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agosto 15, 2024


ASSOCIAÇÃO MAFIOSA, LAVAGEM DE DINHEIRO E EXTORSÃO, OS CRIMES DA MÁFIA NO RN

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As investigações que vêm sendo realizadas conjuntamente entre a Polícia Federal brasileira e o departamento antimáfia da cidade de Palermo, na Itália, descobriram que a máfia italiana Cosa Nostra estava usando empreendimentos gastronômicos e imobiliários no Rio Grande Norte para lavar dinheiro sujo. O esquema começou a ruir na terça-feira (13), com a deflagração da “Operação Arancia”, que resultou na prisão de um empresário italiano na capital potiguar.

Nestes últimos oito anos, inclusive, o empresário fixou residência em Natal, onde passou a fazer vários investimentos, sendo boa parte deles de especulação na área da construção civil. As informações foram confirmadas ao Diário do RN por uma fonte envolvida na apuração do caso. “A Cosa Nostra investiu na atividade gastronômica no Brasil e sobretudo na especulação imobiliária.

A investigação revelou vestígios de investimentos substanciais de capital relacionados com a máfia em iniciativas empresariais e em empresas sob a lei brasileira, todos habilmente protegidos através do uso de testas de ferro e da interposição de empresas de fachada”, afirmou a fonte.

O empresário foi identificado como Giuseppe Bruno, de 52 anos, que se mudou para o Rio Grande do Norte em 2016. Além da prisão do estrangeiro, a ação integrada de investigação conseguiu mandados judiciais que resultaram na apreensão de dinheiro, veículos e imóveis que totalizam aproximadamente 55 milhões de euros, o equivalente a R$ 300 milhões. Mais que isso. O valor total dos ativos investidos podem superar a cifra de 500 milhões de euros, em valores atuais, mais de R$ 3 bilhões.

Giuseppe Bruno continua preso em Natal. Ele permanece à disposição da Justiça Federal, após decisão em audiência de custódia. Depois, o Ministério Público Federal e o Ministério Público de Palermo, na Itália, decidirão a respeito de uma possível extradição.

Dois anos de investigação
Segundo a Polícia Federal no Rio Grande do Norte, as investigações começaram ainda em 2022, sob a suspeita de que criminosos estavam lavando dinheiro da máfia italiana por meio de investimentos feitos no estado já há quase uma década. “As evidências coletadas até o momento indicam que a máfia italiana utilizou empresas fantasmas e laranjas para facilitar a movimentação e a ocultação de fundos ilícitos, provenientes de atividades criminosas internacionais”, confirmou a PF.

Além da prisão em Natal, a “Operação Arancia” cumpriu ainda cinco mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul e Piauí. Simultaneamente, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo coordenou 21 outras buscas em várias regiões da Itália e na Suíça. Mais de 100 agentes financeiros italianos foram mobilizados, alguns dos quais estiveram no Brasil, auxiliando o cumprimento dos mandados em Natal.

Associação mafiosa, extorsão e lavagem de dinheiro
Entre os crimes investigados e atribuídos aos criminosos envolvidos no esquema, estão: associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, com agravante de apoio a famílias mafiosas notórias. “Além disso, como parte das medidas para desarticular o esquema e recuperar ativos financeiros, a Justiça Federal autorizou o sequestro de imóveis e o bloqueio de contas bancárias associadas aos suspeitos e às empresas fantasmas envolvidas. Essas ações visam garantir a reparação dos danos causados pelas atividades ilícitas e impedir a continuação das operações criminosas”, acrescentou a Polícia Federal.

Importante destacar a colaboração internacional através da criação de uma Equipe de Conjunta de Investigação (ECI), em 2022, envolvendo a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e autoridades judiciais e policiais italianas, com apoio da Eurojust, agência da União Europeia que facilita investigações e processos judiciais envolvendo múltiplos países, auxiliando na troca de informações e na formação de equipes de investigação conjuntas.


