Auditoria do órgão avaliou compra de tratores e equipamentos agrícolas pelo MDR com recursos de emendas do orçamento secreto
Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou “risco extremo de sobrepreço” nos convênios do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para compra de tratores e equipamentos agrícolas com recursos de emendas do orçamento secreto.
Os gastos consumiram boa parte dos R$ 3 bilhões destinados por parlamentares a seus redutos eleitorais, sem qualquer transparência. A fiscalização foi feita pela CGU a pedido do ministro Rogério Marinho, que sempre negou irregularidade.
De acordo com o Estadão, “o procedimento tramita em sigilo, com recusa da CGU em disponibilizar as notas de auditoria até agora produzidas”.
“A apuração apontou que, em 115 convênios celebrados para a compra de nove tipos de máquinas, ‘o risco de sobrepreço foi considerado alto (entre 10% e 25%) ou extremo (acima de 25%) pela equipe de auditoria, totalizando o valor de R$ 12,1 milhões’. A conclusão atinge 61% da amostra de 188 convênios firmados entre MDR e municípios com recursos originários de emenda de relator (RP9) no ano de 2020. É esse tipo de emenda que foi utilizada para fazer o ‘tratoraço’.”
O risco alto ou extremo foi identificado em 83% dos instrumentos de convênio analisados, ou 40 de 48 convênios.
“O total de sobrepreço apurado pela equipe, segundo a metodologia aplicada, foi de R$ 2.525.385,53, o que representa 17% do total previsto pelos convenentes para aquisição de tratores com potência entre 75 cv e 85 cv”, apontou a auditoria.
Além disso, a CGU apontou “ausência de procedimentos de controle e/ou banco de dados de referência do MDR, para otimizar a verificação da conformidade dos valores apresentados pelos convenentes na etapa de formalização dos instrumentos de repasse”.
Apesar de ainda não ter se encerrado, diz o jornal, a auditoria da CGU já apontou “necessidade de melhorias e/ou implementação de novos procedimentos de controle por parte do MDR de forma a mitigar os riscos de não atendimento à IN nº 73/2020 por parte dos convenentes, assim como eventuais inconformidade/irregularidades na documentação técnica e valores de equipamentos aprovados por meio de convênios”.
Depois do fracasso na comissão especial que discute o tema, a Proposta de Emenda à Constituição 135/2019, conhecida como PEC do voto impresso, deve sofrer nova derrota nesta semana no plenário da Câmara. Defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, a pauta não tem adesão no Congresso.
Hoje (9), o próprio Bolsonaro reconheceu a provável rejeição do texto, ecoando entrevista concedida mais cedo pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Depois de declarar, no fim da semana passada, que a disputa em torno do voto impresso “já foi longe demais”, Lira reconheceu a tendência de rejeição e destacou ter o compromisso de Bolsonaro — com quem teria conversado na sexta-feira — de que o resultado da votação da PEC será aceito pelo presidente.
Confira recorte de matéria de O Globo:
O Globo
“Temos uma média de 15 ou 16 partidos contrários ao voto impresso, acho que as chances de aprovação podem ser poucas”, afirmou Lira à rádio CBN. Ele tem um almoço marcado hoje com líderes partidários para tratar da PEC. Os aliados do governo negociam mudanças no texto para tentar garantir “salvar” a proposta.
A PEC 135/2019, de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), inclui na Constituição Federal um artigo que torna obrigatória a impressão de comprovantes físicos de votação. A proposta precisa do apoio de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação e depois, também em duas rodadas, do aval de 49 dos 81 senadores.
Posição dos partidos
Veja abaixo a posição dos partidos em relação ao voto impresso:
Dos 22 partidos com representantes na comissão especial que analisou a PEC 135/2019 na Câmara, 12 deles orientaram voto contra a proposta, cinco favoravelmente, três não orientaram e dois liberaram voto. Ao todo, 24 partidos têm representantes na Casa.
Contrários
PT
“Não podemos deixar esse tipo de ação avançar porque o que Bolsonaro quer mesmo é que não tenha eleição. O sonho dele é permanecer na Presidência usando dessa escalada autoritária e ameaçando o Brasil de golpe”, afirmou a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, à TVPT.
PL
Na comissão especial, os dois titulares do partido, os deputados Júnior Mano (CE) Marcio Alvino (SP) votaram contra o voto impresso.
PSD
“Os partidos têm uma posição consolidada e isso reflete na comissão, onde existe uma maioria para manter o atual modelo de apuração”, declarou o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao Estadão.
MDB
Líder do MDB na Câmara, o deputadoIsnaldo Bulhões, afirmou ao Estadão que vai orientar a bancada do partido a votar contra a proposta.
