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CPI DA COVID OUVE DEPUTADOS DE OUTROS ESTADOS SOBRE COMPRA DE RESPIRADORES PELO CONSÓRCIO NORDESTE

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Foto: João Gilberto

Na tarde desta quinta-feira (30), como de costume, a CPI da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte se reuniu mais uma vez. Desta vez, na tarde o foco foi  a compra de respiradores que nunca foram recebidos, feita pelo Consórcio Nordeste à empresa Hempcare. 

Na discussão, foram ouvidos os deputados estaduais da Paraíba Wallber Virgolino e Cabo Gilberto, além do deputado estadual por Alagoas Davi Maia. Os três participam de grupo formado por legisladores de assembleias do Nordeste que apuram a compra frustrada de respiradores pelo Consórcio.

Pela Comissão, estiveram presentes o presidente, deputado Kelps Lima (Solidariedade), o deputado relator, Francisco do PT, além dos demais membros: deputados Getúlio Rêmo (DEM), Coronel Azevedo (PSC) e do Subtenente Eliabe (Solidariedade).

Os três deputados convidados, no geral, teceram duras críticas ao Consórcio Nordeste, focando no prejuízo deixado pela autarquia no Rio Grande do Norte e em outros estados. Foi o que destacou, principalmente, o deputado Davi Maia. “O Rio Grande do Norte teve sorte de ter embarcado somente em uma compra e ter perdido só os R$ 5 milhões. Alagoas perdeu ainda mais”, disse o deputado que ainda defendeu o fim do Consórcio e a quebra do sigilo de quem gerencia o grupo, incluindo governadores.

Um pouco mais brando, o delegado de Polícia e ex-secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, o deputado paraibano Wallber Virgolino disse que não tem provas de crimes cometidos pelos participantes do Consórcio Nordeste, mas que há indícios muito fortes de irregularidades. Enquanto o deputado Cabo Gilberto, também da Paraíba, lembrou que o Consórcio custa aproximadamente R$ 890 mil por ano para cada estado membro. “E para quê? O que de bom foi feito pelo Consórcio Nordeste? Apontem uma coisa positiva que eu me calarei para sempre”, disse o deputado.

O deputado Francisco do PT, que é relator da CPI, questionou os deputados se haveriam provas de crimes. Eles responderam que existem indícios. 

Francisco ainda lembrou que o RN foi lesado pelo Consórcio e, por isso, acionou a Justiça para reaver os recursos. “O momento era urgente, por isso a compra foi acelerada, mas infelizmente o estado foi lesado”, afirmou.

O presidente da CPI, por outro lado, e com o apoio de outros membros da comissão como os deputados Getúlo Rêgo, Coronel Azevedo, Subtenente Eliabe, reforçou que existem fortes indícios de fraude nesse contrato. “O Rio Grande do Norte foi roubado. A empresa roubou R$ 5 milhões e vamos apurar quem são os responsáveis, nessa fase que é uma das mais importantes da comissão”, apontou Kelps Lima.

Durante a reunião desta quinta, os parlamentares da CPI receberam mais de 3 mil páginas de documentação de investigação acerca do Consórcio.

Próxima Semana

Durante a reunião do dia 23 de setembro, o presidente da CPI, Kelps Lima, disse que os depoimentos do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, e do empresário Carlos Kerbes estão agendados e confirmados para o dia 6 de outubro. A expectativa para a próxima semana, então, é que eles sejam ouvidos.


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