23) à manifestação organizada por militares estaduais em frente à Governadoria, no Centro Administrativo, em Natal. O ato, convocado por lideranças da oposição bolsonarista – o vereador de Natal Subtenente Eliabe (PL), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) e o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), ocorreu poucas horas após representantes da categoria participarem de uma reunião oficial com o Governo do Estado para tratar do mesmo tema: a regulamentação do mecanismo de promoção funcional conhecido como “ex officio”.
“Estamos trabalhando numa legislação com o comando da PM, dos Bombeiros e com o secretário de Administração, Pedro Lopes. Estamos reunidos agora. A próxima reunião já está marcada para quarta-feira. Inclusive, eles não dizem [na manifestação] que tiveram reunião hoje com a gente. Todos eles estiveram aqui”, afirmou o coronel Araújo ao Diário do RN, criticando o tom político do protesto, enquanto participava de reunião de elaboração da legislação sobre a carreira dos policiais e bombeiros militares.
A mobilização foi convocada nas redes sociais pelo vereador Eliabe, que acusou a governadora Fátima Bezerra (PT) de ter “acabado com a carreira dos militares do Rio Grande do Norte”. A declaração foi amplamente compartilhada por parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vêm utilizando a pauta da segurança como eixo central de suas articulações políticas no Rio Grande do Norte.
Segundo nota divulgada pela Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM-RN), uma assembleia teve como objetivo reforçar a cobrança pela retomada das promoções previstas na legislação. A entidade confirmou que, ainda pela manhã, representantes das associações entregaram uma proposta ao secretário Pedro Lopes e que aguardam resposta oficial do Executivo até quarta-feira (25), data marcada para a próxima rodada de negociações.
“A categoria reivindica a regulamentação e efetivação do direito à promoção, e cobra do Governo do Estado uma solução imediata”, afirma a nota da associação, que reconhece o andamento das conversas com o Governo.
Para o coronel Araújo, a antecipação de um protesto público em paralelo ao andamento das negociações tem objetivo claro: gerar desgaste político para a governadora, especialmente por parte de figuras que devem disputar novas eleições. “Se fosse o ano que vem, era pior. Ele [Eliabe] vai ser candidato e vai fazer o salzeiro. Os demais estão dando corda. Mas nós estamos trabalhando aqui”, comentou o secretário sobre as figuras políticas envolvidas nas movimentações.
A regulamentação do “ex officio” – que garante a progressão automática de carreira em determinadas condições – é uma das principais demandas dos militares da ativa. Segundo os manifestantes, a interrupção dessa política nos últimos anos gerou insatisfação entre as praças, que agora cobram uma definição formal para garantir estabilidade funcional e valorização da carreira.
A nova reunião agendada para quarta-feira deverá ser decisiva para que o Governo apresente uma resposta à proposta encaminhada pelas entidades.


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THABATTA DESTACA FORÇA POPULAR COMO PRÉ-CANDIDATA AO GOVERNO

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Três semanas após lançar sua pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte, a vereadora de Natal Thabatta Pimenta (PSOL) avalia que sua presença no debate eleitoral já provocou movimentações reais no cenário político estadual. Em entrevista ao Diário do RN, Thabatta afirmou que sua pré-campanha tem despertado apoio espontâneo por onde passa e que o nome dela “já está na boca do povo”.

“Desde Mossoró [no Pingo da Mei Dia], logo após o anúncio, as pessoas só falavam nisso, mesmo sendo a cidade de um dos pré-candidatos ao Governo. Foi um clamor muito grande. Percebi que falta alguém que represente essa massa. A nossa pré-candidatura mexeu com o imaginário das pessoas, de que corpos que nunca estiveram projetados em algo tão grande agora podem ocupar esse lugar”, disse a vereadora trans sobre sua posição enquanto pré-candidata.

Apesar de afirmar ainda não contar com apoios formais de prefeitos e lideranças partidárias, o que tem movido sua caminhada é a resposta popular. “Não vou por apoio fixo de prefeita, de prefeito. Eu vou pela vontade das pessoas. Em João Câmara, por exemplo, fui convidada pela prefeita para conhecer o São João e só se falava nisso. As pessoas me chamam de governadora e eu fico passada, porque já está nesse nível de identificação”, contou, ressaltando que o convite da prefeita Aize Bezerra não significa apoio oficializado.

Com forte inserção nos movimentos sociais e na militância LGBTQIAPN+, Thabatta avalia que sua candidatura representa um novo tempo e pode preencher uma lacuna deixada pela falta de diversidade entre os nomes que hoje se colocam para a disputa. “Quando estavam só os quatro homens [pré-candidatos], o que mais ouvia era: ‘não voto em nenhum desses daí’. Então, eu tô surgindo como uma possibilidade real de uma pré-candidatura feminina que se coloca por todas as pautas possíveis. Não é apenas a pauta LGBTQIA+, é a luta por políticas públicas reais para quem mais precisa”, defendeu.

A vereadora reforçou que sua atuação política já é reconhecida nacionalmente e que, na próxima semana, viaja à Europa para representar o Brasil em atividades do Mês do Orgulho LGBT. “Fui indicada não só pelo Governo, mas pelos movimentos sociais e organizações LGBTQIA+ do país.

Isso mostra que a nossa política é construída com as vozes das populações mais vulneráveis. E é isso que queremos levar também para o Governo do Estado”, afirma.

Embora reconheça que o PSOL ainda está em fase inicial de construção da estratégia estadual para 2026, Thabatta afirma que sua pré-candidatura é legítima e já conta com respaldo interno.

“Já indiquei o meu querer ao partido. Estamos começando o processo de construção, mas já falamos nacionalmente, e tive apoio nesse sentido. Minha pré-candidatura é legítima. O partido sabe disso e as pessoas estão mostrando que querem essa representação”, disse.