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LICENÇA CONCEDIDA PELO IDEMA NÃO É GARANTIA PARA EXECUÇÃO, DIZ TÉCNICO

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Agora com uma nova licença ambiental em mãos, a Prefeitura de Natal espera, já para os próximos dias, finalmente poder iniciar as obras de engorda da praia de Ponta Negra. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, inclusive, afirma que o começo dos trabalhos depende apenas da chegada da draga, a embarcação que vai fazer o serviço de sucção da areia que será utilizada no aterramento. Na prática, é tirar a areia de um local e colocar em outro, aumentando e até 100 metros a extensão da faixa de areia. Fim da novela? Parece que ainda não.

Segundo o IDEMA, a licença foi editada – autorizando o executivo municipal a realizar o serviço, mas não basta apenas a embarcação chegar e tudo estará resolvido. O documento, embora atualizado, ainda possui condicionantes e prazos rígidos a serem cumpridos. São 12 ao todo. Caso contrário, o Município pode ser notificado/autuado e a obra embargada. “Dependendo da gravidade do descumprimento, a licença pode ser até cancelada”, afirma Jonielson Oliveira, diretor técnico do IDEMA.

“A Prefeitura entregou a garantia da coleta dos dados primários de todo o material biológico presente na areia, como também no mar. A Prefeitura já começou também e apresentou o primeiro estudo para monitorar as aves migratórias nesse período onde a obra vai ser executada.

Garantiu também fazer todo o levantamento da batimetria (medição da profundidade do oceano), tanto da área de influência direta como indireta. Isso está assegurado pela Prefeitura, tanto na jazida como onde vai ocorrer toda a execução da obra. A prefeitura também fez o levantamento socioeconômico com os pescadores”, disse Jonielson. Sobre as exigências feitas à Prefeitura de Natal, o técnico do IDEMA disse também que “Teve uma entrevista com 110 pescadores e lá conseguiu identificar o local exato da pesca, tipo de peixe em cada local, a situação atual desses pescadores. Toda essa parte social e econômica foi levantada. Isso é importante, porque agora vai se conseguir mitigar esse impacto da obra com esses pescadores. Então, paralelo a isso, os programas de monitoramento serão contínuos durante a execução da obra e pós-execução da obra, e o IDEMA vai ficar recebendo relatórios para verificar como o meio ambiente e o socioeconômico se comportam tanto durante como após a obra”, explicou.

Condicionantes
O Diário do RN teve acesso às 12 condicionantes que a Prefeitura de Natal precisa cumprir para, como pretende, chegar à plenitude da execução do serviço de aterramento hídrico em Ponta Negra. São eles:

1 – O empreendedor deverá apresentar, o “As built” do projeto do sistema de drenagem de águas pluviais contendo o detalhamento dos dissipadores implantados ponto 01 ao ponto 06, incluindo a interface com a cota do aterro hidráulico, assim como, apresentar memorial descritivo contendo memória de cálculo em consonância com dissipadores implantados;

2 – O empreendedor deverá apresentar o projeto do sistema de drenagem de águas pluviais contendo o detalhamento dos dissipadores do ponto 07 ao ponto 15 com a interface com a cota do aterro hidráulico, em consonância com memorial descritivo e memória de cálculo;

3 – O empreendedor deverá executar a coleta de crustáceos nos termos da metodologia apresentada no programa de monitoramento, contudo a frente de obra, sob qualquer pretexto, não poderá sobrepor pontos não amostrados. Tendo um prazo de 30 dias para apresentar o relatório com as informações coletadas;

4 – O empreendedor deve realizar o monitoramento mensal das espécies de aves migratórias nas áreas estabelecidas no Programa de Monitoramento, com entrega de relatórios trimestrais em um período de 24 (vinte e quatro) meses, com a primeira campanha iniciando antes da intervenção na área. As informações compiladas deste primeiro período;

5 – O empreendedor deve apresentar comprovação de coleta de dados primários referentes ictiofauna da área da jazida em período anterior à intervenção no local da coleta, tendo o prazo de 30 (trinta) dias para entregar relatório analítico dos dados, contados da comprovação;

