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janeiro 9, 2025


80% DOS CASOS DE AFOGAMENTO NO RN SÃO REGISTRADOS DURANTE O VERÃO

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Nos meses de verão, potiguares e turistas lotam as praias do extenso litoral do Estado, bem como aproveitam o clima e as férias escolares para frequentar lagos e lagoas no interior. Esta época, porém, acende um alerta a mais para a segurança em ambientes aquáticos. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), aproximadamente 80% dos casos de afogamento no Estado são registrados durante a “Operação Verão” realizada pela corporação.

Apenas nos seis primeiros dias deste ano, o CBMRN contabilizou 25 resgates de pessoas em situação de afogamento nas praias do litoral norte e sul do estado. No período, também foram registrados dois óbitos.

Segundo o subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento Aquático (GBSA), tenente Christian Bari, o ponto que mais merece atenção na costa norte-rio-grandense é a corrente de retorno, “presente em todo o litoral e indicada com bandeiras vermelhas”. Já no interior, ele explica que é preciso ter cuidado com as barragens e as correntes nos rios. “Tem lugares muito escorregadios e em que não há certeza da profundidade. Então, ter cuidado com saltos, com aumento rápido da profundidade”, afirma.

Situações aparentemente sem risco
De acordo com o militar, os motivos mais frequentes para as fatalidades são a falta de respeito à sinalização ou superestimação da capacidade de natação, aliada ao consumo de álcool. Além disso, ele afirma que os afogamentos em áreas externas, como praias e lagoas, são mais comuns entre homens jovens, entre 18 a 24 anos.

“As pessoas que superestimam sua capacidade se colocam em uma situação em que aparentemente não há risco, como uma lagoa em que não há presença de correntezas, mas ficam se desafiando como ‘vou até aquele ponto e volto’, e nisso, gera o afogamento. Muitas vezes, é aquele afogamento que a gente chama de afogamento múltiplo, em que uma pessoa está se afogando, outra pessoa do grupo vai tentar salvar sem treinamento, se coloca em uma situação de risco e acaba se afogando também”, disse.

Bari alerta que é essencial respeitar as sinalizações nas praias e seguir as orientações do Corpo de Bombeiros. “Chegou em alguma praia, busca informação sobre os lugares seguros para banho.

Caso não existam guarda-vidas naquela praia, nem placas indicando locais de risco, se informar com pessoas da população local – seja pessoas de um restaurante, de um comércio onde você está presente ou até mesmo surfistas e banhistas locais”. Ele alerta, ainda, para evitar a ingestão de bebidas alcoólicas em ambientes aquáticos.

Atenção especial com as crianças
Quanto ao cuidado com crianças, o tenente recomenda o uso de roupas que facilitem a identificação e proximidade de um adulto ao entrar na água. “Utilizar roupas chamativas que facilitem identificá-las tanto fora quanto dentro da água e entrar na água sempre com um adulto responsável ao lado, a uma distância máxima de um braço”.

Orientações gerais
Em caso de presenciar um afogamento, a orientação é ligar 193 e acionar o Corpo de Bombeiros ou informar o Corpo de Bombeiros presente na região de alguma outra forma. Além disso, caso haja preparo, pode ser oferecida uma “flutuação”.

“Caso a pessoa tenha segurança, fornecer uma flutuação, que seria ofertar uma boia, um flutuador, uma tampa de isopor, uma prancha, qualquer objeto flutuante que aquela pessoa que está numa situação de risco possa segurar e venha a ficar na superfície. Dessa forma, ela ficará mais calma e auxiliará no tempo-resposta, até que o guarda-vidas chegue lá e consiga fazer a retirada”, recomenda.


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A JORNADA DE UM JOVEM EM BUSCA DE SEUS SONHOS E A LUTA POR ACESSIBILIDADE

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A vida de Arthur Andrade não foi definida pelo que ele não podia fazer, mas pelo que ele sempre acreditou ser capaz de alcançar. E o maior alicerce dessa trajetória, marcada por lutas e vitórias, é uma mãe que nunca deixou de acreditar em seus filhos, mesmo quando o mundo parecia não acreditar.

