SMS ESCLARECE SOBRE INTOXICAÇÃO ALIMENTAR POR CONSUMO DE PEIXES

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Pouco mais de uma semana após a identificação do primeiro caso suspeito de intoxicação por consumo de peixe em um restaurante de Natal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contabiliza 13 ocorrências. Desde as primeiras notícias sobre o surto, muitas informações têm circulado na internet sobre o tema e um certo receio sobre a ingestão desse alimento tem sido percebido entre a população. No entanto, a SMS ressalta que a presença da toxina ciguatera – provável causadora dos episódios – é mais relacionada a determinadas espécies de peixes.

De acordo com a pasta, a ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com toxinas como ciguatoxina ou maitotoxina, produzidas por microalgas dinoflageladas do gênero Gambierdiscus, que se proliferam em recifes de corais tropicais e subtropicais, e os principais pescados associados a essa doença são garoupas, barracudas, moreias e badejos. No último episódio registrado em Natal, os pratos servidos tinham arabaiana e dourado.

Portanto, para evitar a contaminação, a orientação da secretária é solicitar aos fornecedores quais pescados estão sendo ofertados e, atendendo ao princípio da precaução, evitar o consumo desses pescados.

O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), José Antônio de Moura, explicou que as ciguatoxinas não têm cor, sabor ou cheiro – ou seja, não tem como saber que um peixe está contaminado – e não podem ser eliminadas pelo cozimento ou congelamento convencional.

“Sendo assim, caso o peixe esteja contaminado, as técnicas de resfriamento ou cozimento, e nem mesmo a digestão, são capazes de impedir o desenvolvimento das toxinas”, disse.

Os primeiros sinais de contaminação se desenvolvem, geralmente, entre 3 e 5 horas após a ingestão de peixe contaminado, mas podem demorar mais para surgir. Eles consistem em sintomas gastrointestinais e cardiovasculares, podendo estar acompanhados de sinais neurológicos.

São eles: diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, bradicardia, bloqueio cardíaco, hipotensão, parestesia, fraqueza, dor nos dentes ou sensação de que os dentes estão soltos, gosto de queimação ou metálico na boca, memória prejudicada, fadiga crônica, coceira generalizada, suor, visão turva, inversão de temperatura, sensação anormal ao tocar água ou objetos frios.

Caso sejam observados alguns desses sintomas após o consumo de peixe, a orientação da Saúde Municipal é para buscar atendimento médico e entrar em contato com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), pelo WhatsApp (84) 3232-9435, e-mail urrnatal@gmail.com, ou por meio do aplicativo Natal Digital.

Acompanhamento
De acordo com a SMS, após a identificação dos possíveis casos de intoxicação em Natal, equipe de Vigilância realizou a fiscalização de toda a cadeia produtiva, desde o local onde foram preparados os pescados consumidos até onde eles foram comprados.
A pasta informou ainda que amostras dos alimentos foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN) e que o CIEVS Natal entrou em contato com todos os participantes do evento. Todas as pessoas estão bem e continuam sendo monitoradas pelo Departamento de Vigilância.

Histórico
Segundo a SMS, os primeiros casos suspeitos de ciguatera em Natal foram registrados em 2022, com um surto relacionado ao consumo do peixe bicuda. Outros três surtos foram registrados em 2023, também pelo consumo de bicuda/barracuda. No ano passado, outro episódio de intoxicação alimentar por peixe foi notificado, sendo o pescado consumido do tipo guarajuba, proveniente de Fernando de Noronha.


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DISPUTA POR TERRAS EM MACAU TEM CASO SEMELHANTE EM JERICOACOARA

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A batalha judicial envolvendo os herdeiros de Feliciano Ferreira Tetéo, em Macau (RN), que buscam reaver o controle de áreas onde hoje funciona o maior parque salineiro da América Latina, encontra um paralelo em outro ponto do país: a turística vila de Jericoacoara, no litoral do Ceará, a 294 quilômetros de Fortaleza. Nos dois casos, o que está em jogo é a posse de vastas extensões de terra com valor econômico significativo, respaldadas por documentos antigos e registros cartoriais que voltaram a ganhar força décadas depois.

Em Macau, como mostrou o Diário do RN em reportagem publicada nesta quarta-feira (14), familiares de Tetéo reivindicam áreas ocupadas pela Salinor — empresa responsável por uma produção de sal que abastece o mercado nacional e é exportada para os Estados Unidos. Com base em registros datados do fim do século XIX, os herdeiros sustentam que as terras foram apropriadas indevidamente e vêm sendo exploradas há anos sem respaldo legal. A disputa tramita na 1ª Vara da Comarca de Macau, com potencial para se tornar uma das ações fundiárias mais relevantes da história recente do Rio Grande do Norte.

Situação semelhante ocorre em Jericoacoara, onde a empresária Iracema Correia São Tiago reivindica cerca de 80% da vila com base em escrituras registradas em 1983. Segundo ela, os terrenos — referentes às antigas fazendas Junco I, Junco II e Caiçara — foram adquiridos por seu ex-marido e transferidos para seu nome em 1995. O caso veio à tona em 2023, quando a empresária apresentou os documentos ao Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), que reconheceu sua legitimidade.

O início do processo se deu quando as terras foram adquiridas por seu ex-marido e transferidas para ela após o divórcio em 1995. No entanto, o Governo Estadual do Ceará arrecadou parte dessas áreas entre 1995 e 2000, durante um processo de regularização fundiária, e posteriormente, em 2002, o Governo Federal criou o Parque Nacional de Jericoacoara, incorporando mais terras. Em 2010, Iracema iniciou um processo administrativo contra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), buscando indenização por desapropriação indireta. Em 2017, ela judicializou o caso, e em 2023, apresentou documentos ao Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), que chegou à legitimidade das escrituras.

A Procuradoria-Geral do Estado chegou a firmar um acordo extrajudicial para transferir parte das terras desocupadas à empresária, mas o Ministério Público do Ceará recomendou a suspensão do acordo. Entre os pontos questionados, está o aumento da área registrada de uma das fazendas, de 441 para 924 hectares, e a possível sobreposição com áreas públicas e com o Parque Nacional de Jericoacoara. Com isso, o acordo foi suspenso e o caso segue em apuração.

Em Macau, o processo nº 0000426-83.2005.8.20.0105 traz apensados os documentos referentes à legitimidade da propriedade de Feliciano Tetéo, a Certidão Vintenária expedida em 02 de outubro de 2001, pela oficial Substituta do Registro Geral de Imóveis, Maria Neuza de Oliveira Carmo. De acordo com o documento, após revisão de arquivo existente no Primeiro Cartório Judiciário da Comarca de Macau, se constata a propriedade da Companhia Nacional de Salinas Mossoró pertencente a Feliciano Ferreira Tetéo, em registro de 23 de maio de 1898.

Além disso, em 14 de novembro de 2000, uma Certidão de Registro certifica as mesmas propriedades em nome de Feliciano Tetéo. Uma planta georefenciada, elaborada pela própria empresa de sal, revela os locais onde a Salinor explora o mineral. E é justamente essa planta que comprova que a empresa usa os mesmos locais que estão escriturados em nome de Feliciano Tetéo. Uma outra certidão cartorial reforça que, apesar de não ter documentos que comprovem sua real propriedade, a Salinor nunca entrou com nenhum tipo de ação contra o espólio de Feliciano Tetéo, evidenciando que a propriedade das terras pertence a Feliciano, cujos documentos comprovam que essa situação nunca sofreu nenhum tipo de mudança.

A Salinor ainda não se pronunciou sobre o caso. O Diário do RN voltou a entrar em contato com a empresa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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PREFEITURA GARANTE AUXÍLIO FINANCEIRO PARA PERMISSIONÁRIOS DA REDINHA

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A Prefeitura do Natal publicou nesta quinta-feira (15), no Diário Oficial do Município, o Decreto nº 13.365/2025, que autoriza a retomada do auxílio financeiro aos 32 permissionários do Complexo Turístico da Redinha. O benefício, no valor de R$ 1.200 mensais, será pago de forma temporária até que os trabalhadores possam retornar às atividades no espaço, atualmente em processo de reestruturação.

A iniciativa tem como objetivo mitigar os impactos socioeconômicos enfrentados pelos permissionários do Complexo Turístico da Redinha durante o período de transição para o novo modelo de concessão do espaço. A proposta de concessão está em fase de análise de viabilidade, com prazo estimado de 60 dias para conclusão. Durante esse processo, a Prefeitura busca assegurar a continuidade do sustento dos permissionários, evitando prejuízos e garantindo estabilidade até a efetivação do novo regime de gestão.

Segundo o prefeito, Paulinho Freire, a decisão reafirma o compromisso da gestão com os trabalhadores que dependem diretamente do complexo turístico. “Sabemos da importância do Complexo da Redinha para a economia local e, principalmente, para essas famílias que têm nele sua principal fonte de sustento. O auxílio é uma forma de garantir dignidade e segurança nesse momento de transição”, declarou o prefeito.

Responsável pela operacionalização do pagamento, a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas) garantirá a gestão e fiscalização dos repasses, além de poder editar normas complementares para assegurar a efetividade da medida. Os recursos utilizados virão do orçamento municipal, com possibilidade de suplementação se necessário.

A titular da Semtas, Nina Souza, ressaltou que a pasta atuará de forma estratégica na condução do benefício, garantindo a efetividade da medida e o acompanhamento próximo dos permissionários. “A Semtas terá um papel fundamental na efetivação dessa política de apoio.