6 – O empreendedor fica ciente que a partir da análise dos resultados apresentados no mapeamento da ADA e AID, bem como sobre a ictiofauna da área da jazida, poderão ser requisitados mais avaliações, adequações para o Programa de Monitoramento da Biota Aquática ou suspensão imediata das atividades do empreendimento;

7 – O empreendedor deve apresentar comprovação de coleta de dados primários referentes a fauna e flora bentônicos na área da jazida, conforme item 9.2.2 do Termo de Referência, em período anterior à intervenção no local, tendo o prazo de 30 (trinta) dias, contados da comprovação, para entregar relatório analítico dos dados;

8 – O empreendedor deverá cumprir todas as obrigações pactuadas e no prazo estabelecido no processo judicial registrado sob o número 0807035-79.2024.4.05.8400, que tramita na Justiça Federal do RN, considerando que o não cumprimento poderá acarretar a imediata paralisação da obra, até mesmo a cassação da presente licença;

9 – O empreendedor deverá apresentar, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da emissão da primeira licença, as alternativas de mitigação dos impactos locais dos demais grupos diretamente afetados durante a fase de implantação do empreendimento, considerando que o relatório socioeconômico tratou apenas dos pescadores, atentando para além das atividades de navegação, náutica e pesca, observando as atividades mantidas na faixa de praia e calçadão, evitando ao máximo alterações na dinâmica econômica local e regional;

10 – O empreendedor deve apresentar no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, o Plano de Atendimento Emergencial – PAE que também contemple medidas a serem tomadas relacionadas à presença de partes de organismos urticantes (peixes, moluscos, cnidários, equinodermos, poríferos, etc), tóxicos ou que possam causar ferimentos ou risco a saúde do usuário da praia, bem como plano de contingência para atuar caso ocorra, e submeter à apreciação deste instituto;

11 – O empreendedor fica ciente de que deverá concluir o levantamento batimétrico em toda a extensão do projeto no prazo de 30 (trinta) dias;

12 – O empreendedor fica ciente que a realização dos programas de monitoramento referentes ao meio físico é essencial para promover a análise integrada da vulnerabilidade à erosão costeira, solicitada na licença prévia do empreendimento.

Draga já é aguardada
Ontem pela manhã, em entrevista coletiva, o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, falou sobre os próximos passos, mais precisamente sobre o início propriamente dito da obra de engorda. O gestor deu novo prazo para a chegada da draga a Natal. A embarcação é necessária para fazer a retirada da arei do fundo do mar na orla da praia de Areia Preta, na Via Costeira, e por meio de uma tubulação que também será montada com auxílio da draga, fazer o transporte do material colhido até a área que será aterrada na praia de Ponta Negra.

A Secretaria de Infraestrutura de Natal já comunicou oficialmente a DTR Engenharia, a empresa que ganhou a licitação, e que vai executar a obra. Uma vez que foi notificada, a empresa está deslocando a draga para a Natal, que deve chegar nesta quinta-feira aqui no município de Natal, quando teremos um alinhamento no cronograma de obras. A Secretaria de Infraestrutura do município e a Secretaria de Obras vão estabelecer agora um cronograma de início e de execução.

A obra está prevista em torno de 90 dias, a partir do momento que se iniciar a execução”, afirmou Thiago.

O secretário também fez uma ressalva, destacando que a empresa contratada tem experiência no serviço. “Será a sétima engorda, o sétimo aterro hidráulico que essa empresa vai realizar no litoral brasileiro. Então, é uma empresa experiente, que tem know-how e expertise no assunto, e até agora não teve qualquer dano, nenhum problema em nenhuma das suas execuções”, afirmou.

