Início » Política » Página 23

Política


CHAPA GOVERNISTA PARA 2026 DEVE TER WALTER ALVES COM FÁTIMA E ZENAIDE

  • por
Compartilhe esse post

No Rio Grande do Norte, o PT elegeu em 2024 sete prefeitos, 13 vice-prefeitos e 62 vereadores e vereadoras. Apesar destes números estarem aquém de outros partidos – como o MDB – a sigla considera que os resultados foram muito positivos. Os dirigentes do partido avaliaram, logo após o pleito, que a participação do PT foi ativa em mais de 120 municípios, através das alianças com partidos da base de sustentação do governo de Fátima Bezerra. São estas alianças que devem justificar a formação da chapa governista ao Executivo Estadual em 2026, ao colocar o nome do atual vice-governador, Walter Alves (MDB), como provável candidato à sucessão de Fátima. Em 2024, o PT firmou aliança com os partidos MDB, PSB e PDT, além dos integrantes da Federação Brasil da Esperança, que inclui PV e PCdoB.

A chapa majoritária deverá ser formada por Walter Alves (MDB) ao Governo do RN, e Fátima Bezerra (PT) e Zenaide Maia (PSD) ao Senado. Para que o cenário seja viabilizado, a gestora estadual precisa renunciar até o prazo eleitoral de abril de 2026, se tornando apta a disputar o Senado. Ela abre, assim, espaço para que o vice-governador assuma o posto de governador e seja candidato natural à reeleição. Apesar de não falar do assunto, Walter vem recebendo sistemáticos elogios de lideranças políticas do PT.

Quando esteve em Natal para a campanha de Natália Bonavides (PT) à Prefeitura da capital, o presidente Lula falou sobre o vice-governador. “O Garibaldi sabe que ele já plantou um fruto e uma boa árvore produz bom fruto. E o filho dele é vice-governador e eu tenho certeza que vai seguir a mesma carreira vitoriosa do pai”, disse o presidente da República. No mesmo evento, ministros de Estado comentaram sobre as participações de Walter em reuniões e tratativas do Rio Grande do Norte junto ao Governo Federal.

A deputada estadual Divaneide Basílio, presidente municipal do PT de Natal, em entrevista no Programa 12 em Ponto, na 98 FM, disse que Walter “é um importante aliado” e tem feito “uma importante parceria” com a governadora.

Já a parceria eleitoral passa pelo campo nacional, assim como aconteceu em 2022. A indicação de Walter à vice veio de articulações do PT e do MDB nacional, partido com capilaridade para a disputa contra o bolsonarismo, e excluiu o aliado Antenor Roberto (PCdoB) dos planos do PT local. Mesmo que alguns petistas tradicionais defendam que a governadora siga com o mandato até o final e não abra caminho para “um Alves”, a parceria já existe, e engloba, também, a postulação de Fátima ao Senado como parte do projeto do PT nacional, mesmo que não seja a vontade de Fátima.

O planejamento inclui o apoio do PT à candidatura de Walter ao Governo e do MDB de Walter à candidatura de Fátima ao Senado, com seus 45 prefeitos e 30 vice-prefeitos eleitos nas últimas eleições. Nas contas da legenda da governadora, entram, ainda, a indicação de um nome do PT à vice-governador. Passados os quatro anos na gestão, caso eleito, Walter não poderá ser candidato à reeleição em 2030, já que disputará nesta condição em 2026. Se quiser, lá na frente, ser candidato a algum outro cargo, terá que renunciar e abrir espaço para o vice indicado pelo PT.

Para completar a chapa majoritária, figura a senadora Zenaide Maia (PSD) como a candidata à reeleição ao lado de Fátima e Walter. Apesar de ter concorrido contra o PT na capital, com a candidatura de Carlos Eduardo (PSD), e em São Gonçalo do Amarante, reduto eleitoral do casal Zenaide e Jaime Calado, tanto o PT, quanto Zenaide trabalham com esta possibilidade. As arestas geradas na eleição municipal na Grande Natal entre PT e o grupo de Zenaide, não interferem na relação nacional do partido do presidente da República com o PSD. Zenaide continua vice-líder do Governo na Casa Legislativa Federal.

Natália Bonavides
Apesar do contexto atual apontar para este caminho, há interlocutores do PT que alertam para o fato de Walter Alves não ter ainda falado sobre o assunto. Não disse nem que sim, nem que não.

Em caso de Walter não aceitar seguir os passos do pai, como apontou o presidente Lula, o PT teria que considerar buscar um nome para apoiar à sucessão de Fátima Bezerra (PT). Natália Bonavides (PT), no entanto, não teria colocado seu nome à discussão. De acordo com as informações até aqui, ela é candidata à reeleição à Câmara Federal.

O nome de Natália é lembrado pelos petistas após o resultado da eleição em Natal. No primeiro turno Natália obteve 110.483 (28,45%) dos votos, o levou o PT ao 2º turno na capital potiguar após 28 anos. No 2º turno, Natália obteve 179.714 (44,66%) votos. Ficou atrás do candidato Paulinho Freire (UB), também deputado federal, que alcançou 222.661 (55,34%) dos votos.

