
Os médicos do estado se reuniram na última quinta-feira, 30, em assembleia para avaliar o movimento de greve, iniciado no dia 28 de março, e decidiram pela intensificação da mobilização.
A decisão tomada pela categoria para o fortalecimento da greve envolve conscientizar os colegas para a paralisação das atividades. Os estatutários devem paralisar os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas, já nas urgências e emergências apenas 50% do atendimento deve ser mantido.
Atividades como atos públicos também devem acontecer nos próximos dias.
Descumprimento de acordo motiva greve
Em assembleia realizada no dia 17 de março, a categoria aprovou a proposta enviada pelo secretário de saúde, Cipriano Maia, com relação às mudanças no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) do estado, que previa o escalonamento da implementação do reajuste de internível e a inclusão da gratificação por especialização.
No dia 22 de março, em reunião com o Sinmed RN, o secretário informou que a inclusão da gratificação havia ficado fora da proposta do governo. No mesmo dia, os médicos aprovaram Estado de Greve, sem paralisação dos atendimentos, com objetivo de pressionar uma negociação por parte da Sesap.
Sem nenhuma contraproposta da Secretaria, a greve, desta vez com paralisação nos atendimentos, foi aprovada em assembleia no dia 24 de março.
Fechamento do Hospital Municipal de Natal
Representantes do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED), afirmam que há relatos de que o Hospital Municipal de Natal será fechado. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal, no entanto, nega a informação e diz que não há previsão de parar o atendimento por lá.
Caso aconteça, “a perda para a população será igual ou até maior que o fechamento do Hospital Rui Pereira pelo Estado, que abandonou os diabéticos à própria sorte, espalhando amputações e óbitos de pacientes que poderiam ser tratados e seguirem suas vidas”, afirma o médico Geraldo Ferreira.
Para o médico, o fechamento do Hospital Municipal de Natal “é um tiro no coração dos que usam a saúde pública de Natal.”