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agosto 27, 2024


“ESTAMOS TRATANDO DE INTERESSE PÚBLICO E DO FUTURO”, AFIRMA SERQUIZ

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“Estamos tratando de interesse público e do futuro”. As palavras são do presidente da Federação Das Indústrias do Rio Grande do Norte, Roberto Serquiz, após a assinatura de contrato para a instalação de uma planta piloto de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte. Com isso, o RN será o primeiro estado do país a adotar o hidrogênio verde como combustível para a indústria de cimento em substituição a derivados de petróleo.

O contrato para produção e consumo de hidrogênio verde foi oficializado semana passada, no auditório da Governadoria, em Natal. Assinaram a governadora Fátima Bezerra, o CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrela, e o CEO da Mizu (empresa do grupo Polimix), Roberto de Oliveira.

Também formalizaram o documento o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico do RN, Sílvio Torquato, e o secretário adjunto, Hugo Fonseca.

“Tanto a CPFL quanto a Mizu Cimento destacaram o compromisso com o meio ambiente e a responsabilidade social. O desenvolvimento sustentável reflete o atual modelo de negócio, gerando como consequência natural oportunidades e dignidade para as pessoas”, enfatizou Roberto Serquiz.

Importante enfatizar que a CPFL Energia é uma empresa do grupo chinês State Grid. Já a Mizu Cimentos, tem a fábrica mais moderna do país no setor, instalada no município de Baraúna, na região Oeste potiguar, a 317 quilômetros de Natal.

Segundo o Governo do Estado, a previsão de instalação da fábrica está para o início de 2027.

Porém, existe um esforço de cooperação para que a instalação ocorra no final de 2026.

“A instalação de uma planta de hidrogênio verde significa a inserção de um novo combustível para geração de energia elétrica. Essa inserção de um novo componente na matriz elétrica do estado vai necessitar de uma nova cadeia de valor, ou seja, novas indústrias para operação e manutenção dessa planta de hidrogênio. Indústrias para produção de eletrolisadores, construção de linhas de transmissão, construção de infraestrutura para essa planta de hidrogênio verde, dente outros. Isso significa mais empregos e desenvolvimento para a região em torno dessa fábrica”, disse Emília Casanova, coordenadora de Desenvolvimento Energético do Governo do Estado ao Diário do RN.

Pioneirismo
O Rio Grande do Norte é o primeiro estado do país a adotar o hidrogênio verde como combustível para a indústria de cimento em substituição a derivados de petróleo. “Estamos escrevendo um novo capítulo em nossa história. Estamos dando um exemplo claro de que a industrialização do Nordeste e reindustrialização do Brasil é possível. Este contrato é um passo firme em direção ao futuro e fortalece setores estratégicos da economia. Além disso, reforça o RN como referência em energias renováveis e nos processos para descarbonização do planeta”, declarou a governadora Fátima Bezerra.

A chefe do Executivo do RN ainda destacou a sinergia entre o setor público e o setor privado.

“Consolidamos hoje uma parceria que é fruto de um memorando de intenções, assinado no ano passado, que fomenta o desenvolvimento com sustentabilidade, com diálogo junto às comunidades. Em Baraúna, a Mizu emprega 370 pessoas e gera 1.500 empregos indiretos. A CPFL Energia é o terceiro maior produtor de energia em nosso Estado e instalou um sistema de abastecimento de água com dessalinizador que atende 3 mil pessoas na comunidade do Amarelão, em João Câmara”.

O presidente da Fiern ainda destacou o incentivo do Governo do Estado. Para Serquiz, o apoio da governadora para a indústria e para o segmento das energias renováveis é algo que deve ser celebrado. “Nosso desafio é fazer com que esse sentimento de apoio contagie todas as instâncias, órgãos e secretarias. Afinal, estamos tratando de meio ambiente bem cuidado, desenvolvimento econômico, pesquisa e inovação”, ressaltou.

250 toneladas do combustível por ano
A unidade de produção de hidrogênio verde para atender a fábrica da Mizu terá capacidade de 1 megawatt e vai ofertar 250 toneladas do combustível por ano. “Identificamos a indústria do cimento como importante, e, com apoio do Governo do Estado, decidimos investir R$ 43 milhões em uma planta de hidrogênio”, disse Gustavo Estrella, CEO da CPFL.

Diretor de Estratégia e Inovação da CPFL, Bruno Monte considerou o contrato um “grande avanço na transição energética”. A CPFL também foi representada pelo presidente do conselho de administração, Daobiao Chen. A planta-piloto deve entrar em operação até 2027.