Entretanto, a presidente do PT, Divaneide Basílio, lembra que “ela mesma sinalizou que não está disponibilizando o nome dela para governadora, está disponibilizando para a reeleição à deputada. Se houver qualquer mudança nesse sentido nós estaremos conversando”, declarou.


Compartilhe esse post

ROGÉRIO MARINHO SABIA DO PLANO DE GOLPE E DESACONSELHOU BOLSONARO

  • por
Compartilhe esse post

“As informações que envolvem Rogério Marinho – repassadas por pessoas de seu grupo – revelam que ele sabia do plano do golpe. Se ele pediu para o seu chefe ter “paciência” é porque ele sabia que o mesmo estava “impaciente”, óbvio. No caso, estava tramando e coordenando o golpe”, a análise do deputado federal potiguar, Fernando Mineiro (PT), que forma a base de Lula no Congresso, desfaz o discurso criado por alguns nomes de aliados de Bolsonaro, incluindo o senador Rogério Marinho (PL), de que as informações de planejamento de golpe de Estado seriam inventadas pelos opositores de Jair Bolsonaro.

“A cada dia surgem informações que evidenciam quem está falando a verdade e quem está mentindo. Por isso eu disse – e reafirmo – que qualquer outra atitude que não seja a firme condenação da tentativa de golpe é ser cúmplice de crimimosos”, ressalta o deputado federal.

Depois do senador potiguar Rogério Marinho (PL) tratar os fatos da Operação Contragolpe, divulgados pela Polícia Federal, como “narrativas” criadas pela esquerda, novas informações sobre o caso revelam que o secretário nacional do PL e presidente do partido no RN tinha conhecimento dos planos para um golpe de Estado no país. Além disso, teria desaconselhado Bolsonaro e seus auxiliares da ideia de implementar a trama no caso que envolvia, inclusive, o assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin (MDB) e do Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ao desaconselhar o então presidente da República, os fatos revelam que Bolsonaro estava propenso a executar o planejado.

Desde que as informações do relatório da PF tornaram-se públicas, Rogério Marinho coloca os fatos divulgados pela Polícia Federal como “narrativas forçadas e perseguições” por parte da Justiça e “tentativas de silenciar a direita conservadora e, consequentemente, grande parte do povo brasileiro”.

Nesta terça-feira (27), à noite, o líder da oposição no Senado abordou o assunto em pronunciamento na sessão plenária do Senado. A fala foi feita poucas horas antes da divulgação de que ele tinha conhecimento sobre o planejamento de Bolsonaro, dos auxiliares da linha de frente do Governo passado e militares sobre o golpe.

Sem saber que seu nome seria mencionado em um dos documentos que revelam conversas de Mauro Cid com Braga Neto, Marinho disse no Senado que o Brasil “vive um regime de exceção” e que o país vê um “desfile incessante dos que defendem arbítrio e repressão, dos que querem calar e emudecer os que pensam diferente”.

O senador disse, ainda: “Nós queremos que a Constituição seja cumprida, a volta da normalidade democrática, o escudo que nos protege, que a lei possa voltar a vigorar no nosso país”, se referindo à Operação da PF e atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra as articulações para um golpe de Estado, que pretendia utilizar as Forças Armadas para garantir a permanência do presidente derrotado nas urnas e incluía a remoção de todos os ministros do STF sem o devido processo legal.

Anotações encontradas pela Polícia Federal (PF) revelaram que os militares bolsonaristas envolvidos na trama teriam demonstrado insatisfação com o líder da oposição no Senado. De acordo com o site Metrópoles, em uma folha com mensagens do delator Mauro Cid repassadas ao general Braga Netto, consta a frase: “Ressentimento com a parte política da direita: Rogério Marinho”.

A decepção com Marinho teria acontecido porque o parlamentar foi contra iniciativas que levassem a uma ruptura democrática. O parlamentar tentou convencer o entorno do então presidente a “virar a página e ter paciência” para que Bolsonaro voltasse ao poder em 2026 pela via eleitoral.

Pelos dados, Rogério Marinho teria argumentado que o ex-presidente tinha o “apoio de 50% da população” e que o PT “não saberia governar”, abrindo espaço para o retorno da direita ao Planalto. Marinho tinha, naquele momento, relação diária e muito próxima com o então presidente.

“O contexto do documento é grave e revela que, possivelmente, foram feitas perguntas a Mauro Cid sobre o conteúdo do acordo de colaboração realizado por este em sede policial, as quais foram respondidas pelo próprio”, afirmou a Polícia Federal.

A reportagem do Diário do RN entrou em contato com Rogério Marinho, através de sua assessoria de imprensa, para obter posicionamento sobre as novas informações, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


Compartilhe esse post

REUNIÃO COM MINISTROS NO RN DEBATE ACELERAÇÃO DE OBRAS DO PAC NO ESTADO

  • por
Compartilhe esse post

O Rio Grande do Norte tem 720 empreendimentos aprovados no Programa de Aceleração do Crescimento, com investimentos totalizando R$ 28,7 bilhões, dos quais R$ 23,4 bilhões estão a cargo de Governo do Estado, Prefeituras, iniciativa privada, entre outros.

