Os partidos políticos brasileiros dividirão nas eleições do próximo ano, um fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões. A aprovação ocorreu nesta sexta-feira (17.12) pelo Congresso Nacional, que rejeitou o vendo do presidente da República, Jair Bolsonaro à expansão do valor do fundo para 2022.
No entanto, o valor final do fundo eleitoral ainda será determinado pela Lei de Orçamentária Anual (LOA), que será votada na próxima semana pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e em seguida pelo plenário do Congresso. Existe ainda a possibilidade do valor do fundo eleitoral ser menor, segundo alguns senadores, porque o dinheiro para as campanhas eleitorais ainda não está carimbado.
Isso porque o valor do fundo pode chegar entre R$ 2 bilhões e R$ 5,7 bilhões. “Vai depender, evidentemente, do entendimento entre todas as lideranças. Ninguém vai sair rasgando dinheiro público. Não vamos permitir uma extravagância dessas. Mas é o recurso mínimo e indispensável para que possa haver uma campanha legítima”, disse o relator geral da LOA, senador Marcelo Castro (MDB – PI).
Moralidade
O fundo eleitoral tem motivado muitas discussões entre quem apoia e quem considera estes recursos exorbitantes. O fato é que, paralelo a esta discussão de apoio público financeiro aos partidos, o Executivo nacional está buscando fontes para financiar o Auxílio Brasil de R$ 400,00, para pessoas de baixa renda e que sofrem com uma paupérrima qualidade de vida, enquanto os políticos profissionais e seus partidos receberão até R$ 5,7 bilhões para fazer campanha e quando eleitos, ter vários privilégios, enquanto muitos brasileiros vivem em moradias sem condições, em áreas insalubres, sem nenhuma dignidade de vida, de alimentação, educação.
E ai fica no ar a já propalada frase, que parece não intimidar mais ninguém: “o fundo eleitoral pode até ser legal, mas será que é moral? Fica a pergunta no ar.
O problema não é o valor de R$ 5,7 bilhões destinados aos partidos, mas as atitudes que os políticos passam a ter depois que são eleitos.
Claro que não se pode taxar todos os políticos como corruptos e ladrões, pois ainda existem os sérios. No entanto, muitos ainda usam dos seus cargos para auferir privilégios e poder econômico, em detrimento da realidade difícil de milhões de brasileiros. É neste ponto que mora a questão.
Com informações da Agência Senado