DATAVERO: FLAVINHA LIDERA DISPUTA EM MACAU COM 55%; DR. ZÉ TEM 28%

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A pesquisa DataVero/Diário do RN entrevistou 400 eleitores macauenses sobre as intenções de votos a prefeito de Macau, município a 180km de Natal. Realizada no dia 15 de setembro, a pesquisa revela a tendência de derrota do prefeito Zé Antônio (UB), que está em seu terceiro mandato, por quase 30 pontos.

De acordo com a pesquisa estimulada, a candidata Flavinha Veras (PDT), filha do ex-prefeito Flavio Veras, aparece com 55,50%. Já o prefeito Zé Antonio (UB), candidato à reeleição, tem 28,5%. Polyanna de Daniel Dantas (PP) 3% e Albimar Melo (PT) 2%. Não souberam responder 6,75% e responderam ‘nenhum’ 4,50%.

Já na pesquisa espontânea, Flavinha Veras foi a mais citada, com 53,50% das intenções de votos.

Zé Antônio foi lembrado por 28,75% dos entrevistados. Albimar Melo aparece com 1,50%, assim como Polyanna de Daniel Dantas, que foi citada por 1,50%. Não souberam responder 12,50% dos entrevistados; e responderam ‘nenhum’ 2,25%. Na pesquisa espontânea, não são apresentados os nomes dos candidatos e o eleitor cita o primeiro nome que vem à mente.

Rejeição
A pesquisa DataVero/Diário do RN também questionou os entrevistados sobre os nomes que rejeitam nesta eleição.

O prefeito Zé Antônio é o mais rejeitado, com 42%; Flavinha Veras tem 18,25% de rejeição; Albimar Melo foi citado por 12%; e Polyanna de Daniel Dantas por 5,75% dos eleitores macauenses. Responderam que votariam em todos, ou seja, rejeita nenhum, 3,25%; rejeitam todos, 5%; e não souberam responder, 13,75%.

A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.

A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.

voto é definitivo para 82%
Os entrevistados que responderam à pesquisa DataVero/Diário do RN também expuseram a possibilidade de mudança de voto. De todos os 400 eleitores, 82% afirmam que a decisão é definitiva; outros 15,5% dizem que podem mudar a decisão; e 2,5% não sabem ou não responderam.

Já dentre os entrevistados que disseram votar na candidata Flavinha Veras, 88,7% afirmam que decisão é definitiva; 10,4% podem mudar o voto; não sabem ou não responderam, 0,9%.

Dos que afirmaram votar em Zé Antônio, quase a totalidade, 95,6%, afirma que não deve mudar o voto; somente 4,4% afirma que pode mudar a decisão de voto.

Entre os que dizem votar em Polyanna de Daniel, 58,3% asseguram que decisão é definitiva; já 41,7% ainda pode mudar de ideia.

Dos que pretendem votar em Albimar Melo, 62,5% diz que voto é definitivo; e outros 37,5% ainda pode mudar e escolher outro candidato.

A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.

A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.

DataVero à Câmara de Macau: dos 10 mais citados, seis são vereadores

A pesquisa DataVero/ Diário do RN, realizada em Macau, questionou os eleitores entrevistados sobre a intenção de votos a vereador. Dos mais citados, a maioria é vereador de mandato. Na decisão de voto à Câmara Municipal, 27% dos macauenses ainda estão indecisos e não sabem ou não responderam ao questionamento.

Dos nomes citados, Zé Maria da Ilha foi lembrado por 5,25% dos eleitores; o atual presidente da Câmara de Macau, Robson, tem 5% das intenções de votos; o vereador Professor Edvaldo Junior tem 4,25; a mesma porcentagem dos que responderam ‘nenhum’.

Érika Nobre tem 3,50%; já o ex-vereador Nenéo e o atual vereador Nilson de Barreiras têm 3%, cada um; Jefinho tem 2,75%; a vereadora Ceição Lins, Gerda Teodósio e Luisiano Pescado, 2,50%, cada um.

A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.

A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.

Prefeito Zé Antônio é desaprovado por quase 60% dos macauenses

A pesquisa DataVero/Diário do RN mediu a opinião da população de Macau sobre as gestões municipal, estadual e federal. Na avaliação da gestão municipal, a população está insatisfeita com o atual prefeito.

Zé Antônio (UB) é desaprovado por 59% da população de Macau. Por outro lado, é aprovado por 34,5%. Não sabem ou não responderam, 6,75%.

Já sobre a gestão federal, 65,75% aprova o Governo Lula (PT); não aprovam o governo Federal, 20,75%, e não sabem, ou não responderam, 13,50%.

Já a governadora Fátima Bezerra (PT) é desaprovada por 56,50% da população de Macau; 28,25% aprovam a gestora estadual do RN. Não sabem ou não responderam 15,25%.

A pesquisa DataVero/ Diário do RN foi realizada no dia 15 de setembro e entrevistou 400 pessoas.

A margem de erro é de 3%. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TSE com o número RN-05250/2024.


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“A DEMISSÃO FEITA POR CARLOS EDUARDO FOI A ANTECIPAÇÃO DA MORTE DO MEU PAI”

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“Eu não tenho dúvida de que o que antecipou a partida do meu pai foi a demissão que Carlos Eduardo fez com o pessoal da Urbana. Aquela demissão foi a antecipação da partida do meu pai.

Disso, eu não tenho nenhuma dúvida”. Esse é o relato de Isaías Germano Neto, filho de Isaías Germano Junior, um dos 244 funcionários prejudicados pela demissão em massa na Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), causada em 2017 pelo ex-prefeito e atual candidato à chefia do Executivo Municipal de Natal Carlos Eduardo (PSD). Agora, Neto teme um quinto mandato. “Eu acho que todas aquelas famílias que foram penalizadas naquele período não aceitam de jeito nenhum que ele tente voltar a ser prefeito de Natal por causa da covardia do que ele fez”, diz.

A dispensa coletiva surpreendeu os funcionários no dia 2 de janeiro de 2017, quando chegaram para trabalhar. Como relata a jornalista Liege Barbalho, também demitida na ocasião, “os funcionários foram demitidos, chegaram para bater um ponto e estava lá na lista (de funcionários despedidos) no relógio do ponto”. Ela classifica o ato como “humilhante, ultrajante, desrespeitoso, desumano.

Assim como para muitas famílias, a demissão impactou a vida da família de Isaías Neto, que teve depressão após a perda inesperada do emprego. “Meu pai era um pai com 37 anos de serviço, tinha um salário razoável, foi pego de surpresa na hora da demissão dele. O salário dele caiu, acredito que quase 70% ou 80%. Não dava para corrigir, não dava para comprar, não dava para pagar quase nada. E aí veio a doença dele. Ele se preocupou muito, entrou em depressão, teve parada respiratória, teve parada cardíaca, ficou na UTI. Essa demissão foi em 2017, em 2018 meu pai veio a falecer. Ele não sustentou de jeito nenhum”, conta.

A família de Isaías Junior dependia do salário que ele recebia da Urbana para a manutenção das necessidades básicas. “É uma casa em que tem uma autista que dependia do meu pai com plano de saúde, remédios caros, idas a médico e tudo isso teve que acabar porque não tinha mais como pagar. Foi uma coisa ruim mesmo”, afirma Neto. Para o jovem, “Carlos Eduardo foi uma negação”.

“O que eu tenho a dizer sobre Carlos Eduardo é (que foi) um desastre. Desumano demais”, relata.

“Esse homem deveria ser responsabilizado criminalmente. Morreram pessoas em função do que ele fez, da atitude dele”, concorda Walter Medeiros, um dos funcionários prejudicados. O motorista por aplicativo, que luta há oito anos contra os prejuízos causados pela decisão, também teme a volta do antigo gestor ao Palácio Felipe Camarão. “Eu me preocupo muito em ele não voltar, porque, senão, ele vai fazer a mesma coisa que fez com a gente. A gente já está no prejuízo, mas e os outros que estão lá sonhando?”, lamenta.

A jornalista Liege Barbalho, também demitida na ocasião, relembra a surpresa que teve no dia 2 de janeiro de 2017, quando chegou para trabalhar. “Os funcionários foram demitidos, chegaram para bater um ponto e estava lá na lista (de funcionários despedidos) no relógio do ponto. Foi à queima-roupa. Humilhante, ultrajante, desrespeitoso, desumano”, ressalta.

Ainda segundo a comunicadora, todos os funcionários atingidos estavam na empresa havia mais de 30 anos. “Nós somos fundadores, erguemos aquilo ali com nosso trabalho, com nossa eficiência, capacidade e força de vontade”, conta. “Se a Urbana foi mal administrada, se os gestores que passaram não souberam administrar, não foi problema dos funcionários, não foi problema nosso. Nós estávamos lá, dando o nosso expediente, trabalhando todos os dias”, afirma Barbalho.

INDENIZAÇÕES
Somente em 2017 parte dos ex-servidores começou a receber os primeiros valores devidos referentes à dispensa. Uma outra parcela conseguiu ser paga em 2019 e ainda restam nove pessoas à espera de decisões judiciais. No entanto, apesar de a maioria ter conseguido encerrar as pendências com a Prefeitura, os relatos são de que os acordos realizados foram “vergonhosos”.

“(Os demitidos) fizeram pela necessidade de sobrevivência. Porque a gente tinha um padrão e, de repente, caiu. Foi uma coisa desrespeitosa que fizeram, teve gente que passou lá 40 anos trabalhando e recebeu 56 mil reais de uma indenização”, relata a jornalista Liege Barbalho.

O motorista Walter Medeiros relata que se tratou de imposição. “Eles impuseram um valor para a gente. Era a lei da mordaça. Não teve acordo. Em momento algum teve acordo”, destaca.

Ele conta que os valores propostos são muito abaixo do devido e lamenta pelos colegas que precisaram aceitar a oferta. “A gente tem direito a um valor e eles querem dar 5% do que a gente tem direito. Os que aceitaram (o acordo) primeiro, aceitaram piores condições”, diz.

SEM PREVISÃO
Após 8 anos, os ex-funcionários que ainda não conseguiram formalizar um acordo com a Prefeitura afirmam que não têm previsão para receber os montantes esperados. “Nós não temos previsão, só de luta. Já são oito anos, quase uma década, que estamos vivendo dessa forma, né?

Sobrevivendo da maneira que a gente pode, né? Por exemplo, Walter faz Uber, eu faço assessoria, tenho blog para poder ter uma vida digna, porque ele deixou a gente em maus lençóis”, relata Liege Barbalho. No entanto, a jornalista garante: “se não resolver da forma que seja correta, justa, eu vou até Brasília, sim. Eu levo o processo até Brasília”. Para Walter, é “muito pouco provável” chegar a um acordo interessante com a Urbana.

MEDO
Os ex-servidores temem o retorno de Carlos Eduardo à gestão da capital potiguar. “O que a gente pretende, na verdade, é fazer por onde que esse rapaz não tenha novas oportunidades, né?”, diz o motorista. “De prejudicar a vida dos natalenses, porque, se ele voltar, com certeza vai prejudicar a vida de mais natalenses. Ele paga de bom moço, mas na realidade ele é um lobo em pele de cordeiro. Dando uma de bom rapaz, mas na realidade ele é uma pessoa do mal, porque ele prejudicou a vida de mais de mil pessoas sem justificativa alguma”, completa a comunicadora.

“Ele tinha que fazer uma autoanálise para ver se ele pensaria em voltar a Prefeitura, porque eu não vejo ele nada de capaz, muito pelo contrário, eu acho ele perseguidor. É perseguidor do trabalhador. A concepção que eu tenho dele é que ele é um oportunista, um mau caráter, que ele, para chegar ao poder, é como aquele dito popular: ele vende a mãe ao diabo, ele quer estar lá no poder”, diz Liege. “Então eu acho ele um mau-caráter, um oportunista que quer voltar para o comando da cidade mais uma vez para o bel-prazer dele, porque ele prejudicou muita gente. E eu falo desse meu caso. Quantos outros casos existem, que ele fez?”, finaliza.


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GIANN OLIVEIRA TEM CANDIDATURA PARA VEREADOR DEFERIDA PELO TRE

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O candidato a vereador de Natal, Giann Oliveira (PL), teve candidatura deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), nesta segunda-feira, 16. O deferimento se deu por unanimidade de votos, após recurso interposto pela candidatura do chef de cozinha, que estava com prazo recursal aberto, após indeferimento inicial.

Filho do ex-vereador de Natal, Assis Oliveira, Giann, e irmão do empresário e comunicador, Bruno Giovanni, Giann se filiou ao PL aos 46 anos para buscar seu primeiro mandato eletivo, apresentando como bandeira principal o reaproveitamento alimentar e o fortalecimento da gastronomia em Natal. O cozinheiro tem uma trajetória de empreendedorismo com de mais de 10 anos como chef.

Ele acrescenta que Natal tem outros pontos que merecem atenção especial. Para ele, é necessário dar atenção às lagoas de captação e reestruturação das praças da cidade. Segundo ele, alguns bairros da cidade sofrem com “odor e insetos” ocasionados pela falta de manutenção.
Como pré-candidato do PL, Giann estará no palanque do pré-candidato a prefeito Paulinho Freire, nome apoiado pelo bolsonarismo em Natal.

