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janeiro 17, 2025


DOAÇÃO DE SANGUE ENTRE ANIMAIS É UM MERCADO EM PLENO CRESCIMENTO

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Imagine a cena: um cãozinho esperando por uma segunda chance após um grave acidente. Ou uma gatinha, que luta contra uma doença que ameaça sua vida, rodeada de carinho e cuidados.

Esses momentos de vulnerabilidade nos lembram do quanto nossos amigos peludos são importantes em nossas vidas. Assim como nós, eles também enfrentam desafios que exigem intervenções médicas urgentes, e muitas vezes, a solução pode estar na generosidade do tutor de outro animal. Em situações emergenciais, a transfusão de sangue pode ser a chave para salvar vidas.

Em entrevista ao Diário do RN, o médico veterinário Agrício Moreira, especialista em hematologia clínica veterinária, que atua no primeiro Banco de Sangue Veterinário do Rio Grande do Norte, o CEOH, explicou o funcionamento, a importância e os desafios envolvidos na doação de sangue para animais.

De acordo com Agrício Moreira, a doação de sangue para animais de estimação é tão essencial quanto para os seres humanos. “A necessidade de ter sangue disponível para situações emergenciais é fundamental”, explica. “Quando um animal necessita de uma transfusão, seja de sangue total, plaquetas ou plasma, ele precisa do hemocomponente para restabelecer a funcionalidade do organismo de maneira adequada. Ter esses componentes disponíveis é crucial para salvar vidas”, completa.

A manutenção de bancos de sangue oferece benefícios imediatos para os animais que necessitam de transfusões. A principal vantagem é a disponibilidade de sangue “puro”, ou seja, com todos os testes necessários já realizados para garantir que o animal doador está saudável e livre de doenças infecciosas. O sangue doado é processado e separado em componentes como plaquetas, plasma e hemácias, podendo ser utilizado conforme a necessidade do paciente.

“Antes de um animal se tornar um doador, ele passa por uma série de exames rigorosos”, diz o veterinário. “Exames de sorologia e PCR para doenças infecciosas, como leishmaniose, FIV, e outras, garantem que o sangue doado seja seguro para o receptor”, explica.

Como Funciona o Processo de Doação
O processo de doação de sangue em animais é semelhante ao realizado em humanos. O animal é submetido a uma avaliação clínica completa, incluindo exames de sangue e testes de função hepática e renal. Somente após a confirmação de que o animal está saudável e livre de doenças transmissíveis, a doação é autorizada.

O veterinário destaca a importância de um ambiente controlado e a experiência da equipe para garantir a segurança do animal durante o procedimento. “A doação de sangue é realizada de forma segura e não traz riscos para a saúde do doador, desde que os intervalos entre as doações sejam respeitados”, assegura.

Cada animal deve atender a requisitos específicos para se tornar um doador. Para cães, é necessário ter entre 1 e 8 anos, pesar no mínimo 25 quilos, ter um temperamento dócil e estar com as vacinas e vermifugações em dia. Já para gatos, os requisitos incluem idade entre 1 e 7 anos, peso mínimo de 4 quilos e também o controle de parasitas.

Além disso, tanto cães quanto gatos não podem ter histórico de doenças graves, transfusões anteriores ou estarem em período de gestação, lactação ou cio.

Mitos sobre a doação de sangue
Embora a doação de sangue seja um procedimento seguro para os animais, ainda existem mitos que podem afastar os tutores de considerarem essa prática. O veterinário esclarece que a doação não deixa o animal fraco ou prejudica sua saúde. “Existem alguns mitos que a gente enfrenta, por exemplo, que a doação de sangue pode deixar o animal fraco, e isso é um mito. Ou que a doação de sangue pode fazer mal para o animal, ou até que o animal pode ficar com algum déficit nutricional, com alguma fraqueza ou com algum distúrbio por doar sangue. São mitos”, explica Agrício acrescentando: “Outro grande mito é que o animal corre risco depois da doação. Isso não existe. A doação hoje em dia, com os exames prévios, uma avaliação clínica segura, o animal pode doar sangue e isso não traz nenhum problema para o animal, respeitando o intervalo entre as doações não há problema nenhum e fazendo de uma maneira segura, não há problema nenhum nas doações”, completa o veterinário.