Obra deve ser concluída ainda em 2024
Ainda de acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, o prazo inicial da obra é de três meses de duração, devendo ser executada e concluída ainda este ano. Porém, pela complexidade, pode sofrer algum atraso. “Obviamente que não é uma obra como qualquer outra obra, principalmente no ambiente em que ela vai se realizar. Pela complexidade da dinâmica costeira pode demorar um pouco mais, mas a previsão é entorno de 90 dias. E ela precisa de dois fatores principais, o deslocamento da draga até Natal, e também a montagem do canteiro de obras. A partir do equipamento, estando no nosso litoral, que demora de 4 a 5 dias também, é a montagem da tubulação que vai ser acoplada à draga e que é essa tubulação que vai lançar areia na faixa de praia de Ponta Negra”, reforçou Thiago.

Engorda será feita com 1,1 milhão de metros cúbicos de areia

Por fim, o secretário voltou a explicar de onde será retirada e a quantidade de areia necessária para a engorda da praia de Ponta Negra. “É uma jazida que tem aproximadamente 7 milhões de metros cúbicos de areia. Ela está a aproximadamente 8 quilômetros da orla de Ponta Negra e a aproximadamente 500 metros no rumo do farol de Mãe Luíza. É uma jazida submersa. A draga se desloca até a jazida, onde já foi feito o desenho tridimensional, e a draga faz o processo de sucção, de dragagem, e traz esse material o mais próximo possível, dentro da margem segurança, para não encalhar. A tubulação, que está na praia, é acoplada à draga, a vácuo, e passa a levar esse material e despejá-lo na praia de Ponta Negra. Vai começar ali no Hotel Serhs, em direção ao Morro do Careca, uma extensão de 4 quilômetros, com aproximadamente 1,1 milhão de metros cúbicos de areia”, finalizou Thiago Mesquita


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CARLOS EDUARDO AUMENTOU SUA RENDA EM QUASE R$ 3 MILHÕES EM DOIS ANOS

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Dos quatro principais candidatos a prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSD) é o que mais turbinou sua lista milionária de bens das últimas eleições para cá. Advogado, sem mandato desde 2018, o crescimento foi de quase R$ 3 milhões desde 2018.

De acordo com informações repassadas pelo candidato a prefeito no Sistema da Justiça Eleitoral, atualmente Carlos Eduardo tem R$ 5.653.370,12 em bens. Há dois anos, quando disputou o Senado, ele declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TER) R$ 2.877.488,68. A maior parte da renda, mais de R$ 4 milhões, são investimentos e ações de mercado. Nos últimos dois anos, essa parcela cresceu. Outros bens são imóveis e veículos, assim como participações em empresas.

A renda de Carlos Eduardo vem num crescente desde 2016, quando exercia o cargo de prefeito de Natal. No registro de sua candidatura à reeleição, naquele ano, declarou R$ 1.994.985,41. Dois anos depois, em 2018, quando deixou a Prefeitura de Natal para se candidatar ao Governo do RN, declarou R$ 3.522.502,89. Após uma baixa em 2022, alcançou o patamar acima dos 5,5 milhões atualmente.

Rafael Motta (Avante) é, dos candidatos, o que apresenta o segundo maior valor em bens. O postulante a prefeito de Natal declarou à Justiça Eleitoral um total de R$ 1.543.523,75. Sem cargo ou mandato, o valor hoje é cerca de R$ 300 mil maior do que ele declarou em 2022, quando candidato ao Senado. Ali, o registro no TRE constava R$ 1.233.892,00.

A maior parte dessa renda vem de bens imóveis, como dois apartamentos em Natal, que somam R$ 375.719,50, dois terrenos e partes em imóveis rurais, que ultrapassa R$ 1 milhão, ao todo.

Já Paulinho Freire (UB) declarou ao TRE R$ 1.054.922,66 em bens. O valor é R$ 50 mil maior que em 2022, quando ele declarou, nos registros de candidatura a deputado federal, R$ 1.004.922,66.

Destes, R$ 576.724 em imóveis, incluindo terrenos e apartamentos, R$ 200 mil em dinheiro, R$ 106.280 em um automóvel e R$ 121.916 em quotas e quinhões de capital.