“Resolvi ser candidato, primeiro, por paixão e vocação pela política, o segundo, por ter uma preocupação constante com o desperdício de alimentos que há em nossa cidade. Com o meu conhecimento, sei que podemos transformar insumos que são jogados no lixo em comida aos que precisam”, explicou ao Diário do RN em entrevista publicada no dia 25 de junho.

Giann Oliveira tem sido um dos candidatos do PL mais lembrados nas últimas pesquisas, publicadas e registradas, para vereador em Natal.


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SOUZA ASSUME RISCO DE CONCORRER COM CANDIDATURA INDEFERIDA PELA JUSTIÇA

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A 20 dias das eleições municipais, nesta segunda-feira (16), se encerrou o prazo para substituição de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), regulamentada pela Resolução do TSE nº 23.609/2019, permite que o partido, federação ou coligação realize a substituição de candidaturas indeferidas, canceladas, cassadas, como também para casos de renúncias e falecimentos; este último caso é o único que não entra neste prazo citado.

Agora, mesmo as candidaturas que aguardam julgamento, ou que porventura venham a ser indeferidas, não podem mais ser substituídas por outro nome. No Rio Grande do Norte, a candidatura do ex-deputado estadual Manoel da Cunha Neto, o Souza Neto (UB), a prefeito de Areia Branca corre o risco de não prosperar e minar os planos do grupo de voltar ao Executivo areia-branquense.

Souza está indeferido pela Justiça Eleitoral por inelegibilidade. Em maio passado, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), pelo placar de 4 a 1, condenou o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Areia Branca, Souza Neto, por ato de improbidade administrativa, que, segundo a Justiça, causaram prejuízo ao erário em fraudes em processo licitatório quando Souza foi prefeito de Areia Branca, entre 2010 e 2012. De acordo com a decisão, houve enriquecimento ilícito e ofensa aos princípios da moralidade, impessoalidade e lealdade à instituição.

As penas impostas ao ex-prefeito foram a suspensão dos direitos políticos por 6 anos, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa; proibição de contratar, direta ou indiretamente com o poder público, também por 6 anos; reparação integral do dano ao erário e multa civil correspondente ao valor do dano ao erário.

Souza requereu registro de candidatura no dia 14 de agosto. O pedido foi impugnado pelo Ministério Público e pela Coligação “Mais Trabalho, Mais Mudanças”, do candidato adversário Bruno Filho (PSDB). No dia 1º de setembro, a candidatura foi “indeferida com recurso”, portanto, apto a continuar a propagar sua campanha à prefeito no município da Costa Branca antes de decisão final.

Em face da situação, e buscando viabilizar sua candidatura, Souza firmou um Acordo de Não Persecução Cível com o Ministério Público Eleitoral (MPE), admitindo os atos de improbidade, com o objetivo de negociação das penas e retirada da suspensão dos direitos políticos. A partir do acordo, o ex-prefeito nutre a esperança de conseguir deferimento para sua candidatura.

O acordo judicial, no entanto, precisa ainda ser homologado pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Caso não alcance a homologação, Souza perde a chance de disputar, mesmo que através de um substituto, já que é findado o prazo para um plano B.

Pelo acordo, para tornar “mais efetiva e célere a reparação do dano causado ao erário”, Souza se comprometeu a pagar o montante de R$ 1.483.298,12, referentes à atualização do dano no valor de R$ 644.912,23, mais uma multa de 30% do valor apurado relativo ao dano ao erário, R$ 193.473,66 para que seja afastada a sanção suspensão de seis anos dos direitos políticos.

O percentual de 30% do valor integral do débito, ou seja, R$ 444.989,43, já foram depositados por Souza como uma “entrada” para afastar a condenação. Pela cláusula 13ª do Acordo, se homologado judicialmente, será extinto o processo contra o candidato.

Quando do indeferimento de sua candidatura, Souza fez postagem nas redes sociais mantendo sua postulação a prefeito. “Nossa candidatura segue firme nas ruas, no coração das pessoas”, afirmou, para evitar dispersão dos apoiadores e militância. Paralelo ao acordo, o ex-deputado chegou a cogitar seu irmão Marcos Antônio de Souza, o Toninho (PSB), como plano B para substituí-lo. Agora, sem a possibilidade, corre na disputa sub judice por sua conta e risco.

A reportagem do Diário do RN entrou em contato com Souza Neto nesta segunda-feira, 16, para saber sobre possibilidade de substituição ao fim do prazo, mas não obteve retorno.


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SETEMBRO VERDE: ESTADO TEM 1.000 PESSOAS NA FILA DE ESPERA POR ÓRGÃOS

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Está em cena a campanha ‘Setembro Verde’, período do ano dedicado à conscientização para a importância da doação de órgãos. A missão é encorajar a população a considerar a doação como um gesto de solidariedade. Reunir a família para discutir a intenção de se tornar um doador é louvável.

Somente este ano, no Rio Grande do Norte, o sistema público de saúde já realizou aproximadamente 300 transplantes de órgãos. O número já é superior a todos os procedimentos realizados ao logo de todo o ano passado. Atualmente, o estado possui cerca de 1.000 pessoas na fila de espera por um órgão.

Segundo a Subcoordenadoria de Transplante de Órgãos da Secretaria de Estado da Saúde Pública, no período de janeiro a agosto, foram feitos 139 transplantes de córneas, 101 de medula óssea, 35 de rins e um transplante de coração, totalizando 276 procedimentos. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e estão sujeitos a alterações.

No que se refere à captação de órgãos para doação, a SESAP informou que foram feitas 24 captações de múltiplos órgãos e 64 captações de córneas.

“Embora o número de transplantes tenha crescido, nós precisamos aumentar o número de doações. Contamos com o apoio da população para que o assunto da doação de órgãos seja abordado dentro das famílias. No momento de luto e de dor, quando você recebe a notícia que um familiar faleceu e você já sabe que é da vontade dele ser um doador, isso torna o processo mais rápido e fácil. Ser um doador é transformar a dor em vida, o seu familiar vai estar vivo em outras pessoas”, destacou Rogéria Nunes, coordenadora da Central Estadual de Transplantes do RN.

Lista de Espera
No Rio Grande do Norte, a lista de espera para transplante, no final de agosto, era de:

  • Transplante renal: 320 pacientes
  • Transplante de córneas: 601 pacientes
  • * Transplante de medula óssea: 15 pacientes
  • Transplante cardíaco: 01 paciente

Caminhada pela Vida
Em setembro é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos (27/09). E todos os anos a SESAP realiza a “Caminhada pela Vida”, um ato dentro das comemorações pelo “Setembro Verde”, que visa conscientizar e promover debates sobre a importância de a população declarar para a família a vontade de ser doador. Este ano, a caminhada acontece no dia 21 (sábado), a partir das 8h, com concentração na entrada do Hemonorte (Av. Alexandrino de Alencar, 1800 – Tirol).

Quero ser doador
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o desejo. No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde.

O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.

Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só serão doadores com autorização judicial.

O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Referência
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.

“A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante”, diz o MS.

Órgãos e tecidos que mais são doados em todo o Brasil

  • Córnea: Pacientes com lesões irreversíveis precisam receber uma nova córnea, que tem de ser retirada pouco tempo após a parada cardíaca do doador.
  • Coração: Deve ser retirado imediatamente após a morte.
  • Pulmões: Costumam ser retirados de pacientes com morte cerebral, mas, em alguns casos, é possível fazer a doação mesmo quando o coração deixa de bater.
  • Fígado: Quando o órgão não funciona, é necessário recorrer a um doador. A retirada deve ser feita logo após o cérebro deixar de funcionar.
  • Rins: Transplante geralmente feito entre pessoas da mesma família – a cirurgia consiste na retirada de apenas um dos rins. Quem sofre de insuficiência renal pode se candidatar a um transplante para se livrar de sessões de hemodiálise.
  • Medula: Só uma pequena parte da medula precisa ser retirada. Implantada em outro paciente, seu tecido se multiplica sozinho. O transplante pode ser feito em casos de câncer, doenças do sangue e do sistema imunológico.
  • Tecidos e cartilagens: Tecidos ósseos, como a cabeça do fêmur (osso da perna), podem ser transplantados.
  • Pâncreas: O órgão, responsável pela produção de substâncias essenciais ao organismo, como a insulina, é um dos mais transplantados.
  • Pele: Pode ser retirada para a realização de enxertos em pacientes que sofreram queimaduras graves, por exemplo.
  • Vasos sanguíneos: Pessoas que têm obstruções em veias e artérias podem receber vasos de um doador.

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PROJEÇÕES APONTAM RN COM MAIOR CRESCIMENTO DO PIB INDUSTRIAL DO PAÍS

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A economia potiguar, em especial o setor industrial, está otimista. E não é para menos. Previsão divulgada pelo estudo econômico Resenha Regional, do Banco do Brasil, mostra o Rio Grande do Norte com a maior estimativa para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Indústria para 2024. O aumento, de acordo com o indicador, está projetado para até 10,1%. O Ceará aparece em segundo lugar nessa projeção, com 6,5%.

O estudo ainda destaca o RN como uma das unidades da federação com melhores resultados na atividade econômica, indicando que a evolução da atividade industrial potiguar será ainda maior do que o previsto anteriormente.

“A estimativa de crescimento para 2024 da indústria potiguar é muito positiva. Agora, é preciso entendermos que a economia do Rio Grande do Norte há anos depende dos nossos ativos naturais, do nosso patrimônio natural, que é o sol, o vento, que é o petróleo, o sal, a mineração, a pesca, a fruticultura, o sal. Esse conjunto corresponde praticamente de 70% a 80% do nosso PIB.

Para que essa previsão se transforme em realidade, é preciso que a gente tenha um ambiente que favoreça esse desempenho, que a gente tenha licenciamentos ágeis, para que as empresas possam chegar aqui e encontrar um ambiente de negócio que dê condição do investimento, e o retorno previsível dentro do mais rápido possível. Esse é o grande pilar para que a gente possa transformar essa previsão em realidade”, destacou Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).

Apesar do otimismo, Serquiz aproveitou o momento de euforia para expressar que também é preciso apostar na indústria manufatureira, e não apenas, como ele mesmo já mencionou, nos ativos naturais. Vale explicar que a indústria manufatureira é o setor da economia que produz bens por meio de uma combinação de trabalho humano, máquinas, ferramentas e processos automatizados. “Então, vejo com otimismo, mas coloco essa preocupação: assim como a da indústria de transformação, sobre a qual nós estamos debruçados na Federação da Indústria, é preciso dar uma nova motivação, uma nova energia, para que ela também possa encontrar o seu lugar, como o mundo está apostando, também na indústria manufatureira”, ponderou.

“Números irão surpreender”, diz Secretário do Desenvolvimento Econômico do RN

Ao Diário do RN, o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, também se revelou bastante entusiasmado com as projeções do Banco do Brasil para a indústria e economia potiguar.

“Esses dados do Banco do Brasil tornam público o crescimento do PIB do Rio Grande do Norte. Desde que a governadora Fátima Bezerra assumiu o governo no dia 1º de janeiro de 2019, sabíamos que iríamos chegar a esse ponto. Tudo o que está acontecendo hoje, vai acontecer ainda melhor daqui para frente. Os números que teremos daqui para frente, irão surpreender todo o Rio Grande do Norte. Nós trabalhamos para isso. Sobre o comando da governadora Fátima Bizeira, tudo o que foi feito nesses cinco primeiros anos de governo, foi para nós chegarmos a esse número”, celebrou.

“As exportações que nós temos são fruto de trabalhos iniciais feitos pela Secretaria de Agricultura. O que nós fizemos com a implantação do Proedi (Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN), e a nossa convivência com a classe empresarial nos cinco primeiros anos de governo, chegaram a esse número do RN. E nós estamos construindo um novo Rio Grande do Norte, que o povo verá”, acrescentou o secretário.

Melhores resultados
Entre os estados que assinalaram os melhores resultados em junho, a publicação Resenha Regional aponta o Maranhão, o Rio Grande do Norte, mato Grosso do Sul, Ceará e Pará. “O Maranhão (17,3%), em grande parte influenciado pelas indústrias de celulose e metalurgia (óxido de alumínio); Rio Grande do Norte (15,2%), impulsionado pela indústria de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel) e confecção de artigos de vestuário; Mato Grosso do Sul (14,1%), com destaque para as atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), produtos alimentícios e celulose; Ceará (11,1%) devido aos produtos de couro, artigos para viagem e calçados, produtos têxteis, confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos de metal e metalurgia; e Pará (10,5%), devido às indústrias extrativas e fabricação de minerais não metálicos”.

A previsão de avanço da indústria potiguar é o dobro da média calculada para a região Nordeste (5%). Para o PIB anual da indústria nacional, a projeção é de 3,4%. Os analistas também preveem um crescimento significativo para a agropecuária do RN, estimado em 9,8%.

As projeções para o desempenho anual do PIB total do Rio Grande do Norte foram revisadas. E indicam um aumento do crescimento das atividades econômicas observadas na totalidade.

“Fizemos uma revisão positiva mais acentuada para Rondônia, Roraima, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Espírito Santo e Goiás (todas revisões de magnitude igual ou superior a 1 ponto percentual) ”, destaca a publicação.

