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ROGÉRIO FAZ MISTÉRIO E SÓ VAI FALAR DE CANDIDATURA AO SENADO APÓS REUNIÃO

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Eleito pelo RN e fiel escudeiro do presidente Bolsonaro, Rogério Marinho é cauteloso sobre a presidência do Senado

Nome do Potiguar é ventilado nos bastidores e definição pode sair após reunião marcada para esta quarta – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Silencioso como sempre, cauteloso nas expressões e estratégico como a ocasião merece, o senador eleito pelo Rio Grande do Norte nas últimas eleições, Rogério Marinho (PL) tem o seu nome lembrado para disputar a presidência do Senado Federal contra Rodrigo Pacheco (PSD), numa disputa renhida entre oposição e situação.

O nome de Rogério já vem sendo ventilado para disputar o cargo há cerca de dez dias, mas até o momento nenhum órgão de imprensa conseguiu tirar o potiguar do seu silêncio quase sepulcral.
Na verdade, a direção nacional do Partido Liberal (PL) é que está conduzindo os encaminhamentos para viabilizar a vitória do norte-rio-grandense na presidência do Senado Federal, apesar de que em pouco mais de uma semana o potiguar já esteve três vezes com o presidente Jair Bolsonaro e também com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto tratando do assunto, mas sem deixar vazar qualquer informação.

Mesmo estando na oposição a partir de 1º de fevereiro, quando assume o seu cargo de Senador da República, Rogério Marinho transita bem entre os parlamentares de centro e da direita e, assim, poderá definir a eleição da presidência do Senado a seu favor, apesar de que o atual presidente Rodrigo Pacheco é considerado o favorito ao pleito uma vez que irá contar com o apoio do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que por sua vez tem conhecimento de que um adversário da envergadura de Rogério na presidência do Senado significará um entrave aos projetos que interessem ao Partido dos Trabalhadores.

TRAJETÓRIA
O fato de ser assumido a relatoria da lei que tratou das Reformas Trabalhistas na Câmara dos Deputados durante a gestão de Michel Temer, valeu ao Rogério Marinho, à época no PSDB, uma derrota à sua não reeleição, mas lhe presenteou, em seguida, mesmo sem mandato, o cargo de Secretário Especial de Previdência e Trabalho, no início do governo de Jair Bolsonaro. E já atuando como articulador político entre o Planalto e o Congresso, Marinho foi convidado a assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional, onde permaneceu até que disputou o cargo de Senador da República já pelo Partido Liberal.

Se mostrando fiel a Jair Bolsonaro, buscando fazer a chamada dobradinha, de certa forma o norte-rio-grandense colocou a sua eleição ao Senado em risco, uma vez que o nome do presidente da República apresentava uma rejeição junto ao eleitorado potiguar de quase 60%. Ao final da eleição, em 02 de outubro, Rogério obteve 708.351 votos, o equivalente a 41,85% dos votos válidos, enquanto que o até então favorito Carlos Eduardo Alves obteve 565.235 votos (33,4% dos válidos).

A apresentação do nome de Rogério Marinho para ser candidato à presidência do Senado Federal só deverá acontecer após a reunião de amanhã, quarta-feira, 07/12, com a bancada do Partido Liberal, e a partir daí o representante do Rio Grande do Norte iniciará sua campanha em busca de votos suficientes para derrotar o atual presidente Rodrigo Pacheco, do PSD.


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