A candidata Natália Bonavides (PT) apresenta o menor valor, R$ 85 mil no total de bens. Do registro de candidatura, há dois anos, a deputada federal, o montante caiu. Em 2022, Natália declarou R$ 92.944,47. Destes, R$ 85 mil referentes à parte em um apartamento em Natal, o único bem que se mantém atualmente. Naquele registro, ela ainda declarou saldos em bancos e aplicações, o que não foi declarado neste ano.


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ESTREIA DE CAMPANHA ELEITORAL NO RIO GRANDE DO NORTE É REALIZADA PELO PL

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A partir de amanhã, sexta-feira, 16, tem início a campanha eleitoral, período em que os partidos e seus candidatos se apresentam à população em busca de votos. Em outras palavras, é o período em que é permitido, pela Lei das Eleições, nº 9.504/1997, a propaganda eleitoral. Isso significa que a partir de então, os candidatos podem pedir votos. Antes disso, a propaganda é considerada irregular e é passível de multa.

A agenda de Bolsonaro no RN inicia a campanha eleitoral do PL, no primeiro dia em que a propaganda nas ruas é permitida pela legislação eleitoral. Seguindo exemplos de outras agendas realizadas no Rio Grande do Sul e em Pernambuco, o ex-presidente deverá percorrer quatro cidades e mais de 250 quilômetros em menos de 24 horas pelo Estado em compromissos eleitorais.

Dentro do calendário eleitoral, este momento é subsequente aos registros de candidatura, definidas entre 20 de julho e 05 de agosto nas convenções partidárias. Após os registros junto à Justiça Eleitoral, que vão até 15 de agosto, os candidatos podem ir às ruas fazer a propaganda, angariar votos e ir pro embate contra os opositores.

Bolsonaro deve desembarcar no aeroporto de São Gonçalo do Amarante, hoje, às 11h30. Logo em seguida, às 15h, participa de evento com os pré-candidatos do partido e apoiadores, no Hotel Holliday In, próximo ao Arena das Dunas.

Amanhã, 16, a programação inicia a “Abertura da Campanha Nacional para as eleições 2024 no RN”. Às 8h, o ex-presidente visita Extremoz, onde fará o hasteamento da bandeira nacional e comício no bairro Jardins de Extremoz, com a prefeita Jussara Sales (PL), candidata à reeleição.

Às 9h30, Bolsonaro participa de evento político no bairro da Redinha (ao lado do Mercado), em Natal, para anunciar apoio à candidatura de Paulinho Freire. Às 11h30, segue para Parnamirim, onde dará início à campanha de Salatiel de Souza. Nesta agenda, a concentração para a motociata deve acontecer ao lado do Parque Aristófanes Fernandes, de onde o presidente vai circular pelas principais avenidas e bairros da cidade até chegar ao palco principal montado na Cohabinal para realização de comício.

Às 13h, a agenda segue rumo à região Oeste pela BR-304, com o “Rota 22 com Bolsonaro”, em carreata e motociata, que seguem com destino a Mossoró, com paradas programadas em Macaíba, às 13h30, Santa Maria, às 14h30, Lajes, às 16h e Assu, às 17h30. A chegada em Mossoró, programada para às 19h, será recebida pelo candidato a prefeito do município Genivan Vale (PL).

Os demais candidatos ainda não divulgaram as agendas iniciais de campanha nas ruas.

Propaganda na internet
A propaganda eleitoral propriamente dita na internet é permitida a partir do dia 15 de agosto. O conteúdo de promoção das candidaturas pode ser veiculado nos sites oficiais dos candidatos, dos partidos ou das coligações.

O Código Eleitoral também autoriza o compartilhamento de publicações eleitorais por aplicativos e sites de mensagens instantâneas, e-mail e redes sociais. No caso das listas de transmissão (para sites de mensagens e correio eletrônico), os destinatários devem ter autorizado expressamente, por meio de cadastramento, o envio dos conteúdos.

Contas em sites e redes sociais com identificação falsa, com objetivo de compartilhar conteúdos eleitorais é proibido. Não é permitido o uso de ferramentas de impulsionamento para distribuir publicações que visem a desinformar sobre candidaturas rivais.