A história de Arthur começa em um momento de dor, mas também de um amor imenso. Valécia Andrade sempre teve o sonho de ser mãe. Casada há dez anos, ela e o marido, em um momento de grande frustração devido a três gestações interrompidas, decidiram adotar. “Foi tudo feito muito rápido, levamos tudo o que nos foi pedido, passamos por entrevistas, treinamentos e no final era só aguardar. Foram seis meses de espera, fiquei surpresa porque sempre que chegava a ligação eram duas crianças e meu esposo sempre dizia querer só uma, mas nas ligações eram sempre duas ou mais. Até que em um dia ele me ligou no trabalho e disse que recebeu outra ligação e estavam pedindo para irmos ver sem compromisso dois bebês. E aí começou nossa história de amor por duas crianças que mudaram nossas vidas”, conta Valécia.

Os dois irmãos gêmeos chegaram a Valécia e seu marido em uma situação extremamente delicada. Nascidos prematuros, com apenas três meses de vida e com um peso muito abaixo do esperado, Arthur e Ana Beatriz tiveram que passar por uma série de cuidados intensivos. “Eles nasceram prematuros e até completar os três meses pesavam apenas um quilo. Eram tão pequenos que não tive coragem de pegar no primeiro dia, o pai que foi logo pegando nos braços e eu fiquei só de olho. Com uma semana finalizamos o pedido de adoção e levamos para casa. Tudo maravilhoso. Passava horas olhando eles dormindo sem acreditar que eram meus”, relembra Valécia.

E o amor incondicional de Valécia não demorou a se revelar. Arthur e Ana Beatriz enfrentaram uma série de complicações de saúde, incluindo uma deficiência visual diagnosticada em ambos.

Valécia, sem hesitar, assumiu o desafio de lutar por eles: “Marcamos uma consulta com um médico que se dizia ser o melhor pediatra de natal, com mais experiência, foi quando tive o diagnóstico de que eles tinham deficiência visual e que eu não esperasse nada deles que nada poderia ser feito. Voltamos para casa, meu marido em choro, e eu falei que eles eram crianças como qualquer outras e iríamos lutar juntos”.

O diagnóstico de paralisia cerebral nos dois filhos foi outro golpe duro, mas Valécia, longe de desmoronar, se levantou e batalhou: “Minha família ficou em cima para devolvermos eles pois, de todas as perguntas que nos fizeram, a única que eu disse não foi a que se eles tivessem algum problema de saúde que precisasse de muitos cuidados eu não queria, pois pretendia continuar trabalhando para dar o melhor para eles. Apesar de saber que isso era legal, eu fiquei revoltada e questionei: ‘Se tivesse saído da minha barriga vocês iriam mandar eu fazer o quê? ’. Começamos, então, a luta para ajudar eles a terem uma vida de qualidade, fisioterapia diária, fono, terapias de tudo que foi possível, acompanhamento com oftalmologista que até hoje os acompanha, uma profissional de uma sensibilidade incrível”, complementa Valécia.

A luta pela inclusão: enfrentando o sistema educacional
Mas a luta de Valécia não parou por aí. No caminho para garantir um futuro melhor para Arthur e Ana Beatriz, a inclusão educacional se tornou outro grande desafio. “Eles foram crescendo e a luta aumentando, momento de matrícula em uma escola, vários “não” ouvidos, escola pública não tinha estrutura na época”, relata Valécia ao lembrar de todas as portas fechadas que enfrentaram.

A escola pública em frente à sua casa não tinha recursos suficientes para criar uma estrutura que atendesse as necessidades de crianças com deficiência. “Eles tinham o material, mas ele estava guardado, entulhado. Não havia uma sala adequada para eles. Eu tive que ir atrás, conversar com políticos, pressionar, buscar a inclusão de verdade”, lembra. Mesmo após conseguir a matrícula dos filhos em uma escola privada, Valécia logo percebeu que a educação que eles estavam recebendo era precária. “Os meninos perderam um ano, mas resolvi colocar numa escola privada que a princípio recebeu muito bem. Porém, ao longo do tempo, vimos que as crianças estavam sendo apenas um jarro na sala de aula. Até começar o processo de aprendizagem dele, eu insistia que eles tem o cognitivo perfeito e capacidade de aprender. Você só precisa explorar e saber como utilizar esse aprendizado”, relata.