Vamos garantir que o auxílio chegue de forma ágil e transparente aos permissionários, além de acompanhar de perto toda a execução e prestar o suporte necessário durante esse período de transição. Nosso compromisso é assegurar que nenhum trabalhador seja prejudicado enquanto o novo modelo de gestão é implementado”, afirmou Nina.

A medida está amparada pela legislação municipal, especialmente pela Lei nº 7.741/2024, que trata da concessão do espaço, e pela Lei nº 7.252/2021, que autoriza auxílios temporários a microempreendedores impactados por mudanças econômicas. O decreto também assegura que os atuais permissionários terão prioridade de permanência no local, desde que cumpram os requisitos estabelecidos no futuro edital de concessão.


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ENTRE A ESQUERDA E A DIREITA, ZENAIDE PODE DECIDIR OS RUMOS DA ELEIÇÃO 2026

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Presidente do PSD no Rio Grande do Norte, vice-líder do Governo Lula no Senado, a atuação da senadora Zenaide Maia é focada em pautas progressistas e nos direitos da mulher. A parlamentar não tem perfil das lideranças que se envolvem no centro de polêmicas políticas, mas caminha para ser o fiel da balança nas eleições gerais de 2026 no Rio Grande do Norte. Discretamente, ao longo das conversas preliminares, Zenaide construiu influência capaz de definir os rumos que o grupo da direita, da esquerda e alguns de seus principais personagens podem tomar para a disputa eleitoral do ano que vem.

Com uma parceria política inexplicavelmente sólida com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), e com poucas chances de rompimento – ambos demonstram disposição de manter o acordo político para 26 – Zenaide tem o poder de influenciar para onde vai o prefeito: se à direita, se à esquerda — ou se com ela numa terceira via.

Allyson tem capital eleitoral. Foi reeleito com quase 80% dos votos na eleição de 2024. Isso representa 113 mil votos, sendo quase 70 mil de maioria sobre o segundo colocado – o ex-presidente da Câmara de Mossoró, Lawrence Amorim (PSDB). Nas pesquisas que vêm se realizando com foco na eleição geral, Allyson apresenta larga vantagem. No entanto, ainda não conseguiu construir capital político. Não tem um grupo e ainda não consolidou uma liderança.

Para um gestor que ainda não construiu capital político sólido fora de sua cidade, a força da senadora pode significar a porta de entrada, tanto administrativa, no governo Lula, quanto para alianças que ele, sozinho, talvez não consiga firmar a tempo e diante da oposição que venha a ter caso seja candidato.

Alinhada com o governo federal, Zenaide Maia preside o PSD com 22 prefeituras no Estado. Para Fátima Bezerra (PT), que tem o projeto de se eleger ao Senado – um dos importantes objetivos do PT nacional – a composição com Zenaide é fundamental. O PT não tem um nome mais forte para a composição com a atual governadora, além de que agregar o PSD na aliança é parte do projeto ao Executivo estadual – junto com o MDB e PSDB, que devem somar cerca de 100 prefeituras. O PT quer Zenaide, e já deixou claro. A importância de Zenaide à esquerda é um fator fundamental para que ela consiga quebrar a resistência do sistema governista para o apoio à possível candidatura de Allyson Bezerra.

O capital político de Zenaide – que Allyson não tem – é, por outro lado, o que pode impedi-lo de se integrar à direita, apesar da identificação ideológica do prefeito com o grupo de Rogério Marinho (PL), José Agripino (UB) e Paulinho Freire (UB). Mesmo já afirmando que compõe a direita, Allyson sente resistência de lideranças do grupo em apoiá-lo, como Styvenson Valentim (PSDB), com quem tem desavenças políticas, além de dificuldade em ser liderado do senador Marinho.

Ademais, Rogério já deixou claro em entrevistas que não aceita a senadora alinhada com as pautas do Governo Lula no palanque da direita. E são estes fatores que podem levar Allyson a não ir para este lado e manter aliança com Zenaide.

A outra opção seria a terceira via, um caminho alternativo para Allyson e Zenaide, com a possibilidade de unirem alguns nomes e partidos em uma aliança em torno das candidaturas majoritárias dos dois.

Neste cenário, eles enfrentariam de um lado, os cerca de 100 prefeitos aliados da esquerda e de Fátima e, de outro, cerca de 100 prefeitos que seguem a orientação de Rogério e Styvenson. O Rio Grande do Norte possui 167 prefeituras, mas os gestores podem votar em um candidato de um lado ao Governo e de outro ao Senado, a depender de acordos e parcerias firmadas ao longo dos mandatos. Tanto é que há probabilidade que em 2026 se repita o comportamento de 2022, quando os gestores municipais decidiram votos ao Governo e ao Senado em separado, o chamado “Farinho” – Fátima ao Governo e Marinho ao Senado, o que atesta o poder que os prefeitos têm para definir o rumo de eleições gerais: apoiaram Fátima ao Governo, deixando o candidato dela ao Senado, Carlos Eduardo, de fora; e apoiaram Rogério ao Senado, deixando o candidato dele ao Governo, Fábio Dantas, de fora.

Os gestores municipais exercem uma função estratégica e, em muitos casos, decisiva nas eleições para governador e senador, especialmente em estados como o Rio Grande do Norte, onde o voto regionalizado tem grande peso. A prova é que os candidatos que não tinham apoio maciço de prefeitos perderam a eleição. Foi o caso de Fábio Dantas e Styvenson Valentim, candidatos ao Governo do Estado, que perderam para Fátima Bezerra no primeiro turno. O mesmo com os candidatos ao Senado, Carlos Eduardo e Rafael Motta, que foram derrotados por Rogério Marinho, que tinha apoio de grande parte dos prefeitos.

Portanto, o caminho que Zenaide seguir, que aliança firmar, poderão determinar a definição das chapas que vão disputar o pleito de 2026 no Rio Grande do Norte.


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DR. KERGINALDO, O DEPUTADO ESTADUAL QUE VIROU INFLUENCER DE BOLACHAS

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A política do Rio Grande do Norte ganhou nesta semana um novo ingrediente – e, curiosamente, ele é amanteigado. O deputado estadual Dr. Kerginaldo Jácome (PSDB), representante do município de Tenente Ananias, chamou atenção dos seguidores ao incorporar um novo papel à sua atuação pública: o de influencer de bolachas. Em uma postagem no Instagram, o parlamentar aparece segurando uma sacola de produtos da Massas Taboleiro, tradicional marca de bolachas oriunda de Taboleiro Grande, município vizinho ao seu berço político, e anuncia um sorteio especial com direito a três kits recheados.

“Você gosta de bolacha Taboleiro?”, começa Dr. Kerginaldo no vídeo, em tom de vendedor. “Vou sortear três kits. Marque três amigos, quanto mais amigos você marcar, mais chances tem de ganhar”, segue ele, enquanto exibe o pacote de bolachas amanteigadas. O sorteio está programado para a próxima terça-feira e as regras — como manda o figurino digital — incluem seguir o deputado, a marca e marcar amigos.

A cena, em meio a postagens sobre o mandato legislativo, encontros com lideranças e posicionamentos políticos, acumula mais de 800 comentários de parte dos 38 mil seguidores do parlamentar.

A ousadia bolacheira acontece em paralelo ao momento em que a Assembleia Legislativa discute temas espinhosos como a repercussão sobre as fraudes do INSS, a distribuição de emendas estaduais e as articulações para 2026. Nada disso, no entanto, impediu o deputado de fazer um intervalo para sortear carboidratos e carinho em forma de kit.

A escolha da marca Massas Taboleiro não é esclarecida, mas Taboleiro Grande, cidade de pouco mais de 2 mil habitantes no Alto Oeste potiguar, é vizinha de Tenente Ananias e conhecida pela produção artesanal das bolachas.

Ao levar esse produto para os holofotes da política digital, Dr. Kerginaldo talvez tenha inaugurado um novo modelo de aproximação com o eleitor: menos formalidade, mais sabor.


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DOC EXPÕE DESAFIOS DE ACESSIBILIDADE DE NATAL, “UMA CIDADE NÃO ADAPTÁVEL”

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A dança pode expressar resistência e a luta por uma cidade sem exclusão e com equidade. Esses são alguns dos elementos que compõem o documentário “Estou adaptado a uma cidade não adaptável”, que estreia com a missão de provocar reflexão e empatia por meio da trajetória de Beto Morais, bailarino cadeirante e um dos fundadores do grupo potiguar Gira Dança, referência nacional na arte contemporânea.

O lançamento acontece no sábado, 17, na Casa da Ribeira com entrada gratuita e duas sessões, a primeira às 19h, com acessibilidade, a segunda na sequência, às 19h30, seguida de debate. Com direção e roteiro de Raquel Cardozo, produção da Mariposart e coprodução do próprio Beto Morais, o curta tem duração de 12 minutos e mistura relato pessoal, imagens documentais e intervenções artísticas para construir uma narrativa poética sobre o cotidiano de uma pessoa com deficiência em Natal – cidade que, como tantas outras, ainda engatinha no que diz respeito à acessibilidade urbana e ao respeito à diversidade de corpos.

Filmado a partir das vivências reais de Roberto Morais de Araújo, o documentário é mais que um retrato individual: é um chamado coletivo. Acompanhando o artista em sua rotina, o curta revela os obstáculos físicos e sociais que desafiam sua mobilidade, ao mesmo tempo em que destaca a dança e o teatro como ferramentas de superação, expressão e transformação social.