PSDB
Líder tucano na Câmara, o deputado Rodrigo de Castro (MG), afirmou ao Estadão que vai orientar a bancada do partido a votar contra a proposta.
PSB
O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), classifica a PEC como ameaça à democracia. “A Câmara já disse não ao GOLPE do voto impresso: o projeto de Bolsonaro é uma ameaça à democracia. #VotoImpressoNão”, escreveu no Twitter.
DEM
“Quanto mais o presidente eleva o tom, menos provável se torna a aprovação de uma matéria como essa porque fica muito evidente que está havendo muito exagero”, disse o presidente do DEM, ACM Neto, ao Estadão.
PDT
Apesar de o voto impresso ter sido bandeira de Leonel Brizola, o partido, que é defensor da medida, já garantiu que vai votar contra em plenário. “A pauta é antiga e histórica. Não vamos cair na pressa dos que querem julgar sem nenhum aprofundamento”, escreveu o presidente da sigla, Carlos Lupi, no Twitter. Na comissão especial, a sigla não orientou voto.
Solidariedade
“Agora o Bolsonaro vai perder de goleada. Vai apanhar igual cachorro sem dono”, afirmou o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força, ao Estadão.
Psol
Única titular do Psol na comissão especial, a deputada Fernanda Melchionna (RS) votou contra a proposta.
PCdoB
Para os deputados do PCdoB, apoiar a proposta bolsonarista após derrota na comissão especial é “colocar gasolina na fogueira institucional criada pelo presidente da República”.
PV
Além do voto contrário na comissão, o partido é signatário da nota conjunta divulgada no mês passado em defesa do sistema eleitoral brasileiro.
Rede
Para a presidente nacional do partido, Marina Silva, a pauta significa um “retrocesso”. “Arthur Lira considera irrelevante votação na comissão e rejeitou análise da PEC do voto impresso. Usará seu poder de presidente da Câmara para levar tema a plenário, onde espera passar a boiada política e promover retrocesso no sistema eleitoral em prejuízo da nossa democracia”, escreveu no Twitter.
Patriota
Na comissão especial, a sigla não orientou voto, mas o deputado Marreca Filho (MA) foi contra a proposta.
Novo
O partido liberou o voto do representante, o deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), que foi contra a PEC.
Cidadania
Na comissão, o partido liberou voto. No entanto, a sigla é signatária da nota conjunta divulgada no mês passado em defesa do sistema eleitoral brasileiro.
Avante
O partido é signatário do grupo de 11 siglas que em junho fecharam questão contra a pauta.
Favoráveis
PSL
Apesar de os três membros do partido na comissão especial terem votado em defesa do voto impresso, o presidente do partido, deputado Luciano Bivar é contrário à PEC. “É uma discussão absolutamente sem sentido. Não tem nada comprovado no histórico recente de que tenha acontecido fraude no passado”, disse ao Estadão. A bancada é rachada entre bolsonaristas, como Major Victor Hugo, e antigovernistas, como Junior Bozzella.
PSC
Não orientou, mas o deputado Paulo Martins (PR) foi favorável.
PTB
O presidente do partido, Roberto Jefferson, é defensor do voto impresso. Não à toa, na última sexta (6), protocolou no Senado um pedido de impeachment do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso.
Podemos
O representante do partido na comissão, deputado José Medeiros (MT) foi favorável à PEC.
Pros
O partido é favorável à PEC 135/2019.
Dúvidas
Progressistas
Na comissão especial, a sigla não orientou voto, mas os três titulares do partido foram favoráveis à PEC. No entanto, a sigla faz parte do grupo de 11 partidos, que em junho, fecharam questão contra a pauta.
Republicanos
Na comissão especial, os dois titulares do partido foram favoráveis à PEC. No entanto, o Republicanos faz parte do grupos de 11 partidos que em junho fecharam questão contra a pauta.
*Com informações do Estadão Conteúdo e de O Globo.
Hoje (09), o ministro da Cidadania, João Roma Neto (Republicanos), disse que o valor do programa social batizado de Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família, deve ser definido apenas em setembro, após o envio da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022, e, assim, pode entrar em vigor em novembro.
De acordo com o titular da pasta federal, a intenção é começar a pagar o benefício com reajuste de 50% em novembro, após o término do auxílio emergencial, que foi estendido até outubro. O valor do tíquete médio do Bolsa Família corresponde a R$ 189 atualmente.
“Deve girar em torno de 50% do tíquete médio do Bolsa Família”, afirmou o ministro. “Diferentemente do auxílio emergencial, abrange diversas políticas públicas e vai ser de acordo com o perfil de cada família”, acrescentou.
“Isso [o novo valor] deverá ser alcançado dentro do teto de gastos, portanto, em consonância da área social com a responsabilidade fiscal”, destacou o ministro. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá fazer o anúncio em setembro.