A pré-candidata também afirmou que sua eventual candidatura ao Governo do Estado não concorre com nomes já postos na esquerda, mas amplia as possibilidades de escolha popular. “A governadora já tem seu pré-candidato, mas a nossa candidatura também é legítima. O povo está dizendo que quer outra figura, quer alguém que veio do interior e conhece de perto os anseios tanto do interior quanto da capital. E isso eu posso representar”, diz, fazendo um paralelo com a pré-candidatura de Cadu Xavier, lançado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

Em sua análise, Thabatta Pimenta considera que se eleita, poderá se tornar a primeira governadora trans do Brasil, fato que ela considera simbólico e potente politicamente. “Nós estamos mostrando que é possível. Ser uma mulher trans, nordestina, do interior, eleita na capital, ocupar esse espaço e mudar a forma de fazer política. Não é só simbólico. É real, é popular, é necessário”, avalia.

Thabatta comenta fala de Léo Souza e afirma que já foi comparada outras vezes à ex-governadora Wilma

A vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) comentou a fala feita pelo vereador Léo Souza (UB), que, durante uma das festas do São João de Natal, asseverou “Thabatta governadora” e afirmou que a parlamentar poderia ser a nova Wilma de Faria. O vídeo do momento em meios aos festejos foi compartilhado pela própria Thabatta nas redes sociais e reforça a repercussão da sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

“Eu fiquei muito feliz, porque a gente não espera de uma pessoa até da base do prefeito Paulinho Freire (UB); mas dentro da Câmara Municipal do Natal é algo que já é corriqueiro dos vereadores perceberem que há uma força que nem eu imaginava que eu tinha”, declarou Thabatta.

Ela atribui esse reconhecimento à sua atuação combativa no Legislativo natalense, que, segundo ela, tem repercutido para além da capital. “As pessoas estão vendo que a nossa luta é muito além do que as pessoas achavam que era a pauta LGBT, das pessoas com deficiência. É muito além disso. A gente está pautando tudo que é possível: a classe trabalhadora, os trabalhadores e tantas outras pautas que realmente precisam de um olhar muito mais participativo, humano”, disse.

Thabatta se disse “lisonjeada” com a fala de Léo Souza, mas ressaltou que não foi a primeira vez que ouviu comparações com a ex-governadora Wilma de Faria. “Acho que outras pessoas, até nos outros vídeos que eu já coloquei, falaram muito sobre isso: de me compararem com Wilma por estar em todos os lugares, subir morro, descer morro, interior, ser querida”, afirmou.


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ÁLVARO DIAS AFIRMA QUE PODE FORMAR CHAPA COM ALLYSON E ZENAIDE MAIA

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“Seria aí uma alternativa bastante viável. Uma chapa trabalhada e apoiada por mim e por Allyson não é terceira via. Vira uma chapa forte, muito competitiva, com apoio consistente em Natal e em Mossoró, no Seridó e no Oeste”. O cálculo é do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), sobre o que caracterizou como o início dos diálogos com Allyson Bezerra (UB), com vistas às eleições de 2026. O ex-prefeito conversou sobre o assunto com o Diário do RN.

A reunião que aconteceu nesta segunda-feira (16) com o prefeito de Mossoró, segundo Álvaro, serviu para quebrar o gelo entre os dois e iniciar um diálogo que pode resultar numa composição de chapa majoritária para a disputa estadual. “Acordamos de caminhar juntos, de continuar conversando”, afirmou.

Pré-candidato ao Governo do Estado, Álvaro admite que está aberto a outras possibilidades, inclusive uma candidatura ao Senado, a depender da costura política com Allyson. “Eu já disse em entrevistas que não descarto a possibilidade de disputar o Senado. A minha preferência é o Governo, mas não descarto o Senado, não”, disse Álvaro, que chegou a afirmar em entrevistas anteriores que Allyson não deveria se candidatar ao governo “por ser muito jovem” e ainda não ter experiência suficiente para o cargo, mas agora aponta para uma mudança de posicionamento.

“A gente viu pontos convergentes, divergentes, e combinou de manter o diálogo para ver se chega a um denominador comum”, explicou.

Allyson, por sua vez, ainda não oficializou intenção de disputar o Governo. Apesar disso, é colocado como nome competitivo para o cargo, com bom desempenho nas pesquisas eleitorais mais recentes em municípios do interior. A sinalização concreta do prefeito oesteano, por enquanto, é o compromisso público com a senadora Zenaide Maia (PSD).

Dentro desse raciocínio, o ex-prefeito da capital admite ser possível a chapa com Allyson para o Governo, e a senadora Zenaide Maia (PSD) e Álvaro ao Senado. “É possível, tudo é possível. Um desses dois postos realmente cabe dentro do meu projeto”, declarou.

Rogério Marinho e Styvenson Valentim
Questionado se essa articulação indicaria um rompimento com o grupo liderado pelo senador Rogério Marinho (PL), Álvaro foi cauteloso. “Não quer dizer isso, não. Quer dizer que eu vou estar sempre conversando com Allyson, procurando alinhar a minha decisão com os interesses comuns meus e dele, para a gente ter aí uma boa convivência e não ser engolido”, ressaltou sobre o grupo.

A movimentação cria novo cenário na disputa estadual e pode dificultar a tentativa de unificação das forças de direita em torno de uma única candidatura ao Governo. Atualmente, Marinho, que teve a pré-candidatura lançada por Bolsonaro na semana passada, tenta liderar esse campo político e declarou, em entrevista publicada nesta terça-feira (17) pelo Diário do RN, que seu objetivo é reunir todos em um mesmo palanque, inclusive Styvenson Valentim (PSDB), que deve disputar a reeleição ao Senado, junto com Allyson e Álvaro.