“Estou adaptado a uma cidade não adaptável” também se propõe como um convite à empatia. Ao colocar o espectador no lugar de Beto, o filme desafia lideranças políticas e a sociedade civil a repensarem o espaço urbano como um direito de todos. A cidade, como destaca o próprio documentário, deve ser construída não apenas com rampas e calçadas adequadas, mas com uma nova mentalidade que abrace a diferença como valor fundamental.

Além de seu caráter artístico e biográfico, o projeto possui um forte compromisso social e educacional. Por meio do olhar sensível da câmera, o curta visa inspirar outras pessoas com deficiência e sensibilizar o público quanto à acessibilidade real, que vai além da infraestrutura e precisa alcançar o respeito, o acolhimento e a dignidade no convívio cotidiano. A produção contou ainda com a pesquisa do antropólogo Geraldo Barbosa, e é uma realização da Fundação José Augusto, Secretaria Estadual da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Com estética refinada, narrativa potente e compromisso com os direitos humanos, “Estou adaptado a uma cidade não adaptável” reafirma a arte como espaço de escuta, denúncia e transformação — e coloca Beto Morais, com sua dança e sua história, no centro de um debate que precisa sair do plano das intenções e ganhar as ruas.


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SALINOR PODE PERDER NA JUSTIÇA ÁREAS QUE FORAM OCUPADAS ILEGALMENTE

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Esse poderá ser um dos casos mais ruidosos dos últimos tempos na justiça do Rio Grande do Norte, pois envolve quase toda a área de produção da Salinas do Nordeste S/A – Salinor, em Macau, considerado o maior parque salineiro da América Latina.

A questão é movida pelos familiares de Feliciano Ferreira Tetéo, nascido em 12 de novembro de 1871, tendo ele ocupado funções na Guarda Nacional e também na condição de Intendente de Macau. Há cerca de 20 anos familiares de Feliciano Tetéo iniciaram questionamentos jurídicos sobres terras que comprovadamente em cartório se encontram em nome de seus ancestrais, que poderão representar o maior questionamento jurídico envolvendo área territorial no Estado, representando valores vultosos, mas ainda não definidos, por se tratar de áreas da empresa salineira que tem capacidade de produzir até 2,5 milhões de toneladas de sal por ano e que hoje abastece o mercado nacional e exporta parte de sua produção para os Estados Unidos.

JUSTIÇA
O processo nº 0000426-83.2005.8.20.0105 está tramitando na 1ª Vara da Comarca de Macau e segundo o advogado Érick Pereira, que defende os interesses dos herdeiros de Feliciano Tetéo, “esse processo lança luz sobre uma disputa que pode mexer com a história da exploração de salinas no Rio Grande do Norte. Trata-se de inventário dos bens deixados por Feliciano Ferreira Tetéo e Hermínia Dantas Tetéo, entre os quais se destacam valiosas salinas em Macau, patrimônio de grande importância para a economia local e para a memória da família”.

A empresa salineira Salinor, sucedânea das empresas Companhia Comercio e Navegação (CCN) e da Cirne, é considerada a maior produtora de sal do país, mas ainda não se pronunciou quanto aos questionamentos feitos na justiça pelos herdeiros de Feliciano Tetéo e Hermínia Dantas Tetéo, que por sua vez disponibilizam de documentos passados em cartório comprovando a compra das áreas de salinas.

Um dos documentos que atesta a propriedade dos imóveis é a Certidão Vintenária expedida em 02 de outubro de 2001, pela oficial Substituta do Registro Geral de Imóveis, Maria Neuza de Oliveira Carmo. De acordo com o documento, após revisão de arquivo existente no Primeiro Cartório Judiciário da Comarca de Macau, se constata a propriedade da Companhia Nacional de Salinas Mossoró pertencente a Feliciano Ferreira Tetéo, em registro de 23 de maio de 1898.

Além disso, em 14 de novembro de 2000, uma Certidão de Registro certifica as mesmas propriedades em nome de Feliciano Tetéo. Uma planta georefenciada, elaborada pela própria empresa de sal, revela os locais onde a Salinor explora o mineral. E é justamente essa planta que comprova que a empresa usa os mesmos locais que estão escriturados em nome de Feliciano Tetéo. Uma outra certidão cartorial reforça que, apesar de não ter documentos que comprovem sua real propriedade, a Salinor nunca entrou com nenhum tipo de ação contra o espólio de Feliciano Tetéo, evidenciando que a propriedade das terras pertence a Feliciano, cujos documentos comprovam que essa situação nunca sofreu nenhum tipo de mudança. Ou seja: A empresa Salinor explora suas salinas em terras que nunca lhe pertenceram de forma legal. Ela se apossou de áreas gigantes da cidade sem nunca ter adquirido oficialmente nenhum lote de terra.

Os herdeiros afirmam que as áreas ocupadas pela empresa teriam sido apossadas de maneira indevida, sem apresentar justo título que legitime a ocupação e o uso do bem. A denúncia de uso irregular das áreas legalmente passadas em cartório e pertencentes aos herdeiros de Feliciano Tetéo e Hermínia Tetéo apontam para anos de exploração sem autorização dos legítimos sucessores.

Para o advogado Érick Pereira, “Embora o processo trate da partilha dos bens deixados pelos falecidos, a constatação da exploração sem amparo jurídico pode desencadear efeitos relevantes para o setor salineiro local, além de abrir margem para novas medidas judiciais pelos herdeiros, como ações de perdas e danos”.

Sobre o desdobramento da ação judicial envolvendo o maior parque salineiro da América Latina, o advogado dos herdeiros sintetizou assim: “O caso segue em tramitação, cercado de expectativas tanto pelo valor econômico das terras quanto pela possibilidade de desdobramentos judiciais futuros que podem ganhar destaque regional e nacional”


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“É TEMPO DA COLHEITA”, DIZ FÁTIMA AO ENTREGAR RODOVIA TOTALMENTE RESTAURADA

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Durante a inauguração da RN-041 nesta quarta-feira (14), a governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou que o Rio Grande do Norte vive o “tempo da colheita”. Para ela, a entrega da estrada, que liga a BR-304 à zona urbana de Santana do Matos, a 196 quilômetros de Natal, simboliza o esforço da gestão estadual para superar o colapso administrativo herdado no primeiro mandato e avançar em obras estruturantes.

“É o tempo de entregar os frutos do trabalho incansável que nós temos feito em prol da cidadania e do desenvolvimento do povo do Rio Grande do Norte”, declarou. “Como foi que eu recebi o Estado no primeiro mandato? Colapsado. Nem sequer calendário de pagamento tinha, aquelas folhas atrasadas, o colapso na segurança, na saúde… além do mais, um Governo Federal hostil”, declarou ao Diário do RN.

A governadora atribuiu o avanço nas obras à parceria com o governo Lula. “O dado concreto é isso, é parceria. Por exemplo, as estradas são o resultado do acesso que nós tivemos a um empréstimo de R$ 428 milhões e da capacidade de gestão que a nossa equipe teve de licitar e entregar 800 quilômetros já de trechos rodoviários recuperados. E vamos iniciar mais 620 quilômetros no segundo semestre. O dado concreto é que é muito prazeroso: o sentimento do esforço, da dedicação e do trabalho realizado”, afirmou.

Fátima disse que não encara esse momento como uma virada de chave política, mas como o resultado de um trabalho de reconstrução. “Eu não trato isso como virada. Primeiro, é natural a ansiedade da população. Essas estradas foram uma das heranças duras que recebi, algumas datam de 30, 40, 50 anos. Esse trecho, por exemplo, de Marcelino Vieira a Alexandria, foi feito em 1979 e nunca passou por uma recuperação de verdade”.

A governadora também reforçou que o atual ritmo de entregas só foi possível após mudanças na política nacional. “Poderia ter feito esse trabalho ainda no primeiro mandato, se não tivesse um governo federal hostil, que não respeitava a institucionalidade. Lula voltou, mas passou dois anos tentando botar o Brasil de pé novamente. Isso levou um tempo”, admitiu a gestora.

Segundo Fátima, a meta é encerrar 2025 com mais de 2 mil quilômetros de rodovias recuperadas. “Não é um programa qualquer. É chegar ao ano que vem entregando mais da metade da malha rodoviária do Estado, que é em torno de 3.400 km. E não estou falando só de recuperação: estou falando também de trechos novos, como a estrada de Guamaré, a estrada da produção, a federalização da 226 e da 104. Isso não é pouca coisa”, avisou.

A governadora ressaltou ainda que os investimentos não se limitam à infraestrutura viária: “Na educação, investimos mais de R$ 130 milhões em reforma de escolas, escola 100% conectada com wi-fi, 10 IERNs em construção. Aqui em Alexandria, por exemplo, já temos mais de 220 jovens matriculados em cursos profissionalizantes. E agora vamos investir mais R$ 183 milhões entre 2024 e 2026”.

Ela concluiu destacando duas outras obras previstas e que devem fortalecer o Estado: “A BR-304 será a obra emblemática do nosso Governo. Em setembro, começamos a duplicação nos trechos de Mossoró a Assu e da Reta Tabajara a Riachuelo. E temos ainda a chegada das águas do São Francisco. Tudo isso já está sendo visto pela população com muita sabedoria e senso de justiça”.

Inaugurações
O Governo do Rio Grande do Norte entregou nesta quarta-feira (14) a restauração completa da RN-041, que liga a BR-304 à zona urbana de Santana do Matos. Com 40 km de extensão e investimento de quase R$ 19 milhões, a obra atende a uma demanda histórica da população local e faz parte do maior programa de recuperação de rodovias da história do Estado, segundo o Governo.

