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janeiro 15, 2025


ESTAÇÃO MAIS QUENTE TRAZ TAMBÉM AUMENTO DE CASOS DE CONJUNTIVITE

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Durante os meses de verão, uma das condições mais comuns que afetam os olhos das pessoas é a conjuntivite, uma inflamação da conjuntiva ocular, a camada superficial que cobre o olho. Com o aumento do calor, o número de casos tende a aumentar, especialmente em lugares com grande concentração de pessoas, como praias e piscinas.

Em entrevista ao Diário do RN, Anderson Martins, médico oftalmologista e presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte, explica que “a conjuntivite pode ser causada por diferentes fatores, como agentes químicos, alérgicos ou infecciosos, incluindo vírus e bactérias”. Ainda segundo ele, a condição pode se manifestar de diversas formas, com sintomas que variam conforme o tipo, mas geralmente incluem lacrimejamento excessivo, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, secreção e olhos grudados ao acordar.

Por que os casos de conjuntivite aumentam no verão?
O aumento de casos de conjuntivite no verão está diretamente relacionado à maior convivência social e aglomerações típicas da estação. “No calor, principalmente no verão, aumentam as aglomerações. Banhos de piscinas coletivos, banhos de mar coletivos, shows, e com isso as transmissões virais também aumentam”, comenta o oftalmologista. Como a conjuntivite viral é de fácil transmissão, as pessoas em locais com grande concentração de público estão mais expostas ao risco de contrair a doença.

Sintomas e cuidados essenciais
Os principais sintomas da conjuntivite incluem “lacrimejamento, desconforto ocular, sensação de areia, vermelhidão, secreção e olhos grudados ao acordar”, destaca o médico. O tratamento é, em sua maioria, sintomático, com o uso de anti-inflamatórios e lubrificantes para aliviar o desconforto, além de antibióticos ou corticoides em casos mais graves. A boa notícia é que, em geral, a conjuntivite é uma doença autolimitada, ou seja, tem uma resolução espontânea após cerca de 5 a 7 dias, período de atividade do vírus. “A gente como médico precisa dar um conforto a esse paciente e tratar essa conjuntivite para ele aguentar passar esses 7 dias com sintomas.

Então, normalmente, faz uso de anti-inflamatórios e lubrificantes. Em alguns casos, pode ser necessário associar antibióticos ou corticoides. Por isso é necessário na hora da irritação ter uma consulta com um médico oftalmologista”, orienta o profissional.

No entanto, Anderson Martins alerta sobre as complicações, que são raras, mas podem ocorrer. “As complicações são raras, mas podem incluir cicatrizes palpebrais, que podem ser permanentes, e infecções corneanas, como a úlcera de córnea, que é um quadro grave”, reforçando porque é fundamental buscar orientação médica para garantir um tratamento adequado, principalmente diante de sintomas persistentes ou agravantes.

Prevenção
Prevenir a conjuntivite viral, especialmente no verão, exige cuidados simples, mas eficazes. O presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte enfatiza que “para prevenir, tem que se fazer uma prevenção dos contágios virais tradicionais: lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomeração, uso de máscaras e, principalmente, as pessoas contaminadas não circularem em ambientes com outras pessoas”. A transmissão da doença é extremamente fácil, por isso, o autocuidado é essencial para evitar a propagação.

Portanto, durante o verão, além de aproveitar o calor e a diversão, é importante redobrar a atenção com a higiene e, caso surjam sintomas de conjuntivite, a consulta com um oftalmologista é fundamental para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.


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PREFEITURA MOVE CINCO PROCESSOS CONTRA CAERN E APLICA 500 MIL EM MULTAS

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A polêmica em relação ao despejo de esgoto em praias de Natal voltou ao centro das discussões após o alagamento ocorrido em um trecho da área de engorda de Ponta Negra, onde – além de água da chuva – também havia muito mal cheiro.

Segundo o secretário Thiago Mesquita, a Prefeitura de Natal já move cinco processos contra a Caern, sendo dois por lançamento de esgoto na praia de Miami, na Zona Leste, e na área da engorda de Ponta Negra. Ao todo, o Município está requerendo, em pagamentos de multas, que R$ 492.300,00. Segundo o gestor, a empresa já foi autuada.

“Isso é extremamente sério, é um absurdo a Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte deixar que procedimentos de manutenção de estações elevatórias extravasem esgoto doméstico, in natura, para dentro de uma área costeira. Isso é inadmissível. Inclusive, vamos encaminhar também ao Ministério Público Estadual essa situação, porque virou quase situação rotineira. Nós descobrimos uma vez, depois, foram cinco vezes. Então, deve também haver aí, por parte do Ministério Público, uma investigação criminal em relação a essa situação”, declarou.