Assim, a projeção do PIB total, no RN, passou, para 2024, de 3,4% para 4,4%, a quarta maior perspectiva de aumento entre os estados brasileiros. Esse indicador está acima da projeção nacional, que é de 3%, e da regional, de 3,4%.

Ranking de crescimento do pib

Maiores crescimentos projetados – PIB Industrial
Rio Grande do Norte: 10,1%
Ceará: 6,5%
Mato Grosso do Sul: 5,7%
Paraíba: 5,6%
Goiás: 5,4%
Pernambuco: 5.3%

Maiores crescimentos – PIB total em 2024
Paraíba: 6,8%
Amará 5,8%
Tocantins: 5,8%
Rio Grande do Norte: 4,4%
Pará: 4,4%


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HOSPITAL PÚBLICO VETERINÁRIO DE NATAL FUNCIONA IRREGULARMENTE, DIZ CRMV

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Inaugurado nesta terça-feira, 10, pela prefeitura de Natal, o Hospital Público Veterinário de Natal tem foco no atendimento gratuito de cães e gatos da cidade. Gerido pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, Organização da Sociedade Civil (OSC) selecionada por edital lançado pela Prefeitura, o hospital começou a funcionar sem credenciamento no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), bem como não indicou um responsável técnico para a unidade.

Além de descumprir diretrizes técnicas exigidas para funcionamento.

Nesta quarta-feira, 11, o Conselho realizou uma fiscalização na unidade e identificou uma série de irregularidades. “Ao fiscalizar o Hospital Municipal Veterinário de Natal foi apontada algumas irregularidades com as diretrizes técnicas da resolução CFMV nº1275/2019, que conceitua e estabelece condições de funcionamento de estabelecimentos médico-veterinários. O Conselho cumpriu seu papel de orientar, fiscalizar e, quando necessário, autuar”, explicou ao Diário do RN o presidente do CRMV, Nirley Formiga.

O presidente esclarece que após notificado, o estabelecimento tem 30 dias para regularizar-se. O Conselho não tem competência para interdição, mas, de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFVM), caso as irregularidades apontadas no Auto de Infração não sejam ajustadas, a medida é convertida em Auto de Multa.

De acordo com a Resolução do CFMV nº 682, que fixa valores de multas aos profissionais veterinários e estabelecimentos em caso de descumprimento das regras para atuação, os valores a serem pagos pelo Hospital Público Veterinário de Natal podem variar de R$ 3 mil a R$ 24 mil.

Além disso, de acordo com resolução, “sem prejuízo das sanções pecuniárias previstas no caput deste artigo, os médicos-veterinários atuantes e os responsáveis técnicos que infringirem as disposições desta Resolução estarão sujeitos às penas disciplinares, aplicáveis mediante a instauração do devido processo ético-profissional”.

De acordo com a assessoria jurídica do Conselho, a responsabilidade pelo credenciamento é do estabelecimento, que deve solicitar, junto ao CRMV, e na oportunidade, indicar um responsável técnico.

“O deferimento do registro dos estabelecimentos médico-veterinários está condicionado à apresentação de termo de responsabilidade, assinado pelo responsável técnico médico-veterinário”, diz trecho da Resolução.

“Como toda atividade veterinária, o estabelecimento deve respeitar as regras para o seu funcionamento, o que garante uma prestação de serviço adequada para a sociedade e o bem-estar animal. O resultado que buscamos é, excelência no resultado dos serviços oferecidos a sociedade”, diz o presidente do Conselho.

Para obter o cadastro, o hospital veterinário deve cumprir uma série de requisitos estruturais e de equipamentos, bem como de funcionamento. De acordo com a prefeitura, o Hospital de Natal promete consultas, cirurgias, exames de imagem e tratamento ambulatorial. A promessa é que efetue mais de três mil procedimentos por mês, incluindo ainda diagnósticos por imagem, 50 cirurgias e mais de 500 consultas.


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CARLOS EDUARDO TEM IMAGEM LIGADA À BOLSONARO, ENTRA NA JUSTIÇA E PERDE

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Ao ser relacionado à Bolsonaro, o candidato a prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSD), entrou na Justiça contra a adversária Natália Bonavides (PT) e a Coligação Natal Merece Mais (PT/PCdoB/PV, PDT, MDB, PSB) para pedir direito de resposta. O pedido com liminar, no entanto, foi negado pelo juiz da 2ª Zona Eleitoral, Cleofas Coelho de Araújo Júnior.

Para Carlos Eduardo, de acordo com o processo nº 0600055-86.2024.6.20.0003, a propaganda veiculada no horário eleitoral gratuito na televisão, no dia 10 de setembro de 2024, no período da noite, pelas Representadas, contém informação sabidamente inverídica e difamatória, além de ter sido utilizado recurso de montagem para veicular informação fora de contexto.

O vídeo utilizado na inserção de Natália Bonavides e postado nas redes sociais da candidata posteriormente, traz um narrador questionando: “Você sabe de que lado estão os candidatos a prefeito? Carlos Eduardo, por exemplo”. Em seguida, aparece vídeo antigo do próprio Carlos Eduardo com a fala: “Bolsonaro presidente”.

O narrador segue: “Só para ficar claro”. Cora para outro vídeo antigo de Carlos Eduardo: “Vamos derrotar o PT”.

O narrador enfatiza: “Deu para entender?”. E corta novamente para os vídeos do candidato adversário: “Bolsonaro presidente. Vamos derrotar o PT”.

O narrador: A verdade é quem está com você, com o povo, com o Lula, você sabe, é Natália. A partir daí a candidata Natália entra: “Chegou a hora de fazer diferente pra melhorar, Natal precisa mudar”.

Os vídeos antigos se referem à campanha eleitoral de 2018, quando Carlos Eduardo, que foi candidato ao Governo do Estado na ocasião, apoiou o então candidato a presidente Jair Bolsonaro.

Quatro anos depois, no entanto, se tornou candidato ao Senado ao lado de Fátima Bezerra (PT), candidata à reeleição, e apoiou Luiz Inácio Lula da Silva, do partido de Natália, à presidente da República.

Após citar parte das falas do vídeo, Carlos Eduardo alega, no pedido à Justiça, que a propaganda teria o objetivo de “macular a imagem do Representante diante dos eleitores e, por consequência, reduzir as intenções de voto’, à medida que utiliza falas antigas do candidato a prefeito Carlos Eduardo – as quais estariam descontextualizadas – e não refletem a realidade, tendo em vista que no atual pleito o candidato não está ao lado de Bolsonaro, como veiculado na propaganda impugnada”.

Argumenta, ainda, que a propaganda estaria “faltando com a verdade”, já que a afirmação de que o candidato está ao lado de Bolsonaro é “sabidamente inverídica e descontextualizada”, além de se utilizar de “montagens”, o que, segundo a ação, seria proibido pela Justiça Eleitoral.

No entanto, segundo a decisão do magistrado, não se verifica montagem por limitação de provas, “mas o que transparece ter ocorrido é divulgação de mensagem sobre fato verídico, embora eventualmente descontextualizado, pois o próprio Representante afirma que a fala é do candidato Carlos Eduardo Nunes Alves”.

O magistrado complementa, ainda: “Assim, a divulgação de fato verídico, mesmo fora de contexto, não é reprimida liminarmente pela Justiça Eleitoral, justamente porque faz parte do debate político e quiçá é benéfico aos eleitores para escolherem seus candidatos (…) Indefiro o pedido de liminar formulado pelos Requerentes”.

Carlos Eduardo perde outras três ações contra Paulinho Freire
Ainda nesta semana, o candidato a prefeito que lidera as pesquisas em Natal perdeu pelo menos outras três ações, desta vez contra o adversário Paulinho Freire (UB). Na Representação nº 0600058-44.2024.6.20.0002, o juiz Cleofas Coelho de Araújo Junior, negou novo pedido de direito de resposta com tutela de urgência. A Representação alegou que propaganda veiculada por inserções de Paulinho Freire na TV, nesta segunda-feira, 09, “teria apresentado notícia sabidamente inverídica e difamatória”.

“O período de propaganda eleitoral ainda se encontra em fase inicial, estamos no 10º dia, permitindo à representante a utilização de seus próprios espaços publicitários para rebater as alegações veiculadas, mitigando eventuais prejuízos. A ausência de um dano irreparável e imediato inviabiliza, portanto, o deferimento do pedido liminar”, decidiu o magistrado.

Outro pedido de direito de resposta foi feito no processo nº 0600057-59.2024.6.20.0002, também sobre programação veiculada nesta segunda-feira. Segundo Carlos Eduardo, Paulinho Freire o candidato Paulinho Freire “teria apresentado notícia sabidamente inverídica e difamatória”, ao destacar supostas falhas administrativas do então prefeito. Nesta ação, o mesmo juiz Cleofas Coelho de Araújo Junior indeferiu o pedido.

Em outra ação, conforme publicado nesta quarta-feira, 11, pelo Diário do RN, o ex-prefeito teve negado pedido de liminar contra Paulinho Freire, pelo qual tentou impedir que o deputado mencionasse uma acusação de que, quando prefeito, teria desperdiçado oito toneladas de medicamentos. Além disso, questionou ter sido caracterizado com nariz de Pinóquio e “amostradinho”. Todo o conteúdo foi exposto nas redes sociais do opositor em um único vídeo em animação gráfica. O pedido de decisão liminar foi negado pelo juiz da 3ª Zona Eleitoral.

Vitória na Justiça
Já nesta quarta-feira (11), Carlos Eduardo conseguiu uma vitória em pedido de liminar. A Justiça ordenou a suspensão imediata de uma propaganda eleitoral veiculada no Instagram pelo deputado Paulinho Freire.

A alegação é que em um reel impulsionado no Instagram, Carlos Eduardo teria sido caracterizado de forma negativa, onde se faz referência ao resultado de pesquisas eleitorais, se referindo à queda de Carlos Eduardo em intenções de votos. “O Representante foi retratado publicamente de maneira jocosa, com a utilização de animação onde se verifica um boneco que está caindo, bem como por ser caracterizado pejorativamente através da expressão “candidato do passado”, diz a ação.

O pedido foi acatado em obediência à legislação eleitoral, que veda o impulsionamento de conteúdo negativo em provedor de aplicação de internet.

Na decisão, o juiz da 3ª Zona Eleitoral, Gustavo Marinho Nogueira, intima a empresa Meta, para excluir o impulsionamento da publicação e cita Paulinho Freire e a candidata a vice-prefeita, Joanna Guerra, para apresentarem defesa.


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IDEB FICOU ABAIXO DA META NAS DUAS ÚLTIMAS GESTÕES DE CARLOS EDUARDO

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Candidato a Prefeito de Natal, buscando assumir o Palácio Felipe Camarão pela quinta vez, Carlos Eduardo (PSD) tem diversas promessas para a educação. Mas é fato que é possível verificar se as políticas dele são realmente eficazes. Por isso, o jornal Diário do RN buscou dados públicos sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para verificar os resultados obtidos pelo ex-prefeito. Em 3 das suas 4 temporadas no Executivo Municipal, o Ensino Fundamental público de Natal não conseguiu superar a meta; e pior, em 2 delas, a nota ficou consideravelmente abaixo do devido.

O Ideb reúne, em um único indicador, os resultados de dois conceitos importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O índice varia de 0 a 10 e é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Em 2009, ano após o fim do primeiro mandato de Carlos Eduardo como prefeito eleito – anteriormente, ele havia assumido após a titular da chapa, Wilma de Faria, deixar o posto para concorrer ao Governo do Estado -, o Ideb da educação municipal se igualou à meta nos Anos Iniciais (1º ao 5º ano) e nos Anos Finais (6º ao 9º ano), com notas 3.7 e 3, respectivamente.

Apesar do resultado, a nota atingida ainda foi colocada na classificação “vermelha”, que significa que os alunos ficaram muito abaixo da média nacional, e a taxa de aprovação alcançou um valor crítico nos dois níveis. Além disso, nos Anos Iniciais, os alunos ficaram muito abaixo da média de aprendizado esperada.

Já em 2015, penúltimo ano da segunda gestão de Carlos Eduardo, o Ideb dos Anos Finais do Ensino Fundamental foi de 3.6, abaixo da meta, que era 4.2. Nos anos Finais, a pontuação chegou à meta, de 4.7.

No ano de 2017, quando Carlos Eduardo assumiu novamente a Prefeitura em reeleição, o índice dos Anos Finais ficaram novamente abaixo da meta, com 1 ponto abaixo do esperado. A meta era 4.5, já a nota obtida foi 3.5. No mesmo ano, o Ideb dos Anos Iniciais também ficou aquém do devido. A meta era 4.9 e a gestão Carlos Eduardo alcançou 4.8.

Por fim, em avaliação realizada em 2019, ano seguinte ao que Alves deixou a Prefeitura da capital potiguar para concorrer à vaga de governador, a nota dos Anos Finais chegou a 3.5, quando a meta era 4.8. Nos Anos Iniciais, a meta do ano era 5.2, mas a educação pública municipal mais uma vez ficou abaixo do que deveria, com 4.9.

Outros resultados no Nordeste
Para efeito de comparação, em 2019, quando extraímos a última avaliação referente à gestão de Carlos Eduardo, a educação pública de Teresina, capital do estado nordestino do Piauí, ultrapassou em 1.3 ponto a meta dos Anos Iniciais, alcançando nota 7.4. Esse resultado significa que a maioria dos alunos tem um aprendizado adequado. Já no que se refere aos Anos Finais, a meta de Teresina ficou 7 décimos acima da meta, atingindo 6.3. Em Fortaleza, no Ceará, a nota atingida nos Anos Iniciais foi 6.3, quando a meta era 4,8, e nos Anos Finais, 5.3, sendo a meta 4.6.