Executada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN), a obra atende a uma demanda histórica da população. Além da restauração completa da rodovia, o projeto incluiu drenagem de pontos críticos e o recapeamento de 4 km na área urbana da cidade.

No mesmo dia, foram anunciados investimentos em educação no município, com destaque para a reforma da Escola Estadual Aristófanes Fernandes (R$ 893 mil) e melhorias já realizadas na Meira e Sá (R$ 1,3 milhão). Santana do Matos também está prestes a receber uma unidade do Instituto Estadual de Educação Profissional (IERN), cuja obra está 90% concluída, com investimento total de R$ 16 milhões.


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JOSÉ DIAS QUER ROGÉRIO OU ÁLVARO COMO OS NOMES DA DIREITA PARA 2026

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O deputado estadual José Dias (PL) reiterou que as chances da direita no Rio Grande do Norte em 2026 passam, prioritariamente, pelo nome do senador Rogério Marinho (PL). Segundo ele, “o único candidato para tentar recuperar um pouco o RN, porque o elefante está muito doente, o único para levantar o Rio Grande do Norte na política atual é Rogério”. Entretanto, caso o presidente do PL no Estado seja realmente convidado e aceite compor chapa nacional como candidato a vice-presidente da República, só Álvaro Dias (Republicanos) tem a experiência necessária para a missão. O deputado estadual não acredita que este seja o momento para Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró, encarar a disputa. O assunto foi conversado com o Diário do RN, nesta quarta-feira (14).

José Dias considera improvável que Rogério Marinho seja o cabeça de chapa à Presidência da República, ao comentar o fato novo na política nacional sobre as articulações do bolsonarismo, caso o líder Bolsonaro não consiga reverter a inelegibilidade. O parlamentar acha, entretanto, que Marinho pode ser candidato a vice-presidente. “Eu confesso a você que para a presidência da República eu não acredito em hipótese alguma, porque não deixam. Não há menor possibilidade.

Nós não temos densidade política para isso. […] O que eu acho que ele realmente, politicamente, poderia ser é vice-presidente, não é porque ele não seja mais competente”, esclareceu Dias.

Neste cenário, caso Rogério Marinho escolha a disputa nacional e não seja candidato ao Governo do Estado, José Dias aponta outro nome como ideal: “Eu acho que Álvaro tem uma experiência boa da Prefeitura de Natal, sem a menor dúvida. Ninguém pode negar. E ele quer ser [candidato ao governo]”.

Segundo o deputado, Álvaro tem sobre Allyson Bezerra – outro nome da direita cotado ao Governo do RN – a vantagem da experiência. “Até porque Álvaro, na realidade, tem uma experiência, do prefeito de Mossoró sendo mais velho. Tem a idade de ser o pai dele. Ou um pouco mais”, coloca.

Dias não vê com bons olhos uma eventual candidatura do atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Ele argumenta que, apesar da boa posição nas sondagens, Allyson enfrentaria riscos sérios.

“Falam que hoje nas pesquisas o primeiro lugar é o prefeito de Mossoró, que eu considero muito inteligente, um excelente comunicador, mas eu acho muito verde para administrar o Rio Grande do Norte”, disse. “Se fosse meu filho eu rezava muito para ele não ser. Um cara como ele enfrentar a situação que o Rio Grande do Norte se encontra — e vai piorar, porque as perspectivas para o poder público são absurdamente ruins, dolorosas — eu não vejo uma pessoa com a idade dele, a experiência dele, os desafios futuros que ele vai querer continuar na vida pública, seja uma boa solução”, opinou.

Para José Dias, a definição da candidatura não precisa ser agora, mas também não deve ficar para a convenção. “Também não sei se é vantagem definir o candidato agora, porque é jogar na chuva.

Mas tem que ser no começo do ano que entra. Não tem que esperar pra convenção, não”, completou.

José Dias diz que esquerda está fora da disputa: “Deus não vou dizer quem é, mas o diabo é o PT”

O deputado estadual José Dias (PL) avalia que a disputa eleitoral de 2026 no Rio Grande do Norte será definida entre nomes da direita. Ele se refere ao fato de não ver viabilidade para uma candidatura competitiva da esquerda: “O candidato deles [Cadu Xavier] é um cidadão, o rapaz parece que é um profissional competente, um técnico, mas ele é o homem da taxação. Não tem ninguém mais rejeitado pela opinião pública do que quem tira o dinheiro do povo”.

Ele também comentou que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil) não deseja representar a esquerda. Segundo o deputado, o alinhamento à esquerda prejudica qualquer candidatura. “Ele parece que tem uma incompatibilidade política em Mossoró que reflete no estado. A esquerda contamina. Hoje a esquerda contamina qualquer cidadão”, avaliou.

Além de descartar a esquerda, José Dias afirmou que também não acredita em uma alternativa fora da polarização entre direita e esquerda. Para ele, qualquer tentativa de neutralidade é “perigosa”: “Você tem que ser de um lado ou de outro. Essa terceira via eu acho muito perigosa”, avisou.

“É Deus e o diabo. Deus eu não vou dizer quem é, não, porque pode ser uma apostasia, mas o diabo é o PT”, finalizou.


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SISTEMA GOVERNISTA QUER ZENAIDE NA CHAPA COM FÁTIMA, MAS SEM ALLYSON

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Vice-líder do governo Lula no Senado, a senadora Zenaide Maia (PSD) é candidata certa à reeleição. Apesar do alinhamento com o Governo Federal e de conversas já travadas com a governadora Fátima Bezerra (PT), a composição com a futura candidata ao Senado do PT não está fechada. Zenaide ainda não bateu o martelo sobre os convites feitos pelo partido da governadora.

A parlamentar é aliada de Allyson Bezerra (UB), nome que se coloca à direita – apesar de fugir da polarização política – e os dois buscam um destino comum nas articulações políticas para 2026.

De um lado, Rogério Marinho (PL), uma das lideranças da oposição, considera o nome de Allyson como possível candidato do grupo ao Executivo estadual, por reconhecer sua viabilidade eleitoral, mas não quer a aliada do Governo Lula no palanque. Do outro, é o PT que quer Zenaide, mas sem Allyson. O assunto foi conversado pelo secretário-chefe do Gabinete Civil do Governo do RN, Raimundo Alves, com o Diário do RN, nesta quarta-feira (14).

Raimundo é um dos articulares políticos de Fátima Bezerra e comentou a chapa sugerida pelo prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PSD). O marido de Zenaide afirmou em entrevista à 98 FM, na última terça-feira (13), que, na avaliação dele, a chapa ideal para o Rio Grande do Norte em 2026 seria Allyson Bezerra ao Governo do Estado e Fátima e Zenaide ao Senado, acrescentando, ainda, a sugestão do vice pelo MDB de Walter Alves. Raimundo não concorda.

“Com todo respeito ao amigo Jaime Calado, mas não vejo como se viabilizar uma chapa com essa formatação. O PT terá candidatura ao Governo em 2026, e o nome do PT será Cadu Xavier”, definiu, se referindo ao secretário da Fazenda do RN, pré-candidato do sistema governista.

Ele complementou: “Quanto as candidaturas ao Senado em 2026, sim. Fátima Bezerra deverá ser candidata a uma das vagas e queremos que Zenaide venha a compor a chapa”, admitiu.

Entretanto, o chefe do Gabinete Civil do Governo, ao ser questionado, deixou claro que não há possibilidade de Zenaide partir para a disputa na chapa com o PT, mas apoiar uma possível candidatura do aliado Allyson ao Governo. Segundo ele, as chapas majoritárias devem ser unificadas.

“Não vejo como uma chapa majoritária não ter candidaturas unificadas”, ressaltou. Com a colocação, Raimundo explicita que o PT quer Zenaide, mas abrindo mão do prefeito de Mossoró e apoiando Cadu Xavier.

O aliado de Fátima não comentou sobre possíveis pesquisas internas do desempenho eleitoral da candidatura de Cadu Xavier no contexto atual, mas revelou que o grupo está confiante no nome escolhido para representar o sistema governista, o PT e a esquerda no Rio Grande do Norte. “Só posso dizer que estamos muito confiantes”, concluiu.


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EMPRESÁRIO POTIGUAR LEVA O RN PARA A BRAZILIAN WEEK, EM NOVA YORK

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O presidente do LIDE RN e fundador do Fórum Negócios, Jean Valério, está em Nova York participando de uma missão empresarial intensa durante a Brazilian Week — evento que transforma a cidade no principal palco internacional para debates sobre o futuro do Brasil nos cenários econômico e político globais.

A agenda reúne líderes empresariais, autoridades e investidores que enxergam o Brasil como um país estratégico em setores como energia, agronegócio, turismo, infraestrutura e real estate.

Jean Valério integra as ações promovidas pelo LIDE Global, BTG Pactual, GRI Club e outras entidades brasileiras que atuam na articulação de negócios e na atração de investimentos. Ele também representa projetos do Nordeste, em especial do Rio Grande do Norte, em busca de conexões e parcerias — com destaque para um projeto de expansão no setor imobiliário regional, além de pautas ligadas à energia limpa, produção de pescado, mineração e turismo.

Durante a semana, Jean participa de eventos estratégicos como o GRI Real Estate 2025 e o TechDay New York BTG, além de visitas técnicas a ativos de referência, como o prédio The Spiral e o escritório da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo.

Na noite de segunda-feira (12), o fundador do Fórum Negócios esteve presente em um happy hour exclusivo promovido pela Oriz Investimentos, estreitando o diálogo com fundos e executivos internacionais.