Thiago Mesquita sobre esgoto em praias: “Isso é extremamente sério” – Foto: Reprodução

Caern afirma que não houve extravasamento e esgoto na praia de Ponta Negra é responsabilidade da Prefeitura

Roberto Linhares afirma que irá provar que problema não é da Caern – Foto: Reprodução

O mal cheiro relatado na área da engorda da praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, após as chuvas entre a madrugada e a manhã desta segunda-feira (13) não foi causado por extravasamento da rede de esgoto da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), segundo o diretor-presidente da empresa, Roberto Linhares. O gestor rebateu uma afirmação feita pelo titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, que culpabilizou a Caern pelo problema.

De acordo com Linhares, não há qualquer problema na rede de esgotamento sanitário da Caern, e a situação ocorrida na praia de Ponta Negra se deve a uma ligação clandestina de esgoto, que seria responsabilidade da Prefeitura de Natal fiscalizar. Ainda segundo ele, um simples vazamento naquela área seria diluído e não ocasionaria o odor que foi relatado.

“Nosso sistema de esgoto está funcionando completamente bem e funcionou naquele período; e qualquer extravasamento pequeno, seria totalmente diluído e não causava aquele cheiro. O senhor [Thiago Mesquita] sabe que aquele cheiro é causado por ligação clandestina de esgoto, e essa ligação clandestina de esgoto é de responsabilidade de quem, secretário? Do Município, que tem poder de polícia para fiscalizar, para tamponar e conta com a nossa parceria para isso, para ajudar na solução desses problemas”, disse o diretor-presidente em vídeo divulgado à imprensa.

Ainda na gravação, Roberto Linhares afirmou que irá provar que a Caern não tem responsabilidade sobre o caso e que será solicitada uma retratação do secretário Thiago Mesquita. “O senhor disse que vai me chamar para uma audiência, nós vamos para a audiência, vamos comprovar que não é e pedir que o senhor se retrate naquilo que o senhor falou. E não é nada de confronto, é verdade. É pedir que seja verdadeiro, que assuma a responsabilidade, que é sua, não é responsabilidade nossa. Se fosse nossa, a gente assumiria”, declarou.

O gestor da Caern afirmou que a equipe da companhia está à disposição para auxiliar na resolução de problemas, apesar de negar a responsabilidade pela presença de esgoto no alagamento na área da engorda. “Estamos juntos para solucionar os problemas da cidade de Natal, mas não vamos assumir aquele que não é responsabilidade nossa”, pontuou.

Procurado pela equipe do Diário do RN nesta terça-feira (14), Thiago Mesquita assumiu que o mal cheiro sentido na praia de Ponta Negra está relacionado à ligação clandestina de esgoto no sistema do Município, mas reafirmou que também se deve à ligação de águas de chuva no sistema da Caern – que, ressalta, é crime no país –, e disse que ambos devem buscar soluções para a situação.

“Deixei muito claro que [o alagamento] em Ponta Negra, está relacionado à drenagem do município, entre o ponto oito e nove da drenagem. É água pluvial, água de chuva, está certo? (…) Agora, o que que tem a ver com a Caern? Isso que eu coloquei e que o presidente, ao invés de, lá atrás, ter vindo a público, ter falado ‘olha, nós erramos aqui nas elevatórias; estou corrigindo o erro, estou deixando uma área de reservatório para que não venha mais extravasar esgoto para a engorda de Ponta Negra ou pra Praia do Meio, contaminando o ambiente costeiro de Natal”, que é uma área de preservação permanente, (…) agora, ele veio, apareceu questionando e dizendo – e o que ele falou é verdade – que há ligação clandestina de esgoto no sistema pluvial do Município”, disse.

“E é verdade, há mesmo, e a SEINFRA, a Secretaria de Infraestrutura do Município, junto com a SEMURB [Secretaria Municipal de Urbanismo], junto com a ARSBAM [Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico], e até junto com a Caern também – a Caern pode contribuir, deve contribuir – têm que identificar essa problemática. Só que, também, no sistema de esgotamento da Caern, há ligação de água de chuva. No Brasil, isso é crime, crime ambiental. Os sistemas têm que ser independentes. O marco do saneamento exige que os sistemas pluviais e de esgotamento sejam independentes; não pode haver mistura, como acontecia há duzentos, trezentos anos atrás.