Nesta segunda-feira (26), a governadora Fátima Bezerra (PT) recebeu os ministros da Casa Civil e da Integração e Desenvolvimento Regional, Rui Costa e Waldez Góes, junto com prefeitos, para discutirem a adoção de medidas para acelerar a execução das obras do PAC-3, no Rio Grande do Norte.

Ao final, a governadora considerou o encontro muito proveitoso. “A reunião foi extremamente positiva, extremamente produtiva porque cumpriu exatamente o seu objetivo, que é fazer um balanço do acompanhamento das principais obras do novo PAC, (…) porque as principais obras do Novo PAC priorizadas pela governadora junto ao governo federal estão já em andamento”, afirmou.

Como um dos pontos importantes do encontro, o ministro Rui Costa ressaltou a participação dos prefeitos, visto que solicitou esforço desses gestores para acelerar o ritmo das obras do Programa que estão sendo executadas pelos Municípios.

“Importante porque essas obras estão um passo atrás do ritmo das obras executadas pelo governo federal e pelo governo do Estado em função do resultado da seleção ter sido divulgada no primeiro semestre e, depois do anúncio, houve, por ser ano eleitoral, uma mobilização dos Municípios em função da eleição. Então, nós queremos, agora, passada a eleição, pedir que os prefeitos eleitos e os reeleitos coloquem todas as energias para a gente contratar essas obras do PAC e trazê-las para o mesmo ritmo de execução”, disse.

OBRAS HÍDRICAS
O Complexo Hidrossocial Oiticica será o primeiro grande empreendimento do PAC-3 a ser entregue no estado. Neste momento, a parede da barragem está praticamente concluída e as obras sociais estão terminando. De acordo com o ministro Rui Costa, o serviço ficará pronto entre o final deste ano e o início do próximo, devendo ser inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março de 2025.

“Aqui, nós teremos uma grande obra, importante, simbólica, que é a barragem de Oiticica, que estará pronta agora no final/início de ano e há um mês indicativo para o presidente vir, que é o mês de março. Haveremos de confirmar com a agenda dele para fazer essa grande inauguração”, afirmou.

Já as obras do Ramal do Apodi, que levará água da transposição para a região Oeste e as adutoras do Seridó e do Agreste Potiguar, está mais de 65% concluída. Quanto à Adutora do Agreste, a ordem de serviço deve ser emitida em março de 2025, de acordo com a governadora.

HOSPITAL METROPOLITANO
Outra obra prioritária destacada pela governadora é a construção do Hospital Metropolitano de Trauma e Neurocirurgia. A unidade de saúde foi projetada para ter 350 leitos, entre UTIs, estabilização no pronto-socorro e clínicos, visando atender à demanda crescente por serviços de urgência e emergência no estado. Com o edital em fase de lançamento, as obras devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2025. De acordo com a governadora, a previsão é de que a unidade de saúde tenha a construção concluída em 2026.

“Vocês sabem que o Walfredo Gurgel, quando foi construído, há mais de 50 anos, Natal tinha 250 mil habitantes. Você imagine hoje, quando você pega Natal e Região Metropolitana, nós temos mais de 800 mil habitantes. Não é de hoje. Esse Hospital Metropolitano, há muito tempo já era para ter sido viabilizado, mas vai ser agora”, declarou Fátima Bezerra.

BR 304
Outro projeto elencado pela governadora como prioridade é a duplicação da BR 304, entre Natal e a Divisa com o CE, passando por Mossoró, incluindo a conclusão do trecho conhecido como Reta Tabajara.

Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), será realizada uma nova licitação para contemplar mais 2,6 quilômetros de duplicação da Reta, 19 quilômetros de vias marginais e o viaduto da rodovia de acesso ao Aeroporto Aluízio Alves. A duplicação dos dois primeiros trechos — em Mossoró e Macaíba —, deve ter início no semestre do próximo ano.

MINHA CASA, MINHA VIDA
Fátima anunciou, ainda, a criação de uma “Sala de Monitoramento”, composta por representantes do Estado, da Caixa Econômica Federal e da Federação dos Municípios do RN (Femurn) para acompanhar dos cronogramas do PAC.

“Destaco aqui também o Minha Casa, Minha Vida. São cerca de 10 mil unidades habitacionais que o Rio Grande do Norte foi contemplado, e aqui, disse ao ministro, de todos os esforços que o governo do Estado está envidando para que o estado não perca nenhuma unidade habitacional dessa e para que essas obras, se Deus quiser, sejam iniciadas o mais breve possível”, disse.

“Para tanto, inclusive, nós estamos instalando uma sala de monitoramento do Minha Casa, Minha Vida – O governo do Estado; as prefeituras, através da Femurn e das associações, junto com a Caixa Econômica – para que a gente possa fazer o acompanhamento diário dessas obras tão importantes que vêm no sentido de a gente diminuir o déficit habitacional do nosso estado”, completou a governadora.

TRANSPORTE URBANO
O ministro Rui Costa declarou que receberá, em dezembro, um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para reestruturação do sistema de transporte de Natal e Região Metropolitana, que deverá objeto de reunião entre o ministro e o governo do Estado em janeiro.

