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janeiro 28, 2025


ZENAIDE ADMITE FUSÃO COM PSDB E RELAÇÃO DE RESPEITO COM EZEQUIEL

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A senadora Zenaide Maia, presidente do PSD no Rio Grande do Norte, não acha que a possível fusão do PSD com o PSDB será um problema no Rio Grande do Norte. “Tranquilo”, disse ao Diário do RN sobre a possibilidade. De acordo com a parlamentar, as diferenças que existem são “questão de política” e que há uma relação de respeito entre eles.

“É tudo bem, uma relação de respeito. Sempre teve a questão da política, mas a gente tem que respeitar as pessoas, independente do que pensa. Pensa diferente, mas Ezequiel não é de extrema direita, se mantém mais no centro. E eu acho que nessas eleições o povo mostrou que não quer muito extremismo”, observou Zenaide em conversa com a reportagem nesta segunda-feira (27).

A informação sobre o avanço de negociações para fundir as duas siglas – cuja Federação chegou a ser cogitada – foi dada pelo Metropoles. Segundo aliados de Gilberto Kassab, presidente do PSD, as conversas para unificar as duas legendas pretendem um acordo ainda para o primeiro trimestre de 2025. Lideranças do PSD no Congresso Nacional afirmam que a fusão permitirá o avanço do partido no Governo Lula.

A senadora Zenaide Maia revelou que neste final de semana haverá uma conversa de Kassab com filiados. Ela deverá, ainda, conversar com o líder do partido no Senado, Omar Aziz. “Tranquilo.

Até porque não vai alterar nada para a gente. Vai acontecer uma conversa, mas acredito que as conversas já estão bem adiantadas”, destaca Zenaide.

Ela analisa que no RN, o PSDB é “pujante”, que apesar de não ter eleito nenhum deputado federal, conseguiu eleger a maior bancada na Assembleia Legislativa, com doze estaduais – hoje, seis destes deputados migraram para o PL, justamente pela postura “de centro” de Ezequiel.

“O PSDB é grande, mas no país, como não alcançou a cláusula de barreira, dificilmente vãaise sustentar. Se aliando com um partido maior, vai ter mais força”, avalia a senadora.

O PSD tem 16 senadores, o maior da Casa, e 45 deputados federais. Já o PSDB elegeu, no último pleito geral, 2 senadores e 18 deputados federais.

No Rio Grande do Norte, após a eleição municipal do ano passado, o PSD se tornou o 3º maior partido do Estado, com 21 prefeitos, ficando atrás do MDB (45) e do União Brasil (26). Já o PSDB elegeu 15 prefeitos.

Com a fusão, o PSD pode ganhar três governadores: Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul). Atualmente filiados ao PSD, os três não teriam se oposto à negociação.

A imprensa nacional aponta que Raquel Lyra já vem negociando a migração do PSDB para o PSD antes mesmo das conversas sobre fusão. Já Eduardo Leite quase se filiou ao partido de Kassab em 2022, com a intenção de a Presidência da República.

A proximidade dos governadores tucanos com o PSD é apontada por lideranças da legenda de Kassab como um fator favorável à fusão. O PSDB também é cortejado por outros partidos, como o MDB, para se fundir.

Atualmente, o PSD tem dois governadores: Ratinho Júnior (Paraná) e Fábio Mitidieri (Sergipe). Ratinho, contudo, costuma ter uma posição mais alinhada à direita. Já Mitidieri é mais ao centro.


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DESAPROVAÇÃO A LULA CRESCE E ALIADOS APONTAM FALHAS E DESINFORMAÇÃO

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A queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revelada pela pesquisa Genial/Quaest, gerou reflexões entre aliados e opositores políticos. Apesar da desaprovação de 49% contra uma aprovação de 47%, e uma queda de 7 pontos no Nordeste, onde tem maior popularidade, parlamentares próximos ao Governo destacaram avanços da gestão e apontaram problemas externos e de comunicação como fatores principais para o resultado.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é vice-líder do Governo no Senado, atribuiu o cenário a falhas na comunicação. “Eu acho que a falha maior é na comunicação. Eu não encontro motivo que justifique”, afirmou ao Diário do RN. Ela ressaltou conquistas do Governo, especialmente no combate à pobreza e na recuperação econômica.