Álvaro, porém, admitiu que sua articulação com Allyson pode caminhar em trilha separada. “Foi um encontro que nós achamos bom iniciar esse entendimento, esse diálogo, visando atuar de uma forma conciliatória”, finalizou.


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MINEIRO AFIRMA QUE ROGÉRIO EXERCE A POLÍTICA COM ÓDIO E USA FAKE NEWS

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O lançamento da pré-candidatura do senador Rogério Marinho (PL) ao Governo do Rio Grande do Norte, feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante visita ao estado no último final de semana, foi recebido com críticas pelo deputado federal Fernando Mineiro (PT). Para o parlamentar, Marinho representa um projeto político ultrapassado, enfraquecido e alicerçado em práticas antidemocráticas.

“Rogério é o principal representante do bolsonarismo aqui no Estado. Segue a mesma cartilha: contra as políticas públicas e o estado de desenvolvimento social sustentável; ataques às conquistas e direitos sociais; exerce a política com ódio, useiro e vezeiro de fake news”, afirmou Mineiro, em conversa com o Diário do RN nesta terça-feira (17).

O deputado enfatizou que as práticas adotadas pelo senador, incluindo em período em que era Ministro de Bolsonaro, foram responsáveis pelo apoio em massa que obteve dos prefeitos na eleição geral de 2022. Ele lembrou o papel do senador potiguar na articulação do chamado orçamento secreto durante o governo Bolsonaro, mecanismo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e que foi amplamente utilizado para alavancar candidaturas de aliados.

Naquela eleição, Rogério teve o apoio de mais de 100 prefeitos ao Senado. Muitos deles que também apoiaram a candidatura de Fátima ao Senado, mesmo em lados opostos.

“A sociedade potiguar – e principalmente trabalhadores e trabalhadoras urbanos e rurais – o conhecem muito bem. Não estaria onde está se não tivesse usado e abusado dos recursos públicos via orçamento secreto para angariar apoio político. Não à toa, teve o apoio de grande parte de prefeitos e prefeitas em 2022. Hoje, a situação é diferente justamente por não dispor mais do poder de distribuição de recursos via orçamento público”, pontuou.

Mineiro avalia que o contexto político de 2026 será distinto daquele que favoreceu o bolsonarismo em 2022, quando Marinho foi eleito senador derrotando o então ex-governador Carlos Eduardo Alves (PDT). O deputado do PT vê um esvaziamento do capital político de Bolsonaro no cenário nacional, o que, segundo ele, pode impactar diretamente os planos do PL nos estados.

“O bolsonarismo vem perdendo a sua força. Basta ver que setores da elite conservadora brasileira – notadamente a paulista – vêm se afastando do Bolsonaro. Ele não é mais ‘funcional’ para essa elite, principalmente depois das revelações das tentativas de golpe que ele liderou”, destacou.

Apesar disso, Mineiro reconhece que o ex-presidente ainda mantém influência em determinados segmentos, mas não unânime. “Não foi totalmente descartado porque ainda tem algum capital político. Hoje a direita brasileira busca um candidato conservador mais ‘palatável’”, concluiu.

O lançamento da pré-candidatura de Rogério Marinho ao Governo do Estado foi feito por Bolsonaro na última sexta-feira (13), durante ato político na região Seridó. “Nosso cabra da peste Rogério Marinho vai ser governador do Rio Grande do Norte”, declarou o ex-presidente. A agenda no estado também incluiu visitas a Tangará, Santa Rita, Jucurutu e Mossoró, reforçando a aposta do PL em mobilizar sua base com antecedência para as eleições de 2026.


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COM PRÉ-CANDIDATURA LANÇADA POR BOLSONARO, ROGÉRIO QUER UNIR OPOSIÇÃO

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Após receber o apoio público do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante visita ao Rio Grande do Norte no fim de semana, o senador Rogério Marinho (PL) reforça que trabalha não apenas na construção de um projeto próprio, mas também na articulação para unir todo o campo oposicionista em torno de uma candidatura única em 2026. O líder da oposição no Senado Federal e presidente estadual do PL concedeu uma entrevista exclusiva ao Diário do RN, nesta segunda-feira (16).

“Até o final do ano a gente deve apresentar esse projeto. Nesse meio tempo, buscamos interlocução com outras forças políticas de centro que possam convergir com a nossa candidatura. Esse é o grande trabalho, desafio, que temos pela frente”, afirmou o senador.

Marinho avalia que, mesmo antes do início oficial da campanha, o cenário político já está se desenhando. Ele cita como candidaturas em curso a do atual secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier – nome lançado pela governadora Fátima Bezerra (PT), por um lado; e por outro, na oposição, além dele, a do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos) e a do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), que ainda não oficializou sua intenção.

“Temos que trabalhar para que essas forças possam convergir para um projeto em que estejamos no mesmo lado. Já que somos todos antagônicos ao projeto da atual governadora, esse é o desafio: buscar a união do nosso campo político até meados de maio ou junho do próximo ano”, explicou.

Rogério Marinho deixou as portas abertas para o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, se filiar ao PL, partido que, segundo ele, se consolida como o que mais cresce no país. Na semana passada, o próprio Álvaro admitiu a possibilidade de deixar o Republicanos e seguir rumo a um partido como o PL, onde tem aliados, e poderá viabilizar a pretensa candidatura ao Governo do RN, ao Senado Federal, ou até mesmo compor nominata à deputado federal, junto com os deputados General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL).

“Todos aqueles políticos que têm valores que convergem com o que acreditamos serão bem-vindos. Álvaro, convergindo com o que pensamos, será muito bem recebido”, concorda Marinho.