“Agora em dezembro, estará concluído um grande estudo do transporte aqui de Natal e Região Metropolitana. O BNDES nos entrega o estudo e nós teremos, em dezembro ou em janeiro, uma reunião com o governo do Estado para a gente organizar esse sistema de transporte que precisa ser reestruturado, requalificado para atender de forma digna à população aqui do Rio Grande do Norte”.


Compartilhe esse post

VITÓRIA HISTÓRICA DE ALLYSON CONSOLIDA SUA VIABILIDADE AO GOVERNO DO RN

  • por
Compartilhe esse post

Passado o pleito municipal de 2024, o próximo passo dos partidos e lideranças políticas é pensar e trabalhar a viabilidade eleitoral para 2026. Os resultados deste ano devem refletir diretamente nas eleições gerais daqui a dois anos. A reeleição do prefeito Allyson Bezerra (UB), em Mossoró, reforça, portanto, as possibilidades de ele ser um dos nomes ao Governo do RN. O presidente estadual do União Brasil, partido ao qual Allyson é filiado, José Agripino Maia, foi um dos primeiros a colocar seu nome como um dos jovens políticos com visibilidade e “futuro” para o Rio Grande do Norte. Fala aconteceu ainda no período pré-eleitoral.

Allyson Bezerra obteve uma votação inédita nos 172 anos de emancipação política de Mossoró.

Alcançou 113.121 votos, como foi apontado nas pesquisas eleitorais que antecederam a eleição.

Desde que foi eleito deputado estadual aos 26 anos, em 2018, e prefeito dois anos depois, derrotando um grupo que estava no poder há mais de sete décadas, o jovem gestor quebrou vários recordes no pleito deste ano.

Allyson é agora o prefeito que mais recebeu votos em toda a história de Mossoró e também atingiu o maior percentual de votos de todos os tempos na cidade: 78,02%. Quando comparada a diferença de votos do eleito para o segundo colocado, Allyson impôs uma maioria de 97.006 votos. Em toda a história de Mossoró, a maior diferença havia sido registrada no pleito suplementar de 2014, com 31.862 votos.

Seu resultado em 2024 foi maior que as votações de candidatos eleitos ou que foram para o segundo turno em municípios do mesmo porte ou até maiores que Mossoró. Em Caruaru (Pernambuco), Rodrigo Pinheiro (PSDB) teve 102.198 votos (52,68%); em Campina Grande (Paraíba), Bruno Cunha Lima (União) chegou a 110.807 votos (48,22%), em Juazeiro do Norte (Ceará), Glêdson Bezerra (Podemos) recebeu 83.514 votos (53,23%), e em Petrolina (PE), Simão Durando (União) obteve 107.806 votos (59,16%).

O total de votos de Allyson Bezerra superou, além disso, a quantidade de sufrágios alcançada pela deputada federal Natália Bonavides (PT), que recebeu 110.483 votos, e do ex-prefeito de Natal por quatro mandatos, Carlos Eduardo, com 93.013 votos. Desta forma, se a sua votação tivesse sido na capital, cidade com três vezes mais eleitores que Mossoró, ele teria chegado ao segundo turno.

A ascensão de Allyson Bezerra foi também marcada pela derrota de políticos históricos, tradicionais do Estado e da região. Seus opositores na disputa, por exemplo, Genivan Vale (PL) e Lawrence Amorim (PSDB), que eram aliados em outro momento da gestão. Genivan foi aliado de Allyson ainda em 2020, quando apoiou sua candidatura a prefeito.

Já Lawrence foi da base do prefeito reeleito durante os três anos e cinco meses de gestão municipal. No entanto, para atender um projeto pessoal focado no seu próprio nome, tornou-se opositor de Allyson e se candidatou a prefeito de Mossoró ao lado de partidos com quem sempre divergiu ideologicamente, como é o caso do PT.

Nas eleições de 2022, Lawrence foi candidato a deputado federal com o apoio de Allyson. Ele obteve a votação histórica de 33.303 votos em Mossoró. No total, Lawrence obteve 57.598 votos.

A cada ataque feito por Lawrence durante a campanha deste ano, a fama de ‘traidor’ se espalhava por toda a cidade. Os sucessivos apoios de Allyson a Lawrence e a traição do então vereador, eleito presidente por dois biênios, fizeram com que a própria população não esquecesse os fatos e o punisse pela traição, passando a chamar Lawrence de “Judas”. Até um boneco caracterizado e faixa citando o ‘’’traidor’’ foram colocados por populares no bairro Planalto Treze de Maio.

A lista de derrotados por Allyson na cidade oesteana inclui também o presidente da República Lula (PT), que apareceu nas inserções de TV pedindo voto para o candidato Lawrence Amorim, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve em Mossoró no dia 16 de agosto para participar de uma movimentação política de apoio a Genivan Vale. Genivan foi derrotado, obtendo apenas 11.019 votos (7,60%).

Os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos), que apoiaram Genivan, também são colocados na lista de derrotados pelo prefeito reeleito. Nas eleições de 2022, Rogério obteve 47.089 votos em Mossoró ao cargo de Senador da República. Votação obtida com o apoio de Allyson Bezerra.

