A Prefeitura de Natal pagará pouco mais de R$ 2,4 milhões pelos serviços de lavagem de roupa hospitalar e locação de enxoval para todas as unidades de saúde da rede municipal coberta pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS Natal), pelo período de seis meses. O contrato foi firmado com a empresa Lavebras Gestão de Têxteis S. A., que já possui contratos anteriores com a pasta, tendo recebido um montante superior a R$ 13,2 milhões entre janeiro de 2020 e julho deste ano.
O contrato foi firmado com a empresa, dona do CNPJ 06.272.575/0060-08 e sediada no bairro do Bom Pastor, na Zona Oeste de Natal, de forma emergencial e por dispensa de licitação, apesar dos serviços contratados serem uma continuidade do que já vem sendo realizado por ela nos últimos três anos e sete meses anteriores, de acordo com dados constantes no Portal da Transparência de Natal.
Conforme o Portal da Transparência de Natal, entre os meses de janeiro e julho deste ano, a Lavebras recebeu quase R$ 1,3 milhão – ou cerca de R$ 185 mil mensais – da Prefeitura Municipal para prestar os mesmos serviços. Já pelo novo contrato, de cerca de R$ 2,4 milhões por um período de 180 dias, o município pagará o valor mensal de R$ 405,7 mil à empresa, o que significa um aumento de 118,9%.
Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, a empresa foi contratada pela Prefeitura de Natal por R$ 3 milhões para prestar o serviço de lavagem de roupa e locação de enxoval hospitalar para a rede de saúde do município. Isso significa dizer que a contratada recebeu quase R$ 250 mil mensais em 2020, ou seja, um valor 62,2% menor que o montante a ser recebido por este novo contrato emergencial.
Contratada novamente pela Prefeitura Municipal para atender às necessidades da Secretaria de Saúde em 2021, segundo ano da pandemia de Covid-19, a Lavebras recebeu por este novo acordo pouco quase R$ 4,2 milhões no ano, ou o equivalente a R$ 350 mil mensais. Já no ano passado, quando a pandemia de Covid-19 diminuiu, o contrato anual foi de pouco mais de R$ 4,6 milhões, ou cerca de R$ 390 mil mensais.
SEM CONTATO
A reportagem do Diário do RN procurou o secretário municipal de Saúde, George Antunes , para explicar o porquê da contratação emergencial e por dispensa de licitação da empresa que já vem prestando serviços ao município há, pelo menos, três anos, mas não conseguiu localizá-lo até o fechamento desta edição.