Então, a Caern também tem a obrigação legal, técnica e moral como a empresa responsável pela parte de esgotamento no município de Natal, de fazer manutenção no sistema dela, de identificar a origem dessas ligações que – e Caern como vítima, inclusive”, completou o secretário.

De acordo com Mesquita, essas ligações terminam provocando extravasamentos em caixas de passagem no calçadão de Ponta Negra, que têm as tampas arremessadas por causa da pressão. “O que eu falei foi isto: o mau cheiro que tem lá está relacionado tanto à ligação clandestina de esgoto no sistema do Município, quanto à ligação de água de chuva, águas pluviais, no sistema da Caern”, concluiu o gestor.


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ALEXANDRE DE MORAES SOLICITA À JUSTIÇA DO RN PROCESSO QUE CONDENOU GIRÃO

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O ministro Alexandre de Moraes emitiu, nesta terça-feira (14) um despacho referente ao inquérito nº 4.939, instaurado em 7 de julho de 2023, que investiga a possível participação do Deputado Federal Elieser Girão (PL) nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, com a possibilidade de “caracterização dos crimes de associação criminosa, incitação ao crime, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”. Moraes solicita à 4ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Natal, a decisão relativa à Ação Civil Pública 0803686-05.2023.4.05.8400, emitida pelo juiz Janilson Siqueira, que condena Girão ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. Ainda, determina exclusão das postagens de redes sociais publicadas por Girão entre novembro e dezembro de 2022, que segundo o magistrado da 4ª Vara, incitaram a militância às manifestações por intervenção militar e golpe de Estado.

De acordo com o despacho de Moraes, o relatório final da Polícia Federal nos autos conclui que “diante da atividade recente do representado nas redes sociais e no desempenho de seu mandato, fica clara a continuidade da conduta do representado de acusar a existência de fraude no processo eleitoral e a desonestidade do Poder Judiciário e seus membros, de modo a incitar seus seguidores a protestar por intervenção das Forças Armadas”.

Após algumas movimentações no inquérito, o ministro esclarece, no documento, que solicitou, em setembro de 2024, que a Polícia Federal identifique publicações em redes sociais do deputado Girão com conteúdo antidemocrático relacionado ao 8 de janeiro. Além disso, pede informações sobre um suposto inquérito arquivado, que teria sido mencionado por Girão em depoimento.

Posteriormente, ao tomar conhecimento, no último dia 11 de janeiro, sobre a condenação do parlamentar ao pagamento de R$ 2 milhões e a determinação de apagar as postagens das redes sociais, Moraes solicita a decisão ao juízo da 4ª Vara para verificação do conteúdo.

Além dos dois milhões de reais, a sentença Justiça determina ao deputado a retirada de 10 postagens da rede social X, Instagram e Facebook, no prazo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Na ação, o MPF acusa o parlamentar de abuso do exercício da liberdade de reunião e de manifestação do pensamento, quando propagou o desrespeito ao resultado das eleições e à legitimidade de mandatos constitucionalmente obtidos via eleições livres. Ele teria convocado e incitado manifestações por intervenção militar e golpe de Estado com tomada ilegítima do Poder.

O órgão alegou que Girão estimulou as condutas que levaram aos atos do 8 de janeiro de 2023, na tentativa de golpe de Estado. Em Natal, a concentração e movimentações de militantes bolsonaristas em frente ao 16º Batalhão de Infantaria Motorizada iniciou no dia 1º de novembro de 2022, dois dias depois da realização do 2º turno da eleição. Com o apoio do General Girão, tanto em presença no local, quanto nas redes sociais, os manifestantes defenderam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a necessidade de “intervenção federal”, através das Forças Armadas para a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Despacho de Alexandre de Moraes movimenta inquérito e solicita decisão da 4ª Vara Federal de Natal – Foto: Reprodução

Presidente do PT afirma que decisão da Justiça contra Girão é “exemplar”

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, publicou, em seu Instagram, destaque de matéria do site Brasil 247 intitulada “Deputados golpistas começam a sentir o peso dos seus crimes, diz Gleisi após decisão contra Girão”. Na legenda à postagem, a dirigente partidária afirma que “é exemplar a decisão da Justiça Federal no Rio Grande do Norte que condenou o deputado General Girão, do PL de Bolsonaro, a pagar R$ 2 milhões por ter incitado o golpe e a violência política contra a eleição de Lula em 2022”.