Já sobre o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, com quem teve um afastamento político nas eleições de 2024, o senador adota um discurso conciliador, apesar de não terem se encontrado durante passagem do projeto Rota 22, com Bolsonaro, em Mossoró, na última sexta-feira (13) e sábado (14). Segundo ele, o objetivo agora é reunir forças e não aprofundar divisões na direita, mas houve um desencontro.

“Tive o cuidado de ligar para Allyson uma semana antes da vinda de Bolsonaro, convidei para o evento. No dia, houve um desencontro. Não foi nada deliberado. Ele nos convidou para seu camarote, mas nossa programação já estava feita. Bolsonaro estava saindo para o hotel por questões de saúde. Não houve intenção de evitar contato”, explicou.

Questionado sobre o acordo político para 2026 com o prefeito de Natal, Paulo Freire (PL), e a possibilidade de apoio a sua candidatura ao Governo, Marinho preferiu deixar a decisão para o próprio gestor, embora tenha reforçado a aliança política entre ambos.

“Temos um compromisso com o Estado e com a capital. Na hora em que apoiamos Paulinho Freire, tínhamos a convicção de que ele faria uma boa gestão. E ele está fazendo. O apoio a uma candidatura será uma decisão que ele tomará no momento adequado. Vamos ter a paciência e o cuidado de aguardar, até porque, por enquanto, nós somos pré-candidatos”, garantiu Marinho.

Visita de Bolsonaro: fortalecimento do PL
Por fim, Marinho avaliou positivamente a passagem de Bolsonaro pelo RN, destacando o simbolismo da visita após o período de recuperação do ex-presidente e o impacto na militância.

“A visita foi de gratidão, mas também de reafirmação de laços. Sentimos nas ruas o carinho da população. Isso nos dá mais vigor para estruturar o partido e apresentar um projeto forte para o Estado. O Rota 22, que Bolsonaro percorre, deve ser concluído em agosto. Foi extremamente proveitosa a vinda dele ao estado, com a passagem por diversos municípios, com o relacionamento dele diretamente com outros atores da política”, resumiu.


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EZEQUIEL ADIA SAÍDA DO PSDB E AGUARDA JANELA PARTIDÁRIA PARA MIGRAR AO MDB

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O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira (PSDB), decidiu adiar sua saída do PSDB e deverá aguardar a abertura da janela partidária, em abril de 2026, para oficializar sua migração para o MDB. A movimentação, que já vinha sendo articulada nos bastidores e foi obtida pelo Diário do RN, dependia da concretização da fusão entre PSDB e Podemos, que acabou não se confirmando.

Com a fusão arquivada, Ezequiel e outros deputados que o acompanham devem aguardar o prazo legal, ano que vem, para efetivar a mudança de legenda. Para os demais parlamentares que devem deixar o PSDB com ele, conta também a formação das nominatas para viabilizar reeleição.

Segundo informações apuradas pelo Diário do RN, o movimento de Ezequiel continua firme: ele negocia o comando do MDB no Estado e articula uma reconfiguração do partido, que pode sair da atual configuração de uma única cadeira na Assembleia para sete, ultrapassando inclusive o PL, maior bancada hoje na Casa, com seis deputados.

A filiação ao MDB marcaria o retorno de Ezequiel à sigla, onde esteve entre 2013 e 2016. O partido atualmente é presidido no estado pelo vice-governador Walter Alves (MDB), que deverá ceder o comando da legenda para o presidente da ALRN, mas passará a presidente de honra no estado e membro da Executiva Nacional.

Com Ezequiel, podem migrar os deputados estaduais Dr. Bernardo, Ubaldo Fernandes, Kleber Rodrigues e Galeno Torquato, todos hoje no PSDB. Além deles, os deputados Hermano Morais e Eudiane Macedo, atualmente no PV, também têm sido citados como possíveis reforços à futura bancada bacurau. As decisões, no entanto, devem ser consolidadas apenas após a montagem das nominatas para a eleição de 2026.

A entrada de Ezequiel no MDB é vista como estratégica tanto para o fortalecimento da legenda no Legislativo estadual quanto para as articulações rumo ao próximo pleito. O partido, que tem hoje prefeitos em 45 municípios potiguares, ampliará chances de manter uma bancada extensa na Casa legislativa estadual.

Já o deputado Adjuto Dias, único membro do MDB na atual legislatura, deverá deixar o partido por uma sigla mais alinhada à oposição ao governo da petista Fátima Bezerra (PT).

Desde o fim das eleições municipais, o PSDB tem encolhido no Rio Grande do Norte. Em novembro passado, a legenda perdeu quatro deputados para o PL — Dr. Kerginaldo, Tomba Farias, Gustavo Carvalho e José Dias. Com a fusão cancelada, o partido pode continuar em rota de esvaziamento. Um dos nomes que ainda restam, o deputado Nelter Queiroz, também é cotado para trocar de legenda assim que a janela se abrir. Os movimentos decisivos estão marcados para abril do ano que vem.


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COMITIVA COM SECRETÁRIO DE NATAL E GESTORES MUNICIPAIS DEIXOU ISRAEL E CHEGOU À JORDÂNIA

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A Confederação Nacional de Municípios confirmou que uma comitiva de políticos brasileiros deixou Israel e chegou em segurança à Jordânianesta segunda-feira (16).

De acordo com as informações divulgadas, o grupo ultrapassou a fronteira terrestre entre os dois países de ônibus, na manhã desta segunda (horário de Brasília).

A previsão é que eles embarquem rumo ao Brasil em um jato particular, organizado pelo prefeito de Belo Horizonte.