Foi só quando Valécia encontrou uma escola pública que realmente acreditava na inclusão que os filhos começaram a florescer. “Nesse período a escola pública já havia aberto a sala do AEE, que é uma expressão que eles usam para crianças especiais, na escola que ficava de frente à minha casa, então no sétimo ano eles foram para a escola pública onde eles tiveram todo o desenvolvimento. O sonho da minha filha era um caderno e escrever o nome dela, o sonho de Arthur era apenas conseguir tirar notas boas em suas atividades, e tudo isso eles conseguiram nessa escola, que inclusive hoje é referência na zona Norte em relação a crianças com deficiência “, conta Valécia.

O sonho de ser jornalista esportivo: “É isso que eu quero fazer”

O sonho de Arthur é extremamente claro: ser jornalista esportivo. Desde pequeno, orientado pela fonoaudióloga, quando ainda não falava, para ouvir coisas que gostasse e assim aprendesse a falar, o futebol se tornou uma ferramenta importante nessa jornada. “Uma coisa que ele gosta muito e sempre gostou foi futebol e ele passou a ficar ouvindo jogos de futebol e isso fez com que ele desenvolvesse a fala e aí o desejo de ser um jornalista esportivo”, comenta Valécia.

“O meu sonho começou eu ouvindo rádio. Eu comecei a ter essas referências por ouvir muitas transmissões. Isso foi uma coisa que me pegou e me veio logo na mente com 9 ou 10 anos. E pensei ‘É isso que eu quero fazer’. Por mais que muita gente questione que eu não tenho a visão, perguntam ‘Como você vai fazer isso?’, ninguém tirou isso da minha cabeça e ninguém vai tirar, porque é o que eu quero fazer para o resto da minha vida”, explica Arthur.

Quando chegou a hora de entrar na faculdade, Arthur precisou superar uma frustração anterior. “Bom, eu já vinha de uma frustração porque eu não tinha passado na prova do IFRN, então eu já vinha frustrado, e não queria realmente fazer o Enem. Mas eu fiz um combinado com meus pais que eu faria por experiência, então eu fui sem esperança nenhuma e acabei passando”, conta Arthur.

Quando Arthur recebeu a notícia de que havia sido aprovado no curso de Jornalismo da UFRN, foi uma celebração de lágrimas e emoção. “A sensação foi incrível, foi uma sensação de êxtase mesmo na hora não consegui controlar, a emoção foi muito grande. Eu chorei, eu gritei, fiquei surpreso porque não acreditava que ia passar. Para mim, foi uma surpresa muito grande, emoção, sensação incrível, que eu acho que eu raramente vou sentir de novo na minha vida”, diz ele.

As barreiras da universidade: uma nova luta
A realidade da universidade trouxe novos desafios. A mãe, como sempre, é uma figura fundamental nesse processo. Valécia está sempre presente em cada aula, descrevendo os slides, auxiliando nas atividades, para garantir que Arthur tenha as mesmas oportunidades dos outros estudantes.

Arthur enfrentou o preconceito de alguns professores, que não estavam preparados para lidar com a sua deficiência. “Eu sabia que a luta seria dura, mas eu não ia deixar que ninguém me fizesse sentir menor. Se eles não podiam me dar a atenção que eu precisava, minha mãe estava ali. Ela não iria me deixar sozinho”, revela Arthur.

A jornada de Arthur não foi apenas sobre superar obstáculos pessoais. Ela foi uma jornada que envolveu também a luta pela mudança no ambiente acadêmico. “Fomos até a CIA (Centro de Inclusão Acadêmica) para garantir que os professores soubessem das dificuldades de Arthur.

Muitos professores estavam dispostos a nos apoiar, mas nem todos. Alguns ainda acreditam que pessoas com deficiência não são capazes de aprender da mesma forma. Mas Arthur mostrou a todos que ele estava lá porque tinha conquistado o seu lugar”, diz Valécia.

Hoje, Arthur está no quarto período de Jornalismo e continua sonhando alto. “Eu sei que meu caminho é difícil, mas estou disposto a lutar por cada conquista. Minha mãe me ensinou isso: nunca desistir. E, a cada dia, eu me torno mais forte”, afirma Arthur.