Roma informou que, atualmente, o programa social atinge cerca de 14 milhões e, com as alterações propostas, deve alcançar 16 milhões.
“A restruturação dos programas sociais visa ir além de uma proteção da população em vulnerabilidade. Poder apresentar, por meio destes programas, ferramentas e trilhas para o cidadão conquistar emancipação para que ele possa galgar mais espaços e qualidade de vida a sua família”, declarou.
Ao receber a medida provisória (MP) que reformula o Programa Bolsa Família, apelidado agora de Auxílio Brasil, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a matéria é “urgente” e irá tramitar na Casa “rapidamente”.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregou a MP à Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (9/8). O chefe do Executivo nacional também enviou a proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que abre espaço orçamentário para a ampliação do benefício.
Rafaela Feliciano/Metrópoles
“A gente conversava muito sobre esse projeto social. A pandemia deixou os mais vulneráveis muito expostos”, ponderou Arthur Lira.
O presidente da Câmara completou: “O Congresso se debruçou rapidamente sobre a MP e fará o possível [para aprová-la]. Essa matéria tem urgência, assim como a PEC dos precatórios. Ambas terão de ser avaliadas antes do envio do orçamento”.
Bolsonaro agradeceu o empenho do deputado. “Agradeço ao Lira pelo acolhimento e pela celeridade, tendo em vista a oportunidade e exigência que o momento assim deseja. O tratamento é cada vez mais harmonioso e produtivo entre Executivo e o Legislativo”, salientou.
Nesta segunda-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregou à Câmara dos Deputados a medida provisória que trata da reformulação do Bolsa Família, apelidado de Auxílio Brasil. Além da MP, o mandatário confirmou o envio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para abrir espaço orçamentário para a ampliação do benefício assistencial.
O presidente saiu do Palácio do Planalto a pé, na manhã de hoje, e dirigiu-se até a Câmara, onde entregou os documentos nas mãos do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Proposições de iniciativa do Poder Executivo começam a tramitar na Câmara. Em seguida, serão analisadas pelo Senado.
Confira o momento da saída do mandatário da República:
Na manhã desta segunda-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que se a proposta do voto impresso for rejeitada no plenário da Câmara dos Deputados não há mais o que ser feito. Apesar de a proposição ter sido rejeitada em comissão especial por 23 votos a 11, Arthur Lira, presidente da Câmara, decidiu levar a questão ao plenário.
“Foi uma boa linha de ação do presidente Lira, porque aí coloca para o conjunto da Câmara de Deputados definir essa questão, né? Eu tenho dito pra vocês, várias vezes, que isso é um assunto do Legislativo. Aquilo que o Legislativo decidir, nós temos que cumprir”, declarou o general.
Marcos Corrêa/PR
Indagado acerca da nova rejeição do parlamento colocar ponto final na pauta que tanto é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Mourão salientou que prevalecerá o que for decido pelos deputados e deputadas. “Acho que a partir daí não tem mais o que fazer. Está definido pelo Legislativo, pronto. Cumpra-se”, afirmou o vice-presidente.
Ao divulgar a decisão, Lira alegou que a medida é para garantir a “tranquilidade das próximas eleições”. “Para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023, vamos levar, sim, a questão do voto impresso para o plenário, onde todos os parlamentares eleitos pela urna eletrônica vão decidir”, ressaltou.
Lira defendeu que o “voto impresso está pautando o Brasil” e tensiona o Parlamento.
Neste fim de semana, a Casa da Ribeira reabriu as portas, após um ano e meio fechada. Segundo a deputada federal Natália Bonavides (PT/RN), que prestigiou o espetáculo, a experiência foi diferente do que estavam acostumados: capacidade reduzida para garantir distanciamento, uso obrigatório de máscara pff2 ou de tripla proteção, entrada e saída controlada – todos os cuidados sanitários.
“Diferente, mas com a emoção de sempre de ver o Grupo Carmin (Teatro Carmin) no palco. Que saudade que estávamos. Rever o espetáculo Jacy foi um momento de lembrar de como os trabalhadores da cultura têm sido duramente afetados pela pandemia e de ter esperança de que vamos passar desse momento difícil”.
Além disso, ela deixou um “Viva o teatro potiguar. Viva a Casa da Ribeira e seus trabalhadores. Viva o Teatro Carmin e seus artistas”, reconhecendo a essencialidade da arte para sociedade.
A vereadora em Natal Brisa Bracchi (PT), que também marcou presença, disse: “que alegria ver essa casa aberta. Foi uma experiência única poder assistir Jacy, peça do Teatro Carmin, nessa retomada dos nossos teatros. Vida longa aos nossos artistas potiguares”.