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O secretário de Planejamento de Natal (RN), Francisco Vagner Araújo, afirmou que, dos 18 integrantes deste grupo de gestores municipais, 12 decidiram fazer a viagem.

“Fomos o primeiro grupo a sair. Alguns brasileiros e os de outros países que estavam com a gente preferiram ficar por receio de fazer esse percurso até a fronteira diante de algum risco de incidentes. Dos 18 brasileiros, viemos 12”, relatou.

Veja a lista de integrantes da comitiva:

  1. Francisco Vagner Gutemberg de Araújo – secretário de Planejamento de Natal (RN)
  2. Cícero Lucena – prefeito de João Pessoa (PB)
  3. Álvaro Damião Vieira da Paz – prefeito de Belo Horizonte (MG)
  4. Welberth Porto – prefeito de Macaé (RJ)
  5. Johnny Maycon – prefeito de Nova Friburgo (RJ)
  6. Claudia da Silva – vice-prefeita de Goiânia (GO)
  7. Janete Aparecida Silva Oliveira – vice-prefeita de Divinópolis (MG)
  8. Márcio Lobato Rodrigues – Secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)
  9. Davi de Mattos Carreiro – chefe executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas)
  10. Gilson Chagas – secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ)
  11. Flavio Guimarães Bittencourt do Valle – vereador do Rio de Janeiro (RJ)
  12. Francisco Nélio – tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios (CNM)

Mais cedo, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, explicou que o grupo era formado, até a noite de domingo (15), por 13 pessoas. Porém, um dos passageiros teria desistido em razão do risco de bombardeios no trajeto.

*Com informações do g1


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ITAMARATY TENTA RETIRADA DE POLÍTICOS BRASILEIROS DE ISRAEL VIA JORDÂNIA; SECRETÁRIO DE NATAL FAZ PARTE DAS COMITIVAS

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou neste sábado (14) com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para abrir uma rota de retirada das comitivas de políticos brasileiros em Israel após o início dos conflitos com o Irã.

Na sexta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, havia informado, por meio das redes sociais, que a Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno das autoridades que estão em Israel . Entre os políticos nos bunkers subterrâneos, estão o secretário municipal de Planejamento de Natal, Vagner Araújo; o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil); e de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas).

Em nota, o Itamaraty afirmou que tenta uma viagem das autoridades estaduais e municipais por terra até a fronteira com a Jordânia, assim que as condições de segurança em Israel permitirem.

“O ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje [sábado] com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, informou o Itamaraty em comunicado.

Segundo a pasta, o governo brasileiro tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais brasileiras em Israel, a convite do governo do país. O comunicado ressalta que as operações do aeroporto Internacional de Tel Aviv estão suspensas desde o início dos bombardeios como uma das consequências da crise, por causa da interdição do espaço aéreo em Israel, no Iraque e no Irã.

O Itamaraty também confirmou conversas com diplomatas israelenses. Segundo o ministério, a embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações de políticos brasileiros, e o Ministério das Relações Exteriores contatou o Ministério de Relações Exteriores de Israel para que duas comitivas tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.

“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, destacou o comunicado.

Feira de segurança

As comitivas de políticos brasileiros estavam participando de uma feira de tecnologia e segurança em Israel quando foram surpreendidas pelo início do conflito entre o país e o Irã. As delegações estaduais e municipais estão abrigadas em bunkers subterrâneos para escapar das bombas e dos drones vindos do Irã.

*Com informações da Agência Brasil


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FÁTIMA RECEBE MINISTRO WALDEZ PARA INAUGURAR OBRAS: “ISSO SIGNIFICA VIDA”

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O Ministro de Estado da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, está no Rio Grande do Norte nestas quinta e sexta-feira, 12 e 13 de junho, para a entrega de obras de infraestrutura hídrica na região Seridó. As obras fazem parte do Projeto de Integração do rio São Francisco (PISF).

Ontem (12), Waldez Góes foi recebido pela governadora Fátima Bezerra (PT) e juntos visitaram, em Jucurutu, as obras de construção da Estação de Tratamento de Água 1 (ETA -1) da Adutora do Seridó (EB1 do sistema adutor da Serra de Santana). A estação vai captar e tratar água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves para enviá-la até Jucurutu e demais municípios do Seridó.

O sistema tem capacidade para atender inicialmente 45 mil pessoas, com previsão de expansão para 87 mil.

A visita faz parte de uma série de visitas a projetos hídricos no Rio Grande do Norte, a caravana “Caminho das Águas”, com ações estruturantes para garantir segurança hídrica e desenvolvimento sustentável em todo o Nordeste.

“Com a carteira do PAC, o Governo Federal convidou os governadores para que eles apresentassem as suas prioridades, e apresentaram. E assim como os governadores apresentaram, a governadora Fátima colocou essa vitória como uma prioridade”, afirmou o ministro durante a agenda.

De acordo com o Governo do RN, a Adutora do Seridó, da qual a ETA 1 faz parte, tem investimento total previsto de R$ 326,5 milhões. As obras da adutora estão com 51% de execução física. O serviço abrange cerca de 330 km de adutoras, estações de bombeamento e tratamento, em duas etapas (Seridó Norte e Sul). O sistema integra o Projeto Seridó, que, ao todo, beneficiará 294 mil pessoas ao final do projeto. A previsão é que sejam investidos R$ 610 milhões até a conclusão da obra.

A governadora Fátima Bezerra destacou a importância da estação de tratamento para o abastecimento hídrico do estado. “Esse é mais um dia de muita emoção e de muita alegria para nós, porque é mais um sonho que está se tornando realidade. Isso aqui significa vida, significa que é por essa estação que vai chegar a água do São Francisco”, comemorou.