E Valécia, sempre ao seu lado, reforça: “Ninguém tem o direito de dizer o que ele pode ou não pode fazer. Ele é um ser humano, um cidadão, e está lutando pelos seus sonhos. E ninguém vai tirar isso dele.”

Arthur e sua irmã, Ana Beatriz, com suas vitórias diárias, são a prova viva de que o amor, a dedicação e a coragem podem transformar vidas. A jornada deles é uma história de superação e, principalmente, de uma mãe que nunca deixou de acreditar em seus filhos, não importa o que o mundo dissesse.


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PAULINHO FREIRE ESTABELECE REDUÇÃO DE GASTOS PARA FAZER INVESTIMENTOS

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Na primeira reunião de seu secretariado, realizada nesta quarta-feira (8), no Palácio Felipe Camarão, o prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), destacou a necessidade de corte de gastos e a importância do equilíbrio fiscal e da eficiência nos serviços prestados à população. Durante o encontro, Paulinho Freire apresentou um plano de redução de custos para todas as secretarias municipais. Esta é a primeira ação de um plano de diretrizes estabelecido para cada pasta, além de projetos para os primeiros 120 dias de gestão.


A meta de corte de custos inclui revisão de contratos e deve permitir uma economia de, no mínimo, 20% nos contratos vigentes, de acordo com Paulinho. “Cada secretaria tem a missão de avaliar os contratos e buscar reduzir os gastos. Se necessário, vamos cancelar aqueles que já estão obsoletos”, afirmou o prefeito.

Essa medida, segundo ele, é essencial para que a Prefeitura de Natal conquiste autonomia financeira e invista em áreas prioritárias, sem depender exclusivamente de emendas parlamentares ou recursos federais. “A Prefeitura precisa ter capacidade própria de investimento para atender às demandas da população, especialmente nas áreas básicas”, disse.

Outra prioridade destacada por Paulinho foi a implementação de tecnologia nos processos internos da administração municipal. O prefeito anunciou que pretende eliminar o uso de papel na Prefeitura dentro de seis a sete meses. “Queremos digitalizar tudo para dar celeridade ao andamento dos processos e garantir que a população tenha acesso rápido e eficiente aos serviços”, explicou.

Paulinho também abordou temas prioritários, como o combate aos alagamentos, a manutenção de lagoas de captação e a limpeza das redes de drenagem. Na educação, destacou o compromisso de zerar a fila por vagas em creches, garantindo que todos os alunos vão se matricular em 2025 sem necessidade de sorteios de vagas.

Sobre o rombo de mais de R$ 400 milhões que a gestão anterior, sob comando de Álvaro Dias (Republicanos) teria deixado de dívidas, o prefeito afirmou que ainda está finalizando um levantamento detalhado das contas públicas. “Por enquanto, tudo é especulação. Estamos concluindo um planejamento para obter um quadro real e, com base nisso, tomar as decisões necessárias”, esclareceu.

Paulinho também anunciou que algumas obras já em andamento terão cronogramas revisados e que o objetivo é dar continuidade a essas intervenções, priorizando inaugurações o mais breve possível.

O prefeito cobrou da equipe transparência e o comprometimento como essenciais para o sucesso de sua gestão. “As diretrizes estão traçadas, mas agora é hora de ação. Não queremos que isso fique só no discurso”, concluiu.

Secretário de Planejamento quer equilíbrio entre redução de custos e operação administrativa

O secretário municipal de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, detalhou à imprensa os planos sobre a revisão de contratos administrativos. Segundo o secretário, essa análise inclui avaliar a necessidade de cada contrato, repactuar valores, suspender temporariamente alguns serviços ou até cancelá-los, mantendo apenas aqueles indispensáveis.

“O esforço é para alcançar uma redução de quatro a seis milhões de reais por mês nos gastos da administração municipal. Esses cortes, embora desafiadores, são fundamentais para equilibrar as contas públicas e permitir novos investimentos”, explicou Vagner Araújo.

Araújo destacou que para os projetos dos 120 dias de gestão, a meta é alinhar as demandas e expectativas com a realidade orçamentária do município. “O que estamos fazendo agora é transformar boas intenções em ações viáveis, calculando o que pode ser feito, quando e como”, disse.

