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STYVENSON SE FILIOU PARA RESOLVER “ESPAÇO DE PODER”, CRITICA DEPUTADO

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O deputado estadual, Bernardo Amorim, do PSDB, criticou a forma com que o senador Styvenson Valentim se filiou ao partido, no último sábado (01). Enfatizando a falta de aviso prévio e ressaltando que “política é a arte do diálogo”, para ele, a falta de comunicação do senador com os membros do partido é um sinal de que a filiação pode ter sido uma estratégia pragmática, mas que não garante a permanência dele no partido até as eleições de 2026.

“Não tenho opinião formada, não dá para fazer juízo de valor da filiação de alguém que veio para o partido ao qual pertenço e não fez uma ligação para nenhum membro dizendo a que veio.

Política é a arte do diálogo. Como tem janela partidária no próximo ano, a impressão que fica é que o senador se filiou para resolver a questão de espaço de poder na Mesa Diretora do Senado, daí não precisar conversar com nenhum filiado do partido”, afirmou Dr. Bernardo em conversa com o Diário do RN.

Entretanto, apesar de citar a janela partidária como uma oportunidade do senador logo deixar o partido a que se filiou, Styvenson não depende da janela por se tratar de um cargo majoritário. O que permitiu a mudança nesse período.

Bernardo é direto também em relação a outra possibilidade: “Ou então nos botar para fora, já que se filiou e não conversou com ninguém. Tudo pode acontecer, inclusive nada”.

A bancada tucana na Assembleia Legislativa tem posicionamentos divergentes sobre a chegada do senador, mas todos que conversaram com o Diário do RN são unânimes em aguardar contato e diálogo sobre a situação do partido daqui em diante. A filiação foi surpresa para os deputados estaduais da agremiação. A expectativa agora recai sobre o presidente estadual do PSDB, Ezequiel Ferreira, que ainda não se manifestou oficialmente sobre a movimentação.

O deputado Nélter Queiroz, que se posiciona contra o Governo Estadual, avaliou a chegada de Styvenson como positiva, ressaltando sua atuação no Senado e o potencial para fortalecer a legenda.

“Eu considero muito importante a chegada do senador no PSDB. Nós somos parceiros dele e acho que o partido só tem a ganhar. É um senador que tem feito muito pelo nosso Estado e evidentemente vai fazer muito mais. Estamos aí atentos para tudo isso”, afirmou.

Nélter defendeu que o partido se torne oposição ao governo estadual. “Nós vamos ouvir o senador, nos reunir. Eu defendo exatamente ficar na oposição, que é minha posição hoje; claro, respeitando os demais”, afirma.

Já o deputado Galeno Torquato reforçou que o senador já deixou claro seu distanciamento do governo Fátima Bezerra (PT) e destacou a incerteza sobre o controle do PSDB no Estado.

“O senador foi enfático em não fazer aliança com o atual governo. Resta saber com quem vai ficar o comando do partido no estado. Primeiro, temos que ouvir o atual presidente do diretório estadual se houve alguma comunicação, contato ou entendimento com a direção nacional sobre essa filiação”, pontuou.

O deputado Ubaldo Fernandes seguiu na mesma linha e reforçou a necessidade de diálogo interno para entender o impacto da chegada do senador na estrutura partidária do PSDB potiguar.

“É sempre importante um partido se fortalecer com a chegada de bons nomes como o do senador.

Estamos aguardando o presidente do diretório estadual, Ezequiel Ferreira, nos informar sobre as atualizações da agremiação partidária. Não houve nenhum aceno e nem comunicado aos deputados sobre a filiação. Estamos no aguardo deste contato. Precisamos analisar com calma este novo cenário e ver o novo desenho desta mudança”, destacou Ubaldo.

No dia da eleição ao Senado, em 1º de fevereiro de 2025, o senador se filiou ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), deixando o Podemos. Com essa mudança, o PSDB ampliou sua bancada no Senado, passando a contar com três senadores e recuperando a estrutura de liderança na Casa. A filiação foi anunciada pelo perfil oficial do PSDB nas redes sociais em fotografia de Styvenson, com os senadores Oriovisto Guimarães, que também deixou o Podemos pelo PSDB, e o senador Plínio Valério, até então, único senador do partido tucano na Casa. Com três senadores, Plínio Valério se tornou líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no Senado Federal.

A filiação pegou o RN de surpresa, e deve ter desdobramentos no Estado, já que o PSDB é presidido por Ezequiel Ferreira e faz parte da base de Fátima Bezerra. Em novembro do ano passado, seis deputados estaduais migraram para o PL justamente por causa da “postura governista” de Ezequiel Ferreira, conforme citaram em entrevista ao Diário do RN à época.

No Instagram, Styvenson disse: “Eu não participo do governo Fátima, não sou base e nem vou ficar num partido que é da base do governo Fátima”.

No mesmo dia do anúncio da filiação, Ezequiel postou em suas redes sociais a presença de Marconi Perillo, presidente nacional do partido, em sua casa de praia, em Pirangi. Segundo Ezequiel, a estada de Perillo do RN se estende até hoje (02), quando participa da abertura do ano legislativo na Assembleia Legislativa.


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