“O Brasil possui vantagens competitivas em setores como mineração, agronegócio, turismo, real estate e energia. O momento é propício para buscarmos um melhor posicionamento no mercado global. A Brazilian Week é mais do que uma vitrine para o nosso país — é uma oportunidade real de sentar à mesa com quem decide, compreender tendências globais e abrir caminhos para que o Brasil — e o Nordeste — estejam conectados aos grandes centros de influência econômica”, destaca Jean Valério.

A presença do LIDE RN e do Fórum Negócios na capital financeira do mundo, pelo terceiro ano consecutivo, reforça o compromisso de gerar conexões de valor, representar o empreendedorismo brasileiro e posicionar o país — em especial o Nordeste — como parceiro estratégico em áreas-chave do desenvolvimento.

“Aqui em Nova York, represento todo o nosso ecossistema e todas as empresas que caminham conosco — seja no LIDE, seja no Fórum Negócios.”, concluiu Jean.


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JAIME QUER ALLYSON GOVERNADOR COM FÁTIMA E ZENAIDE NO SENADO EM 2026

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Jaime Calado (PSD), prefeito de São Gonçalo do Amarante — e marido da senadora Zenaide Maia (PSD) — defendeu a aliança que considera ideal para a disputa das eleições gerais do Rio Grande do Norte em 2026: o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), como candidato ao Governo; Fátima Bezerra (PT) e Zenaide Maia compondo a chapa ao Senado; e a escolha do vice-governador a cargo do MDB, sob coordenação do presidente estadual da legenda, Walter Alves. O assunto foi conversado em entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM, nesta terça-feira (13).

“Eu conheço Cadu, é um cara decente. Trabalhei, fui secretário junto com ele. É um rapaz excelente. Só tenho elogios pra Cadu. Agora, na hora de formar uma chapa dessa, são muitos fatores, além de ser uma boa pessoa, a ser um bom quadro, que ajudam a formar essa chapa.

Agora, eu acho que o nome mais forte hoje para governador do Estado é Allyson Bezerra”, opinou Jaime, analisando, inclusive, o nome que já foi lançado pelo PT, o secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier.

Na opinião dele, Allyson, apesar de jovem, é um nome preparado para a disputa: “Esse é um cara que se reelege com quase 80% de votos em Mossoró. Mossoró é um celeiro de ex-governadores, senadores. É uma cidade altamente politizada. Então, eu não tenho dúvida que Allyson está preparado. Como Cadu também. Como Rogério também”, afirma, ao citar, também o nome do presidente do PL no RN, senador Rogério Marinho, que é pré-candidato ao Governo.

Sobre a composição ao Senado, o prefeito acredita que na chapa Zenaide e Fátima, cabe Allyson Bezerra sem nenhum problema. “Por mim, cabia. Eu não vejo nenhum problema”, afirmou.

O marido da senadora e um dos articuladores do PSD, partido que tem 22 prefeitos no Estado, acredita que esta é uma chapa de “forças democráticas”. O prefeito enfatizou a urgência de um bloco comum para enfrentar o que chamou de “ameaças à democracia”.

“A democracia está ameaçada no planeta inteiro quando a maior potência do mundo está dirigida por um cara [Trump] que faz o que esse cara faz aí. Então, qual é o problema de pessoas que são democráticas se unirem? Eu não vejo”, explica.

Ele colocou, ainda, que para reforçar a chapa, a indicação do candidato a vice-governador seria a indicação pelo MDB. “O vice seria indicado por Walter Alves, presidente do MDB no Rio Grande do Norte — porque aí você tem uma soma de força. Eu acho que a soma das forças democráticas é importante em todos os sentidos”, afirmou.

Questionado sobre Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB, Calado afirmou que a indicação poderia ser Ezequiel, caso se filie ao MDB: “Ezequiel é um nome nesse Estado. Então, todo partido ficaria honrado com a presença. Se ele quiser vir pro PSD, pode vir. Mas, no modelo que propus, o vice fica a cargo de Walter Alves”, frisou.

Sobre a relação política entre Zenaide e Allyson, que existe desde 2022 e foi reforçada entre os dois para 2026, Calado lembrou a afinidade ideológica: “Zenaide é de centro, Allyson também. Ela começou a botar emendas em Mossoró sem nenhum compromisso de Allyson. Ele foi reconhecendo até que, um dia, chama todos os vereadores e disse: ‘essa é minha senadora’. Não é troca, é identidade”.

E destacou a independência de Zenaide em decisões nacionais. Questionado se sob um pedido do presidente Lula, Zenaide comporia chapa com Fátima deixando Allyson de lado, afirmou: “Olha, esse negócio de pedir… Lula pediu pra Zenaide subir no palanque de Natália. Ela não subiu. Zenaide é muito independente”.

Por fim, reafirmou seu compromisso com o diálogo amplo: “Eu não veto ninguém. Quando digo que é mais difícil hoje, por causa do Rogério, é claro — quem nos conhece sabe disso. Mas não veto ninguém. Tem prefeito que apoia Zenaide e apoia Rogério. Tem prefeito que apoia Fátima e apoia a Zenaide. Receber um apoio é sempre uma honra”, disse, sem fechar as portas para a direita.


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ÁLVARO QUER SER GOVERNADOR DA OPOSIÇÃO COM APOIO DE ROGÉRIO E STYVENSON

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Na contramão do que outras lideranças políticas da direita vêm considerando, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), descarta articulações em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) ao Governo do RN. Apesar de defender a união de todos os nomes do grupo oposicionista para a disputa ao Executivo Estadual, Dias defende que a composição da chapa seja com ele mesmo como candidato ao Governo do RN, com Styvenson Valentim (PSDB) ao Senado, ao lado de outro nome indicado pelo PL, em parceria com Rogério Marinho (PL), que articula o próprio nome na disputa nacional, apesar de ser também pré-candidato ao Governo do RN.

“A gente está conversando com os partidos, conversando com Rogério Marinho, conversando com o Styvenson, conversando, enfim, com o João Maia, conversando com Shirley Targino, com todo mundo que a gente pode conversar”, afirmou o pré-candidato ao ser questionado sobre as tratativas em curso, em entrevista ao Diário do RN.

Sobre a possibilidade de um consenso em torno de Allyson Bezerra, Dias foi enfático ao ressaltar que o prefeito de Mossoró ainda possui mandato pela frente: “Allyson é o candidato que Agripino quer, mas Allyson, que é o que me consta, ainda é prefeito de Mossoró, tem muito tempo pela frente. De repente, eu acho que pode se chegar ao consenso em torno de um candidato só, porque se o nosso espectro político de pessoas que pensam mais ou menos da mesma forma apresentar três candidaturas — Rogério Marinho, Álvaro Dias e Allyson — é complicado”, afirmou.

Questionado sobre a viabilidade eleitoral do seu nome, principalmente no interior do Estado, Dias garante que tem sido bem recebido nos municípios.

“Muita gente até duvida, porque quando você lança uma pré-candidatura sem respaldo de grandes grupos políticos isso tende a não ter sucesso. Mas a história do Rio Grande do Norte mostra que o caminho não é esse. O caminho é você ter contato direto com o povo, como teve Robinson Faria, que se elegeu, Wilma de Faria, que se elegeu sem apoio de grandes grupos e terminou se elegendo governadora. Isso comprova que as pessoas hoje são mais livres, são mais abertas, são mais democráticas e não são conduzidas pelas grandes lideranças políticas”, compara.

Ainda assim, acredita que o diálogo, que deve perdurar até o final desse ano ou início do próximo, para uma definição, pode formar um grande grupo da direita em oposição ao candidato do sistema governista.

“Eu acho que o caminho que você tem de percorrer é mesclar, discutir diretamente com as pessoas para tentar formar um grande grupo de união e ter uma oposição forte a esse governo que, a meu ver, tem sido o pior da história política do Rio Grande do Norte”, disse sobre o Governo Fátima.

Ao projetar um cenário sem união e de várias candidaturas, Dias defendeu a estratégia do segundo turno: “O ideal é que saia um nome, apoiado por todos, formando um grande grupo de oposição. Mas, se não for possível e surgirem dois ou três candidatos, vamos esperar o segundo turno para fazer a composição e tentar unir esses partidos que pensam de forma semelhante”.

Álvaro Dias projeta Rogério Marinho em chapa presidencial no pleito de 2026

Na entrevista ao Diário do RN, o pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte, Álvaro Dias, afirmou que o aliado Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e presidente estadual do PL, pode assumir papel de destaque não só no pleito estadual, mas também na disputa nacional em 2026. “Rogério Marinho é um nome extremamente bem preparado, competente, que pode assumir a disputa de qualquer cargo majoritário a nível nacional ou estadual”, declarou Dias, ressaltando a amplitude das articulações nacionais que cercam o senador potiguar.

Segundo Dias, “ele pode a qualquer momento ser cogitado como um candidato, um grande candidato a vice-presidente da República, ou até mesmo presidente da República dentro do contexto aí de articulação que ele tem costurado a nível nacional”.

O ex-prefeito lembrou que, em um cenário alternativo, “tem o nome de Tarcísio de Freitas, mas se Tarcísio não for, Rogério pode discutir como possível nome da oposição – ou um nome para compor como possível candidato a vice ou, em momento específico, como presidente”.