O secretário Vagner ressaltou, ainda, que o prefeito Paulinho Freire tem como prioridade absoluta garantir os pagamentos em dia, tanto para fornecedores quanto para servidores públicos. Ele explicou que o pagamento de salários pendente, deixado por Álvaro, foi finalizado nesta quarta-feira (08).

Entre as primeiras ações implementadas, o secretário mencionou a redução de cargos comissionados e ajustes na estrutura das equipes. Apesar das dificuldades, ele destacou a necessidade de equilíbrio entre a redução de custos e a manutenção da operação administrativa.

Educação garante fim das filas nas creches em 2025

Sobre as filas nas creches, o secretário municipal de Educação de Natal, Aldo Fernandes, explicou as principais estratégias para cumprir a promessa de campanha do prefeito Paulinho Freire.

De acordo com o secretário, o plano para zerar as filas de creches está baseado em três eixos principais. Um deles é a conclusão de reformas e manutenções em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) já existentes. A reavaliação e otimização de espaços de escolas também é considerada. A ideia é redimensionar os espaços das escolas por meio de análises técnicas realizadas pelas equipes de engenharia e arquitetura da Secretaria. A parceria com escolas particulares deve possibilitar mais vagas, mas será utilizado só em caso de necessidade.

“No ano passado, tivemos 1.369 vagas reprimidas. Neste ano, estamos trabalhando com um percentual maior, já que a população continua crescendo. Nossa meta é garantir que nenhuma criança fique sem vaga”, afirmou Aldo Fernandes.

Outra promessa do prefeito Paulinho Freire é a inauguração de escolas em tempo integral. Segundo o secretário, o planejamento para a entrega de quatro unidades está em andamento, com prioridade para aquelas já em estágio avançado de construção ou reforma.

“No primeiro semestre, pretendemos entregar pelo menos metade das obras que estão em andamento, incluindo oito unidades escolares. Isso reflete nosso compromisso com a ampliação do acesso e da qualidade na rede municipal de ensino”, explicou.

Mercado da Redinha poderá ter nova estratégia, explica secretário de Concessões

O secretário municipal de Concessões e Parcerias Público-Privadas de Natal, Arthur Dutra, revelou nesta quarta-feira (8) os próximos passos para a gestão do Mercado da Redinha, um dos projetos prioritários da sua pasta, que teve edital esvaziado. Ele afirma que apesar do edital de concessão lançado no final de 2024 ter despertado interesse, com mais de 180 downloads, nenhuma proposta oficial foi apresentada.

“Estamos avaliando o edital para entender por que não houve interessados efetivos neste primeiro momento. Assim que tivermos um diagnóstico preciso, decidiremos se faremos ajustes ou republicaremos o edital como está. O prefeito Paulinho Freire também participa ativamente dessa avaliação”, explicou o secretário.

Segundo Dutra, a Secretaria de Concessões, criada a partir da reestruturação de uma pasta anterior, está em processo de consolidação da sua equipe e estrutura. Uma das prioridades é realizar um levantamento detalhado dos ativos do município que podem ser objeto de parcerias ou concessões.

“Recebemos um levantamento preliminar da gestão anterior e estamos ampliando esse diagnóstico. Nossa meta é anunciar, nos primeiros 100 dias da gestão, quais equipamentos municipais têm potencial para entrar em editais de concessão ou PPPs”, afirmou Dutra.

O objetivo apontado pelo secretário é viabilizar projetos que tragam benefícios diretos à população e fomentem a economia local. “Nosso compromisso é garantir que o patrimônio público seja bem gerido, entregue serviços de qualidade à sociedade e, ao mesmo tempo, seja valorizado. Não faremos concessões que comprometam o interesse público”, garantiu.


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ROGÉRIO ANUNCIA AGENDA PELO RN PARA VIABILIZAR CANDIDATURA A GOVERNADOR

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O senador Rogério Marinho (PL) confirmou, em entrevista ao Diário do RN, que percorrerá o Estado ao longo de 2025 para construir um projeto político que garanta sua candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte em 2026. Marinho admitiu intenção de disputar o cargo no Executivo estadual, mas que essa decisão dependerá de uma construção coletiva e do amadurecimento do cenário político.