É a décima-quinta alta consecutiva do gás de cozinha – Giorgia Prates/BdF PR
A deputada estadual Isolda Dantas (PT) começou a semana reforçando, por meio do seu perfil nas redes sociais, que: “ninguém aguenta mais tanto preço alto, ninguém aguenta pagar a conta desse desgoverno, ninguém aguenta mais Bolsonaro”.
Para fortalecer a argumentação, ela aponta os valores da gasolina: R$ 6,29/1 litro, carne: R$ 40,00/1kg, gás: R$ 95,00 o botijão, arroz: R$ 26,00/5kg, luz: +52% no valor da tarifa. “O brasileiro não aguenta mais pagar o preço deste governo”, declara a deputada estadual petista.
A partir dos sucessivos aumentos nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que subiram, respectivamente, 6,3%, 3,7% e 5,9% (dados do mês passado, julho/2021), ficaram ainda mais caros os produtos consumidos na rotina do brasileiro. Ou seja, interfere diretamente no preço da cesta básica e impacta, de forma mais significativa, o custo de vida da população pobre, que tem parte relevante da renda comprometida por alimentação e transporte.
As elevações anunciadas pela Petrobrás dizem respeito aos preços nas refinarias. Os índices repassados ao consumidor dependem da atuação comercial de distribuidoras e postos de combustíveis.
Preços nas alturas
Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o gás de cozinha acumula alta de 66% e se consolida como vilão do orçamento de famílias de baixa renda que foram obrigadas a cozinhar com lenha ou carvão.
Nesta que é a décima-quinta alta consecutiva, o produto subiu R$ 0,20 por quilo, passando para R$ 3,60. Nas refinarias, o botijão de 13 kg passou a custar R$ 46,80.
Sob Bolsonaro, a gasolina encareceu 46% e o diesel 48%. Com os novos preços, os produtos subiram respectivamente R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, alcançando a marca de R$ 2,69 e R$ 2,81.
Os valores são da Agência Nacional do Petróleo (ANP), já com imposto incluídos.
Gestão da Petrobrás
Esse é o primeiro aumento da gasolina e do diesel colocado em prática pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, que assumiu a presidência da Petrobrás em abril deste ano, no lugar de Roberto Castello Branco.
Sob críticas do setor privado, a troca de comando foi efetuada após altas sucessivas nos combustíveis e no gás de cozinha, que aumentaram a pressão popular sobre o governo.
Os reajustes frequentes são fruto da política de preços posta em prática pela estatal no governo Michel Temer (MDB), que mantém o Brasil refém das variações dos valores das commodities no cenário internacional.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) denuncia, nesta segunda-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Tribunal Penal Internacional (TPI) por genocídio e crimes contra a humanidade.
A Apib alerta a promotoria do TPI para uma suposta escalada autoritária em curso no país e cita atos desde o primeiro dia de mandato de Bolsonaro, quando transferiu a Fundação Nacional do Índio (Funai) do Ministério da Justiça para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, até medidas realizadas durante a pandemia de Covid-19.
A denúncia de genocídio contra Bolsonaro é sustentada pelas seguintes acusações, em ordem cronológica:
• Invasões, esbulho e ataques a terras indígenas; • Desmatamento, queimadas e destruição do meio ambiente; • Garimpo e mineração em terras indígenas; • Propagação da pandemia de Covid-19 nos povos indígenas;
“Em todo o período em que são praticados os atos ora enquadrados como crimes contra a humanidade e genocídio, o presidente Jair Bolsonaro tem reiterado discursos e atos violentos e discriminatórios contra os povos indígenas brasileiros, bem como tem obstado, através de uma série de atos administrativos e legais, a integridade das terras demarcadas e a continuidade dos processos de demarcação de terras”, assinala a Apib, na representação.
Para embasar o argumento de genocídio, a entidade relata também mortes, perseguição e assassinatos de indígenas no país sob o governo Bolsonaro, citando os seguintes exemplos:
• Invasão, contaminação e morte do Povo indígena Munduruku; • Garimpo, morte e destruição na Terra Indígena Yanomami; • Adoecimento do Povo Indígena Guarani-Mbya e Kaingang; • Conflitos, ataques e mortes no Povo indígena Guarani Kaiowá; • Adoecimento do Povo Indígena Tikuna; • Perseguição, assassinatos e adoecimento do Povo Indígena Guajajara; • Adoecimento e contaminação no Povo indígena Terena;
Rafaela Feliciano/Metrópoles
Em janeiro deste ano, o cacique caiapó Raoni Metuktire também denunciou o atual mandatário da República ao TPI. Ele recebeu apoio, contudo, do advogado francês William Bourdon, famoso por defender causas internacionais de direitos humanos.