Com a desaprovação da gestão em alta, a governadora Fátima Bezerra (PT) esteve presente na campanha eleitoral em Mossoró em apoio à candidatura do vereador Lawrence Amorim que pleiteava o cargo de prefeito e só atingiu 16.115 votos (11,11%), frente aos 113.121 votos de Allyson. O atual vice-prefeito de Mossoró, Fernandinho das Padarias, e o atual vice-governador Walter Alves, junto à gestora estadual, também não alcançaram êxito em derrotar o prefeito.

A eleição 2024 impôs mais uma vitória de Allyson sobre a ex-governadora, ex-senadora e ex-prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP). Em 2020, Allyson venceu as eleições com 65.297 votos (47,62%) e tirou Rosalba, na ocasião candidata à reeleição, do poder. Nesta eleição, Rosalba apoiou Genivan Vale, que teve como candidata a vice Nayara Gadelha, ex-vice-prefeita de Rosalba em sua última gestão.

Os vereadores de Mossoró que fazem oposição a Allyson Bezerra também sofreram derrotas. O vereador Tony Fernandes (Avante) apoiou Lawrence Amorim a prefeito e não conseguiu habilitar sua candidatura à reeleição. Ele, assim como o vereador Paulo Igo (MDB), foram eleitos em 2020 pelo partido Solidariedade com o apoio de Allyson, depois romperam com o prefeito. Paulo Igo se candidatou e não foi reeleito, assim como o vereador Omar Nogueira (PV), que também esteve no palanque de Lawrence Amorim e foi derrotado.

Já a vereadora Carmém Júlia, filha da ex-vereadora Izabel Montenegro, condenada por corrupção na Operação Sal Grosso, foi candidata a vice-prefeita na chapa de Lawrence e não foi eleita. O vereador Pablo Aires, fez oposição a Allyson Bezerra e saiu derrotado.

Outros ex-vereadores que estavam no cenário da eleição em Mossoró e fizeram oposição a Allyson também estão presentes na lista de derrotados. As ex-vereadoras Aline Couto e Izabel Montenegro; os ex-vereadores Vingt Un, Celso Lanches, Tassyo Mardonny, Jório Nogueira, Tomaz Neto, Lairinho Rosado e Lucélio Guilherme.

Além destes, outras figuras políticas integram a lista: o ex-candidato a prefeito de Mossoró Tião Couto; ex-candidato a deputado e a vice-prefeito Jorge do Rosário; o ex-candidato a governador Brenno Queiroga; o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL) e vice-presidente do PL Mossoró, Stênio Max; o ex-presidente da OAB Mossoró e assessor de Lawrence Amorim, Humberto Fernandes; e os ex-secretários municipais Ivo Franklin, que iria se candidatar a vereador e desistiu; e Edmilson Júnior, candidato a vereador derrotado que obteve votação de apenas 291 votos. Ambos receberam de Allyson a oportunidade de participar do governo e abandonaram o grupo político do prefeito para integrar a oposição.

Vereadores
Na Câmara Municipal de Mossoró, 15 dos 21 vereadores eleitos para a próxima legislatura compõem a base de apoio de Allyson. Do União Brasil, partido de Allyson, sete vereadores se reelegeram. Entre eles, Raério Cabeção, único entre os 21 vereadores de Mossoró a apoiar Allyson em 2020 na disputa pela Prefeitura de Mossoró contra o grupo dos Rosados. Nas eleições de 2024, o vereador venceu a eleição como quarto mais votado do partido e aumentou sua votação, saindo de 1.301, em 2020, para 2.964, em 2024.

Genilson Alves, também do União Brasil, líder da bancada na gestão Allyson Bezerra, também se reelegeu, sendo o terceiro mais votado do partido, e saindo de 1.502 votos em 2020 para 3.038 votos nesta eleição. Completam a lista de vereadores do União Brasil reeleitos este ano, Lucas das Malhas (3.504 votos), Wiginis do Gás (3.214 votos), Tony Cabelos (2.739 votos), Ozaniel Mesquita (2.241 votos) e Ricardo de Dodoca (2.226 votos).

Os três primeiros vereadores mais votados, ultrapassando a casa dos 4 mil votos, são aliados de Allyson e trabalharam no seu governo na Prefeitura de Mossoró. Petras Vinícius (PSD), vereador mais votado de Mossoró, com 4.638 votos, atuava como Assessor Especial na Secretaria de Assistência Social e Cidadania, onde realizava importante trabalho na área da pessoa com deficiência e programas de inclusão no Município. Thiago Marques (Solidariedade), segundo vereador mais votado em Mossoró, com 4.272 votos, era secretário de Governo de Allyson. Já João Marcelo (PSD), que obteve 4.125 votos e foi o terceiro vereador mais votado, também é amigo do prefeito de longas datas e mais recentemente, atuava como Assessor Especial no Gabinete do Prefeito. Em 2020, João Marcelo, à época no Solidariedade, disputou o cargo de vereador e obteve 669 votos.