Incentivando mais doadores
Uma das estratégias adotadas pelo Banco de Sangue Veterinário para atrair mais doadores é oferecer benefícios para os animais que participam do programa. “Os doadores têm direito a consultas veterinárias gratuitas, exames de saúde periódicos e até mesmo vacinas e vermifugações custeadas pelo banco”, informa o veterinário.

Além disso, o banco oferece exames para detectar doenças infecciosas e faz check-ups anuais para garantir que os doadores permanecem saudáveis e aptos a doar.

Agrício acredita que a doação de sangue para animais tem um futuro promissor. “Os avanços na área de hemoterapia veterinária são significativos. O apoio de iniciativas privadas e a continuidade dos estudos sobre o uso de componentes sanguíneos em medicina veterinária contribuirão para o aprimoramento do atendimento emergencial aos pets”, comenta.

Embora o número de doadores ainda seja baixo, a situação está mudando. O banco de sangue veterinário tem 31 cães e 9 gatos cadastrados como doadores ativos, com a promessa de aumentar esse número nos próximos anos. “Dados nacionais não existem, por não existir participação do poder público. Mas no nosso banco, nos últimos 12 meses temos levantamentos dos nossos doadores caninos e felinos, temos 31 doadores caninos e 9 doadores felinos, cada um deles doam sangue com intervalos a cada 3 meses e cada doação dessa, salvam até 3 vidas, um número baixo pelo que a gente espera, por tudo que a gente vê de benefício na medicina transfusional”, explica o veterinário.

“Cada doação pode salvar até três vidas, pois os hemocomponentes são separados e usados conforme a necessidade. Mas ainda precisamos de mais doadores, principalmente felinos, pois a adesão é mais difícil devido aos receios dos tutores”, completa.

A conscientização sobre a importância da doação de sangue entre animais e a eliminação dos mitos em torno desse gesto são passos essenciais para aumentar o número de doadores e garantir que mais animais recebam o tratamento necessário em momentos críticos.


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EM NÍVEL DE ALERTA PARA EPIDEMIA DE DENGUE, RN ANUNCIA AÇÕES DE COMBATE

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Diante de um aumento de mais de 180% nos casos prováveis de dengue no período de dezembro do ano passado em comparação com a mesma época de 2023, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) realizou, nesta quinta-feira (16), a instalação de um Centro de Operações de Emergência (COE) em Saúde para dengue e outras arboviroses. A medida vem após a abertura, na última segunda (13), de uma sala de situação para monitoramento e auxiliar no enfrentamento das mesmas doenças e torna o RN o 1º estado a criar um centro, que reúne representantes de diversos órgãos públicos do Governo do Estado e também a níveis municipal e federal. A ação é incentivada pelo Ministério da Saúde, como um esforço para fortalecer a capacidade de resposta do país diante de emergências de saúde pública causadas por arboviroses.

PRIMEIRAS AÇÕES
Na reunião de abertura do COE, ocorrido na sede da Sesap, no centro de Natal, os participantes alinharam as primeiras ações conjuntas, com atenção inicial para a diminuição dos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti nos 30 municípios prioritários identificados pela Saúde.

Segundo o plano de contingência para as arboviroses, o RN está em nível de alerta, com possibilidade de entrar em situação de epidemia caso seja registrado um aumento expressivo de casos, ou seja confirmado algum óbito.

A secretária de Saúde ressaltou que os números de casos estão sendo continuamente monitorados e que as medidas tomadas têm caráter preventivo. “A gente está em monitoramento constante, tanto a área da regulação, como a área de vigilância; a gente trabalha integrado, completamente; temos um sistema que consegue fazer esse monitoramento tanto na rede Sesap, como na rede privada, então, está tudo sob controle. Mas, mesmo assim, a gente está fazendo todo esse processo realmente de prevenção, para que a gente não tenha realmente nenhum problema”, disse.

