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Cúpula do Clima


BOLSONARO DISTORCE DADOS ACERCA DA PRESERVAÇÃO NA CÚPULA DO CLIMA, APONTA IMPRENSA

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Segundo o Estadão e o UOL, o presidente Jair Bolsonaro distorceu informações quando afirmou que duplicou recursos para fiscalização ambiental. Levantamento do Observatório do Clima mostra que os recursos não obrigatórios destinados ao Ibama e ao ICMBio para fiscalização e combate a incêndios registraram queda de R$ 193 milhões, em 2019, para R$ 174 milhões milhões em 2020. O presidente dos EUA, Joe Biden, que organizou o evento, não assistiu ao discurso do líder brasileiro.

Assim, em discurso nesta quinta-feira, 22, na Cúpula de Líderes sobre o Clima, o presidente Jair Bolsonaro repetiu distorções e alegações enganosas contidas na carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O brasileiro falhou ao citar dados acerca da conservação de florestas e emissão de gases de efeito estufa.

O presidente Jair Bolsonaro estabeleceu nesta quinta-feira o compromisso de atingir a neutralidade das emissões de gás carbônico até 2050. No entanto, outros países já haviam apresentado metas mais ambiciosas anteriormente. Em 2019, 15 nações tinham se comprometido a zerar emissões até 2050, de acordo com estudo da ONG britânica Energy & Climate Emergency Unit. A Suécia colocou o objetivo de neutralidade até 2045 em sua legislação em 2017. Na Noruega, a meta é zerar emissões até 2030. Dois países menores, Butão e Suriname, já têm emissões negativas. A neutralidade é atingida quando há equilíbrio entre o total de gases emitidos e absorvidos.

As nações listadas no estudo de 2019 eram responsáveis por apenas 16% do PIB mundial. Países maiores ainda precisam estabelecer metas mais ambiciosas. Na Cúpula do Clima desta quinta-feira, o presidente Joe Biden assumiu o compromisso de carbono zero até 2050 – o americano disse que a meta é cortar as emissões pela metade até 2030.


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