Outro nome da base governista é Vladimir de Cabelo de Negro (PSD), liderança da zona rural, que obteve 3.109 votos e foi o terceiro mais votado do seu partido. Em 2020, Vladimir obteve 955 votos e ficou na suplência para o cargo de vereador. Atuou na gestão de Allyson como responsável pelas obras de infraestrutura da zona rural, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seadru).

Já Jonh Keneth (Solidariedade), vereador eleito com 1.730 votos, também é do grupo de Allyson desde 2020, quando foi candidato pelo mesmo partido. Nesta eleição, se credenciou como forte candidato e se consolidou como representante da região do grande Santo Antônio. Jonh Keneth saiu de uma votação de 650 votos, em 2020, para 1.730 votos nesta eleição. Com o apoio de Allyson, Alex do Frango (PSD), também aumentou sua votação nas eleições deste ano. Em 2020, Alex obteve 1.113 votos, não sendo eleito; e em 2024, foi eleito com 3.363 votos.

Os candidatos apoiados pelo gestor, juntos, atingiram a marca de 95.191 votos. O partido ao qual Allyson é filiado, o União Brasil, conseguiu o maior número de vagas e de votos: 40.550 votos e sete vereadores eleitos. O PSD, partido que também integra a base de Allyson, somou 26.384 votos, conseguindo eleger cinco parlamentares, e o Solidariedade, com 15.990 votos, fez dois vereadores. A título de comparação, o União Brasil, em Natal, obteve a vitória de seis vereadores, e o PSD de apenas um. Ou seja, em Mossoró as legendas com a liderança de Allyson conseguiram resultados melhores que os da capital.

Zona Rural
Em uma votação histórica de 113.121 votos, Allyson Bezerra (União), foi reeleito também com votação inédita na zona rural. Nas 167 comunidades rurais de Mossoró, segundo maior colégio eleitoral do Estado, Allyson venceu em 86% das urnas. Antes da atual gestão, a área era considerada abandonada pelo poder público municipal.

Sobre a zona rural, o prefeito Allyson Bezerra destaca: “Fui criado na zona rural e conheço de perto as dificuldades de quem mora no campo, por isso, desde o início da minha vida pública sabia da grande missão que tenho em minhas mãos em fazer mais pelo homem do campo, e desde eleito prefeito de Mossoró, trabalho incessantemente com o propósito de fazer a melhor gestão da história para o agricultor, para dar dignidade ao povo que vive na zona rural de Mossoró’’.

Vice-prefeito
Segundo Allyson, um dos pontos mais importantes da campanha de reeleição foi a escolha do vice. O gestor escolheu o candidato que andaria ao seu lado em consonância com o seu grupo político. A escolha foi pelo também servidor público da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa), Marcos Medeiros, casado, pai de dois filhos e formado em Gestão Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Marcos é amigo de Allyson desde os tempos de serviço público na universidade, e trabalhou com o prefeito em sua primeira campanha para deputado estadual em 2018 e para prefeito em 2020. Na gestão da Prefeitura de Mossoró, Marcos atuou na Secretaria Municipal de Saúde.

‘’Desde julho deste ano nós estávamos nos reunindo com membros do nosso grupo político e escutando sugestões e análises a respeito de quem seria o nosso vice, ouvi muito o que as pessoas diziam nas ruas e assim buscamos escolher alguém que estava com nosso grupo desde o início e que acreditou no nosso projeto desde o início, que estava junto na minha primeira campanha política, lá no começo da formação do que vinha a ser esse forte grupo político que é hoje’’, destacou Allyson.

Comércio
A aprovação de Allyson Bezerra também movimentou o comércio da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte durante a campanha eleitoral, fazendo com que peças de vestuário e acessórios diversos relacionados ao prefeito se esgotassem das vitrines de inúmeras lojas de Mossoró.

Em uma loja especializada em roupas masculinas, somente em um fim de semana foram vendidas cerca de 1 mil camisas com estampas e frases que remetem ao prefeito. “Quase que a gente não consegue quem produzisse essa quantidade de peças, porque a campanha do prefeito movimentou o comércio em geral. A referência a Allyson se transformou em uma marca, e foi muito bem aceita”, comentou Felipe Negreiros, proprietário de uma loja na cidade.

Felipe ainda acrescenta que desde o período da convenção que oficializou o nome de Allyson como candidato à reeleição, as vendas se mantiveram sempre em alta. “Foi mais do que a gente esperava. Tanto que toda semana produzíamos estampas novas. Estamos muito satisfeitos e felizes. Já vínhamos de um período de vendas em alta, com o Mossoró Cidade Junina, um dos maiores eventos do Brasil, e com a campanha, Allyson se tornou uma marca na cidade, uma marca que é sucesso”, disse o empresário.

Na loja de Felipe, a peça que foi mais procurada pelos clientes foi a camisa com a frase “Quando o povo quer, não tem jeito”, tanto na cor azul quanto na opção branca. No estabelecimento, o característico chapéu de couro, símbolo do prefeito Allyson Bezerra, também era encontrado durante a campanha.