Propaganda nas ruas
Também há vedações às campanhas em se tratando do período de propaganda por busca de votos. É proibido, por exemplo, a confecção e a distribuição pelo comitê de campanha, ou pelo candidato, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou qualquer bem que possa ser considerado uma vantagem oferecida ao eleitor em troca de votos; realizar showmícios e eventos com a presença de celebridades. Além disso, os candidatos não podem expor propaganda eleitoral em outdoors analógicos ou eletrônicos; circular carros de som com jingles com nível de intensidade sonora superior a 80 decibéis; usar trios elétricos para divulgar campanha. O uso desses veículos é permitido somente para a sonorização de comícios.

Já no rádio e na TV, a exibição da propaganda no horário eleitoral gratuito vai de 30 de agosto a 3 de outubro. A contagem é feita considerando os 35 dias anteriores à antevéspera do 1º turno. Em municípios com possibilidade de ocorrer 2º turno, a propaganda em rádio e TV pode ocorrer de 11 a 25 de outubro. As propagandas devem deixar de ser transmitidas na televisão e no rádio 48 horas antes da votação. Não é permitida a veiculação de publicidade paga nestes veículos durante o período de campanha eleitoral.


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CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA RECONHECE TRABALHO DO SEBRAE/RN

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O Sebrae/RN é uma instituição que tem participado assiduamente da vida dos norte-rio-grandenses em seus vários aspectos, além dos específicos à atividade fim e isso tem feito com que em vários momentos os seus diretores sejam convidados para receber homenagens nos vários segmentos.

O exemplo mais recente é que o superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, conhecido como Zeca Melo, foi agraciado com o Diploma do Mérito Cultural Potiguar nesta terça-feira (13). A cerimônia ocorreu na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras e contou com a presença de diversas autoridades e representantes culturais.

A honraria prestada ao economista Zeca Melo, Superintendente do Sebrae foi proposta pelo escritor Valério Mesquita, presidente do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte, reconhece o apoio e a participação do Sebrae-RN nas edições do Festival de Cinema e Vídeo de Natal. Para os presentes, a cerimônia foi um momento de celebração e agradecimento, destacando o compromisso do Sebrae e de Zeca Melo com a cultura do Rio Grande do Norte.

Durante a solenidade, Zeca Melo expressou sua satisfação em receber o diploma pelo apoio do Sebrae ao Festival de Cinema nos últimos anos de atividade. O superintendente também ressaltou a importância da interseção entre cultura e turismo, destacando o valor dos festivais para o estado. “É uma honra poder prestar esse apoio ao Festival de Cinema em nome do Sebrae.

Como também, nos colocamos à disposição na luta pelo ressurgimento do evento”, afirmou.

O jornalista e produtor cultural Valério Marinho de Andrade, que fez a entrega do diploma, destacou os benefícios da contribuição do Sebrae para o festival. “O Sebrae não apenas cooperou, mas também trouxe um sentimento de natalidade e de apoio social e cultural,” afirmou Andrade, que também é conselheiro consultivo do Círculo de Arte do Nordeste. Para ele, a escolha da sede do Conselho Estadual de Cultura para a entrega do diploma foi uma forma de reconhecer o esforço contínuo de Melo em prol da cultura potiguar.

A Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, com sede em Natal, foi fundada em 1936 por um grupo de intelectuais liderado por Luís da Câmara Cascudo. Originalmente composta por 25 sócios, a instituição realizou sua primeira sessão em 14 de novembro de 1936, em uma das salas do Instituto de Música do RN. Atualmente, a ANRL conta com 40 personalidades da cultura potiguar em sua composição.


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ATOS DE MORAES SÃO COMUNS E NÃO SÃO IRREGULARES, AFIRMAM JURISTAS DO RN

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“Isso existe há muito tempo no Judiciário brasileiro. Daqui do Rio Grande do Norte, para os tribunais superiores, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, isso existe de forma rotineira e há muito tempo”, afirma o jurista Giuseppi da Costa, sobre a polêmica em torno da coleta de dados realizada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no inquérito das fake news, do qual é relator e que que tem bolsonaristas como alvos principais.