Maceió, em Alagoas, também superou o mínimo desejado. Os índices atingidos foram 5.4 nos Anos Iniciais e 4.3 nos anos finais, quando as metas eram 5.1 e 4.2, respectivamente.


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II FESTIVAL DE REPENTISTAS PRESTA HOMENAGEM A DOMINGOS TOMAZ

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Nascido e criado em Natal, o jovem poeta e repentista Felipe Pereira iniciou a carreira aos 14 anos, acompanhando as cantorias que aconteciam na cidade. Teve como incentivo os conselhos de cantadores como Ivanildo Vila Nova, Raimundo Caetano e Os Nonatos. Hoje, aos 27 anos, já soma 13 anos de carreira artística, sendo um dos mais jovens cantadores do Brasil.

Em 2014, Felipe gravou o primeiro CD e um DVD, onde teve oportunidade de mostrar a tradição das cantorias com a interação da plateia e o improviso.

O potiguar também já teve oportunidade de apresentar seu trabalho pelo Nordeste, fez turnês em São Paulo (SP) e participação de programas de tv, além de ser premiado em festivais e desafios de repente.

FESTIVAL DE REPENTISTAS
Felipe é o idealizador do Festival de repentistas – Domingos Tomaz, que esse ano chega a segunda edição, sendo a primeira em formato presencial. “A primeira edição do festival aconteceu em 2021, durante a pandemia, no formato de Live”, conta ele, acrescentando ainda que a expectativa é grande e reúne um misto de sensações. “O reencontro com o público sempre é satisfatório. E estamos unindo isso a saudade dos antigos festivais promovidos na AABB no início dos anos 2000”.

O evento é uma homenagem ao repentista Domingos Tomaz, que faleceu em 2018, na cidade de Touros-RN. “Por muito tempo (ele) promoveu cantorias, festivais e se apresentou nos congressos de violeiros pelo Nordeste”.

Felipe Pereira vai apresentar o festival ao lado do poeta Iponax Vila Nova, em uma espécie de intermediação das apresentações dos 10 repentistas que se apresentarão durante a noite desta quinta-feira. São veteranos e jovens cantadores que representam a riqueza de uma tradição marcante da região e que, ele destaca, precisa ser preservada. O RN tem em média de 30 repentistas-violeiros atuando profissionalmente: “Hoje o cenário da cantoria é bem satisfatório em relação ao número de cantadores jovens que está surgindo. Porém, ainda há uma necessidade de trabalho mais incisivo para manutenção das tradições nordestinas, já que as culturas de massa têm tomado espaço”.

No II Festival de repentistas – Domingos Tomaz, sobem ao palco os veteranos Zé viola, Raimundo Caetano, António Lisboa, Biu Dionísio e Hipólito Moura. Somam-se a eles André Santos, Helânio Moreira, Zé Albino, Jeferson Silva e João Lídio.

O evento terá início às 19h30 e o acesso é gratuito: “Quem puder levar um quilo de alimento não perecível, a doação será destinada as campanhas sociais do Sesc”.

Nascido e criado em Natal, o jovem poeta e repentista Felipe Pereira iniciou a carreira aos 14 anos, acompanhando as cantorias que aconteciam na cidade. Teve como incentivo os conselhos de cantadores como Ivanildo Vila Nova, Raimundo Caetano e Os Nonatos. Hoje, aos 27 anos, já soma 13 anos de carreira artística, sendo um dos mais jovens cantadores do Brasil.

Em 2014, Felipe gravou o primeiro CD e um DVD, onde teve oportunidade de mostrar a tradição das cantorias com a interação da plateia e o improviso.

O potiguar também já teve oportunidade de apresentar seu trabalho pelo Nordeste, fez turnês em São Paulo (SP) e participação de programas de tv, além de ser premiado em festivais e desafios de repente.

FESTIVAL DE REPENTISTAS
Felipe é o idealizador do Festival de repentistas – Domingos Tomaz, que esse ano chega a segunda edição, sendo a primeira em formato presencial. “A primeira edição do festival aconteceu em 2021, durante a pandemia, no formato de Live”, conta ele, acrescentando ainda que a expectativa é grande e reúne um misto de sensações. “O reencontro com o público sempre é satisfatório. E estamos unindo isso a saudade dos antigos festivais promovidos na AABB no início dos anos 2000”.

O evento é uma homenagem ao repentista Domingos Tomaz, que faleceu em 2018, na cidade de Touros-RN. “Por muito tempo (ele) promoveu cantorias, festivais e se apresentou nos congressos de violeiros pelo Nordeste”.

Felipe Pereira vai apresentar o festival ao lado do poeta Iponax Vila Nova, em uma espécie de intermediação das apresentações dos 10 repentistas que se apresentarão durante a noite desta quinta-feira. São veteranos e jovens cantadores que representam a riqueza de uma tradição marcante da região e que, ele destaca, precisa ser preservada. O RN tem em média de 30 repentistas-violeiros atuando profissionalmente: “Hoje o cenário da cantoria é bem satisfatório em relação ao número de cantadores jovens que está surgindo. Porém, ainda há uma necessidade de trabalho mais incisivo para manutenção das tradições nordestinas, já que as culturas de massa têm tomado espaço”.

No II Festival de repentistas – Domingos Tomaz, sobem ao palco os veteranos Zé viola, Raimundo Caetano, António Lisboa, Biu Dionísio e Hipólito Moura. Somam-se a eles André Santos, Helânio Moreira, Zé Albino, Jeferson Silva e João Lídio.

O evento terá início às 19h30 e o acesso é gratuito: “Quem puder levar um quilo de alimento não perecível, a doação será destinada as campanhas sociais do Sesc”.


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SAIBA QUEM SÃO OS 27 PRESOS QUE DESAPARECERAM DE ALCAÇUZ

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Onde eles estão? Fugiram? Foram mortos? Onde estão seus corpos? Quem será responsabilizado? Estas são as principais perguntas que o Estado do Rio Grande do Norte precisa responder e que a sociedade, por meio do Ministério Público Federal, quer saber. Estamos falando de 27 presos que um dia foram inseridos no sistema prisional potiguar e que em 14 de janeiro de 2017, data em que ocorreu o maior massacre da história da Penitenciária de Alcaçuz, nunca mais foram vistos.

Nesta edição, com exclusividade, o Diário do RN revela o nome de cada um deles.

Antes de apresentar a lista, é preciso entender a história. Nesta semana, o MPF divulgou uma recomendação na qual cobra da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os detentos, uma vez que os 27 ainda são considerados oficialmente desaparecidos.

“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.

Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.

União e Estado têm prazo de 10 dias para responder à recomendação do MPF.

O que diz a recomendação
A reportagem teve acesso à integra da recomendação. Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:

Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade
Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.

Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.

E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.

O que diz o Estado
Em nota, a SEAP disse que, “no que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.

A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.

O Massacre de Alcaçuz
O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.

O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.

Lista dos desaparecidos

Onde eles estão? Fugiram? Foram mortos? Onde estão seus corpos? Quem será responsabilizado? Estas são as principais perguntas que o Estado do Rio Grande do Norte precisa responder e que a sociedade, por meio do Ministério Público Federal, quer saber. Estamos falando de 27 presos que um dia foram inseridos no sistema prisional potiguar e que em 14 de janeiro de 2017, data em que ocorreu o maior massacre da história da Penitenciária de Alcaçuz, nunca mais foram vistos.

Nesta edição, com exclusividade, o Diário do RN revela o nome de cada um deles.

Antes de apresentar a lista, é preciso entender a história. Nesta semana, o MPF divulgou uma recomendação na qual cobra da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os detentos, uma vez que os 27 ainda são considerados oficialmente desaparecidos.

“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.

Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.

União e Estado têm prazo de 10 dias para responder à recomendação do MPF.

O que diz a recomendação
A reportagem teve acesso à integra da recomendação. Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:

  1. A criação de um plano de contingência para resposta imediata a rebeliões e outras crises no sistema prisional, incluindo a identificação e localização de detentos.
  2. Um sistema de registro eficaz de todas as movimentações, saídas, entradas, transferências de alas, vivências ou unidades prisionais e, especialmente, os desaparecimentos de detentos, mediante, preferencialmente, meios digitais, capazes de garantir os registros atualizados de todas as movimentações.
  3. Mobilizar equipes especializadas para realizar varreduras e buscas em banco de dados e ou dentro das dependências do presídio em situação de rebelião, com o objetivo precípuo de localizar os desaparecidos.
  4. A implementação do uso de câmeras de segurança, drones e outras tecnologias de monitoramento para facilitar a localização de detentos em áreas potencialmente afetadas pela rebelião.
  5. Investigações coordenadas com a polícia e órgãos de monitoramento de direitos humanos para descobrir o paradeiro dos desaparecidos, devendo, se necessário, incluir entrevistas com funcionários e detentos que possam fornecer informações.
  6. Manter contato contínuo e transparente com os familiares dos detentos, informando sobre as ações que estão sendo tomadas e fornecendo atualizações constantes sobre a situação.
  7. Utilizar depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e informações da comunidade local para obter pistas sobre o paradeiro dos desaparecidos.
  8. Trabalhar em conjunto com outras instituições como a Defensoria Pública, Ministério Público e órgãos de segurança para otimizar a busca e investigação do paradeiro dos detentos ainda em situação de desaparecidos.
  9. Caso sejam encontrados restos mortais ou evidências de crimes, realizar testes de DNA e outros exames forenses em cooperação com a polícia técnica para identificar possíveis vítimas e dar um desfecho às famílias.

Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade
Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.

Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.

E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.

O que diz o Estado
Em nota, a SEAP disse que, “no que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.

A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.

O Massacre de Alcaçuz
O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.

O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.

Lista dos desaparecidos

  1. Caio Henrique Pereira de Lima
  2. Eudes Rocha Bernardino de Sena
  3. Marlon Pietro da Silva Nascimento
  4. Gilberto Lopes de Moura
  5. Walter Valério Tenório de Araújo
  6. Rogério Teixeira Dantas
  7. Carlos José dos Santos Araújo
  8. Paulo Henrique Alcântara
  9. Francisco Neilson Gomes Chiola
  10. Rodolpho Carvalho Cavalcanti
  11. Gilmar Sousa do Nascimento
  12. Marlos Pietro Bento de Oliveira
  13. Adailton Manço
  14. Iraclan do Nascimento Queiroz
  15. Alan Davydson Nunes Santos
  16. Francisco Deusamor J. de Oliveira
  17. Fábio Augusto Teixeira Furtado Silva
  18. Francisco Alexandre Pereira de Souza
  19. Adriano Araújo da Silva
  20. Francisco Ítalo Vieira da Silva
  21. Douglas Winnes Silva de Jesus
  22. Edivanildo Souza de Oliveira
  23. Francisco Job de Oliveira
  24. Izaqueu Ramos da Silva
  25. Jefferson Santos da Silva
  26. Jobson Luiz de Carvalho
  27. Rumasceli Afonso de Oliveira

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CARLOS EDUARDO ASSUME ‘CABEÇÃO’, MAS ENTRA NA JUSTIÇA CONTRA ‘AMOSTRADINHO’

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O candidato Carlos Eduardo (PSD) teve negado pedido de liminar contra o adversário Paulinho Freire (União Brasil), pelo qual tentou impedir que o deputado mencionasse uma acusação de que, quando prefeito, Carlos Eduardo teria desperdiçado oito toneladas de medicamentos. Além disso, questionou ter sido chamado de Pinóquio e “amostradinho”. Todo o conteúdo foi exposto nas redes sociais do opositor em um único vídeo. O pedido de decisão liminar foi negado pelo juiz da 3ª Zona Eleitoral.

De acordo com o ex-prefeito, o caso de trata de notícia falsa e, portanto, tratar sobre o assunto configuraria “propaganda eleitoral irregular”. Carlos Eduardo alega, ainda, que foi ofendido publicamente com a utilização do termo “amostradinho” e por ter sido caracterizado com um “nariz de Pinóquio” em publicação de Paulinho no Instagram. Sendo assim, requereu direito de resposta e interrupção imediata da veiculação da postagem na rede social.

Num vídeo de animação, exibida no Instagram de Paulinho no dia 22 de agosto, um personagem conversa com o que seria a representação de Carlos Eduardo, que diz: “O povo tá comigo”.

O personagem responde: “Ai ai ai… Amostradinho, você acha mesmo que o povo cai nessa lorota?”. Carlos Eduardo responde: “Homem, eu sempre fiz e vou continua a fazer…”.

A partir daí, o personagem interrompe: “Amostradinho, você pensa que a gente tem memória curta é? Acorde pra vida, homem. Você já teve quatro chances e mostrou que não tem competências pra gerir Natal”.

Carlos responde: “Ora, Chico, vá tomar o remédio, vá”.

Ao que o personagem retruca: “Que remédio homem? Aquelas oito toneladas de medicamento que você deixou apodrecer e foram pro lixo?”
Carlos, então, diz: “Rapaz, estou saindo de fininho”. O personagem encerra: “Vixe, amostradim pegou descendo”.

