Por: Cid Montenegro.
Assistindo o vídeo Renato e seus Blue Caps, conto que eu conheci no Rio o saudoso Renato Barros, conheço Érica sua filha, é do meu grupo.
Conheço Paulo Barros seu irmão, faz anos que eu não falo com ele.
São cariocas do bairro de Piedade.
Eu nasci em 1965, a banda começou em 60.
Até hoje, não tem quem não goste da versão brasileira, dos Beatles, os meninos de Liverpool que encantaram o mundo.
É um ritmo de música único, traz sempre boas recordações e recordar é viver.
Assim como juramento em um casamento perante o padre no altar, a banda durou até que a morte separasse.
Conheci eles através de outro amigo, Ayet Veloso que é conhecido por Benito de Paula, natural de Nova Friburgo/RJ, cidade serrana.
Renato era alegre, adorava cantar nem que fosse na casa de um amigo, ninguém pedia, ele ia buscar no carro a guitarra.
Se vivo, hoje estaria com 80 anos mais ou menos creio eu.
Aqui nós temos nosso Renato, meu amigo Reinaldo da banda dos anos 60.
Perdemos o querido Jorginho, 😪 grande abecedista, engenheiro e que tocava por amor a MPB e nos presentear com o seu talento, seu dom.
Uma vez, peguei Benito de Paula e levei ele para a Moqueca Capixaba, eu, ele, saudoso Joel ex-zagueiro do ABC, os garçons meus amigos João e Damião, fanáticos alvinegros que todos os anos ganham de mim camisas oficiais.
Tinha um casal de Belo Horizonte que se aproximou, eram fãs dele, ele contou muitas histórias de suas composições.
Do desabafo como Osso duro de roer, homenagens a Grande Otelo, Luis Gonzaga, a mulher brasileira, o porque o choro dos Detalhes de Cetim, das desavenças que obriga a não falar da vida porque ninguém sabe o que jâ passou, do fim da valentia de um homem quando a mulher que ele ama vai embora e o mais valente do homens chora.
Um norte americano de nome Charlie foi assaltado no Rio, teve repercussão no THE Newton York Times e no Washington Post.
Ele compôs Charlie Brown, saiu na imprensa de lá, o turista voltou e passou a elogiar o Brasil.
Na letra ele fala: Se você quiser vou lhe mostrar nossa São Paulo terra da garoa, Bahia de Caetano nossa gente boa, Vinicius de Morais ao som de Jorge Ben, torcida do Flamengo pois igual não tem.
Vou lhe mostrar Luiz Gonzaga rei do meu Baião, Brasil de pinta a pinta do meu coração.
Exigiram dele muita coisa ao mesmo tempo, então ele gravou Quero ver o cara sentado na praça assoviar e chupar cana.
Tendo como testemunha o mar de Areia Preta, foi uma noite formidável, onde você sabe de coisas que em nenhuma entrevista ou documentário foram registradas.
Esse casal de Minas, torcedores do Atlético MG, ele primo do cantor Beto Guedes e amigo de Milton Nascimento.
Todos voltaram com camisas do ABC.🤍🖤.
Eu fui a BH casamento de Ricardo Alencar, neto do saudoso vice presidente José de Alencar, na recepção tocaram Beto Guedes e J. Quest.
Milton Nascimento estava como convidado, deu uma canja.
Gerusa/Pedro Portela o casal da Moqueca tinha me convidado para um jantar no sábado na mansão deles em Nova Lima, mandou me buscar e ele me diz :
” Montenegro, se você em Natal me presenteou uma noite com Benito, um passeio de lancha no Rio Potengi e me deu essa camisa do ABC, vou lhe retribuir com Milton Nascimento que está chegando, amanhã passeio de lancha na Lagoa da Pampulha e com essa camisa do Galo.
Uma noite extraordinária, mas, aí, é outra história.
Ps.
A lancha aqui foi a do meu saudoso amigo Jorge Romano, pai do nosso amigo Antonio Pinto, Toni, grande abecedista e de muitos serviços prestados ao Clube, assim como Giuliano Diógenes.
Muito bom divulgar o ABC além dívidas e fronteiras, muito bom ter o que contar.
VIVA A HISTÓRIA.
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VIVA O MAIS QUERIDO.
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