Apesar de colocar o próprio nome como pré-candidato ao Governo dentro do grupo do parceiro político Marinho, por fim, Álvaro ponderou que “é uma discussão longa” e que Rogério “pode também, se quiser insistir, manter sua candidatura e ser um candidato a governador com amplo grupo de apoio aqui no Estado do Rio Grande do Norte”.

As especulações sobre uma possível candidatura de Rogério Marinho à vice-presidência ganharam força nas últimas semanas. Segundo o Poder360, ele e o senador Ciro Nogueira (PP) são cotados pela cúpula bolsonarista como opções de vice para Michelle Bolsonaro (PL) em uma eventual chapa de 2026. Já a coluna Radar, da Veja, destacou que “no bingo de igreja que virou a definição da chapa bolsonarista para 2026, o nome da vez é o do senador Rogério Marinho, que poderia ser vice de Michelle numa ‘chapa pura’ do PL”.


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JOÃO MAIA ACREDITA QUE A DIREITA NO RN PODE SE UNIR EM TORNO DE ALLYSON

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Após a segunda reunião da Federação União Progressista — formada por União Brasil e Progressistas — o deputado federal João Maia, presidente do PP no Rio Grande do Norte, defendeu ao Diário do RN que a sigla caminha para um entendimento em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) como principal aposta do grupo para a disputa pelo Governo do Estado em 2026. Ele ressaltou a sintonia com o presidente do União Brasil, José Agripino, e defendeu a construção de alianças capazes de unir lideranças da direita, inclusive o senador Styvenson Valentim (PSDB), com quem o prefeito de Mossoró não mantém uma boa relação.

“Quem tem se colocado em pesquisa é o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. Então, eu não vejo dentro da União Progressista, até agora, ninguém que tenha se comportado, mesmo que não tenha assumido publicamente, como pré-candidato. E, aliás, quem lidera todas as pesquisas é Allyson”, afirmou João Maia.

Apesar de reconhecer que Rogério Marinho já deixou clara a resistência à construção de um palanque comum com Allyson e Zenaide – parceiros políticos, João Maia reforça que o momento ainda é de diálogo, já que o foco da articulação nacional é o Senado.

“Nacionalmente, por expressão dos seus líderes, Lula e Bolsonaro, a prioridade deles é o Senado. Então não é difícil uma composição, porque a maioria do eleitor do RN tá no centro, nas cidades, nos prefeitos das cidades”, afirmou.

Dentro desse contexto, João Maia defende a formação de um bloco de direita em torno do prefeito mossoroense, e avalia que a resistência de Styvenson pode ser superada com o tempo. “Existe todo um processo, uma composição com Styvenson, tem muita água para rolar debaixo dessa ponte. É mais fácil essa alternativa, indo na direção de Allyson, porque Allyson tem uma vantagem em qualquer pesquisa, que é um absurdo. É muito difícil você abrir mão de uma candidatura que lidera com 40% e tem uma rejeição do tamanho de nada. Allyson tem essa vantagem”, analisa.

Questionado sobre as chances de Allyson e Zenaide caminharem ao lado da governadora Fátima Bezerra, João Maia foi direto: “Não, eu acho que essa possibilidade é zero. Quer dizer, eu acho”, ressaltou

Federação, Robinson e Carla Dickson
Ao lado de José Agripino, João Maia conduziu a segunda rodada de discussões com foco na formação de chapas e alianças estaduais da Federação União Progressista. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (12).

“Nos reunimos eu e Agripino, porque são dois presidentes, e já com Paulinho. Porque o União Brasil, a gente junto aqui é muito forte em nome de prefeito, de vice e de vereador. E o União Brasil tem os prefeitos das principais cidades, Natal e Mossoró”, lembra.

Entre as definições mais concretas, João Maia confirmou que o ex-governador Robinson Faria pretende se filiar ao PP e que sua entrada na federação é certa. “Robinson me disse que tem a intenção de se filiar ao PP. Ele tem mais afinidade com a gente, e na verdade Fábio [Faria] com Ciro Nogueira [presidente nacional do PP]”, disse.

Sobre a deputada federal Carla Dickson e rumores de sua migração do União Brasil para o PL, João Maia ainda não tem confirmação da permanência dela no grupo, mas acredita que ela enxerga vantagens em seguir na federação.

“Robinson vai entrar. Carla acha que a nominata fica forte. Para mim, ela não disse que vai sair, mas a gente escuta por aí o posicionamento dela. Eu acho é que essa federação, pelo tempo de TV que tem, pelo fundo eleitoral, ela tem todas as condições de fazer metade da bancada. Carla tem condições [de ser reeleita]. A federação é o melhor lugar para ela”, opina Maia.

O deputado também citou o nome de Shirley Targino, sua esposa, como liderança relevante, mas indica que sua candidatura ao Senado ainda depende de muitos fatores a serem definidos por diálogo.

“Shirley tem alma própria, vida própria, circula bem, também não tem rejeição, mas nós temos um longo processo de construção de nominata de chapa majoritária, que tem que ir incorporando cada vez mais gente, conversando, que só termina em março do próximo ano, quando fecham as janelas”, finalizou.


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PROJETO DE COLETA DE ELETROELETRÔNICOS NO RN É DESTAQUE EM EVENTO MUNDIAL

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O descarte de aparelhos eletrônicos exige cuidado e ainda é um grande desafio para o Brasil. Devido à composição por elementos químicos potencialmente tóxicos, a disposição incorreta desse material pode contaminar o solo e a água, afetando a fauna, a flora e a saúde humana. No Rio Grande do Norte, uma solução de sustentabilidade denominada RN+Limpo, tem ganhado destaque pelos seus resultados, como a arrecadação de 150 toneladas de resíduos eletroeletrônicos entre 2021 e 2024.

Agora, o projeto alça novos voos e, após ter sido apresentado na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, será um dos temas de uma sessão de aceleração do Fórum Mundial de Economia Circular, que será sediado em São Paulo, entre 13 e 15 de maio.

A RN+Limpo foi criada por meio de parceria entre a sturtup Circular Brain, o Governo do Estado, a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) e a empresa Natal Reciclagem, com objetivo de promover o descarte correto dos eletroeletrônicos por meio da Educação Ambiental. “Para isso, foi elaborada a campanha com elementos culturais e regionais do estado para que tivesse uma abordagem e linguagem assertiva”, explicou a gerente de Marketing e Negócio da Circular Brain, Livia Santarelli.

A ação foi iniciada em 2021, com a instalação de pontos de coleta em Natal. “Ainda estávamos em meio à pandemia, então ações presenciais não eram viáveis”, afirmou Santarelli. No ano seguinte, foi dada a largada para ações de “detox” em repartições públicas e pelo interior, o que resultou na criação de 26 pontos fixos de coleta e programações de educação ambiental em 24 municípios.

“Levamos para diversos municípios do RN a partir de patrocínios de empresas de energia roliça, e, com isso, tivemos o resultado de 150 toneladas até 2024”, completou a gestora, destacando ainda que a estimativa é de as ações tenham atingido mais de 1,7 milhão de pessoas.

O impacto desse trabalho, a forma como as atividades foram realizadas e como foi feita a rastreabilidade dos resíduos chamaram atenção, resultando em um convite para uma das conferências mais importantes sobre o clima, na qual líderes de todo o planeta se reúnem para chegarem a um acordo sobre como lidar com a crise climática.

“A RN+Limpo foi um case apresentado na COP de 2023, por conta das ações realizadas e como conseguimos fazer a rastreabilidade dos resíduos coletados na ação. Agora, o convite para participar do Fórum, que é um evento mundial, mostra que estamos fazendo a diferença no setor de reciclagem de eletrônicos”, declarou a gerente de Marketing.

O trabalho da RN+Limpo será um dos temas da sessão de aceleração sobre “Campanhas Ambientais de Engajamento”, que acontece nesta quinta-feira (15). A apresentação poderá ser assistida on-line, a partir das 15h. Para participar, basta realizar a inscrição pelo site circulare.com.br/webinar-campanhas-ambientais-wcef25.

A Circular Brain
A Circular Brain é uma startup brasileira criada em 2020, diante da necessidade da formalização do mercado de reciclagem de eletroletrônicos. A empresa se dedica a impulsionar a economia circular, que consiste em gerir recursos finitos de forma a recuperar os seus valores, prezando pela regeneração e pela redução do uso de materiais.

Assim, busca conectar todos os protagonistas da cadeia de reciclagem de eletroeletrônicos, além de realizar campanhas de educação ambiental. “Criamos um ecossistema chamado Circulare que foi capaz de conectar toda a cadeia de vida útil de um aparelho eletrônico, desde o descarte até o retorno dos resíduos para a indústria, evitando que esses recursos sejam novamente retirados do meio ambiente”, explicou a gerente de Marketing e Negócio Livia Santarelli.


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SINDICATO DIZ QUE “DESLUMBRADO COM PODER”, ALLYSON MASSACRA SERVIDOR

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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) publicou uma nota de denúncia contra o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), acusando sua gestão de promover uma série de medidas que estariam prejudicando e perseguindo os trabalhadores da administração municipal. Segundo o sindicato, a gestão tem adotado práticas que configuram “maldades” sucessivas, com impacto direto na saúde, estabilidade e dignidade dos servidores. A entidade avalia que Allyson é o “gestor mais perseguidor que Mossoró já teve notícia” e sugere que a conduta seria reflexo de um “deslumbramento com o poder” às vésperas da campanha estadual, já que Allyson Bezerra é cotado como pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte em 2026.