A partir de agora, a Sesap e os demais membros do COE vão coordenar ações conjuntas, que vão desde a limpeza em prédios e áreas públicas, articulação para ampliação do atendimento à população e campanhas de conscientização nos 167 municípios potiguares. Segundo Lyane Ramalho, está sendo programada uma capacitação de profissionais – da rede Sesap e dos Municípios – para o manejo clínico.

CONSCIENTIZAÇÃO NO ENFRENTAMENTO À DENGUE
A gestora destacou a importância do trabalho de conscientização e da colaboração da sociedade para o enfrentamento da dengue e demais arboviroses. “É aquele slogan que o próprio Ministério [da Saúde] está colocando, que todos nós tiremos dez minutinhos para tratar dos focos prováveis que temos nos nossos domicílios e ao redor das nossas casas. É tão importante que a gente tire esse tempinho para fazer essa averiguação. Às vezes está na geladeira, às vezes está no vasinho, às vezes está na planta – aquela planta que tem uma capacidade de deixa um pouco de água -, e o mosquito fica ali e termina proliferando uma doença, vai picar um idoso, vai picar uma criança, e termina fazendo com que a doença se torne um problema”, disse.

“No período epidêmico do ano passado montamos uma estratégia que foi bem sucedida, com apenas dois óbitos apesar do alto número de casos, e agora queremos repetir. Agora, de forma ainda mais antecipada, visto que o COE de 2024 foi aberto apenas em março”, completou a gestora. Segundo o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do RN, haverá uma união de trabalho entre as pastas para garantir a efetividade das ações. “Todo o efetivo da segurança pública está mais uma vez à disposição para repetir a parceria que já deu certo”, disse.

Na próxima semana, equipes da Sesap retornam ao calendário de visita aos 30 municípios prioritários, que foram selecionados devido à incidência de casos, casos graves, óbitos, quantidade de focos de mosquitos e fluxo turístico. As visitas reúnem não somente a Saúde, mas também integrantes da Educação, Limpeza Urbana e Meio Ambiente, Infraestrutura e outros órgãos municipais.

Dengue tipo 3
A coordenadora de vigilância sanitária em saúde da Sesap, Diana Rego, afirmou que há uma preocupação em torno da circulação da dengue tipo 3, que pode ocasionar casos mais graves devido à possibilidade de uma parcela considerável da população estar vulnerável ao vírus, já que ele não circula no estado desde o fim da década de 2000. “Precisamos também monitorar de perto “, pontuou.

Ação do Ministério da Saúde
Visando reduzir os impactos das arboviroses, o Ministério da Saúde instituiu, preventivamente, o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue), para fortalecer a capacidade de resposta do país diante dessas emergências de saúde pública. O COE foi instalado no último dia 9 pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“Seguimos a lógica de que ‘prevenir é sempre melhor do que remediar’, o que inclui medidas simples que cada cidadão pode adotar, como dedicar ao menos 10 minutos semanais para eliminar possíveis focos do mosquito em casa e nas proximidades”, frisou a gestora.


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ROGÉRIO, SOBRE ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: “BOLSONARO É O PLANO A, PLANO B E C”

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Secretário nacional do Partido Liberal de Bolsonaro, Rogério Marinho (PL) já foi citado, em alguns veículos de circulação nacional, como um provável nome a ser indicado para candidatura à vice-presidência da República, compondo chapa com Michelle Bolsonaro, ou com Tarcísio de Freitas, por exemplo. A suposição é feita em caso do ex-presidente Jair Bolsonaro não restabelecer sua elegibilidade até as eleições gerais de 2026.

