Por: Bosco Afonso
Não bastassem a proximidade do pleito eleitoral de 2022, a CPI do Covid para identificar se foi ou não gasto dinheiro público com Cloroquina, se existe ou não gabinete paralelo nessa pandemia e, escancaradamente, culpar o governo pelos mais de 460 mil óbitos como se em outros países (vide os Estados Unidos, Reino Unido, Índia, etc.) não tivessem registro de mortes por COVID-19, eis que surge uma nova disputa política em torno da possibilidade de o Brasil sediar a Copa América, patrocinada pela Confederação Sul-Americana de Futebol.
Bastou a Argentina recusar a opção de ser a sede dos jogos da Copa América, que o Brasil se candidatou para ser a sede da competição. A princípio foi um aplauso geral por parte dos amantes do futebol. Chegaram até a fazerem as escolhas dos Estados que iriam sediar as chaves, inclusive o RN sendo agraciado, como foi na Copa do Mundo.
Logo, bem ligeirinho, antes mesmo de se discutir se os jogos teriam público ou não; se os Estádios receberiam 10, 20, 50 ou até 100% de suas capacidades, descobriram que o Governo Federal estava apoiando a vinda da CONMEBOL para o Brasil e, imediatamente, a quase unanimidade dos governos, cujos Estados haviam sido escolhidos e que são oposicionistas, se pronunciaram sobre a impossibilidade de acolherem os jogos que estariam sendo programados. Foi um Deus nos acuda.
As mais ridículas acusações aos governos federal e estaduais foram se extremando e avolumando e, finalmente, com a CONMEBOL politizada no Brasil, ainda não sabemos se o país irá sediar ou não os jogos da Copa América. E tudo por conta da COVID-19 que já matou quase 3 milhões e 600 mil pessoas em todo o mundo.