“Qualquer político encara o Governo do Estado como uma honra e uma oportunidade de servir à sociedade. Mas ninguém pode ser candidato de si mesmo. Isso é um processo que vai decantar, que vai maturar. O que vamos fazer é percorrer o Estado em 2025, buscar subsídios e informações junto à população, e construir um projeto que possa ser apresentado no momento oportuno”, afirmou o senador.

Marinho, que atualmente é líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL, além de presidente estadual do partido de Bolsonaro no RN, destacou a necessidade de unir a oposição em torno de um projeto consistente. Ele apontou que o objetivo é apresentar soluções concretas para problemas estruturais do Rio Grande do Norte, como a baixa qualidade da educação, a precariedade nos hospitais regionais e a falta de incentivos para a geração de emprego e atração de investimentos.

Para isso, avaliou que a fragmentação entre diferentes candidaturas dificultou a consolidação de um bloco competitivo na direita potiguar em 2022. Segundo ele, a prioridade agora é trabalhar pela convergência.

A entrevista foi concedida pelo senador Marinho, com exclusividade ao Diário do RN, durante a posse do prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), solenidade em que o parlamentar compôs a Mesa com outras autoridades.

Durante a entrevista, Marinho ratificou o compromisso dos dois “estarem juntos em 2026”.

Marinho citou, ainda, outras lideranças que precisam participar deste diálogo.

Leia a conversa completa:

Diário do RN – Este momento de presença na posse do aliado indica que continuará o trabalho para manter a oposição unida até 2026?

Rogério Marinho: Olha, eu acho que agora é o momento de desejar sorte para o prefeito. Trabalho não vai faltar. Paulinho é alguém que eu conheço desde os bancos escolares, faz quase cinquenta anos. Ele mencionou no discurso sobre o tempo em que estávamos juntos desde o Marista. Há muito tempo eu o vi amadurecer na política como vereador, presidente da Câmara, deputado estadual e deputado federal.

Também o vi como empresário vitorioso, responsável pelo maior evento que Natal tem, o Carnatal, que já dura quase trinta anos. É alguém que vem do entretenimento, do turismo, e está dos dois lados do balcão. É um conciliador, alguém com capacidade de articular e consegue fazer na política uma ação diferenciada, porque ele constrói pontes. Hoje ele tem maturidade, experiência, capacidade para fazer um grande mandato.

Cabe a mim, como líder político que o apoiou desde a primeira hora, ajudá-lo para que essa administração seja a melhor possível, dentro da minha esfera como senador da República. Nossa aliança política é baseada no respeito, na amizade, na afinidade de propostas e, sobretudo, na confiança de que ele será um grande administrador, como a cidade precisa.

Diário do RN – Existe algum acordo entre Paulinho Freire e Rogério Marinho para 2026? Por exemplo, um apoio ao governo?
Rogério Marinho – Existe o compromisso de estarmos juntos em 2026.

Diário do RN – O senhor coloca o seu nome ao Governo do Rio Grande do Norte?
Rogério Marinho – Esse é um processo que precisa ser construído. Há vários atores na política que precisam estar no mesmo grupo. Ninguém ganha eleição com a divisão de um segmento ou de um espectro ideológico político no Estado.

Todos aqueles que se opõem ao governo da Fátima Bezerra, do PT, deverão buscar a melhor alternativa para vencermos a eleição. Esse é um processo que está começando agora. Vamos trabalhar em um projeto para o Rio Grande do Norte, porque não adianta só fazer críticas; precisamos ter uma alternativa, uma proposta.

O que queremos para a educação do Estado? Hoje, uma professora no sexto ano [da gestão do RN] está entre as piores colocações do IDEB. Precisamos reestruturar os hospitais regionais, pensar na infraestrutura, na geração de emprego, a forma de motivar o empreendedor e na criação de um ambiente que atraia investimentos. Temos que aproveitar nossas potencialidades e gerar oportunidades. Então, nós temos que ter um projeto e esse momento é o momento da construção desse projeto.