“Não posso deixar de reconhecer o papel do presidente Lula, pela ousadia e coragem de tirar o projeto do São Francisco da gaveta. E, por dever de justiça, quero aqui também enaltecer o trabalho do ministro Waldez e de toda a sua equipe. O Ministério tem sido um parceiro decisivo para que estejamos hoje aqui, caminhando para entregar ao povo do Rio Grande do Norte um sonho de séculos: 100% da transposição das águas do São Francisco”, afirmou.

As obras têm previsão de conclusão em 2027, quando será entregue a infraestrutura completa da Adutora do Seridó. Ao término, o sistema terá capacidade de transportar 375 litros por segundo (L/s) de água tratada e extensão total de 113,3 km, desde a captação até o ponto de entrega, contemplando a construção de uma estação de tratamento de água e quatro estações elevatórias.

O ministro encerra a agenda nesta sexta-feira (13), em Timbaúba dos Batistas, com entrega de uma série de obras e investimentos: Açude do Riacho da Volta; anúncio da licitação da adutora local, a entrega de poços e de sistemas de dessalinização para a região.


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DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO CONTRA ALLYSON SÃO ENVIADAS PELO TJRN À JUSTIÇA FEDERAL

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Os desembargadores João Batista Rebouças e Cornélio Alves, relatores dos dois Procedimentos Investigatórios Criminais (PICs) sobre cobrança de propina abertos contra o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), encaminharam os processos para o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). De acordo com o desembargador João Rebouças, em conversa com o Diário do RN, a justiça estadual emitiu despacho declarando incompetência da análise pelos indícios apontarem grande volume de verbas federais nas obras municipais de Mossoró envolvidas na denúncia.

“Havendo indícios que os recursos são federais, declaro incompetência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e remeto ao Tribunal Regional da 5ª região, para a devida apreciação junto ao Ministério Público Federal e as providências cabíveis”, diz parte do despacho, de acordo com o desembargador.

A solicitação de envio à Justiça Federal ocorreu, segundo o desembargador, em decorrência de uma provocação da Procuradoria Geral do RN. A Justiça Federal deverá avaliar se os recursos são de origem estadual ou federal, para dar prosseguimento ao processo.

“Quem analisa é o TRF. Os desembargadores avaliam e emitem o parecer pela manifestação do MPF. Caso evidencie que os recursos já estão incorporados ao patrimônio do Rio Grande do Norte, declara que o TRF é incompetente e remete ao RN”, explica o desembargador.

De acordo com ele, por estar em processo inicial, ainda não houve estudo sobre o volume de recursos investigado.

Allyson Bezerra é alvo de duas investigações no Ministério Público do Rio Grande do Norte. A primeira é o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) nº 0813456-15.2024.8.20.0000, que apura indícios de cobrança de propina em contratos de licitação de obras municipais. Segundo a denúncia, havia exigência de 26% de propina sobre o valor dos contratos, sendo 4% supostamente destinados ao prefeito.

Além desse PIC, existe uma nova Notícia de Fato, protocolada em 6 de setembro de 2024 sob o número 02.23.2226.0000403/2024-63, apensada à Notícia de Fato originária (02.23.2027.0000014/2024-68), que deu origem à primeira investigação. A Procuradoria-Geral de Justiça solicitou ao Tribunal de Justiça do RN autorização para abrir um novo procedimento investigatório criminal com base na outra denúncia. O pedido foi enviado ao gabinete do desembargador Cornélio Alves, relator do caso, que autorizou a nova investigação e também prorrogou o prazo da apuração anterior.

As investigações correm sob segredo de justiça, e não há detalhes públicos sobre o conteúdo da nova denúncia. A necessidade de autorização judicial decorre do foro privilegiado do prefeito.

MP cobra da Prefeitura de Mossoró o contrato com Xand Avião e informações sobre pagamento do cachê do artista que fez um “comício” no Pingo da Mei Dia

Já em outra investigação, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) aguarda o envio de documentos por parte da Prefeitura de Mossoró e da Secretaria Municipal de Cultura em uma apuração preliminar que investiga suposta propaganda eleitoral antecipada durante o evento Pingo da Mei Dia, no último sábado (7), em Mossoró. A informação foi dada ao Diário do RN pela promotora Ana Ximenes, nesta quinta-feira (12). A Notícia de Fato nº 02.23.2022.0000025/2025-37 foi instaurada no início desta semana pela promotora, da 33ª Zona Eleitoral.

Segundo despacho, o MP solicita a cópia do contrato entre o Município de Mossoró e o artista Xand Avião; cópia do processo licitatório ou do procedimento administrativo utilizado para efetivar a contratação; informações sobre o pagamento do cachê, com documentação comprobatória, caso já tenha sido efetuado, ou a previsão de forma e data para realização do pagamento.

O procedimento foi instaurado ex officio, ou seja, por iniciativa do próprio Ministério Público, com base em matérias jornalísticas e vídeos que circularam nas redes sociais. O material aponta que Xand Avião, contratado com recursos públicos, teria feito menções diretas à candidatura de Allyson Bezerra ao Governo do Estado durante o show.

“Quem quer Allyson para governador, grita eu! Por mim ele era presidente logo, macho”, declarou o artista, durante sua apresentação no trio elétrico. A declaração foi registrada por diversas pessoas no público e divulgada amplamente pela imprensa local e perfis nas redes sociais.

O caso ainda se encontra na fase inicial da apuração. A Notícia de Fato, registrada sob o número 02.23.2022.0000025/2025-37, é o estágio preliminar de verificação de uma possível irregularidade. Nessa etapa, o MP busca reunir elementos para avaliar se há justificativa legal para instaurar um inquérito civil ou procedimento investigatório mais aprofundado.