Desenvolvimento e crescimento
Para Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do RN, o contrato “fortalece laços comerciais e a mútua cooperação. E é exemplo de como setores público e privado podem promover o desenvolvimento e o crescimento da economia. Pelo seu potencial, o RN tem condições de liderar a produção de hidrogênio verde, sendo referência para o Brasil. Temos certeza de que trilhamos o caminho certo para o desenvolvimento econômico e social sustentável”.

50 anos de relações diplomáticas
A Cônsul geral da China, sediada em Recife, Lan Heping, lembrou que este ano são comemorados os 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a China e parabenizou o Governo do RN pela formalização do contrato. “A China quer ampliar as relações comerciais e o Brasil e o Rio Grande do Norte têm grande potencial para negociações bilaterais. A China valoriza a cooperação com os estados do Nordeste, especialmente o RN, hoje o maior parceiro comercial”.

Roberto de Oliveira, CEO da Mizu, informou que a estrutura da empresa no RN é composta por cinco unidades de produção de concreto, uma usina eólica de 100 megawatts e a fábrica de cimento em Baraúna.

Setor espera superávit de R$ 75 bilhões até 2030
Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV) revela que o setor de hidrogênio verde espera ter um superávit de R$ 75 bilhões até 2030. O Brasil é um dos países mais promissores na produção de hidrogênio verde. Além disso, os investimentos anunciados para mais de 20 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil já somam R$ 188,7 bilhões, conforme o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado ontem, dia 26.

Ainda de acordo com o estudo, em 2030, o Brasil deverá produzir hidrogênio com um dos menores custos do mundo, devido ao baixo custo e a alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável que colocam o país em vantagem competitiva.


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“INCÔMODO COM O ATRASO DE NATAL ”É MOTIVAÇÃO PARA JOÃO EVANGELISTA

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João Pedro Evangelista de Oliveira é pela 1ª vez candidato a vereador em Natal. Com 27 anos, filiado ao PT, resolveu se candidatar “por conta de um incômodo com o atraso de Natal”.

Com João Oliveira como nome de urna, o artista, antropólogo e produtor cultural, é formado em direito pela UFRN e mestre em antropologia pela mesma universidade. O pai, João Evangelista, é professor universitário, a mãe é pedagoga, professora da rede municipal. Estas foram as influências para o candidato colocar a educação como fundamental na sua vida e para a sociedade. Tem uma união estável e trabalha na área da educação, pesquisa, fotografia e empreende com o Margem Hub, espaço de economia criativa na cidade.

“Como artista, como produtor, acabo circulando em outros lugares viajando e sempre fica aquela sensação de que Natal é uma cidade que está parando no tempo. A gente não tem aqui na cidade um olhar, por exemplo, da nossa cultura para indústria criativa de tecnologia, não tem um olhar realmente para o novo projeto de desenvolvimento de Natal”, afirma o candidato em conversa com o Diário do RN.

Por isso, a principal bandeira que João pretende levar à Câmara Municipal de Natal caso seja eleito, envolve suas áreas de atuação. Além da discussão sobre mobilidade urbana e sistema de transporte público, quer a valorização da cultura e do centro histórico e fomentar a tecnologia.

“Que a gente possa colocar na ordem no dia da cidade um modelo de desenvolvimento que priorize a educação, a cultura nessa interface entre a economia criativa, entre os setores criativos, ou seja, áreas como moda, design e toda essa cadeia produtiva de geração e produção de conteúdo, para que Natal seja uma cidade conectada com o mundo, na interface também das indústrias criativas com o desenvolvimento tecnológico. A gente tem hoje experiências incríveis em Natal. Como o polo digital ligado à UFRN que nos ensina muito, que mostra que Natal pode sim atrair investimentos desse do ramo de tecnologia da cidade que é boa de se viver”, afirma.

João Oliveira avalia que a Câmara de Natal “reflete, de certa forma, o atraso de Natal”. “Você tem, em sua maioria, parlamentares muito incompetentes que não votam e não estão ali trabalhando pela cidade, mas por interesses mesquinhos, interesses de gabinetes acordões por cargos e isso é muito ruim para a cidade, porque nos mostra que a cidade também precisa ser refletida ali na Câmara Municipal, os diversos setores e os diversos anseios da cidade precisam estar ali. Por isso também que a gente coloca a nossa candidatura, para que a gente possa ter mais mandatos combativos, mais mandatos sérios, comprometidos com a cidade, comprometidos em realmente ter um trabalho legislativo que impacte positivamente na vida das pessoas”, afirma.