“O presidente Lula tirou 39 milhões de pessoas da extrema pobreza, baixou o PIB apesar de qualquer previsão que fizeram, conseguiu baixar os preços, apesar de não muito, o pessoal tem que lembrar que há pouco tempo tinha fila para comprar osso; teve melhora no desemprego, é visível, o comércio cresce”, avaliou Zenaide.

A senadora também mencionou iniciativas importantes, como a retirada de impostos da cesta básica, mas criticou o setor varejista por não repassar os benefícios à população: “Agora, não é simples. Nós aprovamos a retirada dos impostos de todos os itens da cesta básica, mas os supermercados não estão nem aí. O presidente Lula está numa política internacional pujante. Não vejo motivos reais para essa desaprovação”, completou.

Já o deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN) elencou três fatores que, segundo ele, contribuíram para os índices negativos da pesquisa: a forte campanha de desinformação, como a envolvendo o Pix, a demora na chegada dos resultados das políticas públicas e a inflação dos alimentos.

O deputado reconheceu que o Governo já tomou medidas para enfrentar esses desafios, como ajustes na estratégia de comunicação, mas ressaltou que só isso não é suficiente.

“A comunicação não substitui a política. Nesse sentido, penso que é preciso que todos os órgãos do Governo Federal (inclusive os no Estado) atuem de forma articulada e proativa para que os resultados das políticas públicas cheguem na ponta de forma mais rápida. E é preciso enfrentar o grave problema da inflação dos alimentos. Está mais do que claro que o Governo Lula sobre um permanente ataque especulativo. Vide a alta artificial do dólar”, destacou Mineiro.

“Lula está colhendo o que plantou”
Já a oposição atribui o cenário a erros graves da administração federal. O deputado federal General Girão (PL-RN) questionou a narrativa adotada pelo Governo para justificar a queda de popularidade, afirmando que o PT “sempre coloca a culpa em alguém”.

“Querem colocar a culpa no dólar, colocar a culpa nos alimentos, com essa invenção que queriam aprovar a dilatação do prazo de vencimento dos alimentos. Mas nós sabemos que essa queda na aprovação é porque o Governo não tem nenhum serviço para ser mostrado”, disse Girão.

Além de apontar a ausência de resultados concretos, o deputado Girão também apontou gastos excessivos e questionou os dados oficiais apresentados pela gestão petista, especialmente no que diz respeito à saúde.

“Gastos exorbitantes, sem justificativa, com festas para Janja, que gosta de gastar muito, gastos com as viagens dele [Lula], gastos com tudo que não deveria ser. E o pior de tudo: nós temos aqui o Rio Grande do Norte uma fila que beirava pouco mais de 70 mil cirurgias eletivas paralisadas. Eu espero que a grande mídia investigue isso aí, eu espero que a Assembleia Legislativa faça rapidamente uma avaliação do problema”, criticou o parlamentar do PL potiguar.

Para o deputado Cel. Azevedo (PL), a queda é reflexo direto das escolhas do presidente. Ele criticou duramente a condução econômica e o discurso político do governo, afirmando que Lula “colhe o que plantou”. Segundo ele, a gestão é “estruturalmente ruim” e utiliza “mentira e malícia como rotina”.

“As ações econômicas são irresponsáveis e a relação com a sociedade é uma cilada para os dois lados, tanto para o Governo quanto para a população. Lula usa a mentira e a malícia como rotina de gestão. Brincou com o sentimento das pessoas. Prometeu picanha e cervejinha a preços acessíveis e está entregando inflação generalizada. Ao mesmo tempo, exagera na distribuição de ódio com o discurso do nós contra eles”, destacou Azevedo.

O deputado estadual também criticou os gastos públicos e a comunicação do governo, afirmando que “mentira atrás de mentira” tem sido o modus operandi da gestão Lula. Para ele, até antigos apoiadores estão se afastando. “Lula perdeu o monopólio da comunicação. Até os inocentes úteis, que acreditaram em suas narrativas, estão acordando”, concluiu.


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