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ROGÉRIO TRAZ BOLSONARO DE VOLTA AO RN EM NOVA VISITA PELO PROJETO ROTA 22

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A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio Grande do Norte, iniciada nesta quinta-feira (12), reacendeu a mobilização da militância conservadora no estado e reforçou o protagonismo do senador Rogério Marinho (PL-RN) como principal articulador político do bolsonarismo no RN e um dos principais articuladores da sigla no país. Marinho, que é presidente estadual do PL e secretário-geral da sigla nacionalmente, foi o responsável por viabilizar o retorno de Bolsonaro ao estado apenas um mês após a última visita, interrompida por problemas de saúde.

A visita faz parte do projeto Rota 22, uma iniciativa do PL em parceria com o Instituto Álvaro Valle, que tem percorrido o país para fortalecer a base partidária, promover debates regionais e aproximar lideranças locais do ex-presidente. No Rio Grande do Norte, o roteiro de três dias foi articulado diretamente por Rogério Marinho, que é pré-candidato ao Governo do Estado e uma das principais lideranças da oposição potiguar.

Logo no desembarque, no fim da manhã desta quinta-feira, Bolsonaro foi recebido com festa no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. Dezenas de apoiadores, com bandeiras do Brasil e palavras de ordem, recepcionaram o ex-presidente.

A agenda seguiu em Natal com um almoço reservado com cerca de 100 influenciadores digitais, no restaurante Camarões. No encontro informal, Bolsonaro respondeu perguntas, posou para fotos e agradeceu o apoio nas redes sociais, destacando a importância dos criadores de conteúdo na mobilização de sua base.

Durante a tarde, o ex-presidente recebeu os títulos de cidadão natalense e norte-rio-grandense em solenidade na Câmara Municipal de Natal. A honraria foi concedida com a presença de autoridades estaduais e federais. Depois, visitou as obras de engorda da praia de Ponta Negra.

Hoje (13), a agenda segue pelo interior do estado, com início às 7h no Hospital Rio Grande, em Natal. Em seguida, Bolsonaro faz visita à pastelaria na BR-226, em Tangará, e depois o Hospital Municipal e o Santuário de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz. À tarde, vai à “Cidade da Moda”, em Acari, e à Barragem de Oiticica, em Jucurutu. À noite, participa do Mossoró Cidade Junina.

A programação será encerrada no sábado (14) com visita ao Anel Viário de Mossoró, cuja construção foi viabilizada com recursos do Governo Federal na gestão Bolsonaro, com Rogério Marinho ministro da Integração Regional. Logo após, estará no seminário Rota 22, no Garbos Hotel.

Para Rogério Marinho, a presença recorrente de Bolsonaro no estado é estratégica: além de reforçar sua pré-candidatura ao governo em 2026, ele consolida sua posição como ponte direta entre o ex-presidente e a militância local.

“A vinda de Bolsonaro mostra que o RN está no centro da estratégia nacional do PL. Estamos reestruturando o partido, fortalecendo nossas bases e ouvindo a população”, afirmou Marinho, que tem conduzido a reorganização da legenda em todo o estado com foco em 2026.


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DEPUTADAS DENUNCIAM AGRESSÕES E DESEQUILÍBRIO DE LUIZ EDUARDO

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Um embate tenso e marcado por violência política de gênero tomou conta da sessão plenária desta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O deputado Luiz Eduardo (SDD), protagonizou uma discussão acalorada com as deputadas Divaneide Basílio (PT) e Isolda Dantas (PT), que reagiram duramente à condução do colega parlamentar enquanto presidia a sessão. Segundo ambas, o episódio é mais um exemplo do tratamento misógino direcionado às mulheres na política. “Falta de maturidade e de equilíbrio”, disse a deputada Isolda Dantas, horas depois do ocorrido, ao Diário do RN.

A confusão começou quando Luiz Eduardo, mesmo presidindo os trabalhos da sessão, interrompeu a fala de Divaneide Basílio, que pedia seu momento de fala como oradora inscrita, mandou cortar seu microfone e, em seguida, recomendou que a deputada “tomasse um calmante”. A fala causou indignação imediata no plenário e foi classificada pelas parlamentares como ofensiva e misógina.

“Ele cortou minha fala, mandou desligar meu microfone. Um absurdo após o outro. Ainda teve a audácia de mandar tomar um calmante. Nitidamente uma violência política de gênero. Amanhã irei me reunir com a procuradora da mulher sobre isso. Não vou deixar passar batido”, declarou Divaneide ao Diário do RN, ressaltando que se o caso fosse com um deputado, dificilmente o comportamento seria o mesmo.

A deputada Isolda Dantas também reagiu duramente, tanto em plenário quanto após a sessão:
“É mais um episódio em que nós mulheres somos colocadas como desequilibradas, como nervosas, quando na verdade é o contrário. Quem assistiu à sessão viu a falta de maturidade, de equilíbrio e o nervosismo do deputado por não saber conduzir uma sessão”, disse ao Diário do RN.

“Quem está na presidência tem que ter imparcialidade, não pode emitir sua opinião como deputado. Está presidindo uma sessão, é o chefe do poder. Portanto, é a necessidade cada vez maior de ter mais mulheres na política, mulheres que reajam a esse tipo de coisa. Seguimos firmes, porque o nosso lugar é na política”, destacou Isolda à reportagem.

As críticas das parlamentares encontram respaldo no Regimento Interno da Assembleia Legislativa. De acordo com o Art. 35, parágrafo 2º, o presidente da sessão “não pode dialogar com os deputados nem os apartear”, exceto para interrupções regimentais. Além disso, o Art. 37 é ainda mais explícito: quando o presidente quiser participar de qualquer discussão como deputado, ele deve transmitir a presidência ao seu substituto e não pode reassumir enquanto o tema estiver em debate.