Para o juiz Gustavo Marinho Nogueira Fernandes, não há “necessidade de pronta interferência da Justiça Eleitoral, considerando a intervenção mínima do Poder Judiciário no debate democrático e a liberdade de expressão”. Portanto, o pedido foi negado pela Justiça.

Mesmo com a ação judicial, cerca de seis dias depois da publicação de Paulinho Freire, Carlos Eduardo deu a resposta em uma nova produção em animação, postada em suas redes sociais, no dia 27 de agosto. Conforme mostrou reportagem do Diário do RN no dia seguinte, em um vídeo de um minuto, e com jogo de palavras, ele fez referência ao “amostradinho” e atribui o “inho” a Paulinho. O vídeo faz exaltação a Carlos Eduardo, chamado de “amostradão” e segue chamando o opositor de mesquinho, molinho e atrasadinho.

Depois dele mesmo usar a forma pejorativa que não gostou de ser tratado pelo adversário, Carlos Eduardo, nos últimos dias, resolveu usar, nas próprias redes, um apelido que sempre foi atribuído a ele, mas nunca usado por nenhum candidato, em qualquer campanha eleitoral.

A postura inesperada de assumir o “Cabeção” surgiu em meio a um cenário difícil em sua campanha, no qual apareceu nesta terça-feira (10) com uma queda de sete pontos percentuais na pesquisa DataVero/98FM (registro 05352/2024), e após negar comparecimento a todos os debates realizados pelos veículos de comunicação de Natal.

O tom cômico, que contrasta com perfil sério do ex-gestor da capital potiguar, foi utilizado em uma postagem nas redes sociais na qual, em ritmo de funk, é entoada a letra “55 é Cabeção. Volta cabeção”. Nas imagens, o ex-prefeito surge dizendo: “meu nome é Carlos Eduardo, é Cabeção também. Natal precisa de um candidato renovado, de um prefeitão, de um cabeção que pense e faça grande para Natal voltar para o rumo certo”.


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NATÁLIA CONFIRMA VINDA DE LULA AO RN, MAS DATA AINDA NÃO ESTÁ DEFINIDA

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A presença do presidente da República, Lula, ao Rio Grande do Norte para reforço à campanha eleitoral de Natália Bonavides (PT) foi o principal anúncio feito durante a convenção do PT em Natal. Embora articuladores da sigla ainda não tenham a certeza da vinda do presidente da República ao Estado, a candidata a prefeita de Natal do PT garantiu, nesta quarta-feira, 11, ao Diário do RN, que o líder petista visitará a capital do Estado na reta final da campanha eleitoral.

A dúvida sobre a vinda, ou não, do presidente surgiu quando a CNN publicou, nesta segunda-feira, 09, a realização de uma reunião que teria acontecido entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, os ministros Alexandre Padilha e Paulo Pimenta, e o presidente Lula, em que teriam discutido as agendas prioritárias no último mês da campanha municipal.

A informação é que partido teria avaliado que Lula deve focar neste momento em capitais estaduais em que candidatos da esquerda tenham mais chances de passar para o segundo turno, como São Paulo, Porto Alegre, Teresina e Fortaleza.

Já nesta quarta-feira, 11, de acordo com O Globo, Natal foi citada como uma das possibilidades de visita onde o PT pode reverter o quadro eleitoral.

Esta reportagem foi citada por Natália para garantir que a liderança estará em solo potiguar para fazer frente às campanhas adversárias em Natal. “Padilha, Marco Aurélio que é meio que o chefe de gabinete dele, todo mundo segue dizendo que está tudo certo. Agora, a data ele só confirma bem em cima mesmo”, afirmou.

De acordo com a publicação, na mesma reunião do domingo, 08, o presidente expressou vontade de subir em palanques com cenários mais definidos e fazendo apostas que são consideradas mais certeiras, em candidatos considerados estratégicos para o PT e com chance de ir ao segundo turno.

Certeza de 2º turno
O texto d’O Globo considera os números da pesquisa Quaest, em que Natália Bonavides está tecnicamente empatada com Paulinho Freire (UB). A pesquisa citada, no entanto, foi retirada do ar pela Justiça Eleitoral por falta de registro, e não pode ter os números citados. Além disso, sondagens posteriores já apontam distanciamento entre Natália, em 3ª colocação, e Paulinho Freire, em 2º. Na pesquisa DataVero/98 FM, publicada nesta segunda-feira, 10, Paulinho Freire apresentou 22,60% e Natália Bonavides, 14,60%; O ex-prefeito Carlos Eduardo lidera com 33% (Registro TSE nº 05352/2024).

Sobre as pesquisas, no entanto, Natália desconsidera: “Eu me oriento muito pelo que a gente está sentindo nas ruas, por onde está sendo a receptividade, óbvio que as pesquisas são importantes, mas o que a gente vê nas últimas eleições municipais de Natal é que elas não foram capazes de acertar resultados, inclusive os candidatos do PT, em várias eleições, as pesquisas ali na reta final mostram esses candidatos com 10% a menos do que efetivamente o resultado acontece. Então é uma coisa que eu sei, eu estou no segundo turno”, garante a candidata, apesar de se basear em matéria que cita o empate técnico da pesquisa Quaest.

Articulador do PT, Adriano Gadelha, contatado pelo Diário do RN, afirmou que a vinda do presidente não está descartada, e que se está “buscando encaixar” a presença de Lula na campanha eleitoral da capital.

Já de acordo com a imprensa nacional, a nova previsão é de que Lula reforce a campanha nas cidades na última semana de campanha. Com o detalhe de que, entre 24 e 28 de setembro, e em 30 de setembro, deverá participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque; e em 1º de outubro já informou que deseja estar na posse da nova presidente do México, Claudia Sheinbaum.

Segundo Natália, o presidente deverá vir antes das viagens internacionais, o que seria na penúltima semana de setembro.


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DANIEL: “LUTAMOS PARA MELHORAR O BEM-ESTAR DA CLASSE TRABALHADORA”

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Continuar como instrumento para a luta das classes trabalhadoras é a motivação principal para a candidatura à reeleição de Daniel Valença, vereador do PT, que assumiu mandato na Câmara Municipal de Natal em janeiro de 2023, após a saída de Divaneide Basílio (PT) para assumir o cargo de deputada estadual. Valença afirma representar a voz dos pescadores artesanais, de trabalhadores ambulantes, de servidores e servidoras, do passageiro de transportes urbanos da cidade.

“Estivemos ao lado da pesca artesanal, esquecida pelas gestões das elites políticas que servem apenas aos interesses das elites; da população da Redinha, contra a privatização de sua orla popular e pelo seu direito ao território e ao trabalho; dos trabalhadores da Vila de Ponta Negra, ignorados ante o impacto socioeconômico e ambiental da engorda da praia, conduzida da forma coronelística que caracteriza a gestão de Álvaro Dias e seus aliados; de trabalhadores ambulantes, ameaçados por ações autoritárias da prefeitura; de servidores e servidoras municipais, cujos direitos são sistematicamente negados”, explica.

Além disso, crê que é necessário ser base para uma possível gestão de Natália Bonavides (PT) à frente da Prefeitura de Natal, caso eleita, “tanto para defendê-la dos ataques dos poderosos, quanto para cobrar, a partir das bases, que seu governo que avance para atender aos anseios populares”.

Além de vereador, Daniel Valença é vice-presidente do PT no Rio Grande do Norte, professor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), com graduação em direito pela UFRN, mestrado em Direito em Arquitetura e Urbanismo pela mesma universidade, e doutor em direito pela UFPB. “Sou pai de duas meninas lindas, marido de uma companheira maravilhosa, também militante política”, complementa.

Segundo ele mesmo define, escolheu como caminho de vida a luta política. Já filiado ao PT, militou por 17 anos até se candidatar pela primeira vez em 2020. “Sou socialista, acredito que trabalhadores e trabalhadoras que erguem a riqueza não podem ficar de fora da fruição dos resultados de seu trabalho”, defende.

É neste objetivo que Daniel conduz o seu mandato, que define como “coletivo”, no parlamento municipal. Em sua lista de bandeiras levantadas em projetos e ações, estão defesa por direitos de servidores e servidoras; a conquista de espaços institucionais para a pesca artesanal; canais de comunicação e participação popular acoplados à institucionalidade; novos equipamentos públicos de saúde, educação e assistência; defesa da saúde mental antimanicomial; espaços públicos de lazer e convivência.

“Lutamos para melhorar o bem-estar da classe trabalhadora natalense por meio do conceito petista de “inversão de prioridades”. Chega de olhar exclusivamente para os ricos, os grandes capitalistas e a elite política que sustenta esse projeto exclusivista”, explica.

Para o candidato à reeleição, a composição atual do parlamento municipal de Natal, com uma maioria de representantes da direita, “dificulta a vida do povo trabalhador”. Por isso, a atuação da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) e do PT é para ampliar a bancada e colocar as demandas dos setores sociais no centro das decisões. A perspectiva é “ocupar o maior número de cadeiras possível”.“Nossa nominata está muito forte, competitiva e enraizada. Temos militantes valorosos que, em tempos de violência fascista, colocam seus nomes à disposição para travar as lutas de que Natal precisa. Parte expressiva do povo saberá reconhecer isso, ainda mais quando caminhamos para o segundo ano de governo de Lula, com um novo crescimento de 3% ou mais para este ano”, afirma.

Campanha à prefeito de Natal
Segundo Daniel Valença, o debate Lula-Bolsonaro deve pesar para a campanha majoritária em Natal. Para ele, os adversários de Natália Bonavides, candidata do PT, representam o bolsonarismo.

“Aqui, tanto Carlos Eduardo quanto Paulinho Freire se aliaram ao bolsonarismo. Ambos representam uma gestão atrasada e voltada aos ricos da cidade, gestão que há vinte anos repete a mesma realidade. E temos plena convicção de que a força de Lula e do PT será decisiva para nossa vitória em Natal, reinaugurando uma nova gestão de esquerda, progressista na nossa cidade, depois do golpe empresarial-militar em Djalma Maranhão, o prefeito mais vanguardista da nossa história”, rememora.

Apesar da candidata do PT transitar em terceira colocação nas pesquisas até agora, Daniel acredita que a campanha majoritária do partido em Natal tem encontrado espaço para crescer.

Ele assegura que “ela gosta de surpreender”.

“Em 2016, as lutas que liderou a levaram a ser a mulher mais votada, recordista do PT até hoje.

Em 2018, tamanho o destaque enquanto vereadora, foi a segunda mais votada para deputada federal. Em 2020, coordenou a campanha do companheiro Jean Paul. Saindo nas pesquisas com 2-3%, nossa candidatura chegou nas urnas com quase 15%. Agora, partimos de números superiores a esses patamares”, avalia Daniel.

PT no Rio Grande do Norte
Vice-presidente do PT, Valença reconhece a fragilidade do partido no interior do Rio Grande do Norte, estado em que apresenta 22 candidatos a prefeito, em detrimento de partidos como o MDB, aliado, que apresenta 80 candidaturas a majoritária.

“O PT se enraiza onde a classe trabalhadora está organizada. E no interior há mais dificuldades para isto. Por outro lado, o PT é um partido de correntes, tendências, com pluralismo interno. A maioria do partido optou por uma frente ampla para vencer o fascismo encarnado em Bolsonaro e nas forças políticas que o apoiam. Essa aliança tem reflexos no âmbito municipal. Por isso a desproporção aparente que você cita. Claro, também é importantíssimo que recobremos força no interior, o que sempre foi uma fragilidade do PT, muito forte nas capitais”, explica.

Sobre a questão, ele ressalta, ainda, que o foco na eleição da capital deve fortalecer o partido no interior: “O fato não decorre apenas de erros nossos, mas também de que fomos atacados pelo golpe contra Dilma, a farsa da lava jato, a prisão de Lula. Porém, sairemos dessa eleição muito fortes na região metropolitana e isso se irradiará pro interior”.

A perspectiva é “ir muito bem” nos 22 municípios onde o PT lidera a cabeça de chapa, como São Gonçalo do Amarante, São Fernando, Sítio Novo, Ipangaçu, Santa Maria, São Miguel, onde os candidatos buscam a reeleição, e em Currais Novos e Jandaíra.

“Nossos candidatos serão respaldados por duas excelentes gestões petistas; e, claro, em Natal, onde estamos dedicando nossas melhores energias para a vitória de Natália!”, finaliza.


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“AMOU, SONHOU, VIVEU DE FANTASIAS”: EXPOSIÇÃO HOMENAGEIA LÊDA MACIEL

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A exposição coletiva “Amou, sonhou, viveu de fantasias – dialógos com Lêda Maciel” estreia no dia 14 de setembro, na Pinacoteca Potiguar, reunindo trabalhos de artistas residentes em Natal: Kais Mabelli, Sarah Fernandes e Zabé. Os três desenvolvem trabalhos artísticos envolvendo pintura, bordado, escultura, dentre outras técnicas.

O projeto traz um caráter de protagonismo feminino no campo das artes e presta uma homenagem à poeta norte-rio-grandense Lêda Maciel (1930–2007), cujas poesias foram publicadas postumamente no livro “O verso e o (re)-verso” e proporciona uma grande inspiração para as artistas, que decidiram homenagear esta potiguar que não teve o merecido reconhecimento ainda em vida.

