O SILÊNCIO DA CÂMARA DE NATAL DIANTE DO MAU CHEIRO DA DISPENSA MILIONÁRIA DA URBANA
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A Urbana realizou uma dispensa de licitação milionária, que beneficiou três empresas com mais de 50 milhões de reais em contratos de apenas 180 dias. O Ministério Público Estadual começou a investigar o caso, que apresenta suspeitas de fraude, com beneficiamento direcionado e com prejuízo aos cofres públicos.
O Ministério Público de Contas também abriu procedimento e está investigando o caso. A Câmara de Natal segue silenciosa como se nada tivesse acontecendo e não tivesse nenhuma responsabilidade sobre o caso. O mínimo que a Câmara de Natal poderia fazer seria convocar o diretor-presidente da Urbana, Joseildes Medeiros da Silva, para explicar todas as suspeitas que pairam sobre esses contratos milionários.
Afinal, um dos contratos, Joseildes assinou para beneficiar a empresa da qual ele havia sido gerente há pouco tempo. Caso fosse um processo de licitação normal e sigiloso, esse fato já seria motivo de suspeitas. Imagine uma dispensa malcheirosa como essa.
O Legislativo natalense não pode ficar inerte diante de uma situação escandalosa como essa. Fiscalizar os gastos do Executivo é uma das atribuições do Legislativo. Fechar os olhos não. Independente de ser da bancada do prefeito Álvaro Dias ou da oposição, cabe aos vereadores o papel de esclarecer os fatos, investigar, cobrar, denunciar.
Fingir que não está acontecendo nada é feio. Principalmente quando sabemos que há duas investigações em curso e a Câmara fecha os olhos para contratos suspeitos de 50 milhões de reais. A Câmara pode até fechar os olhos; mas o nariz sente o mau cheiro da dinheirama suspeita. O que é que está havendo?