Em entrevista ao programa “12 Em Ponto”, da 98 FM, concedida nesta quinta-feira (16), Rogério Marinho não vê impossibilidade: “Ninguém é candidato a vice. Isso é uma questão de circunstância e fechamento de chapa. Eu sou secretário geral do PL, sou líder da oposição [no Senado] e é evidente que nesse processo de costura e de estabelecer o tabuleiro político que nós vamos enfrentar no próximo ano, a gente tem conversado com lideranças de todo o Brasil e de outros partidos”.

Entretanto, acredita que a inelegibilidade do seu líder político será revertida e, portanto, Bolsonaro permanece como “plano A, plano B, e plano C” do partido.

“Você vê o presidente atual, foi condenado em três instâncias por corrupção, malversação de recursos públicos, dilapidação do patrimônio da União e de repente disseram que os processos tinham problemas técnicos. O presidente Bolsonaro está inelegível porque reuniu embaixadores ou participou de um evento público em Brasília. A gente está trabalhando pela reversão, inclusive porque não transitou em julgado.

O líder da oposição no Senado fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes, desde a negativa à ida do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos para acompanhar a posse de Donald Trump, até a condução do inquérito das fake news e os desdobramentos dos atos de 8 de janeiro.

Segundo Marinho, Bolsonaro foi contra qualquer planejamento de golpe de Estado que tenha ocorrido. Rogério garante que não houve conversa entre ele e Jair Bolsonaro sobre golpe, como foi apontado em depoimento de Mauro Cid.

“Em nenhum momento eu falei com o presidente sobre o golpe, nem fui abordado sobre golpe. E nenhuma das pessoas que falou também no inquérito fala a respeito. O que existe lá no inquérito é um apontamento: ‘há uma decepção com a direita, entre aspas, Rogério Marinho’; foi só isso e todos os áudios que foram vazados e que eu tive acesso também mostram que não há nem a colaboração, nem anuência, pelo contrário, houve a resistência do presidente a qualquer ação fora das quatro linhas”, narra Marinho, que ressalta estar se referindo aos áudios vazados, e não aos depoimentos, já que, segundo ele, foram dados “sob pressão”.

Marinho acusou Moraes de agir com parcialidade no julgamento de Bolsonaro. Segundo ele, o ministro, que preside processos contra o ex-presidente, “já decidiu que Bolsonaro será condenado”. Ele classificou a postura como incompatível com o papel de um juiz. “Não há nenhuma imparcialidade nesse processo. Moraes é ao mesmo tempo vítima e acusador. É o grande xerife da República”, disse.

O senador afirmou que o Brasil vive hoje o que chamou de “estado de exceção”, caracterizado por perseguições a opositores políticos e pela institucionalização da censura. Ele citou prisões de indivíduos por “crimes de opinião” e restrições ao exercício pleno da defesa no Judiciário.

“Estamos vendo juízes que falam fora dos autos, impedem manifestações de advogados no tribunal e suprimem instâncias judiciais. Isso é o Direito Penal do Inimigo. Se você pensa diferente, seus direitos são relativizados”, criticou.

Marinho ainda rebateu a tese de que Bolsonaro teria incentivado os atos antidemocráticos. O líder da oposição lembrou episódios de governos passados para ilustrar o que considera uma disparidade de tratamento. Ele citou a consulta feita por Dilma Rousseff ao Exército sobre a possibilidade de um estado de sítio durante seu mandato, que não resultou em qualquer punição à ex-presidente.

“Dilma foi cassada, mas manteve seus direitos políticos, algo absolutamente estranho no Brasil. Já Bolsonaro foi punido porque reuniu embaixadores para criticar o sistema eleitoral. Isso, enquanto há registros de invasões ao sistema do TSE, com provas claras, como aponta o inquérito da Polícia Federal”, defendeu.

O senador finalizou sua declaração lamentando o que chamou de relativização dos direitos em função de ideologias políticas. Para ele, os opositores de esquerda têm recebido tratamento brando, enquanto os conservadores enfrentam uma Justiça mais severa.