No caso da sessão desta terça, Luiz Eduardo permaneceu presidindo enquanto argumentava sobre o conteúdo de projetos e opinava em tom pessoal, contrariando o regimento da Casa.

O confronto
O momento de maior tensão veio quando Divaneide exigiu o uso da palavra, à qual tinha direito por estar inscrita como oradora. Luiz Eduardo tentou argumentar que tinha direito de apartear os colegas e mandou desligar o microfone da deputada Divaneide, que foi defendida pela colega de bancada Isolda Dantas. Diante dos protestos das duas deputadas, subiu o tom e disse: “Calma, deputada, tome um calmante”.

“Por gentileza pare de provocar, porque aqui não tem ninguém precisando tomar calmante, não.

A gente precisa ser respeitada. Não é o senhor aqui que vai definir meu tempo de fala. O tempo de fala é regimental. Nem o senhor vai cortar o microfone na hora que quiser. A deputada Isolda pediu o pela ordem, o senhor vai conceder, porque é seu papel e vai garantir meu tempo de fala. O senhor pare de fazer provocação”, rebateu Divaneide, visivelmente indignada.

Isolda Dantas contestou afirmando que o deputado não estava em condições de assumir a presidência da Casa: “Aprenda de uma vez por todas: nunca, nunca, principalmente quando estiver na presidência de uma sessão, mande uma deputada ter calma. Porque ao fazer isso, quem precisa tomar um calmante é o senhor. O senhor já deu demonstração anterior a isso de que não teria condições emocionais para fazer isso, porque fica nervoso, fica desequilibrado quando é provocado. Saiba que quando está nessa cadeira aí, vossa excelência não pode emitir essa posição de deputado, porque esse lugar que está aí não é de conflito, não é de provocação, não é de misoginia, é de equilíbrio”, finalizou ela.

O deputado não acrescentou mais ao debate e concedeu a fala à Divaneide.


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ÁLVARO DIAS ADMITE POSSIBILIDADE DE FILIAÇÃO AO PL DE ROGÉRIO MARINHO

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Ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), falou abertamente sobre as movimentações políticas visando as eleições de 2026 e admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de trocar o Republicanos pelo PL, partido comandado no RN pelo senador aliado Rogério Marinho. Apesar disso, ressaltou que está satisfeito na atual legenda e não vê razão concreta para sair. A fala foi feita em entrevista concedida à rádio 98 FM, nesta terça-feira (10).

“Existe a possibilidade sim de uma mudança partidária, apesar de que eu estou muito satisfeito no Republicanos. Eu me entendo muito bem com o Hugo Motta [presidente da Câmara, do Republicanos], tenho amizade também com o Marco Pereira [presidente do Republicanos], eles têm tido várias demonstrações de lealdade e correção comigo, não tenho nenhum motivo para sair do Republicanos não. Mas há uma possibilidade real, sem nenhuma rejeição de minha parte, de integrar possivelmente um partido como o PL, não haveria nenhum problema não”, afirmou Álvaro.

Questionado sobre o cenário eleitoral para o Governo do Estado, Dias demonstrou ceticismo em relação a candidaturas de terceira via, mesmo diante da possibilidade de nomes como o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), optarem por disputar o cargo fora dos principais blocos políticos. “Eu não acredito em terceira via, porque ela nunca se consolida. A decisão é de Allyson, mas se ele resolver ingressar em outro partido para ser candidato através de uma terceira via, eu acho que ele corre um risco enorme”, adiantou sua posição.

“Carlos Eduardo foi candidato por uma terceira via, ficou distante, muito distante. Rosalba ficou em primeiro lugar, Iberê em segundo e Carlos Eduardo num terceiro lugar bem longe”, relembrou.

A não ser que, segundo Álvaro, Allyson mude uma tradição que existe no Rio Grande do Norte. “Ou você sai candidato com o apoio de um grupo ou do outro, mas é como se diz, a decisão é dele. Eu acredito que pode sim, se ele quiser ser candidato por uma terceira via, tentar inovar, tentar mudar a tradição da política do Estado, ele pode fazer essa tentativa. Eu só não acredito que ele obtenha isso, como outros tentaram e também não obtiveram”, complementou.

Para Álvaro, o caminho mais viável para a oposição é a construção de uma candidatura unificada.

“Eu acho que é o mais indicado, o melhor caminho é o da união de todos. Em determinado momento esses grupos vão se reunir, vão dialogar, superar pequenas questões divergentes e fazer uma composição só, porque aí sim será uma chapa forte, consistente para vencer a eleição sem sombra de dúvidas”, reiterou, afirmando que o objetivo maior de Rogério Marinho é derrotar o PT, assim como dos demais nomes do grupo.

Sobre os critérios para definição de quem representará a oposição, Álvaro fez críticas à centralidade das pesquisas na tomada de decisão. Ele concorda com Rogério, quando afirma que esse não deve ser o critério essencial para a escolha.

“A pesquisa é pontual. Pode mudar consideravelmente mais de 50 pontos. A partir do momento que a gente definiu o apoio a Paulinho Freire [em 2024], ele começou a crescer e terminou sendo eleito. Se fosse pela pesquisa, inclusive, Carlos Eduardo estaria eleito prefeito. Estava com 52% e não foi nem pro segundo turno”, disse.

Em meio às discussões sobre alianças e nomes, Álvaro não descartou disputar uma vaga no Senado. “Não descarto a possibilidade de vir a ser candidato ao Senado, mas eu acho que o candidato a governador deve ser o que tenha mais condições, mais viabilidade. Se for Rogério, não haverá problema nenhum. Como eu acho que também, se o inverso for a realidade, eu não acredito que ele vá se opor”, adiantou.


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