De acordo com o texto divulgado pelo sindicato no seu site, “quase todos os dias” os trabalhadores são surpreendidos com novas imposições da Prefeitura que dificultam o exercício da função pública e agravam a precarização das condições de trabalho. Entre os principais alvos da crítica estão mudanças nos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração, negativa de reajustes salariais aos professores e perseguição judicial a quem se manifesta em defesa da categoria.

O sindicato também denuncia mudanças nas regras para licenças médicas e acompanhamento de familiares doentes. Segundo o relato, a Prefeitura estaria impondo um conjunto de exigências burocráticas que dificultam a aceitação de atestados e inviabilizam o exercício de direitos garantidos por lei.

De forma ainda mais grave, a gestão municipal estaria determinando até mesmo o conteúdo dos atestados médicos, o que, segundo o Sindiserpum, invade competências do Conselho Federal de Medicina. “E se o atestado médico não tiver tudo o que a gestão está determinando, eles vão negar o atestado e vão colocar falta no servidor?”, questiona o sindicato na nota.

Em outro episódio recente, pais e mães de crianças com deficiência, que haviam conseguido redução de jornada com base na chamada “jornada especial”, foram surpreendidos com o aumento de suas cargas horárias. A medida, segundo o sindicato, prejudica diretamente o acompanhamento terapêutico de crianças autistas e com outras deficiências, contrariando o discurso público do prefeito, que havia feito propaganda da concessão desse direito.

O Sindiserpum critica o que considera uma postura contraditória da gestão. Ao mesmo tempo em que divulga campanhas que exaltam conquistas e avanços para os servidores, a administração estaria, na prática, reduzindo ou extinguindo os mesmos direitos que afirma defender.

“Mossoró Cidade Educação” tem queda no Ideb na gestão Allyson

Apesar de ser um dos carros-chefes das campanhas de marketing do prefeito Allyson Bezerra, a educação no município de Mossoró não tem apresentado evolução, de acordo com informações do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação. Nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb apresentou queda em 2023, em relação a 2021, ano anterior do exame.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador que mede a qualidade da educação básica no Brasil, abrangendo o ensino fundamental e médio. É calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Saeb) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

Em Mossoró, do 6º ao 9º ano, o Ideb de 2023 apresentou índice de 3,8. O número representa a avaliação da educação nos dois anos anteriores, 2021 e 2022, dois primeiros anos da gestão Allyson Bezerra. Neste resultado, o Ideb apresentou queda em relação ao último exame, realizado dois anos antes. Em 2021, o Ideb dos anos finais do ensino fundamental em Mossoró foi 4,3, expondo a avaliação dos últimos anos da gestão Rosalba Ciarlini – 2019 e 2020.

Nos anos iniciais, 1º ao 5º ano do ensino fundamental, o índice permanece estagnado em relação à série da avaliação desde 2019, no período pré-pandemia. Em 2019, o Ideb foi 5,6, referente a 2017 e 2018, anos da gestão anterior de Rosalba Ciarlini. No exame seguinte, em 2021 – que considera as condições da pandemia – apresentou uma queda para 5,1. Dois anos depois, no entanto, apesar do prefeito propagar evolução, já que o índice apresentado foi 5,5, o Ideb dos anos iniciais ainda não alcançou o patamar anterior.

Em relação a investimentos, no primeiro ano da gestão, 2021, Allyson não investiu o mínimo constitucional determinado para a área educacional. Dos 25% exigidos, o prefeito só alcançou 19,16%, de acordo com o Painel Fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Já em 2024, chegou ao limite de 25,13% de aplicação do orçamento em educação. Em 2022, aplicou 27,86% e em 2023, investiu 30,26%, único ano em utilizou uma margem de mais de cinco pontos percentuais para a educação municipal.


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“VAMOS MOSTRAR COMO ERA NA ÉPOCA QUE A OPOSIÇÃO GOVERNAVA O RN”

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Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte pelo PT, Cadu Xavier, secretário de Estado da Fazenda do RN, afirmou que os dados do Atlas da Violência 2025 são prova incontestável de que a política de segurança implementada pela governadora Fátima Bezerra (PT) tem dado resultados concretos. Em conversa com o Diário do RN, Cadu rebateu as críticas constantes da oposição sobre a área da segurança e acusou adversários de ignorarem, por conveniência, os indicadores positivos.

“Eu venho da área de exatas, contra números não se briga. Quem quer brigar contra esses números, não quer ver a realidade”, disse. “Esses números estão postos, não somos nós que estamos levantando. Quem não quer reconhecer isso ou tem má-fé ou tem dificuldade de acreditar na matemática”, complementou.

Segundo o Atlas da Violência, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Rio Grande do Norte liderou a redução de homicídios no Brasil entre 2022 e 2023. O estado registrou uma queda de 18,8% nas mortes violentas, passando de 1.167 homicídios em 2022 para 955 em 2023 — ou seja, 212 vidas poupadas em um ano. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes também caiu de 32,5 para 26,4, a maior redução proporcional do país. Entre jovens de 15 a 29 anos, a queda foi ainda maior: 24,5%.

Cadu Xavier apontou que a área da segurança será uma das principais vitrines da campanha de 2026. “É um dos principais argumentos a apresentar. Se não o principal”, garantiu. “A segurança pública no Rio Grande do Norte hoje é completamente diferente daquela realidade que o estado vivia em 2018, de rebelião em presídio, ônibus pegando fogo, assalto a ônibus. Você não podia ir numa farmácia aqui em Natal à noite porque a probabilidade de ser assaltado era muito grande.

Hoje a gente vive outra realidade”, garante.

Ao comentar o cenário eleitoral, Cadu fez críticas diretas aos adversários. “É isso que a gente vai fazer durante a campanha: mostrar esses números, esse sentimento que a gente tem hoje no Estado com relação à segurança pública, e lembrar como era antes, quando a oposição governava o Rio Grande do Norte. Como era a segurança pública naquela época”, afirmou. “Quem está na oposição não quer reconhecer os dados. Mas os números não mentem”, ressaltou.

O petista frisou que os índices são reflexo direto dos investimentos realizados pela gestão estadual. “Muito mais do que a matemática dos números, é o sentimento que se tem hoje no Rio Grande do Norte. Falo do sentimento de segurança. Tem mais polícia na rua, naturalmente tem menos crimes acontecendo”, afirmou. “Claro que não é só o efetivo. Tem todo um trabalho de inteligência, um trabalho integrado da Polícia Militar, Polícia Civil. A própria administração das penitenciárias hoje vive outra realidade, fruto dos investimentos do governo — em estrutura, equipamentos, pessoal. Os resultados estão aí. Cada centavo tem valido a pena”.

Xavier também ressaltou que a tendência de queda na violência não ocorreu por acaso e os resultados no Rio Grande do Norte acontecem numa proporção maior que os índices país afora. Para ele, o desafio agora é manter os números positivos. “O governo vem fazendo investimentos operacionais, na garantia dos direitos dos policiais, com promoções, investimento em renovação de viaturas. É o trabalho do governo que se reverte em números”, finalizou.

A nova edição do Atlas da Violência avaliou dados de 2013 a 2023 e, além de indicadores gerais de homicídios, fez recortes por faixa etária, gênero e raça. A publicação é resultado da parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o IPEA, utilizando informações do Ministério da Saúde e de sistemas oficiais de notificação.

Segundo o anuário, Paraná (-15,2%) e Amazonas (-13,4%) vêm em segundo e terceiro no ranking de estados que mais conseguiram diminuir os casos de homicídio no período. Os estados com maior incremento na violência letal foram Amapá (41,7%), Rio de Janeiro (13,6%) e Pernambuco (8%).


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ROGÉRIO MARINHO EXPÕE REAL OBJETIVO DA ANISTIA: REABILITAR JAIR BOLSONARO

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Em uma declaração que marca um ponto de inflexão no discurso bolsonarista sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, o senador Rogério Marinho (PL) admitiu que a principal motivação por trás da proposta é política: devolver os direitos políticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Acreditamos que ainda há uma grande possibilidade do presidente Bolsonaro reverter esse quadro [de inelegibilidade para a eleição de 2026]. Através da anistia, por exemplo”, disse Marinho durante entrevista no programa 12 em Ponto, na 98 FM, na última sexta-feira (09).

Marinho comentou o assunto quando questionado sobre a possibilidade de compor chapa à presidência da República como candidato a vice-presidente ao lado de Michelle Bolsonaro. O líder da oposição no Senado negou e defendeu, mais uma vez, a possibilidade do ex-presidente restabelecer a inelegibilidade.

A fala contrasta com a narrativa predominante entre aliados de Bolsonaro, que têm promovido a anistia como uma medida humanitária voltada exclusivamente para os manifestantes presos após o ato do 8 de janeiro de 2023, quando invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. O próprio ex-presidente declarou que “essa anistia não é política, é humanitária”, conforme a imprensa nacional.

Ao Diário do RN, no último dia 16 de abril, o deputado federal general Girão (PL) garantiu que a prioridade da anistia é para aqueles que estão “presos injustamente”. “Se, posteriormente, o PL da Anistia acabar por beneficiar o presidente Bolsonaro de alguma forma, será mais do que justo, tendo em vista que ele também é vítima de injustiças e de falsas acusações”, disse à reportagem.

O colega de bancada na Câmara Federal, Sargento Gonçalves (PL), expressou opinião semelhante.

“A intenção é que, de fato, aqueles anônimos, os invisíveis que estão sendo, infelizmente, injustiçados no nosso país, homens e mulheres de bem, fichas limpas […] possam ser alcançados”, disse negando que o pano de fundo do PL seja beneficiar Bolsonaro. Embora Bolsonaro não esteja formalmente entre os alvos da proposta, Gonçalves afirmou entender que ele também pode ser incluído caso se entenda que sua atuação política durante o período esteja enquadrada nos critérios estabelecidos pelo projeto.