“É inaceitável que manifestações de direita sejam tratadas com punições exacerbadas, enquanto episódios de violência promovidos por grupos de esquerda, no passado, sequer resultaram em processos. Isso revela um sistema desequilibrado e perigoso para a democracia brasileira”, concluiu.

Reforma tributária: “O maior imposto sobre consumo do mundo”

Marinho abordou o debate sobre a polêmica do PIX, ferramenta que, segundo ele, representou uma revolução na inclusão financeira ao integrar milhões de brasileiros “desbancarizados” ao sistema. Ele criticou o governo pelo que classificou de “uma forma atabalhoada de conduzir a política econômica”.

“O governo desinforma a população e tenta transferir responsabilidades. Esse hábito do PT, que já vimos nos anos anteriores no poder, continua. Agora, querem usar o PIX como forma de monitorar pequenos trabalhadores informais e arrecadar mais impostos, enquanto ignoram problemas reais, como o descontrole fiscal e o aumento da dívida pública”, afirmou.

O senador também criticou o recente aumento no salário mínimo, projeto no qual votou contra.

Embora afirme reconhecer a importância de um reajuste, Marinho argumentou que, sem medidas para conter a inflação e estimular a produtividade, o aumento nominal não se traduz em ganho real para os trabalhadores.

“Quando o dólar sobe de R$ 4,80 para mais de R$ 6, como aconteceu entre 2023 e 2024, e os alimentos têm inflação muito acima da média, o trabalhador perde mais do que ganha. O governo diz que está ajudando o povo, mas está tirando com as duas mãos por meio da desvalorização da moeda e do aumento do custo de vida”, declarou.

Marinho destacou que, enquanto o governo promove reajustes, a dívida pública está em trajetória crescente, projetada para alcançar 84% do PIB ao final do mandato. “Esse aumento é insustentável. O crescimento atual é financiado por endividamento, o que tem perna curta e pode estourar nas mãos dos brasileiros em breve”, alertou.

Sobre a reforma tributária aprovada pelo Congresso, no qual também votou contra, Marinho foi categórico em sua oposição. Ele reconheceu a necessidade de simplificar o sistema tributário, mas afirmou que o texto aprovado está repleto de renúncias fiscais e aumentará a carga tributária sobre a população.

“Essa reforma não combate a cumulatividade e ainda cria o maior imposto sobre consumo do mundo, de 29%. Enquanto isso, o governo abriu mão de liderar as negociações, deixando espaço para lobbies que resultaram em R$ 450 bilhões em renúncias fiscais. É um projeto desequilibrado que vai onerar o cidadão comum e criar passivos tributários gigantescos”, explicou.

O senador refutou as alegações do governo de que os índices econômicos indicam melhora, como a queda no desemprego e o crescimento do PIB. Ele atribuiu o desempenho a fatores temporários, como a injeção de recursos via PEC da Transição, que adicionou R$ 230 bilhões ao orçamento sem previsão de receita correspondente.

“Essa estratégia de crescimento baseado em endividamento não é sustentável. O desemprego caiu mais rápido no governo Bolsonaro do que no atual governo, e isso foi graças à reforma trabalhista que flexibilizou as relações de trabalho. Hoje, o crescimento econômico é ilusório e baseado em medidas populistas que não têm respaldo fiscal”, argumentou.


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ROGÉRIO AFIRMA QUE ALLYSON, ÁLVARO E STYVENSON ESTARÃO UNIDOS EM 2026

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A oposição tem quatro nomes prováveis ao Governo do RN e, segundo o senador Rogério Marinho (PL), o grupo vai permanecer unido e definir entre três qual será o candidato ao Governo do Estado. Além dele mesmo, ou Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró, ou Álvaro Dias (Republicanos), ex-prefeito de Natal, será o representante da oposição ao cargo. Segundo o senador, o colega de bancada, Styvenson Valentim (Podemos), é a única certeza: ficará com a vaga de senador, candidato à reeleição. Marinho falou sobre o assunto em entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM.