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) vai retomar, a partir de amanhã, segunda-feira (09), o atendimento presencial, em decorrência da diminuição do índice de ocupação de leitos críticos devido aos casos de Covid-19 e avanço na vacinação. O atendimento se dará nos expedientes da manhã e da tarde, mantendo todas as medidas de segurança recomendadas e apenas mediante agendamento prévio.
A medida visa manter a efetividade da prestação dos serviços da Caern nas áreas essenciais de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, contribuindo para a saúde coletiva e sanitária da população potiguar. Vale lembrar que todos os serviços de atendimento ao cliente podem ser acessados pelos seus canais virtuais. Além do telefone 115, estão disponíveis a Agência Virtual (www.caern.com.br), o aplicativo Caern Mobile, e o whatsapp 98137-2343.
Para atendimento presencial, o agendamento pode ser feito pelo site da Caern, no endereço https://caern.com.br/#/agendamento, ou pelo aplicativo Caern Mobile.
Com investimento de R$ 950 milhões no ciclo olímpico estendido por causa da pandemia, de quatro para cinco anos (2017-2021), o Brasil bateu todos os recordes possíveis nos Jogos de Tóquio. Ganhou mais medalhas na soma geral do que as 19 do Rio-2016, as atletas mulheres subiram ao pódio mais vezes do que as sete de Pequim-2008 e a quantidade de medalhas de ouro já havia sido igualada um dia antes do fim da Olimpíada: sete, como no Rio.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) deixa o Japão festejando a façanha e animado com as novas modalidades, como surfe e skate, de modo a ter planos ambiciosos vislumbrando a edição de Paris, daqui a três anos. O planejamento é de o Time Brasil mudar seu patamar na França e subir mais degraus no quadro de medalhas. Ao lado da Alemanha, em 1972, e da Grã-Bretanha, em 2012, o Brasil melhora seu desempenho depois de sediar uma edição olímpica. Não costuma ser assim.
Ao dinheiro investido da Lei Piva, Bolsa Atleta (governo) e patrocinadores, junta-se o talento de atletas dessas modalidades debutantes, cujos competidores são jovens, acima da média e com pelo menos mais dois ciclos olímpicos para cumprir, Paris e Los Angeles, em 2028.
Aos R$ 800 milhões anunciados em 2017 para a formação e preparação dos atletas, o COB teve aporte de mais R$ 150 milhões das loterias para manter os competidores em ação por mais um ano após o Comitê Olímpico Internacional (COI) ter de adiar a disputa de 2020 para 2021 por causa da covid-19.
Se tivesse ficado nos R$ 800 milhões, o Brasil teria gasto perto do aporte feito para a edição de Londres, cujo montante destinado ao COB atingiu R$ 770 milhões. A verba só foi maior no Rio-2016, quando os gastos bateram em R$ 1,9 bi – por ser o país-sede e ter participado de todas as modalidades do programa olímpico.
“Reestruturamos algumas áreas do COB, renegociamos contratos e tivemos um contingenciamento que é saudável e que nos ajudou a não sofrer grandes problemas. Cortamos gastos em outras áreas (R$ 43 milhões), mas o foco nunca deixou de ser a preparação dos atletas. Isso nós nunca mudamos”, disse o presidente do COB, Wanderley Teixeira, antes dos pódios em Tóquio.
Dois dos novos esportes que integraram o programa olímpico confirmaram no Japão as expectativas e contribuíram bastante para o Brasil saltar no quadro de medalhas. Graças ao ouro no surfe e às três medalhas de prata no skate, a delegação nacional alcançou a maior campanha de sua história, superando as 19 medalhas do Rio-2016.
“O desempenho foi muito bom. Dos 12 atletas que vieram para cá, três subiram ao pódio. É um resultado excelente”, diz Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk). Para o novo ciclo olímpico é certo que a modalidade terá maior investimento. Isso ainda não está definido, mas o COB tem apostado em modalidades com potencial. O Comitê passa a monitorar mais, oferecer melhores condições e até pensar em treinadores mais bem preparados, alguns até do exterior, como teve o canoísta Isaquias Queiroz, ouro na prova individual do C1 1000m.
O skate obteve três pratas com Kelvin Hoefler, Rayssa Leal (ambos no street) e Pedro Barros (park). Existia a expectativa de ouro, principalmente com Pâmela Rosa ou Leticia Bufoni, mas elas não conseguiram. Pâmela competiu machucada.
Quem também teve chance de ser bronze foi Luizinho Francisco. Ele fez uma última volta de alto nível, mas os juízes não lhe deram os pontos necessários. Eles devem estar em Paris.
