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ROGÉRIO QUER QUE TCU DERRUBE SIGILO DE CARTÃO CORPORATIVO DE LULA E JANJA

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Rogério Marinho: “Lula celebra que o Brasil ‘está de volta’, mas o que vemos são os R$ 8 milhões gastos abusivamente com o cartão corporativo, um recorde do PT” – Foto: Reprodução

“A atual gestão entendeu que os gastos do cartão corporativo não deveriam ser sigilosos, tendo tomado a iniciativa de divulgar os dados de governos anteriores por meio de planilha que deixou de ser atualizada com os gastos do atual presidente. Isso demonstra comportamento contraditório e precisa ser cessado com a atualização dos gastos até o presente momento”, afirmou, em entrevista ao Diário do RN, o senador Rogério Marinho (PL), ao detalhar o porquê de ter solicitado ao Tribunal de Contas da União (TCU) a retirada dos sigilos sobre os gastos feitos pelo presidente Lula (PT) no cartão corporativo.

“A representação apresentada ao TCU visa justamente que se retire os sigilos atualmente empregados aos cartões corporativos, para que a sociedade e os órgãos de controle possam conhecer apurar, na integralidade, os gastos efetuados. A atual gestão, em 12 de janeiro de 2023, espontaneamente, entendeu que os gastos não deveriam ser sigilosos. Porém, deixou de atualizar os gastos do atual presidente”, explicou o parlamentar.

De acordo com o Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU) e que contém as faturas de janeiro de 2013 até agosto de 2023, Lula teria gasto a média mensal de R$ 1,1 milhão, em números corrigidos pela inflação, de janeiro a agosto deste ano. Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2022, o cálculo aponta para uma despesa média mensal de R$ 1 milhão, já Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) registraram despesas mensais menores, R$ 584 mil e R$ 905 mil, respectivamente.

“Os gastos da gestão anterior foram no valor de R$ 32,6 milhões, entre2019 e 2022; enquanto os gastos no primeiro mandato do presidente Lula (2003-2006) alcançaram o valor de R$ 59 milhões (em dados corrigidos pela inflação), o que nos traz a convicção da economicidade da gestão anterior e a necessidade de que a atual gestão dê aos seus gastos a mesma publicidade que imprimiu quanto aos governos anteriores, notadamente quando vem batendo sucessivos recordes em suas despesas”, afirmou Rogério.

Líder da oposição no Senado Federal, o parlamentar disse ainda que o sigilo “dificulta o controle social dessas despesas realizadas com dinheiro público” e que “Lula celebra que o Brasil ‘está de volta’, mas o que vemos são os R$ 8 milhões gastos abusivamente com o cartão corporativo, um recorde do PT. Diante da falta de transparência e responsabilidade com o dinheiro público, entrei com uma representação no TCU para exigir o fim do sigilo e apurar possíveis irregularidades. O povo não pode pagar pelas irresponsabilidades do governo”.

APAGÃO

Por quatro meses, entre maio e este mês, o governo federal deixou de publicar as faturas do cartão corporativo do presidente Lula, retomando a divulgação do valor gasto pelo cartão da Presidência da República na semana passada. Conforme a Controladoria-Geral da União (CGU), houve mudanças no envio dos extratos, cuja responsabilidade é do Banco do Brasil, conforme matéria publicada pela Folha de S. Paulo na última terça-feira (19).

“A partir do último mês de maio, o Banco do Brasil alterou a solução de compartilhamento e extração desses arquivos com a CGU, o que impactou a atualização das modalidades de cartão abrangidas na consulta do Portal da Transparência”, coordenado pela CGU, justificou o órgão de controle. Por sua vez, o Banco do Brasil confirmou a versão da CGU, alegando que, “meio de transmissão das informações para a CGU passou por atualização tecnológica nos últimos meses, com objetivo de aprimoramento do processo”.

Criado por decreto em 2001, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) o cartão corporativo pode ser usado para atender a despesas de pequeno vulto (aquelas que não ultrapassem o limite estabelecido na Portaria MF nº 95 de 2002), atender a despesas eventuais, como viagens e serviços especiais, que exijam pronto pagamento; executar gastos em caráter sigiloso.


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