No texto escrito por Gleisi, ela explica aos seguidores do seu perfil na rede que “a sentença pune Girão por ter divulgado nas redes sociais mentiras sobre o processo eleitoral e ter promovido ‘discurso de ódio’ contra as instituições e o presidente Lula”.Ela ressalta a participação do deputado federal do PL no acampamento em protesto contra o resultado da eleição, em 2022, em Natal. Segundo a presidente do PT, a participação de Girão, incentivou os ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes em Brasília. “Ele foi um dos incentivadores do acampamento golpista em frente a um quartel do Exército em Natal, atuando fortemente na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Girão é mais um que começa a sentir o peso de seus crimes contra a democracia e o país”, finalizou Gleisi.


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STYVENSON É ACUSADO DE CHANTAGEAR PREFEITOS PARA VOTAR EM BABÁ PEREIRA

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De um lado, o candidato é grupo é da governadora Fátima Bezerra (PT). Do outro, o postulante é alinhado com o senador Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos). A disputa entre Pedro Henrique (PSDB), prefeito de Pedra Preta, e Babá Pereira (PL), ex-prefeito de São Tomé, à presidência da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) tem tomado contornos de polarização nos bastidores. A eleição para este biênio, 2025-2026, acontece hoje (15), durante a manhã, com votação dos prefeitos de forma online via aplicativo.

Na última sexta-feira (10), o senador Styvenson Valentim, apoiador de Babá para a presidência da Federação, levantou polêmica sobre a eleição. Ao mesmo tempo em que criticou a oposição por “subterfúgio ilícito”, sem detalhar, deixou claro que a liberdade dos prefeitos em votar no candidato que quisessem, incidia em sua liberdade para decidir futuramente nos direcionamentos das emendas parlamentares. Para Styvenson, isto não é chantagem.

“Ou você tem palavra, meu amigo, e você cumpre, ou você diz de que lado está, porque o lado de lá, do lado que está em oposição ao candidato que eu apoio está apoiado por Fátima [Bezerra], por Walter [Alves], nada contra. Você é livre, prefeito, para votar, como você sabe também que eu sou livre para poder futuramente decidir alguns direcionamentos e eu não estou usando isso como arma de chantagem, de amedrontação, como estão fazendo nas ligações ou nas reuniões”, afirma o senador, denunciando chantagem pelo lado oposto ao seu.

Ele criticou o que chamou de “jogo duplo” dos bastidores: “2025 está na hora de parar de ter duas caras na política do Rio Grande. Está na hora de parar de jogar duplamente, de dizer uma coisa para mim, uma coisa para o outro e para o outro. Amigo, eu não estou usando emendas como troca. Eu não estou usando recursos do partido, eu não estou usando nada de subterfugio ilícito para convencer o voto de prefeito nenhum, mas acho que está bom da gente parar com esse tipo de política nesse Estado”.

Babá Ferreira, que recebe o apoio de Styvenson, embora não tenha nome citado no vídeo, concorda com o senador e afirma que a chantagem vem, na verdade, por parte do Governo do RN e da Assembleia Legislativa. “O que está ocorrendo muito é o Governo e a Assembleia oferecendo cargos para o pessoal votar em Pedro Henrique. Tem vários prefeitos que têm me ligado, recebendo promessas de asfalto e várias outras coisas, enfim, em troca do apoio ao Pedro Henrique”, denuncia Babá em conversa com a reportagem.

O candidato, que registrou chapa na última sexta-feira (10), admite ao Diário do RN o alinhamento com o projeto de Rogério Marinho, mas garante que isso não deve interferir em sua atuação caso eleito presidente da entidade. “Eu pessoalmente sou alinhado ao projeto, mas, enquanto presidente da federação, eu separo totalmente isso. Isso nunca vai estar misturado”, afirmou.

“Inclusive, quando fui presidente da federação, aproveitei o momento em que tínhamos dois ministros do estado e procurei benefícios para os municípios. Tanto o Fábio Faria quanto o Rogério Marinho ajudaram os municípios, independentemente de cor partidária, através da federação. Se, por exemplo, Mineiro ou Natália chegarem a ser ministros, vou procurá-los da mesma forma que procurei Rogério e Fábio Faria na época. Vou procurar a governadora, os senadores e a bancada federal para que todos ajudem os municípios”, promete Babá.

“Governo quer evitar comitê eleitoral da oposição dentro da Femurn”, diz Pedro Henrique
“Eu afirmo com toda certeza: nem a Assembleia Legislativa nem o Governo do Estado estão oferecendo vantagem em troca de votos. As relações são institucionais. Os prefeitos têm conversado com o governo e com os deputados da Assembleia, assim como conversam com os deputados que apoiam a candidatura de Babá”. Esta afirmação é do candidato Pedro Henrique, candidato à presidência da Femurn em oposição a Babá Pereira.