A decisão poderá vir antes de 2026, mas “não necessariamente”. Segundo o secretário nacional do PL, cada um dos três possíveis nomes ao Governo vai tentar “construir essa expectativa, essa conexão com a sociedade e com o grupo político”.

“O fato é que nós vamos estar juntos”, afirma Marinho, que conversou, além de Álvaro Dias, com Allyson Bezerra, José Agripino e deverá dialogar com outros atores políticos sobre o assunto. “Nós vamos ter que ter bom senso”, prevê.

Para ele, a escolha não dependerá exclusivamente da popularidade do nome. “Nas duas últimas eleições que ocorreram aqui no Estado, a nossa para o Senado, eu tinha 8% e meu opositor tinha 40%. Eu sou o senador da República. Chegou em maio, antes da chegada de Álvaro, Paulinho tinha 13%, o outro tinha 40%. Hoje o prefeito em Natal é Paulinho. Então, a dinâmica do processo eleitoral tem a ver com essa popularidade que o cidadão tem que ter, mas também com a formação do grupo político e a mensagem que você vai ter e a tração natural que a campanha proporciona. Tem toda uma dinâmica que vai o que vai ocorrer”, explica.

Rogério avalia a situação do Rio Grande do Norte como “destroçada” e avisa que o nome que for escolhido para governar o Estado não deverá se preocupar com popularidade, e sim com “o que tem que ser feito”. “Além de ter que tomar medidas duras e não ter muito cuidado com a popularidade, vamos começar do menos vinte, não é do zero, é do menos vinte. Então você vai ter que nadar para sair, o candidato tem que ter essa consciência de que isso não vai ser um passeio no parque”, avisa.

Relação com Álvaro Dias
Nesta semana, Marinho sentou para conversar com o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias. Na conversa, Dias expressou a intenção de fazer parte do projeto majoritário do grupo, disposto à disputa ao Governo ou ao Senado.

“Prefeito terminou o seu período como prefeito, evidente que pelo seu tamanho, pela sua dimensão, pela legitimidade de alguém que passou seis anos como prefeito da cidade natal e que se elegeu no primeiro turno na eleição passada, ele é um personagem político importante. Tem pretensões majoritárias, ou senador ou governador. Nós precisamos estar juntos, porque a nossa divisão favorece o adversário”, esclarece Marinho.

No encontro, os dois concretizaram o diálogo e a aproximação para o projeto. “O prefeito Álvaro teve da minha parte quando prefeito uma parceria que eu acho que foi muito profícua para cidade de Natal. Obras importantes que o prefeito entregou na sua gestão e que ainda estão sendo edificadas, como a questão da Pedra do Rosário, a passagem de nível entre Cidade Satélite e Planalto, a própria engorda de Ponta Negra, mais de 300 ruas drenadas e calçadas na Zona Norte da cidade de Natal, asfalto na cidade, urbanização de praias urbanas. Nós fizemos com ele uma parceria bastante importante e o prefeito foi muito importante na minha campanha ao Senado da República. Então tenho gratidão, tenho eu tenho reconhecimento desse trabalho mútuo de parceria”, relata.

Sobre a sua pré-candidatura ao Governo do RN, colocada desde novembro de 2024, quando filiou quatro deputados estaduais ao PL, ele reafirma que vai percorrer o RN para construir um projeto.

“Acho que o nosso partido necessariamente precisaria ter um projeto para o estado do Rio Grande do Norte. Vamos construir isso a partir do mês de março. De março agosto a gente vai percorrer o estado levantando os problemas e tentando apresentar soluções para não fazer só crítica pela crítica, mas abertos a conversarmos com outros autores políticos”, diz.