De encontros em galerias de arte e pontos culturais e de resistência pelo centro da cidade, as artistas foram se conectando cada vez mais com a arte potiguar e com expressões artísticas singelas e lúdicas, mais especificamente com as produções populares no estilo Naïf – conhecido pela grande variedade de representações figurativas, pelos temas regionalistas e poéticos, pelos arranjos de composição simples e pela forma espontânea de expressão individual de cada artista.

As obras expressam sentimentos e reflexões sobre a vida que é compartilhada, num processo coletivo de resgate de memórias afetivas individuais. A exposição reunirá trabalhos do acervo pessoal das integrantes, como também peças inéditas produzidas para a exposição, dentre elas uma obra confeccionada pelas três artistas contemplando a temática do projeto.

ZABEL ROCHA (ZABÉ) @zabe_atelie
Izabel Rocha é designer, graduada pela UFCG, possui licenciatura em Artes Visuais e pós-graduação em Design Digital. Desenvolve atividades ligadas ao ensino da arte, esculturas em cerâmica, produção de pinturas em aquarela e tinta acrílica. Faz trabalhos experimentais em muros abandonados pela cidade de Natal, onde o termo “Gentileza Urbana” foi incorporado pela artista para descrever seu trabalho. Participou de algumas exposições de arte, em nível local e regional, e atualmente dedica-se ao seu ateliê, com produções artísticas que transitam entre a pintura e a escultura, aprimorando técnicas e habilidades da arte popular e contemporânea.

KAIS MABELLI – @kmabelli
Kais Mabelli é formada em Ciências Econômicas e Direito. Inspirada por artistas como Djanira, Beatriz Milhazes e o Grupo Matizes Dumont, entre outros, mistura técnicas como pintura, colagem e bordado para se expressar em cores, formas e texturas. Teve obras expostas em duas edições do Salão Dorian Gray em Natal e em Mossoró e mais recentemente na I Mostra de Arte do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. Ser criativo para ela tem a ver com exercitar um olhar sensível e curioso sobre tudo que nos cerca e não ter medo de tentar.

SARAH FERNANDES – @sarahhfernandes
Sarah Fernandes é artista autodidata com cursos livres de pintura à óleo, aquarela, acrílica e fotografia. Participou de exposições coletivas, como VI Salão Dorian Gray de Artes Potiguar e Cores do RN (2021), Dolores (2014), Homônimos (2016), Folclore do RN (2021), Festival Sonora (2016), assim como exposições individuais em estabelecimentos privados. Em 2014 foi contemplada pelo edital Ruy Pereira para realizar uma intervenção urbana na Cidade Alta e desde 2018 atua como professora de aquarela, já tendo aplicado oficinas em estabelecimentos privados e ONGS.


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PSIQUIATRA EXPLICA O AUMENTO DA INCIDÊNCIA DAS DOENÇAS MENTAIS

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Nos dias de hoje, cada vez mais, é preciso ter cuidado. Vivemos dias de intensa competitividade, de uma correria cada vez mais desenfreada. Os avanços da tecnologia são ligeiros, tudo é muito rápido, acelerado, difícil de acompanhar. É preciso tomar muito cuidados para não pirar. Estamos falando de cuidar da cabeça, da saúde mental.

Os debates sobre o tema se intensificam no Setembro Amarelo e, por isso, o Diário do RN preparou alguns questionamentos e perguntou a uma profissional da área o que fazer para não adoecer. Afinal, estamos mesmo adoecendo mais? Por que? As respostas são da psiquiatra Adriane Maciel Caldas. Ela possui residência médica em psiquiatria pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP) desde 2010, é preceptora da residência médica psiquiátrica do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, e especialista em terapia de família.

Diário do RN – As pessoas estão adoecendo mais? Por que?
Adriane Caldas – A incidência das doenças mentais vem aumentando não só no Brasil como mundialmente. Esse aumento se deve a uma série de fatores, que vão desde uma maior conscientização da população sobre saúde mental. Portanto, maior procura por profissionais da área e, consequentemente, um maior número de diagnósticos. O estresse crônico relacionado a dificuldades financeiras, conflitos familiares, conjugais ou no trabalho, o ritmo de vida acelerado da vida moderna, comparações nas redes sociais de um ideal de vida perfeita, em que as pessoas estão ultrapassando seus próprios limites, desconectando-se da sua essência até chegarem a exaustão e continuando a eterna insatisfação com a vida. Sem esquecermos também da importância da genética e outras doenças clínicas como os transtornos mentais.

Diário do RN – Hoje se fala muito mais na importância de cuidar da saúde mental. Não é contraditório que com mais esclarecimentos haja mais adoecimento? Por que isso acontece?
Adriane Caldas – Essa é uma questão bem complexa. A facilidade de acesso às informações sobre saúde mental, hoje em dia, tem contribuído para identificação mais precoce dos sintomas e uma maior procura por profissionais da área, como foi bem evidenciado recentemente na pandemia do Covid-19. Do meu ponto de vista, boa parte do aumento da prevalência se deve a um maior do número de diagnósticos. Outras razões que contribuem para esse aumento são: as pressões impostas pela vida moderna, como a busca pelo corpo perfeito, por alta performance no trabalho e a idealização de família perfeita. É preciso que a gente entenda que a vida real é feita não só de momentos felizes, mas também de dificuldades, desafios, que se vistos por uma perspectiva positiva, são excelentes oportunidades de aprendizados para nossa evolução como ser humano.

Outros fatores implicados ainda são: dificuldades financeiras, perda de ente querido, violência física ou emocional, baixa autoestima, baixa rede de apoio social de familiares ou amigos. Sem se esquecer, como já foi dito anteriormente, da forte relação da genética com os transtornos mentais. Portanto, enquanto a conscientização e a informação são cruciais para melhorar a detecção e o tratamento, elas não necessariamente reduzem a incidência de transtornos mentais.

Em vez disso, ajudam a compreender melhor a prevalência e a natureza desses transtornos, além de promover uma abordagem mais eficaz para o tratamento e a prevenção.

Diário do RN – Qual impacto das redes sociais?
Adriane Caldas – O impacto das redes sociais na saúde mental é multifacetado. Pode contribuir negativamente, elevando níveis de ansiedade e depressão por comparações sociais de uma versão idealizada da vida das pessoas, levando as pessoas a apresentarem sentimentos de inadequação, preocupações com imagem e baixa autoestima. A exposição de comentários negativos, o bullying online (ciberbullying), tem causado danos severos e devastadores na saúde mental, especialmente dos nossos jovens. Hoje também temos visto um aumento considerável da dependência de redes sociais, redução de prática de atividades saudáveis, isolamento social, além do uso excessivo de telas, um dos maiores vilões da dificuldade de um sono reparador. Por outro lado, as redes sociais também têm seu lado positivo como um meio para facilitar o contato com amigos e familiares que moram distantes, possibilita networking, dicas de cursos e formações profissionais, funciona como rede de apoio com pessoas que passam por dificuldades semelhantes, além de possibilitar o acesso democrático do conhecimento em saúde mental, contribuindo para redução do seu estigma. Enfim, é muito importante utilizar redes sociais de forma saudável, se atentando aos sinais de quando o uso pode estar afetando negativamente a saúde mental. Estratégias como definir limites de tempo, buscar interações positivas e procurar apoio quando necessário podem ajudar a equilibrar esses pontos positivos e negativos relacionados às redes sociais.

Diário do RN – O mercado de trabalho também é um fator que pesa?
Adriane Caldas – O trabalho também é um fator que pode contribuir no adoecimento mental.

Trabalhos extenuantes, que dificultam conciliar vida pessoal e profissional; aqueles que exigem cumprimento de metas, com prazos apertados; assédio moral, discriminações (gênero, sexo, raça ou idade) que levam à baixa autoestima e sentimentos de desvalorização; comunicação inadequada ou falta de apoio entre colegas de trabalho, até preocupações com futuro por falta de estabilidade no trabalho são fatores que contribuem para quadros de ansiedade e depressivos relacionados a trabalho. Por outro lado, trabalhadores que recebem apoio de colegas e lideres, empresas que valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal de seus colaboradores, que oferecem suporte emocional e psicológico podem contribuir muito para a saúde mental dos funcionários; investimento em capacitações, oportunidade de aprendizado e crescimento profissional aumentam a satisfação e rendimento; autonomia e flexibilidade de forma criteriosa do funcionário, além de ser reconhecido e recompensado pelo esforço, são poderosas estratégias de motivação melhora da produtividade. É muito importante esse olhar das Empresa para a saúde mental de seus colaboradores, contribuindo não só para saúde mental deles, mas também para o próprio crescimento e saúde financeira da empresa.

Diário do RN – Livros de autoajuda, internet… são muitas as informações disponíveis. Qual a importância de acompanhamento especializado? Os tabus afastam as pessoas do consultório psiquiátrico?
Adriane Caldas – Livros de autoajuda, informações na internet são ferramentas importantes de informações sobre saúde mental. É importantíssimo a disseminação de informações e conhecimento na área. Isso ajuda muito na quebra de tabus e preconceitos quanto as doenças mentais. Porém, quando perceber que os sintomas estão frequentes, mais intensos e que estão causando prejuízos na vida pessoal, profissional, familiar ou social, não hesite em procurar atendimento especializados em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.

Diário do RN – Também é possível observar o aumento de crianças com problemas que antes eram considerados “coisa de adulto”, como depressão e ansiedade. Quais fatores podem influenciar essas situações na infância e quais os sinais de alerta para os pais?
Adriane Caldas – O adoecimento mental em crianças e adolescentes pode ser influenciado por fatores individuais, familiares, sociais e ambientais.

Fatores e sinais de adoecimento mental em crianças e adolescentes

Fatores Individuais

Fatores familiares:

Fatores sociais e ambientais:

Sinais de alerta para depressão:

Sinais de alerta para ansiedade:

Como pais podem ajudar?

Nos dias de hoje, cada vez mais, é preciso ter cuidado. Vivemos dias de intensa competitividade, de uma correria cada vez mais desenfreada. Os avanços da tecnologia são ligeiros, tudo é muito rápido, acelerado, difícil de acompanhar. É preciso tomar muito cuidados para não pirar. Estamos falando de cuidar da cabeça, da saúde mental.

Os debates sobre o tema se intensificam no Setembro Amarelo e, por isso, o Diário do RN preparou alguns questionamentos e perguntou a uma profissional da área o que fazer para não adoecer. Afinal, estamos mesmo adoecendo mais? Por que? As respostas são da psiquiatra Adriane Maciel Caldas. Ela possui residência médica em psiquiatria pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP) desde 2010, é preceptora da residência médica psiquiátrica do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, e especialista em terapia de família.

Diário do RN – As pessoas estão adoecendo mais? Por que?
Adriane Caldas – A incidência das doenças mentais vem aumentando não só no Brasil como mundialmente. Esse aumento se deve a uma série de fatores, que vão desde uma maior conscientização da população sobre saúde mental. Portanto, maior procura por profissionais da área e, consequentemente, um maior número de diagnósticos. O estresse crônico relacionado a dificuldades financeiras, conflitos familiares, conjugais ou no trabalho, o ritmo de vida acelerado da vida moderna, comparações nas redes sociais de um ideal de vida perfeita, em que as pessoas estão ultrapassando seus próprios limites, desconectando-se da sua essência até chegarem a exaustão e continuando a eterna insatisfação com a vida. Sem esquecermos também da importância da genética e outras doenças clínicas como os transtornos mentais.

Diário do RN – Hoje se fala muito mais na importância de cuidar da saúde mental. Não é contraditório que com mais esclarecimentos haja mais adoecimento? Por que isso acontece?
Adriane Caldas – Essa é uma questão bem complexa. A facilidade de acesso às informações sobre saúde mental, hoje em dia, tem contribuído para identificação mais precoce dos sintomas e uma maior procura por profissionais da área, como foi bem evidenciado recentemente na pandemia do Covid-19. Do meu ponto de vista, boa parte do aumento da prevalência se deve a um maior do número de diagnósticos. Outras razões que contribuem para esse aumento são: as pressões impostas pela vida moderna, como a busca pelo corpo perfeito, por alta performance no trabalho e a idealização de família perfeita. É preciso que a gente entenda que a vida real é feita não só de momentos felizes, mas também de dificuldades, desafios, que se vistos por uma perspectiva positiva, são excelentes oportunidades de aprendizados para nossa evolução como ser humano.

Outros fatores implicados ainda são: dificuldades financeiras, perda de ente querido, violência física ou emocional, baixa autoestima, baixa rede de apoio social de familiares ou amigos. Sem se esquecer, como já foi dito anteriormente, da forte relação da genética com os transtornos mentais. Portanto, enquanto a conscientização e a informação são cruciais para melhorar a detecção e o tratamento, elas não necessariamente reduzem a incidência de transtornos mentais.

Em vez disso, ajudam a compreender melhor a prevalência e a natureza desses transtornos, além de promover uma abordagem mais eficaz para o tratamento e a prevenção.