Rodolfo Adelino também é proprietário de uma loja de roupas no bairro Santo Antônio e viu as vendas dispararem após investir em peças relacionadas a Allyson: “Fomentou bastante a nossa loja, o giro de mercadorias, e cada estampa nova que chegou foi um sucesso de vendas, acabava rápido. A gente fez uma produção de 100 peças por estampa, vendemos tudo durante a semana. O homem é um fenômeno”, afirmou.

O empresário apostou em peças como chaveiros, botons e até toalhas. “Graças a Deus, Allyson Bezerra chegou para turbinar as nossas vendas, de camisas, toalhas, bonés e chaveiros”, pontuou.

Em outras lojas, até brincos e laços de cabelo personalizados eram encontrados para venda.

Allyson viu sua liderança também movimentando a economia da cidade, ao ponto dos seus eleitores colecionarem as peças que remetem à campanha, como é o caso da professora aposentada Maria Aparecida, que adquiriu mais de quatro blusas azuis. “Quero colecionar. Já guardei uma para ele autografar. Sou fã número 1 de Allyson. Ele é humilde, pé no chão”, finalizou a professora.

Crianças
Um dos pontos mais emocionantes da campanha de Allyson na disputa pela Prefeitura de Mossoró foi a presença das crianças nas caminhadas e agendas intensas, vestidas de azul e com o tradicional chapéu de couro, assim como Allyson. Ao final da eleição, Allyson colecionou cartinhas escritas pelas crianças e entregues a ele durante as agendas de campanha.

Um dos depoimentos mais marcantes é da Elis, que durante sua internação na UTI em Natal para tratamento contra pneumonia, ouvia as músicas da campanha de Allyson e brincava com os médicos. No hospital, Elis pedia aos médicos e enfermeiros para escutar as músicas de campanha do prefeito Allyson. Vídeos mostram ela andando pelos corredores do hospital com os enfermeiros ouvindo as músicas de Allyson. O prefeito encontrou Elis durante uma agenda de campanha. Foi até sua casa e recebeu o carinho da menina e da sua família.

Na Praça Vilma Maia, no bairro Carnaubal, no dia 25 de setembro, a pequena Helena Valentina, de 8 anos, foi às lágrimas ao ver o prefeito em sua rua. Antes mesmo de encontrar Allyson, a criança já chorava de emoção. “Eu te amo. Esperei muito por isso. Eu via você passando pelos outros cantos e dizia: ‘Allyson não vai passar por aqui, e eu vi você aqui”, falou a criança ao abraçar o prefeito.

No bairro Alto da Conceição, o pequeno Carlos Eduardo também chorou ao conhecer o prefeito pessoalmente durante uma caminhada: “Eu sempre te amei. Quando eu crescer, quero ser que nem você’’, disse o menino chorando e abraçado com Allyson.

Campanha emocionante
O gestor realizou a campanha priorizando as visitas à população de casa em casa, onde recebeu o carinho e o reconhecimento dos mossoroenses.

A aposentada Maria de Lourdes Paiva, aos 102 anos, fez questão de votar no prefeito Allyson Bezerra. Dona Maria reside em Natal, mas acompanha o dia a dia da cidade com atenção, através dos filhos, e viajou para votar. “Ela disse que não poderia deixar de votar no melhor prefeito de Mossoró. ‘Eu quero ir votar’, disse ela, e foi prontamente atendida, inclusive indo votar de azul”, concluiu Verônica Paiva, uma das filhas de Dona Maria.

Seu Francisco Formiga, de 101 anos, também votou no prefeito Allyson Bezerra no dia 6, mesmo sem a obrigatoriedade. Acordou cedo e foi até a Escola Estadual Francisco Antônio de Medeiros, no bairro Belo Horizonte, vestido de azul e com o botton no peito, para votar. ‘’Fiz questão de votar nele’’, afirmou o aposentado.

Estes fatos refletem o resultado que pode viabilizar o nome do gestor da capital do Oeste à disputa estadual em 2026. Não só o resultado nas urnas, mas a forma como se deu a votação recorde tem colocado Allyson Bezerra nas rodas de conversas políticas como uma possibilidade de elevar a aprovação que vem recebendo na administração municipal à esfera do Rio Grande do Norte.


Compartilhe esse post

STYVENSON AFIRMA QUE TENTATIVA DE GOLPE POR BOLSONARISTAS É “REPUGNANTE”

  • por
Compartilhe esse post

O senador Styvenson Valentim (Podemos) classifica como “repugnante” o planejamento de golpe de Estado no Brasil por Bolsonaro e por militares da linha de frente do governo do ex-presidente.

O parlamentar não se manifestou nas redes sociais, mas em conversa com o Diário do RN, o senador se posiciona totalmente contra os fatos que vêm sendo expostos a partir de investigação da Polícia Federal. Ele afirma que não há como defender: “se tivesse acontecido, a gente não estaria conversando não”, disse.

“Em resumo, uma patuscada repugnante. É de uma repugnância você ler, você ouvir, você abrir um jornal e ver general, gente que teve uma formação, que passou pelas frentes militares para defender o nosso país, o nosso povo, vem fazer uma palhaçada dessa, não acreditar na democracia. A democracia é só para quem? Só quando ganha? Quando perde não é democracia não? Aí é golpe?”, questiona o senador.