Afirmando-se influenciado politicamente por nomes como o do presidente Lula, o deputado Lindergh Farias, sociólogo Darcy Ribeiro, ex-deputado Leonel Brizola, ex-deputada federal Maria da Conceição Tavares, Natália Bonavides, como referência mais próxima, e Djalma Maranhão, como seu influenciador sobre o “olhar para Natal”, João acredita que o segundo turno na disputa majoritária em Natal vai acontecer entre Carlos Eduardo (PSD) e Natália Bonavides (PT).

“A gente tem a chance real de eleger uma prefeita como Natália, comprometida com a cidade, comprometida com a zona Norte, com a zona Oeste, e com capacidade de fazer uma das melhores gestões que Natal já viveu e já vivenciou. Então essa eleição é uma eleição que está posto um projeto, como o de Natália, concorrendo com o projeto de Carlos Eduardo, que é o mais do mesmo, é o feijão com arroz insosso, e o projeto de Paulinho Freire, que representa o atraso total, a continuidade desse modus operandi de Álvaro Dias, do bolsonarismo, do conservadorismo, de uma Natal elitizada, que não tem o feijão nem o arroz, apenas o caviar para alguns”, diz, ressaltando a dificuldade de atração de investimentos e a disparidade de crescimento entre Natal e outras capitais, como João Pessoa, Recife e Fortaleza.

Na disputa, João Oliveira acredita que a polarização Lula-Bolsonaro pode pautar e ser decisivo no debate eleitoral, “até porque essas eleições de 2024 antecipam uma disputa que está colocada para 2026”, e os projetos implementados por Lula e por Bolsonaro para o país estarão refletidos nas escolhas dos eleitores nesta eleição.

O candidato a uma cadeira na Câmara Municipal, ainda assim, não encara a política como uma carreira. “Eu entendo que todo mundo faz política, até quem diz que não gosta de política. A gente vive em coletividade, a gente vive em sociedade. Logo, a gente esbarra sempre em decisões políticas. Dos outros ou nossas. E quando a gente fala de uma política partidária, de uma política institucionalizada, a gente está falando de adentrar em mecanismos que a nossa democracia permite para interferir de forma mais direta nessa política. Ou seja, é fazer a política como tarefa principal, como um mandatário que se coloca para cumprir e servir a sociedade, dedicando seu tempo totalmente a política nesse sentido sim eu acredito que eu posso contribuir nesse lugar como vereador de Natal”, acredita.


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“CARLOS EDUARDO CRIOU ESSA CRUELDADE DE FAZER SORTEIO PARA VAGA EM CRECHE”

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“Foi Carlos Eduardo que criou essa crueldade de fazer sorteio para vaga em creche. E digo mais: teve a chance de resolver o problema e não resolveu porque não quis, porque tempo ele teve.

Passou 12 anos como prefeito”, lembra o candidato a prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB) sobre o assunto que se tornou uma das principais pautas dos candidatos nesta campanha eleitoral na capital e que foi assunto de entrevista do seu opositor, Carlos Eduardo (PSD), nesta segunda-feira, 26.

Ao comentar o tema ‘educação’, na Rádio Joven Pan News, Carlos Eduardo afirmou que vai “dar todo o foco” às creches. “Uma das alternativas é criar uma parceria com escolas privadas, o poder público dar uma espécie de bolsa para a criança estudar”, disse.

Neste ano de 2024, um sorteio eletrônico disponibilizou 3.749 vagas para crianças novatas de 11 meses a três anos de idade. A demanda, no entanto, foi de 4.957 inscrições e, por isso, ficaram sem vagas 1.208 crianças em Natal.

O candidato a prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), apoiado por Álvaro Dias (Republicanos), que está à frente do Executivo Municipal há seis anos, explicou ao Diário do RN que “essa história de sorteio de vaga em creche é coisa da Natal do passado”.

Na entrevista, Carlos Eduardo ainda reconheceu a deficiência de creches desde a época em que era prefeito da capital. “Quando prefeito, universalizamos a educação infantil e fundamental para garantir vaga para todas as crianças que precisam estar na sala de aula. Agora, Natal tem deficiência de creche, para aquela criança até os 3 anos, há realmente uma deficiência”, afirmou.

Paulinho Freire, no entanto, garante que o problema será resolvido no primeiro ano da gestão, caso eleito.