Diário do RN – Qual impacto das redes sociais?
Adriane Caldas – O impacto das redes sociais na saúde mental é multifacetado. Pode contribuir negativamente, elevando níveis de ansiedade e depressão por comparações sociais de uma versão idealizada da vida das pessoas, levando as pessoas a apresentarem sentimentos de inadequação, preocupações com imagem e baixa autoestima. A exposição de comentários negativos, o bullying online (ciberbullying), tem causado danos severos e devastadores na saúde mental, especialmente dos nossos jovens. Hoje também temos visto um aumento considerável da dependência de redes sociais, redução de prática de atividades saudáveis, isolamento social, além do uso excessivo de telas, um dos maiores vilões da dificuldade de um sono reparador. Por outro lado, as redes sociais também têm seu lado positivo como um meio para facilitar o contato com amigos e familiares que moram distantes, possibilita networking, dicas de cursos e formações profissionais, funciona como rede de apoio com pessoas que passam por dificuldades semelhantes, além de possibilitar o acesso democrático do conhecimento em saúde mental, contribuindo para redução do seu estigma. Enfim, é muito importante utilizar redes sociais de forma saudável, se atentando aos sinais de quando o uso pode estar afetando negativamente a saúde mental. Estratégias como definir limites de tempo, buscar interações positivas e procurar apoio quando necessário podem ajudar a equilibrar esses pontos positivos e negativos relacionados às redes sociais.

Diário do RN – O mercado de trabalho também é um fator que pesa?
Adriane Caldas – O trabalho também é um fator que pode contribuir no adoecimento mental.

Trabalhos extenuantes, que dificultam conciliar vida pessoal e profissional; aqueles que exigem cumprimento de metas, com prazos apertados; assédio moral, discriminações (gênero, sexo, raça ou idade) que levam à baixa autoestima e sentimentos de desvalorização; comunicação inadequada ou falta de apoio entre colegas de trabalho, até preocupações com futuro por falta de estabilidade no trabalho são fatores que contribuem para quadros de ansiedade e depressivos relacionados a trabalho. Por outro lado, trabalhadores que recebem apoio de colegas e lideres, empresas que valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal de seus colaboradores, que oferecem suporte emocional e psicológico podem contribuir muito para a saúde mental dos funcionários; investimento em capacitações, oportunidade de aprendizado e crescimento profissional aumentam a satisfação e rendimento; autonomia e flexibilidade de forma criteriosa do funcionário, além de ser reconhecido e recompensado pelo esforço, são poderosas estratégias de motivação melhora da produtividade. É muito importante esse olhar das Empresa para a saúde mental de seus colaboradores, contribuindo não só para saúde mental deles, mas também para o próprio crescimento e saúde financeira da empresa.

Diário do RN – Livros de autoajuda, internet… são muitas as informações disponíveis. Qual a importância de acompanhamento especializado? Os tabus afastam as pessoas do consultório psiquiátrico?
Adriane Caldas – Livros de autoajuda, informações na internet são ferramentas importantes de informações sobre saúde mental. É importantíssimo a disseminação de informações e conhecimento na área. Isso ajuda muito na quebra de tabus e preconceitos quanto as doenças mentais. Porém, quando perceber que os sintomas estão frequentes, mais intensos e que estão causando prejuízos na vida pessoal, profissional, familiar ou social, não hesite em procurar atendimento especializados em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.

Diário do RN – Também é possível observar o aumento de crianças com problemas que antes eram considerados “coisa de adulto”, como depressão e ansiedade. Quais fatores podem influenciar essas situações na infância e quais os sinais de alerta para os pais?
Adriane Caldas – O adoecimento mental em crianças e adolescentes pode ser influenciado por fatores individuais, familiares, sociais e ambientais.

Fatores e sinais de adoecimento mental em crianças e adolescentes

Fatores Individuais

  • Histórico de familiares com transtornos mentais pode aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos mentais similiares;
  • Trauma e abuso físico, sexual ou emocional, assim como traumas severos, podem ter impactos devastadores na saúde mental das crianças e jovens;
  • Transtornos do Desenvolvimento, como transtornos do espectro autista, dificuldades de aprendizado, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) aumentam o risco;
  • Baixa Autoestima.

Fatores familiares:

  • Ambiente Familiar Desestruturado: altos níveis de conflito, separações, divórcios ou ambientes disfuncionais levando a estresse e insegurança;
  • Negligência e Abuso: Negligência emocional, física ou abuso por parte dos pais ou cuidadores;
  • Estilos Parentais Inconsistentes: autoritários, inconsistentes ou muito permissivos;
  • Problemas de Saúde Mental dos Pais: pais com transtornos mentais, muitas vezes não diagnosticados ou com traumas emocionais podem impactar a dinâmica familiar e aumentar o risco de problemas semelhantes nos filhos.

Fatores sociais e ambientais:

  • Bullying e Cyberbullying: podem causar ansiedade, depressão e transtornos de estresse pós-traumático;
  • Pressões Acadêmicas e Sociais: expectativas acadêmicas e sociais elevadas, além das pressões para se encaixar em grupos ou atender a padrões sociais;
  • Desigualdade Socioeconômica: podem levar ao estresse por falta de alimentação, além falta de acesso a serviços de saúde e ambiente de vida precário;
  • Violência e Criminalidade: áreas com alta violência ou criminalidade pode aumentar a exposição a traumas e estressores;
  • Experiências de Discriminação: de raça, gênero, orientação sexual.

Sinais de alerta para depressão:

  • Mudanças no Humor: tristeza persistente, irritabilidade ou apatia, que duram semanas;
  • Perda de Interesse por atividades antes eram apreciadas, como hobbies, esportes ou interações sociais;
  • Alterações no Apetite e Peso: comer demais ou não comer o suficiente, resultando em ganho ou perda de peso;
  • Alterações no Sono: insônia, sono excessivo ou pesadelos frequentes;
  • Fadiga e Falta de Energia: Sentir-se cansado ou sem energia;
  • Dificuldade de Concentração e atenção: indecisões e prejuízo de memória;
  • Sentimentos de Inutilidade ou Culpa;
  • Pensamentos de Morte ou Suicídio: Pensamentos frequentes sobre morte, suicídio ou comportamento autodestrutivo;
  • Isolamento Social: Evitar amigos e familiares, passando tempo sozinhos;

Sinais de alerta para ansiedade:

  • Preocupação Excessiva: Preocupações excessivas e desproporcionais sobre eventos cotidianos ou futuros;
  • Sintomas Físicos de Ansiedade: dor de cabeça, dor abdominal, palpitações, tremores ou sudorese;
  • Dificuldade em Relaxar: sentir-se constantemente em alerta, nervoso ou inquieto;
  • Evitação de Situações: Evitar situações sociais ou atividades que antes eram normais, devido a medo ou desconforto;
  • Dificuldade em Focar: Dificuldades em manter a concentração devido a preocupações constantes;
  • Irritabilidade: Irritabilidade inexplicável ou respostas emocionais desproporcionais;
  • Problemas de Sono: Insônia, pesadelos ou sono inquieto devido a preocupações constantes;

Como pais podem ajudar?

  • Comunicação aberta e não julgadora com seu filho. Incentive-o a expressar seus sentimentos e preocupações;
  • Observe e registre qualquer mudança no comportamento, humor ou hábitos de seu filho. Essas informações serão úteis para os profissionais de saúde mental;
  • Se apresentar sinais persistentes de depressão ou ansiedade procurar a ajuda de um profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra;
  • Ofereça apoio emocional e encoraje seu filho a buscar atividades que promovam o bem-estar e ajudem a reduzir o estresse.

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“O IDEMA É QUEM DEVE DESCULPAS À POPULAÇÃO DE NATAL”, DIZ ÁLVARO DIAS

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Depois de mais um capítulo na história da obra da Engorda de Ponta Negra, o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) segue criticando a posição do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) em relação às polêmicas da licença ambiental.

“Eu acho que o IDEMA é quem devia pedir desculpas população de Natal por retardar tanto uma obra tão importante para a cidade de Natal. Mas nós vamos realizar a engorda”, afirmou o gestor de Natal.

O prefeito se refere à sugestão citada pelo diretor do Instituto, Werner Farkatt, em entrevista ao Diário do RN, nesta segunda-feira, 09. Farkatt cobrou da Prefeitura que faça justiça e peça desculpas ao corpo técnico do órgão ambiental.

“O mínimo que a Prefeitura poderia fazer nesse momento era pedir desculpa para todo o nosso quadro técnico do IDEMA e à população do Rio Grande do Norte, porque apresentaram uma característica, apresentaram uma condição que agora está se mostrando equivocada”, comentou o diretor.

Com a paralisação da obra após quatro dias, atestou-se que o material que deveria ser dragado do fundo do mar para fazer o alargamento da faixa de areia em até 100 metros, de modo a conter o avanço do mar sobre o calçadão e construções à beira-mar, não é de boa qualidade nem suficiente, ou seja, boa parte é cascalho – agregação de fragmentos rochosos e outros sedimentos.

Mesmo tendo negado a paralisação da obra, a Prefeitura, através do secretário Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Thiago Mesquita, confirmou o problema com a qualidade da areia, em coletiva, nesta segunda-feira, 09.

O diretor do IDEMA complementou: “O IDEMA trabalha com as informações que são entregues.

Nós conferimos alguns pontos, identificamos grandes divergências, mas nós acreditamos na legitimidade das informações que são entregues ao IDEMA. (…) A nossa equipe se dedicou ao máximo, sempre para fazer um trabalho extremamente técnico e em vários momentos essa análise técnica foi desrespeitada”.

“Duvide quem duvidar, nós faremos a engorda”
Álvaro Dias, por sua vez, assegura que a obra vai ser concluída ainda em sua gestão. “Duvide quem quiser duvidar, mas nós vamos fazer a engorda de Ponta Negra”, afirma. Segundo ele, novas jazidas vão ser encontradas e a engorda vai ser reiniciada “em breve”.

“Estamos aí pesquisando outras jazidas; vai ser encontrada, vai ser localizada e nós vamos iniciar dentro em breve essa engorda; uma obra esperada, uma obra fundamental, uma obra necessária, necessária para geração de emprego e renda, necessária para o turismo, necessária para preservação ambiental do Morro do Careca e da praia de Ponta Negra Uma obra então das mais fundamentais e necessárias para a cidade de Natal que nós vamos realizar ainda na nossa gestão”, acrescenta o prefeito de Natal.

Vale lembrar que a queda de braço entre Prefeitura e Idema se acentuou quando a Prefeitura resolveu exigir a licença de operação da obra da Engorda, mesmo sem ter cumprido todas as condicionantes exigidas pelo órgão técnico. O prefeito Álvaro, inclusive, chefiou ocupação à sede do Instituto, acompanhado de secretários, vereadores e cargos comissionados, em protesto que acabou, inclusive em agressão.

Prefeito inaugura Hospital Veterinário em Natal
A fala do prefeito Álvaro Dias aconteceu durante a entrega, nesta terça-feira (10), do primeiro hospital público veterinário da capital potiguar. Localizada no bairro da Ribeira, a unidade é gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, Organização da Sociedade Civil (OSC) selecionada por edital lançado pela Prefeitura, e tem foco no atendimento gratuito de cães e gatos da cidade.

No hospital serão realizados serviços diversos, desde consultas a cirurgias, passando ainda por exames de imagem e tratamento ambulatorial. A meta é que o Hospital Veterinário efetue mais de três mil procedimentos por mês, incluindo ainda diagnósticos por imagem, 50 cirurgias e mais de 500 consultas.

Esta é uma unidade provisória. De acordo com o prefeito o processo licitatório para a construção de uma nova unidade, na zona Norte, já está aberto.

O hospital está localizado na Rua Dr. Barata, 233, Ribeira. Os serviços estarão disponíveis das 08h às 17h, de segunda a sexta-feira.


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ÁLVARO DIAS AFIRMA QUE CARLOS EDUARDO “FALTA COM A VERDADE” COM O POVO

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“Não é verdade. O ex-prefeito tem faltado com a verdade constantemente. Ele não fez nada com relação a engorda”, afirma o prefeito Álvaro Dias (Republicanos). O gestor de Natal rebate duras críticas que o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSD), tem aproveitado para fazer ao atual prefeito e à gestão atual sobre o projeto que, segundo ele, deixou pronto quando renunciou à Prefeitura, em 2018, para se dedicar à campanha ao Governo do RN.

Segundo Carlos Eduardo, a gestão atual fez uma tentativa “atrasada, oportunista e improvisada” de começar a engorda da praia de Ponta Negra.

“Esses incompetentes tiveram seis anos para começar a engorda de Ponta Negra e nada fizeram.

Eles chegaram ao cúmulo de desprezar um projeto que deixamos pronto. E quando começaram, começaram atrasados, de maneira errada e tosca. Não é só incompetência, é desprezo pelos natalenses”, afirmou Carlos sobre toda a polêmica da obra e sobre o novo episódio de paralisação da engorda de Ponta Negra.

Ainda complementou, durante agenda eleitoral: “Quando a gente revê as imagens da invasão recente do IDEMA, fica claro que o deputado Paulinho Freire perdeu a noção do ridículo ao tentar terceirizar a responsabilidade dele e do padrinho dele até agora nesta novela da engorda de Ponta Negra. Arrogantes como são, eles apostam que o povo de Natal é bobo”, destacou Carlos Eduardo citando, também o candidato apoiado pelo prefeito.

Segundo Álvaro, no entanto, quando assumiu a prefeitura de Natal, o projeto que Carlos alega ter deixado pronto estava arquivado. E que agora, segundo o gestor, está pronto para ser iniciado.