No surfe, quem levou o ouro foi Italo Ferreira. Gabriel Medina chegou perto, foi bem em toda a competição, mas perdeu na semifinal em bateria apertada e caiu na disputa pelo bronze. “É uma conquista incrível para a minha carreira, mas no pessoal é ainda mais importante: posso olhar para trás, ver da onde vim, com quem cresci, aqueles que estavam ao meu lado e acreditaram em todos os momentos. Acho que a parte mais difícil era lá no passado: acreditar, perseverar, treinar. Hoje só vivo um sonho e tenho de aproveitar”, disse Italo.
Neste domingo (08), a média móvel de mortes diárias provocadas pela Covid-19 no Brasil caiu para 902,43 interrompendo uma sequência de dois dias de crescimento. Em comparação com o verificado há duas semanas, houve queda de 18%, o que sinaliza desaceleração nos óbitos.
Somente nas últimas 24 horas, foram 399 mortes e 13.893 novos infectados notificados em todo o país. Os dados constam no mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Ao todos, o Brasil já perdeu 563.151 vidas para a doença e computou 20.165.672 casos de contaminação.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê para a próxima terça-feira (10), a votação da proposta de adoção do voto impresso. Com isso, Lira atende aos apelos tanto da oposição quanto do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que almejam retirar o assunto da pauta da Casa o mais rápido possível, para que os deputados possam se preocupar com matérias consideradas mais importantes.
O assunto será tratado em um almoço com lideres partidários marcado para esta segunda-feira (9). A maioria dos líderes é a favor de que a proposta possa ter uma definição, o mais rápido possível.
Ainda na sexta-feira (6), logo após o anúncio feito por Lira de que levaria a proposta ao plenário, apesar de o parecer favorável ter sido derrotado na comissão especial, Ramos fez um apelo público ao presidente da Casa, pedindo pressa para que a votação aconteça.
Ramos acredita que a proposta será derrotada pelos deputados e argumentou ser necessário que esse tema seja retirado do centro das discussões do Legislativo o mais rapidamente possível para que o país volte a debater assuntos relevantes.
O deputado prevê uma derrota acachapante para o governo nesse item.
Semana que vem a tal PEC do voto impresso será derrubada de forma acachapante e vamos virar a página pra discutir temas que mudem a vida dos brasileiros garantindo vacina no braço, emprego e comida no prato.
Italo Ferreira e ‘Seu Luizinho’, pai do campeão – Foto: Cedida
Por: Kevin Muniz / Novo Notícias
Pai é um mapa de um caminho, corrido antes que você, junto com você. Neste domingo, dia 8, data em que o Brasil comemora o Dia dos Pais, o NOVO conta a história de um pacato cidadão de Baía Formosa, no interior do Rio Grande do Norte. Residente no município, 96 km da capital, Luiz Ferreira de Souza viu seu filho conquistar a maior glória do esporte mundial.
Pai do surfista Ítalo Ferreira, medalhista de ouro nas olimpíadas de Tokyo 2020, “Luizinho”, como é popularmente conhecido na cidade, relembra com emoção, as dificuldades que a família enfrentou no início da carreira do filho.
“No início foi difícil. Eu vendia peixes e nós não tínhamos muito recursos. Ele começou na tampa da caixa de peixes que eu vendia, uma tampa de isopor. Depois, com muito esforço, conseguimos comprar uma prancha usada para ele”, conta Luizinho.
Pai é ser espelho. Luizinho conta como a vivência ao longo dos anos com o filho, carrega um significado e importância nas conquistas de Ítalo durante a sua trajetória.
“É muito gratificante olhar para esse momento e enxergar lá atrás também. Nós tínhamos um sonho e o ítalo muita força de vontade. Víamos ele desde pequeno voltando dos campeonatos com troféus, a gente esperava um, ele voltava com dois, três, em várias modalidades e idades. E agora ele é campeão mundial e campeão olímpico”, enfatiza o pai campeão.
Pai é ser origem. Luizinho e Baía Formosa são palavras que se completam, logo após, Ítalo colocar a cidade no mapa das conquistas olímpicas, o pescador comemora com orgulho, os dias de festa que o município está vivendo.
“Baía Formosa já é outra, tem outra cara, muita gente na cidade, muito movimento, um carnaval fora de época, muita gente na praia, todo mundo se assustou com o movimento, dono de bares e donos de restaurantes, isso é muito bom para a cidade, sempre lutamos por isso e agora Baía Formosa vai ser um ponto turístico muito forte”, enfatiza seu Luiz.
Pai é ser apoio. Ítalo transformou a realidade da família, com a agenda de competições internacionais e vivendo muito tempo fora do Brasil, Luisinho agora é o braço direito do filho, o pai coruja deixou a vida de vendedor e agora gerencia e administra os negócios do filho em Baía Formosa.