Garantindo mais de 80 votos em seu nome, o prefeito de Pedra Preta, apoiado por Fátima Bezerra, afirma que “o sentimento de vitória antecipada da chapa de Babá já não existe mais”, segundo ele, justamente por causa da “pressão dos parlamentares que apoiam Babá”.

“A pressão que tem sido dada por alguns parlamentares para o voto em troca de emendas, tem tido efeito contrário. Alguns prefeitos estão se sentindo constrangidos com essa pressão e estão me ligando e declarando voto a mim. Talvez não declarem publicamente para evitar represálias”, avisa Pedro Henrique.

O candidato explica que seu projeto prioritário é implantar “a real independência da instituição”. “O relacionamento deve ser institucional e não político. As posições políticas se decidem nos municípios, mas a federação precisa defender pautas municipalistas independentemente de ideologia. As decisões precisam ser discutidas com a diretoria e compartilhadas, buscando as opiniões dos 167 prefeitos, e não de um grupo fechado que decida os rumos da diretoria e as decisões da Femurn”, afirma Pedro.

Diante disso, ele garante que a participação do Governo na defesa de sua chapa quer evitar a influência de políticos dentro do funcionamento da Federação: “O governo é parceiro de alguns municípios e tem buscado, claro, apoio à nossa chapa para não implantar dentro da Femurn novamente um comitê eleitoral de oposição, que não é o papel da federação. Então o governo tem ajudado junto com alguns parlamentares”.


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ELEITORA REGISTRA EM CARTÓRIO DENÚNCIA DE COMPRA DE VOTO NAS ELEIÇÕES 2024

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Uma eleitora do município de Montanhas, no Agreste Potiguar, registrou em cartório uma declaração de fato sobre suposta compra de voto por parte do atual prefeito do Município, Antônio Neto Marcolino (PP). A dona de casa Antonia Raynara da Silva Costa, de 27 anos, alega ter recebido dinheiro do então candidato, em setembro de 2024, para que votasse nele nas eleições municipais que ocorreriam no mês seguinte.

De acordo com a jovem, o caso ocorreu no feriado da Independência do Brasil – em sete de setembro -, quando Antônio teria realizado um evento denominado “Onda Azul”. Ela relata que foi ao evento devido à companhia dos amigos e devido à “festa”, mas que já havia decidido votar no candidato adversário, Algacir (PSD). No entanto, segundo registrou em cartório, o atual gestor da cidade a cumprimentou no evento e pediu voto, mas ela afirmou que somente o faria caso recebesse uma ajuda, condição aceita pelo político.

Ainda conforme o relato de Antonia Raynara, Antônio perguntou do que ela precisava e ela afirmou que queria R$ 500 reais, valor entregue a ela no mesmo momento pelo então candidato, que a pediu para que tirassem uma fotografia juntos, a qual teria sido publicada no perfil oficial de Antônio no Instagram. Na imagem, a dona de casa aparece com cédulas de dinheiro em uma das mãos.

As declarações foram registradas no formato de “Ata Notarial de Declaração de Fato e Descrição de Rede Social”. Segundo o Colégio Notarial do Brasil, esse documento consiste em um “instrumento público no qual, a pedido de pessoa capaz, o tabelião formaliza um documento narrando fielmente tudo aquilo que verifica com seus próprios sentidos sem emissão de opinião, juízo de valor ou conclusão, ou seja, narra e materializa os acontecimentos em sua essência, constitui prova para ser utilizada quando conveniente, de modo que a veracidade (juris tantum) somente poderia ser retirada através de sentença transitada em julgado”.

Para a confecção da Ata, Antonia compareceu ao 2º Ofício de Notas de São José de Mipibu, na Grande Natal, no dia 31 de outubro de 2024, após as eleições, quando Antônio Neto já havia sido eleito para administrar o município de Montanhas entre 2025 e 2028.

O pleito para a Prefeitura do município teve apenas Antonio Neto (PP) e Algacir (PSD) como candidatos no ano passado. O vencedor obteve 52,63% dos votos válidos (4.190 votos), contra 47,37% (3.771 votos). Em sua campanha, Antônio Neto e o vice Naldinho (PT) receberam apoio do então prefeito Manuel Gustavo Moreira (PSB), que já não podia concorrer à reeleição.


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