Ao comentar o pedido apresentado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no fim da tarde desta sexta-feira (20), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que não vê fundamentos técnicos nem políticos para se pedir o impeachment do de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele acredita que o instituto do impeachment não pode ser “banalizado ou mal usado”.
Pacheco ainda afirmou que continuará trabalhando para um ambiente pacífico na política. “Vou insistir que não vamos nos render a nenhum tipo de investigação que seja para desunir o Brasil. Contem comigo para essa união e não para essa desunião”, disse o presidente do Senado.
Em entrevista coletiva, o presidente do Senado disse que vai analisar o pedido “em respeito a todas as iniciativas que existem, ao direito de todo e qualquer brasileiro de pedir”, mas ponderou que terá bastante critério para decidir.
“Sinceramente não antevejo fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do Supremo, como também não antevejo em relação ao presidente da República. O impeachment é algo grave, algo excepcional, de exceção, e que não pode ser banalizado. Mas cumprirei o meu dever de, no momento certo, fazer as decisões que cabem ao presidente do Senado”, disse Pacheco.
“Contenção de ímpeto”
O pedido de impeachment contra o ministro foi protocolado por um funcionário do Palácio do Planalto no final da tarde desta sexta. Bolsonaro pede a destituição de Alexandre de Moraes da condição de ministro do STF e a inabilitação de Moraes para exercício de função pública durante oito anos.
Alexandre de Moraes determinou a inclusão do presidente como investigado no inquérito que apura a divulgação de “fake news”.
*Com informações do Metrópoles.