“Vamos solucionar essa questão já no primeiro ano. Nosso plano de governo traz o programa Fila Zero no Município de Natal, garantindo vagas para todas as crianças em creches. Vamos atacar o problema em três frentes: ampliar e reformar creches já existentes, construir novos CMEIS e também firmar parcerias com a iniciativa privada para atender a demanda que a prefeitura não puder atender num primeiro momento. Temos estudos que indicam, inclusive, as regiões administrativas mais necessitadas para começar o programa em zonas da cidade que tenham uma urgência maior na solução que vamos implantar”, promete Paulinho.

Natália Bonavides: “Carlos Eduardo agora fala do problema como se não fosse obra dele”
“A falta de vagas em creches e o uso de um sorteio para decidir quem terá acesso a esse direito sequer foi assunto em outros momentos. Isso foi normalizado pelas gestões que há anos se revezam na Prefeitura de Natal. Somente depois que nós trouxemos o tema à tona, no ano passado, os demais candidatos decidiram que é importante tratar da questão”. A candidata à Prefeita de Natal, Natália Bonavides (PT), chama a atenção para suas colocações sobre a problemática do sorteio de vagas em creches na capital.

Em conversa com o Diário do RN, Bonavides também lembra que o sistema de sorteio surgiu em uma das gestões do ex-prefeito.

“O candidato Carlos Eduardo inventou o sorteio de crianças em Natal e agora fala do problema como se não fosse obra dele. Carlos não pensou em uma solução enquanto estava à frente da prefeitura e poderia ter resolvido o problema. Ao contrário, transformou o acesso à creche em uma questão de sorte ou azar”, destacou.

A deputada estadual ressalta que nenhuma gestão anterior, entre Carlos Eduardo e Álvaro Dias (Republicanos), executou projetos com recursos federais das gestões do PT para as creches da cidade.

“Foram as gestões que estiveram na Prefeitura nesses últimos anos que deixaram essas obras paradas, construções viabilizadas com verba enviada pelos governos do PT. Essa situação é um retrato do descaso com a educação básica das últimas administrações, entre Carlos Eduardo e Álvaro Dias. É inacreditável que o candidato pense que a população vai acreditar que quem instituiu o sorteio de crianças em Natal agora vai apresentar a solução”, complementa.

A candidata propõe a parceria entre o Município e outras instituições como um plano emergencial para as crianças de Natal, além do que chama de “solução definitiva”.

“Nosso programa de governo já prevê um plano emergencial para criação de vagas, através de parcerias entre o Município e outras instituições. As crianças não podem ficar mais um dia sem acesso às creches. Mas essa não é a solução definitiva. Esta se dá pelo fortalecimento da rede: precisamos concluir as creches inacabadas e ampliar a quantidades de vagas na capital”, anuncia.

Rafael Mota: “Isso é uma desumanidade que Carlos Eduardo fez com as crianças”
O candidato Rafael Motta (Avante) também conversou com o Diário do RN sobre a proposta do seu adversário em relação às creches de Natal.

“O nome de Carlos Eduardo deveria ser ‘Carlos Sorteio’ porque foi ele quem implantou o famigerado e desumano sistema de decidir o futuro de uma criança em um sorteio, como se as crianças de Natal estivessem dentro daquela série chamada ‘Round 6’ em que o destino das pessoas era decidido em um jogo”, afirmou.

Ele complementa: “Essa é a visão de Carlos Eduardo – sortear qual criança vai ter creche e uma perspectiva de futuro e qual vai ficar para trás, fora da escola, no abandono, para o desespero dos pais. Repito, isso é uma desumanidade que Carlos Eduardo fez com as crianças de Natal, quando foi prefeito. E é por isso que o natalense não vai deixar que ele volte a ser prefeito. Que ele volte para sortear vaga de creche para os nossos pequenos”.

O ex-deputado também propõe, em sua gestão, caso seja eleito prefeito, botar em prática Parcerias Público-Privadas para atender “o que o setor público não puder”.

“Nossa proposta é de ensino integral e de garantir que todas as crianças tenham creche. Vamos inclusive fazer busca ativa para ir atrás de alguma criança cujos pais não tenham matriculado. E vamos sim adotar parceria público-privada para atender o que setor público não puder, inclusive dando o voucher para creches privadas sempre que houver necessidade. O que não pode é ficar criança para trás. O que não pode é se submeterem à humilhação do sorteio de Carlos Eduardo”, finaliza Rafael.

O candidato Paulinho Freire (UB) também foi procurado pela reportagem, mas não retornou com a opinião e sua proposta sobre o assunto.


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