De acordo com denúncia da Folha de São Paulo, diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram que o setor de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido à época por Moraes, foi usado como braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo. “A reportagem revela um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano”, explica parte da reportagem, que aponta essa prática “fora do rito” como fora da legalidade.

“E até agora o que se viu que o Ministro fez foi determinar a juízes que trabalham lá no tribunal assessorando-o como ministro, que eles examinassem determinadas informações sobre irregularidades praticadas por outras pessoas, que se examinasse até onde estava indo aquela ação daquelas pessoas indicadas como praticantes de irregularidades, de atos criminais na esfera eleitoral, fizesse um relatório do que eles estão fazendo e encaminhasse, que ele iria naturalmente tomar a posição final de abrir inquérito, tomar medidas judiciais pertinentes ou não, tudo dentro do poder que o ministro da área eleitoral tem”, aponta Giuseppe.

O jurista ressalta que a princípio, solicitações desta natureza poderiam ser feitas por meio de ofícios e despachos, mas “nada impede que peça a alguém e o TSE encaminhe”, de maneira informal. “Não vejo nenhuma irregularidade nisso aí. Querem transformá-lo num rei, que ele manda, faz e desfaz. É mentira isso”, afirma.

A mentira a que Giuseppi da Costa se refere vem do entendimento de que, independentemente de qualquer ação de Moraes, qualquer decisão final deverá passar pelo crivo de toda a Corte Superior. “O ministro sozinho ele não manda em nada, em nenhum tribunal. Ele não manda em coisa nenhuma, porque as ações dele num tribunal, têm que ser apreciadas pelos membros daquela corte, membros de uma Câmara ou membros do Pleno. E eles podem concordar ou não concordar. Então, as medidas não são de um ministro. Elas são da Corte”, reafirma.

As denúncias divulgadas pela Folha de São Paulo desencadearam uma série de repercussões entre os políticos, demais ministros do STF e órgãos que representam o judiciário brasileiro. De um lado, os ministros do Supremo defenderam o colega. Um ato de desagravo foi realizado nesta quarta-feira, 14, pelos ministros. Moraes teve a defesa do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, e também do Ministro Flávio Dino, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Já senadores da oposição começaram o recolhimento de assinaturas para abertura de um processo de impeachment na Casa Legislativa. Deputados e senadores pretendem protocolar o pedido no dia 9.

O jurista Giuseppi, no entanto, não vê embasamento jurídico para o processo. “O que estão falando aí é uma bobagem de natureza puramente politiqueira e de baixo nível, inclusive.

Querendo não sei o que porque identificaram que isso vinha sendo feito por ele como ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Além do mais, é muito comum você ouvir falar ministro A, ministro B, quando ele tem posições que agradam ou que desagradam”, ressalta.

O jurista Wladimir Capistrano segue a mesma linha e avalia: “Pelo que se divulgou até agora, entendo que não há configuração de crime de responsabilidade nos atos do Ministro Alexandre de Moraes na condução dos inquéritos, e sem a indicação do crime, não há embasamento para o processo de impeachment”.

Para ele, “houve uma aparente confusão entre as atribuições do Ministro Alexandre de Moraes como Presidente do TSE e do Ministro Alexandre de Moraes como relator dos inquéritos das fake news e das milícias digitais no STF, mas é precipitado falar em cometimento de ilegalidade pelo Ministro com as ordens para investigar pessoas acusadas por condutas ilícitas nas redes sociais, até porque a Justiça Eleitoral tem especificidades com o seu poder de intervenção para impedir a propagação de informações que afetem o processo eleitoral”, analisa.

O Diário do RN entrou em contato com os senadores do RN, Zenaide Maia (PSD), Styvenson Valentim (Podemos) e Flávio Azevedo (PL), mas não obteve retorno sobre o posicionamento dos parlamentares a respeito do caso.


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