“Precisamos mais ainda estar do lado dele agora, temos uma casa grande para cuidar, negócios para administrar, precisamos garantir que estamos cuidando bem das coisas dele, e que ele se mantenha focado apenas em competir”, finaliza Luiz.
Pai é desenvolvimento. Luiz Ferreira agora busca iniciativas de respeito e apoio ao esporte praticado pelo filho. O Instituto Italo Ferreira tem a finalidade de contar a trajetória do esportista e atender crianças e jovens carentes com potencial para iniciar no surfe.
O Instituto já tem local definido e projeto arquitetônico pronto. Segundo Luiz Ferreira, as obras físicas devem estar concluídas em fevereiro de 2022. Além de expor as premiações conquistadas por Ítalo, 70 jovens serão selecionados na rede escolar para participar da escolinha de surf.
Além de aulas no mar, serão oferecidas aulas de inglês e francês e alimentação. Também vai funcionar como local de visitação e contemplação, já que as instalações contarão com um mirante com 15 metros de altitude.
Neste domingo (08), Dia Dos Pais, todos os deputados federais pelo Rio Grande do Norte externaram gratidão pela data. Confira as publicações, feitas por meio dos perfis nas redes sociais, de cada parlamentar:
Nesta segunda-feira (9), presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai pessoalmente à Câmara para entregar uma proposta de Emenda à Constituição e uma medida provisória, ambos tratando sobre o Bolsa Família. A previsão consta na agenda do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deve recebê-lo no gabinete da Presidência da Câmara.
O novo valor a ser pago no programa ainda não foi divulgado. O que se sabe é que haverá o aumento do valor pago e que a estimativa de custo para os cofres públicos fica entre R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões. A medida tem sido vista a salvação da imagem do presidente que vem sofrendo sucessivos desgaste.
Teto de gastos
O próprio presidente chegou a falar que o novo valor médio do Bolsa Família pode chegar a R$ 400, mais que o dobro do atual, que está em R$ 192, em média. No entanto, esse valor, até o momento, não tem o aval da equipe econômica, comandada pelo ministro Paulo Guedes.
Apesar das falas do presidente no sentido de aumentar o benefício para algo em torno de R$ 400, o próprio presidente da Câmara, no início da semana, reforçou que esse valor pode ultrapassar o ter de gastos e que isso não será admitido pelos deputados.
De acordo com Lira, nunca houve conversa sobre esse valor para o programa de distribuição de renda que será renovado. “Não houve essa conversa de 400 Reais, não há essa conversa de Bolsa Família dentro de PEC, não há essa conversa de furar teto de gastos e o Bolsa novo, novo programa social, que é justo para os mais pobres”, disse Lira.
O chefe do Executivo deverá fazer mais mudanças na estrutura da Esplanada dos Ministérios nos próximos meses. Pouco mais da metade do primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve deixar o governo para se candidatar nas eleições de 2022. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março do próximo ano.
Recentemente, uma reforma ministerial organizada por Bolsonaro colocou Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do Centrão, no comando da Casa Civil e recriou o extinto Ministério do Trabalho e Previdência. O recém-nomeado ministro deve deixar o cargo para concorrer ao governo do Piauí.
Além do Ministro da Casa Civil, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), também pode deixar o cargo para concorrer a uma vaga no senado pelo Rio Grande do Sul. Em declarações recentes, Jair Bolsonaro tem sinalizado que, caso concorra à eleição em 2022, não deve ter Hamilton Mourão ao seu lado como vice.
Outra autoridade que deve desfalcar o governo é o atual Ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), que já indicou o interesse em concorrer ao senado no Rio Grande do Norte.
Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. Na maioria das vezes, esses cargos são ocupados por interinos, no geral servidores de carreira da própria pasta. As trocas provocam um desfalque momentâneo e, em certa medida, esvaziam os ministérios.
Em entrevista à Rede Rádio Nordeste, na última terça-feira (27/7), Bolsonaro disse já ter conversado com alguns ministros e que eles “estão abertos” a se candidatar. A disputa é importante para que o presidente, provável candidato à reeleição, tenha palanques em vários estados.
“Já falei com eles [os ministros]. Eles estão abertos. Quem quiser tentar… Boa sorte. E eles sabem muito bem [que] eles têm chances de vitórias se eu estiver bem. […] Acredito que um terço dos meus ministros se lancem candidatos no ano que vem”, declarou o presidente.
Relação entre os cargos atuais e os que devem ser disputados em 2022:
Neste domingo (8), Dia dos Pais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou apoiadores para um passeio de moto por Brasília. O trajeto inclui regiões administrativas do Distrito Federal, como Ceilândia e Taguatinga. A concentração ocorreu na Praça dos Três Poderes e o comboio de motociclistas saiu às 9h40 pela Esplanada dos Ministérios.