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DEPUTADO SARGENTO GONÇALVES PARTICIPA DA POSSE DE DONALD TRUMP E DESTACA IMPORTÂNCIA PARA A DIREITA BRASILEIRA

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O deputado potiguar Sargento Gonçalves (PL) integra a comitiva de pelo menos 16 parlamentares da Câmara dos Deputados que viajará aos Estados Unidos para acompanhar a posse de Donald Trump como presidente da República. Segundo Gonçalves, a cerimônia marca um momento crucial para a direita mundial e, especialmente, para o Brasil.

“Só o fato de ser uma posse presidencial nos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, já é algo de grande simbolismo. Mas o retorno de Trump à Casa Branca tem um significado ainda mais especial, principalmente em um momento em que as liberdades individuais e coletivas estão sendo tão atacadas”, afirmou o deputado em entrevista ao Diário do RN.

Gonçalves destacou que sua presença, assim como a de outros parlamentares brasileiros, representa um gesto de alinhamento político e ideológico com o novo governo americano. Ele assegurou que sua viagem será custeada com recursos próprios: “Tudo está sendo pago do meu bolso — passagens, estadia e deslocamentos. Diferentemente do governo atual, que já gastou milhões em viagens internacionais”, alfineta.

O parlamentar do Rio Grande do Norte afirma que recebeu, via e-mail, um convite do cerimonial de posse do novo presidente americano, que ocupará o cargo pela segunda vez. Gonçalves deverá embarcar nesta sexta-feira (17) e tem retorno previsto para o dia 22.

De acordo com o Sargento Gonçalves, a caravana faz parte de uma viagem oficial aprovada pela Câmara dos Deputados, mas o parlamentar explicou que outros colegas também decidiram participar por iniciativa própria. A estadia dos deputados em Washington será em uma casa compartilhada, alugada para hospedagem dos deputados. “Estamos em uma casa simples, sem qualquer tipo de luxo. Essa viagem não é sobre ostentação, mas sobre representar a direita brasileira nesse momento histórico”, afirmou.

De acordo com a imprensa nacional, a Secretaria de Relações Internacionais da Câmara informou que nenhum parlamentar solicitou uma missão especial, ou seja, que a Casa pagasse os custos da viagem para os EUA. No Senado, a assessoria de imprensa informou que também não houve pedidos dos senadores para essa finalidade. Posteriormente, deputados e senadores podem pedir reembolso da viagem e descontar da cota parlamentar.

Gonçalves relatou que a delegação brasileira está dividida em grupos, com alguns já participando de eventos políticos e palestras nos Estados Unidos.

Segundo o Uol, a comitiva está sendo organizada por Eduardo Bolsonaro e inclui parlamentares em sua maioria do PL, mas também do Podemos, União Brasil, Novo e Republicanos. Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Mario Frias (PL-SP), Maurício Marcon (Podemos-RS) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) são alguns dos que estarão na posse do presidente dos EUA. Além dos eventos oficiais, os parlamentares participam de atividades, como um curso de política americana para parlamentares brasileiros. A aula foi ministrada por Paulo Figueiredo, que já foi indiciado pela PF por suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A cerimônia oficial de posse de Donald Trump ocorrerá em Washington, D.C., com uma série de eventos paralelos.

Na visão do deputado, o retorno de Trump ao poder tem o potencial de impactar positivamente a geopolítica global e fortalecer a direita em diversos países, incluindo o Brasil. “Se Trump estivesse na presidência, a parcialidade que vimos em algumas decisões importantes, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, talvez não tivesse acontecido”, declarou Gonçalves.

Ele também atribuiu à nova administração americana o início de mudanças significativas, como avanços em negociações de cessar-fogo no Oriente Médio e a revisão de políticas de censura em plataformas digitais. Para Sargento Gonçalves, a posse de Trump é um marco que pode influenciar diretamente o cenário político brasileiro nos próximos anos, incluindo as eleições de 2026. Ele acredita que a vitória do republicano fortalece os movimentos conservadores no mundo todo. “Trump volta para colocar ordem na casa. É um momento de renovação para todos que acreditam na liberdade e nos valores que defendemos”, concluiu.


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