No entanto, a admissão de Marinho revela que a anistia é parte de uma estratégia para reabilitar Bolsonaro politicamente, visando sua participação nas eleições de 2026. A proposta de anistia, defendida por parlamentares bolsonaristas, inclui o perdão a todos os envolvidos nos atos antidemocráticos, incluindo o próprio ex-presidente.

O PL da Anistia
O pedido de urgência para o PL o 2.858/2022 tem as assinaturas necessárias para ser votado no plenário da Câmara dos deputados, mas esbarra na resistência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). Apesar disso, aliados de Bolsonaro continuam pressionando pela medida, promovendo atos públicos e mobilizações em defesa da matéria. A anistia é uma peça-chave na estratégia política para restabelecer a elegibilidade de Bolsonaro e fortalecer sua base para as próximas eleições.

Citando diretamente a anistia “a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 08 de janeiro de 2023 ao dia de entrada em vigor desta Lei, nas condições que especifica”, a lei especifica condições, contidas nos artigos e parágrafos do projeto, que podem beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Artigo 1º, além de outros trechos, já deixa claro que o Projeto não trata somente daqueles que estiveram nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, quando abrange também “os que apoiaram, por quaisquer meios”, os atos, o que incluiria Jair Bolsonaro e aliados.

A condenação de Jair Bolsonaro à inelegibilidade por abuso de poder político até 2030 pode ser revertida caso a Lei seja aprovada, com a redação do Artigo 8º.

A sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que condenou a atuação de Bolsonaro contra o sistema eleitoral na live institucional com embaixadores pode ter como argumento o Artigo 8º da Lei da Anistia: “Ficam assegurados os direitos políticos, e, ainda, a extinção de todos os efeitos decorrentes das condutas a si imputadas, sejam cíveis ou penais, para as pessoas que se beneficiem da presente lei”.


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MÃES SOLO ENCONTRAM DIFICULDADES NA GARANTIA DE DIREITOS AOS FILHOS

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Diante da ausência do genitor e dos obstáculos para a garantia de direitos, muitas mulheres são submetidas às adversidades de cuidar e sustentar suas famílias sozinhas. Para algumas dessas mães, a rede de apoio é formada justamente por outras mulheres em situação semelhante.

No Brasil, 11 milhões de mulheres criam sozinhas os filhos, apontou pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), referente a 2022.

É o caso de Cibele*, de 26 anos, que tem um filho de cinco anos, cujo genitor não compartilha cuidados nem os custos básicos da criança. Ela precisa estar presente para garantir saúde, desenvolvimento integral, educação, bem-estar e afeto ao filho, enquanto enfrenta uma jornada de trabalho que a deixa fora de casa 12 horas por dia.

“Acredito que os melhores momentos que eu tenho é quando chega o final de semana e, como eu consigo me organizar melhor, saio com ele pra passear. É um dos momentos em que a gente consegue se distanciar um pouco da nossa rotina da semana, que é muita correria”, relatou Cibele.

“Por mais que seja um pouco estressante [no dia a dia], sempre tento não incluir ele nesse estresse que eu carrego sozinha”, acrescentou.

Entre as garantias que ela proporciona ao filho, também sozinha, está o tempo de lazer, ainda que a rotina seja apertada, especialmente, de segunda a sexta-feira.

“O que me deixa satisfeita é saber que através da minha organização eu consigo manter esse momento de lazer com ele”, destacou.

Acesso à justiça
O processo na Justiça por pensão alimentícia e guarda unilateral, por meio da Defensoria Pública do estado de São Paulo, se arrasta há três anos – o que representa mais da metade do tempo de vida do seu filho. Ainda que, após uma decisão judicial, o pagamento seja retroativo, na prática, as necessidades da criança não esperam o tempo do sistema judiciário.

“O que falta nas políticas públicas é o reconhecimento. Essas mulheres sustentam sozinhas seus lares, educam, trabalham, e ainda enfrentam preconceitos e violências. É preciso olhar para elas com respeito, garantindo proteção social, dignidade e oportunidades reais”, disse a advogada Sueli Amoedo, especialista em políticas públicas para mulheres, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, as mães solo enfrentam múltiplos desafios para garantir os direitos dos filhos na Justiça e a morosidade dos processos é um dos principais entraves.

“Demandas como pensão alimentícia, guarda e regulamentação de visitas levam tempo para serem julgadas, e, quando finalmente há uma decisão, os valores fixados muitas vezes são insuficientes para cobrir sequer os custos básicos da criança”, diz.

Outro ponto crítico é o acesso desigual à Justiça. “Em muitos municípios brasileiros não há Defensoria Pública, e a alternativa, que seria a assistência judiciária municipal, costuma operar em condições precárias”, ressaltou Sueli, que ocupa a posição de Liderança Jurídica Nacional do projeto Justiceiras, que atua de forma gratuita, no acolhimento e orientação técnica nas áreas do Direito, Psicologia e Assistência Social.

Em várias cidades, segundo a advogada, as mulheres precisam acordar de madrugada para conseguir uma senha de atendimento. Ficam horas em filas, algumas com filhos pequenos no colo, e mesmo assim, ao chegar sua vez, as senhas já se esgotaram. “Isso desestimula e, muitas vezes, impede que elas consigam sequer iniciar uma ação judicial.”

Além disso, a advogada afirma que há uma profunda desinformação sobre os próprios direitos.

“Muitas mães solo não sabem como entrar com uma ação de alimentos, que documentos precisam ou quais benefícios têm direito. A ausência de orientação jurídica acolhedora e acessível é mais uma barreira no caminho da justiça”, disse.

Cibele cogitou desistir do processo judicial por falta de perspectiva de um resultado, além do desgaste que a situação gerava e que a levou a um quadro de sofrimento mental. A partir do contato com o Justiceiras, ela descobriu que, no início do processo, o juiz já poderia ter fixado um valor referente a alimentos provisórios, em caráter liminar, até que houvesse a sentença da pensão alimentícia. Ela soube também da possibilidade de uma medida protetiva em episódios de violência.

Rede de apoio
Quando precisa de ajuda, em casos como doença, demais imprevistos ou cansaço, Cibele recorre à própria mãe, que também é chefe de família e, ao longo da vida, enfrentou quase sozinha as tarefas e responsabilidades para criar dois filhos. “Ontem mesmo a minha mãe levou ele ao médico. Foi muito em cima da hora, eu não consegui avisar no trabalho”, contou.

“Quando eu preciso resolver qualquer coisa, é a minha mãe sempre que está ali pra me ajudar. De vez em quando, eu peço pro pai, mas sempre acabo não tendo resultado, nem força, nem ajuda, nem nada. Acaba que ele diz ‘não posso, não dá, por que você não avisou antes?’. Sendo que, às vezes, as coisas acontecem assim de imprevisto, e a pessoa não se importa em querer ajudar”, disse.

O percentual de mulheres responsáveis por unidades domiciliares teve aumento expressivo entre 2010 e 2022, subindo de 38,7% para 49,1%, segundo o último Censo Demográfico (2022), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eram 35,6 milhões de mulheres nessa situação e 36,9 milhões de homens.

O percentual de mulheres nessa condição supera os 50% em 10 estados: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%), Maranhão (53%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%). Muitas dessas mulheres são mães solo.

O censo revelou ainda que, no mesmo período, houve crescimento do número de famílias monoparentais, onde o responsável vive sozinho com filhos ou enteados, que passou de 16,3% para 16,5%. Quase um em cada seis lares brasileiros é chefiado por uma pessoa que vive sozinha com filhos.

Políticas públicas
As políticas públicas para mães solo precisam ser pensadas de forma integrada e com base na escuta real dessas mulheres, conforme avaliação da especialista Sueli Amoedo.

“A primeira necessidade é a oferta de creches e escolas em tempo integral, para que elas possam trabalhar com segurança e tranquilidade”, citou.

O cuidado com a saúde física e mental dessas mães também é questão essencial neste contexto, com garantia de acesso rápido a consultas, exames, psicoterapia e medicação.

“Na esfera financeira, políticas de transferência de renda específicas para mães solo em situação de vulnerabilidade são urgentes”, lembrou a advogada, além de estimular a empregabilidade.

No campo jurídico, a advogada destaca que é urgente ampliar e qualificar o acesso à justiça. “A ausência da Defensoria Pública em muitos municípios faz com que mulheres dependam de uma assistência judiciária limitada, que muitas vezes é burocrática e desumana”, lamentou. O resultado dessa realidade é que as mães acabam desistindo de buscar o que é de direito por esgotamento físico e emocional.

*Nome fictício a pedido da entrevistada

Fonte: Agência Brasil


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MEGA-SENA: NINGUÉM ACERTA AS SEIS DEZENAS E PRÊMIO VAI A R$ 55 MILHÕES

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Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.861 da Mega-Sena, sorteadas na noite de sábado (10), em São Paulo, e o próximo prêmio é estimado em R$ 55 milhões.

Os números sorteados ontem foram 02, 21, 27, 46, 51 e 53.

A quina teve 55 acertadores, e cada um receberá R$ 72.740,95. Os 5.930 apostadores que acertaram quatro dezenas será de R$ 963,80.

Os números do Concurso 2.862 serão sorteados na terça-feira (13), em São Paulo.

Foto: Agência Brasil


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