Diário do RN – E o senhor quer ser governador do Rio Grande do Norte?
Rogério Marinho – Qualquer político encara o Governo do Estado como uma honra e uma oportunidade de servir à sociedade. Mas ninguém pode ser candidato de si mesmo. Isso é um processo que vai decantar, que vai maturar.

O que vamos fazer é percorrer o Estado em 2025. Sempre que houver oportunidade, uma vez que sou secretário geral do PL e sou o líder da oposição no Senado, trabalharei para buscar subsídios e informações junto à população do Rio Grande do Norte. Assim, construirmos um projeto que possa ser apresentado no momento oportuno. Claro que seria uma honra ser governador, mas isso vai se decantar ao longo desse ano.

Diário do RN – Na última eleição, houve uma divisão da oposição. O senhor considera que isso foi um erro? Acha que é preciso trabalhar para a união em 2026?
Rogério Marinho – Claro. Vamos trabalhar para buscar essa convergência. Temos um ano para isso, e vamos trabalhar juntos para chegar a um entendimento.


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FÁTIMA BEZERRA PARTICIPA DE ATOS DO 8 DE JANEIRO EM BRASÍLIA: “SEM ANISTIA!”

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A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), esteve nesta quarta-feira (8) em Brasília para participar de atos em memória dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e em defesa da democracia. Ao lado de outras autoridades, como os governadores Jerônimo Rodrigues (Bahia) e Elmano de Freitas (Ceará), além do vice-governador Felipe Camarão (Maranhão), e da presidente do PT, Gleisi Hoffman, a governadora destacou a importância da união em prol do Estado Democrático de Direito e defendeu punição aos investigados pela depredação das sedes dos Três Poderes, nesta data de 2023.

“É nosso dever estar exatamente aqui firme na defesa da democracia, democracia que recentemente foi barbaramente atacada. Agora, mais do que nunca, é momento de unidade. (..) Essa solenidade representa acima de tudo o amor pelo Brasil. Impunidade jamais, sem anistia!”, afirmou a gestora potiguar em vídeo postado nas redes sociais.

Fátima Bezerra cita unidade “além das diferenças ideológicas”, mas enfatiza que isso não significa “negociar a Constituição: “Estamos aqui no Planalto, nesta data simbólica do 8 de janeiro, para reafirmar o nosso compromisso com a democracia. Sabemos que a nossa democracia saiu deste ataque ainda mais fortalecida, mas seguimos vigilantes. Buscamos união para além das diferenças ideológicas, mas sem negociar a nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito. Por um futuro de igualdade e justiça social: democracia ontem, hoje e sempre!”.

Em outra postagem com fotos de sua participação e registros do evento, a governadora alerta sobre a necessidade de educar as gerações futuras sobre o autoritarismo e o ódio.

“Apesar das tentativas de reviver um passado sombrio, a democracia resiste! Esta solenidade é como o filme que orgulha o país: uma declaração de amor à democracia, à liberdade e aos direitos humanos. É um grito de alerta e resistência: devemos educar as gerações presentes e futuras sobre os perigos do autoritarismo e do ódio. Lembrar é lutar para que nunca se repita!”, finaliza.

8 de janeiro e atos no Palácio do Planalto
A agenda do dia foi promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma cerimônia no Palácio do Planalto e um ato simbólico na Praça dos Três Poderes marcaram dois anos dos ataques às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília, ocorridos em 2023.

Na ocasião, Lula reforçou o compromisso do governo com a punição dos responsáveis pelos atos de vandalismo e com a proteção do sistema democrático. “Hoje é dia de dizer, em alto e bom som: ainda estamos aqui. Ditadura nunca mais, democracia sempre”, disse o presidente em seu discurso.

Entre as solenidades, aconteceu a reintegração de 21 obras de arte restauradas após os atos golpistas de 2023, como o relógio do século XVIII, trazido ao Brasil por D. João VI em 1808, e a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões, danificados durante os atos antidemocráticos.

Há dois anos, no dia 8 de janeiro de 2023, extremistas contrários ao resultado das eleições presidenciais invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, em um ato que buscava desestabilizar a democracia brasileira. Esses ataques ocorreram pouco mais de uma semana após a posse de Lula para o terceiro mandato.


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