Antes, acompanhado pelo comboio presidencial, Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada 20 minutos antes das 9h. Ao chegar ao Palácio do Planalto, Bolsonaro, sem máscaras, desceu a rampa, onde foi cercado por apoiadores.
Presidente @jairbolsonaro desce a rampa do Palácio do Planalto e vai ao encontro dos motociclistas.
Depois de percorrer a Esplanada dos Ministérios, a motociata seguiu pela rodovia BR-070, a caminho da Ceilândia, cidade onde viveu a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Ao chegar à tradicional Feira da Ceilândia, Bolsonaro foi recebido com gritos e “mito” por pessoas que estavam no local. Antes Bolsonaro parou o comboio, na BR-070, em frente ao acesso a Via 0-1, em Ceilândia. O presidente desceu da moto, cumprimentou apoiadores e tirou fotos com simpatizantes. Também recebeu cumprimentos pelo Dia dos Pais.
08.08.2021 – Jogos Olímpicos Tóquio 2020 – Vôlei Feminino. Brasil x Estados Unidos. Na foto a atleta Carol Gattaz durante a cerimônia de premiação(foto: Gaspar Nóbrega/COB)
A derrota do Brasil na final do vôlei feminino não foi o resultado esperado, mas a central Carol Gattaz encerra a Olimpíada de Tóquio com uma marca histórica. Aos 40 anos, ela se tornou a mulher brasileira mais velha a ganhar uma medalha em Jogos Olímpicos – superou a levantadora Fofão, que ganhou o ouro em 2008 com 38 anos.
“Fiquei sabendo ontem dessa informação, eu não sabia”, disse a atleta, que participou justamente de sua primeira Olimpíada. “É uma honra muito grande na minha idade ser uma medalhista olímpica”, emendou.
Carol Gattaz estava afastada das Seleção nos últimos anos, mas chamou a atenção do técnico José Roberto Guimarães pelo ótimo desempenho com a camisa do Minas. Em Tóquio, sua regularidade foi fundamental para a caminhada do Brasil até a final.
Ciente de que ganhou uma oportunidade valiosa, Carol Gattaz procurou curtir todos os momentos nos Jogos Olímpicos, sem pensar no futuro. E, depois de receber a prata, preferiu um discurso positivo para valorizar o resultado.
“Chegar à final é tão difícil, precisamos estar orgulhosos. Se pegar todos os problemas que tivemos, saímos com cabeça erguida, lutamos de todas as formas, sabemos como é desgastante. Claro que eu queria ouro, queria ter jogado mais na final, mas sabemos tudo que significa”, destacou.
O vereador de Natal Anderson Lopes protocolou, na Câmara Municipal de Natal, um Projeto de Lei que institui a Campanha Agosto Verde, cujo objetivo é conscientizar sobre o uso saudável das redes sociais e o combate ao cyberbullying em âmbito municipal. A Lei receberá o nome de Lucas Santos, jovem encontrado sem vida na última terça-feira (3) após ser vítima de comentários ofensivos em rede social.
Segundo o texto do projeto, durante o mês de agosto, deverão ser promovidas diversas atividades de conscientização, entre elas, a realização de campanhas educativas em escolas das redes pública e privada, além da promoção de palestras, veiculação na mídia e a iluminação de prédios públicos com a cor verde. Em âmbito escolar, os projetos podem incluir os crimes cibernéticos, além de matérias congêneres que eduquem sobre como diagnosticar, denunciar e evitar práticas abusivas e ofensivas na internet.
De acordo com o vereador propositor do projeto de lei, é preciso encontrar formas de evitar que novas vidas sejam ceifadas em virtude de agressões em redes sociais. “Ataques gratuitos de ódio a pessoas públicas e/ou anônimas vêm, infelizmente, se tornando cada vez mais comuns no ambiente digital. Parece que as pessoas se escondem por trás de uma tela para disseminar um ódio sem motivo e por qualquer ‘razão’ . Isso é inaceitável. A vida de muitos jovens está sendo disseminada por conta disso. Precisamos, portanto, cuidar não só da saúde mental, em especial, dos jovens, mas também buscar formas de promover a conscientização de toda a sociedade sobre crimes como o cyberbullying que tragicamente vitimou o adolescente Lucas Santos”, pontua Anderson Lopes.
No último dia 03 de agosto, a morte do jovem Lucas Santos, de 16 anos, ganhou repercussão nacional. Filho da cantora Walkyria Santos e de César Soanata, como é conhecido no meio artístico, o adolescente foi encontrado sem vida após ser vítima de comentários ofensivos em vídeo publicado em rede social.