“Ele não fez nada com relação à engorda e inclusive o projeto estava arquivado. Nós reiniciamos, convocamos as audiências públicas, tomamos todas as providências, refizemos o projeto, inclusive está aí pronto para ser iniciado”, garante o gestor municipal.

Conforme publicado pelo Diário do RN nesta segunda-feira, 09, durante a gestão de Carlos Eduardo, a empresa Tetra Tech foi contratada para fazer os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) da obra de engorda da Praia de Ponta Negra entre 2015 e 2016.

Na ocasião, a empresa garantiu condições para retirada do material da jazida para dragagem da praia. Posteriormente, em 2021, foi realizado novo levantamento que confirmou as informações sobre a jazida levantadas no primeiro estudo. Porém, a obra só foi licenciada em agosto deste ano.

Álvaro Dias garantiu, em conversa com o Diário do RN, que vai iniciar a obra ainda nesta gestão, após um novo estudo encontrar uma nova jazida e reiniciar o trabalho.

Com mais uma paralisação, a engorda de Ponta Negra se tornou tema propaganda eleitoral e dos discursos de rua não só de Carlos Eduardo, mas também de Natália Bonavides (PT). “Álvaro Dias mentiu pro povo de Natal! É um absurdo o que está acontecendo com a obra milionária da engorda de Ponta Negra”, afirmou nas redes sociais.


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CARLOS EDUARDO CAI EM 3 DAS 4 ZONAS DE NATAL. NA LESTE, PERDEU 18 PONTOS

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Das quatro zonas de Natal, o prefeito Carlos Eduardo (PSD) apresentou queda em três, de acordo com a pesquisa DataVero/98 FM, divulgada nesta segunda-feira, 09, pelo Repórter 98, e nesta terça-feira, 10, pelo Diário do RN. Apesar de perder 7 pontos em relação à pesquisa anterior, o candidato permanece liderando as intenções de votos à prefeitura de Natal,
Na estimulada em toda a cidade, Carlos Eduardo aparece com 33%, enquanto Paulinho Freire (UB) apresentou 22,60%; Natália Bonavides (PT) 14,60%; Rafael Motta (Avante) 3,80%; Heró (PRTB) 0,20% e Nando Poeta (PSTU) 0,10%. Disseram votar em nenhum 14,60% e não quiseram ou não souberam responder, 11,10%.

Zona Leste
Já por zona, a queda mais significativa de Carlos Eduardo é verificada na Zona Leste. Em 26 e 27 de agosto, ele tinha 53,44% e agora caiu para 34,55%. Paulinho Freire subiu, de 12,21% para 27,88%; Natália Bonavides foi de 9,92% para 12,37%; os indecisos foram de 2,29% para 7,27%. A área da cidade abrange bairros como Alecrim, Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Mãe Luiza, Ribeira, Rocas e Petrópolis. Alguns dos bairros que são redutos do ex-prefeito.

Em Petrópolis, por exemplo, em que Carlos Eduardo liderava, na pesquisa anterior, com 72,73%, agora caiu para 61,54%. Paulinho Freire no final de agosto tinha 9,09%, agora aparece com 23,08%. Já Natália Bonavides, que tinha 9,09%, não foi citada pelos entrevistados do bairro nesta pesquisa.

No Barro Vermelho Carlos Eduardo caiu de 50% para 7,69%; Paulinho Freire subiu de 20% para 61,54%; Natália, que não havia sido citada na pesquisa anterior, aparece com 23,08%.

Nas Rocas, o ex-prefeito tinha 81,02% e caiu para 76,47%; Natália Bonavides tinha 9,09% e não foi citada; já Paulinho Freire não havia sido citado na pesquisa anterior e agora aparece com 5,88%.

Na Ribeira, Carlos Eduardo continua a ser o único citado, assim como na pesquisa anterior. No entanto, reduziu intenções de votos de 75% para 33,33%.

No Alecrim, Carlos Eduardo perdeu a primeira posição para Paulinho Freire. O ex-prefeito tinha 35,29% e caiu para 15,91%; Paulinho tinha 17,65% e subiu para 43,18%; Natália Bonavides apresentou 11,76% e agora caiu para 6,82%.

Zona Sul

Na Zona Sul, onde o ex-prefeito já não liderava, a queda foi de 28% para 20,73%; Paulinho Freire fica à frente nesta área, sem grande alteração, com 28,48%; Natália Bonavides permanece na mesma margem, mas sobe para a segunda posição, passando de 21% para 23,58%.

Algumas das maiores alterações aconteceram em Lagoa Nova. No bairro, Natália Bonavides saiu de 3ª posição, com 15,79% na pesquisa anterior, para 1ª, com 21,05% atualmente. Carlos Eduardo sai da 1ª, 39,47% para 18,42%. Lá, Paulinho Freire também perdeu, de 34,21% para 21,05%.

Em Nova Descoberta, Paulinho Freire cresceu de 12,50% para 45%; Carlos Eduardo, de 43,75% foi para 30%; Natália Bonavides foi de 25% para 10%.

Em Neópolis, Carlos Eduardo caiu de 38,71% para 23,68%; Natália cresceu de 19,35% para 34,21%; Paulinho Freire de 19,35 foi para 21,05%; Rafael Motta de 3,23% cresceu para 15,79%.

Zona Norte

Outra área que teve mudança significativa foi a Norte, zona mais populosa de Natal: Carlos Eduardo caiu de 41,26% para 36,73% e o número de indecisos subiu de 4,85% para 15,45%.

Paulinho Freire (de 18,69% para 18,08%) e Natália Bonavides (de 11,41% para 10,20%) não tiveram grandes alterações.

Na Redinha, o ex-prefeito caiu de 51,85% para 33,33%; os indecisos cresceram de 3,70% para 19,05%; Paulinho Freire (18,52% e 19,05%) e Natália Bonavides (de 3,70% para 4,46%) se mantiveram na margem de erro.

No Nossa Senhora da Apresentação, Carlos Eduardo caiu de 47,12% para 38,75%; Paulinho Freire subiu de 14,42% para 16,25%; Natália caiu de 15,38% para 6,25%.

No Salinas, tanto Carlos Eduardo quanto Paulinho Freire cresceram, de 20% para 50%.

O Igapó foi um dos bairros da zona Norte em que Carlos Eduardo apresentou crescimento. Subiu de 37,05% para 55,56%; Natália cresceu de 7,50% para 11,11%; Paulinho Freire saiu de 15% para 7,41%.

Zona Oeste
Na zona Oeste, que tem bairros como Cidade da Esperança, Cidade Nova, Planalto, Quintas e Nordeste, não aconteceram, de forma geral, mudanças expressivas.

Entretanto, em bairros como Bom Pastor, o candidato Carlos Eduardo caiu de 40% para 34,78%; Natália também caiu de 24% para 17,39%; já Paulinho Freire cresceu de 16% para 26%.

Na Cidade da Esperança, Rafael Motta foi o único que apresentou crescimento, de 2,86% para 11,11%; Carlos Eduardo caiu de 42,86% para 33,33%; Paulinho caiu de 17,14% para 14,81%; Natália permanece na faixa dos 11%.

No Dix-Sept Rosado, Paulinho Freire cresceu de 16,67% para 30%; Carlos Eduardo foi de 33% para 30%; Natália passa de 16,67% para 15%.

Em Felipe Camarão, Natália Bonavides (de 8,77% para 14,04%) e Rafael Motta (de 1,75% para 10,53%) apresentaram crescimento, mas permanecem nas 3ª e 4ª posições. Carlos Eduardo caiu de 42,11% para 36,84%; Paulinho de 22,81% para 15,79%.

No bairro Quintas, Carlos Eduardo cresceu de 45,71% para 55,88%; Paulinho caiu de 25,71% para 14,71%; Natália Bonavides subiu de 2,86% para 11,76%.

A pesquisa Datavero/98 FM ouviu 1.000 eleitores nos dias 07 e 08 de setembro. A margem de erro é de 3% e o nível de confirança 95%. O número de registro é 05352


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PREVENÇÃO PODE EVITAR ATÉ 80%DAS MORTES POR DOENÇAS DO CORAÇÃO

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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, nos últimos 20 anos, segundo estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020. Essas condições, que afetam o coração e os vasos sanguíneos, são responsáveis por uma parcela significativa de mortes prematuras relacionadas a falta de conscientização e do diagnóstico precoce. Assim, uma maior compreensão sobre esses problemas pode ser a chave para a prevenção e tratamento eficazes.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 1.100 mortes por dia no Brasil, o que corresponde a uma morte a cada 90 segundos, totalizando 400 mil mortes no país a cada ano. Isso torna este tipo de enfermidade a maior causadora de óbitos no Brasil, causando o dobro de mortes que todos os tipos de câncer juntos, e ainda 6.5 vezes mais mortes que todas as infecções, incluindo a AIDS.

Doenças cardiovasculares englobam uma variedade de condições, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e hipertensão arterial. Em entrevista ao Diário do RN, a presidente da SBC/RN, Dra. Carla Karini, destacou que os principais fatores de risco incluem hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo e consumo excessivo de álcool, mas que além desses fatores classificados como modificáveis existem outros não modificáveis que são a idade, histórico familiar e o sexo. “Quanto mais velho, maior o risco cardiovascular. As mulheres ficam mais vulneráveis às doenças cardiovasculares na menopausa, após os 55 anos de idade; nos homens, elas surgem mais cedo, abaixo dos 55 anos de idade”, explica a presidente da SBC-RN.

Muitas vezes, as doenças cardiovasculares se desenvolvem silenciosamente e podem não apresentar sintomas até que um evento grave ocorra, como um infarto ou um AVC, e até levar a óbito. A boa notícia é que, em muitos casos, elas podem ser prevenidas ou controladas com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico adequado, como explica a Dra Carla: “Muitos óbitos acontecem diariamente, mas 80% dessas mortes podem ser evitadas através de medidas preventivas, como uma orientação médica e principalmente do estímulo à mudança do estilo de vida”.

A prevenção desses fatores é possível através da realização de exames periódicos regularmente, prática de exercícios físicos, além de ser essencial a adoção de uma dieta saudável para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de possíveis problemas cardiovasculares. “A mudança de estilo de vida também é contemplada com alimentação saudável, livre de gordura animal e mais rica em peixes, grãos, vegetais e frutas, isso também ajuda a prevenir que essas doenças acometam mais pessoas e essa estatística aumente cada vez mais”, complementa a médica.

Superação e Saúde
Doenças cardiovasculares podem acometer pessoas de diferentes idades, inclusive os mais jovens, como é o caso de Sara Jane, de 23 anos que foi diagnosticada aos 15 anos com extrassístoles, uma condição que causa batimentos cardíacos irregulares: “Eu, uma pessoa de 23 anos, considerada jovem, já fiz dois procedimentos cardíacos, mas isso vem muito para mostrar que as doenças cardíacas não estão no meio da vida adulta ou perto da velhice, como muita gente pensa, ela é possível de estar com qualquer pessoa, em qualquer idade”.

Sara também explica que mesmo uma rotina saudável e consciente de alimentação e exercícios auxiliando que os efeitos da doença não perdurem a longo prazo, eles sozinhos não garantem a diminuição ou a cura da condição, e ressalta a importância do acompanhamento médico nesses casos: “O que se pode fazer é acompanhar ela [a doença], ter um acompanhamento seguro com o médico, sempre estar vendo se o coração está bem, se teve alguma alteração, se ele cresceu, se morfologicamente está perfeito, ou ir para intervenção na cirurgia, que é, realmente, quando você toma a decisão, mas, fora isso, se não for para o lado de remédios, que realmente é o que controla, você vai ficar observando e vendo se está tudo bem”.

Hoje, aos 23 anos, Sara está bem longe dos dias de incerteza e preocupação. Depois de realizar procedimentos, combinados com uma rotina saudável e acompanhamento médico regular, ela relata que conseguiu retomar uma vida normal e ativa: “Faz um ano e alguns meses que eu fiz o segundo procedimento e assim eu tenho a vida completamente normal, não o tem nenhum vestígio de que isso aconteceu nos meus exames, todos os exames estão 100%, e não sinto nenhum desconforto ao fazer atividades físicas ou coisas do tipo”.

Setembro Vermelho: Um Mês de Conscientização

Em resposta ao impacto das doenças cardiovasculares, surgiu o Setembro Vermelho, uma campanha nacional de conscientização dedicada à saúde do coração. Criado em 2014 pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e apoiado por diversas instituições de saúde, o mês de setembro é dedicado a promover a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças cardíacas.

No dia 29 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração, devido a esse fato, foi escolhido o mês de setembro para ser realizada a campanha, que leva a cor vermelha devido a representação da cor geralmente atrelada ao coração, a campanha desse ano tem como slogan cada coração importa.

Durante este mês, várias ações são realizadas para educar a população e incentivá-la a adotar práticas saudáveis. Nas nossas redes sociais, os médicos cardiologistas, especialistas da sociedade de cardiologia vão estar levando informações úteis a toda a população e, no mês de outubro, ocorrerá o check-up cardiológico, em data a ser anunciada: “Nesse check-up, a gente vai estar dando palestra, orientando a população, vamos fazer alguns atendimentos, sempre com o intuito de informar e conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares”, complementou a médica Carla Karini.


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