As comprovações de atuação de Bolsonaro na articulação do golpe, conforme relatório da PF divulgado nesta terça-feira (26), aumentam, segundo Styvenson, as suspeitas. “Até agora ninguém negou o fato, ninguém negou o que aconteceu, ninguém negou as mensagens, ninguém negou que planejaram, ninguém negou que pensou, ninguém disse que é mentira, porque a quantidade de provas obtidas é tão robusta que eles estão discutindo já outra estratégia. De dizer que foi um pensamento. Que espécie de pensamento é esse, obcecado, obsessão de pensar todos os dias em destituir um governo, matar pessoas?”, levanta o parlamentar.

Styvenson complementa que não há que se descredibilizar o trabalho da Polícia Federal: “Se você não acreditar no relatório da Polícia Federal, você vai acreditar em quê? Sinceramente eu não sei, porque até ontem a Polícia Federal era uma instituição altamente reconhecida. Quando fez a Lava Jato era a polícia mais reconhecida. No governo Bolsonaro era a polícia mais reconhecida. Agora perdeu a credibilidade? É igual é igual a história das urnas. As urnas só estão falsificadas quando perco, quando eu ganho ela está boa, é? Não faz sentido”.

Apesar de ponderar e opinar que “a instituição [Forças Armadas] não são aqueles generais, os coronéis, não são essas pessoas não”, Styvenson coloca que as bancadas bolsonaristas nas casas legislativas não se manifestam porque “foram eleitos por Bolsonaro. É claro que não vão se manifestar”, diz ele. No entanto, se afasta do grupo: “Eu não tenho nada a ver com bolsonarismo, eu não tenho nada a ver com essas ideias aí de ficar tramando contra a democracia, contra o povo, que conversa é essa de tomar o poder assim? Não!”.

“Eu acho que não há como defender com a coisa que está tão explícita. Ainda bem que não houve, porque senão eu não estava conversando com você não. Senão, a gente não estaria falando desse assunto não, estaria todo mundo na masmorra. E eu, por não ser bolsonarista, poderia estar também. Não é só de esquerda não. É quem fosse contra a qualquer ideia deles”, alerta o senador.

O parlamentar critica, ainda, a tentativa de amenizar os fatos que vêm sendo divulgados.

Tentativa essa realizada pela base de Bolsonaro.

“A interpretação que se dá, aí é que está o problema, todo mundo quer atenuar. Pensar não é crime? Você está tratando de militares. Eu não sei se a máfia italiana tramava desse jeito para acabar com as autoridades, com os juízes, com as pessoas que eles tinham algum desafeto. Olha o nível. Isso é coisa de máfia”, afirma.

Operação Contragolpe
A Operação Contragolpe, deflagrada na última semana pela Polícia Federal (PF), é um desdobramento da Operação Tempus Veritatis, deflagrada no dia 8 de fevereiro de 2024, para investigar organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem política com a manutenção do então presidente da República, Jair Bolsonaro, no poder.

Os planos incluíam o assassinato do presidente eleito Lula (PT), do vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em operação da última terça-feira (19), a Polícia prendeu quatro militares e um policial federal e indiciou 37 pessoas.

Nesta terça-feira (26), novos dados do relatório divulgados pela PF apontam a participação direta do ex-presidente no plano. A polícia concluiu que Bolsonaro planejou e atuou na articulação do golpe.

Diferente de Rogério Marinho, Styvenson afirma que não pode colocar “embaixo do pano” o planejamento do golpe

Aliado de primeira hora e parceiro de Rogério Marinho (PL) nas eleições de 2024 no RN, Styvenson Valentim diz respeitar o posicionamento do colega de bancada, mas afirma que não tem como “esconder as coisas que todo mundo está vendo”.

“O Rogério defender, eu não tiro o mérito dele de advogar para Bolsonaro, porque ele é do partido de Bolsonaro, foi eleito por Bolsonaro, foi Ministro. Então, ele está dentro da razão dele. Eu não.

Como eu não tenho esse vínculo partidário, esse vínculo até mesmo de amigo [com Bolsonaro], alguma coisa do gênero, eu não tenho como ficar escondendo as coisas que todo mundo está vendo, eu não tenho como botar debaixo do pano algo que está saindo aí todo dia”, ressalta o senador Styvenson.

Rogério Marinho é secretário nacional do PL de Bolsonaro, presidente do partido no RN e foi Ministro do Desenvolvimento Regional durante o governo anterior. Em suas redes sociais, Rogério coloca os fatos divulgados pela Polícia Federal como “narrativas forçadas e perseguições” por parte da Justiça e “tentativas de silenciar a direita conservadora e, consequentemente, grande parte do povo brasileiro”. O senador do PL é um dos que tentam amenizar as tratativas para o golpe de Estado como um planejamento de parte de um grupo de militares.

Styvenson, que se classifica como anti-PT, mas não como bolsonarista, ressalta que questiona inclusive ministros do STF, por exemplo, mas “da forma legal, a forma democrática, a forma constitucional de reequilibrar os poderes, de tirar o tirano lá do STF”, se referindo a um processo de impeachment.

No entanto, sobre o planejamento de golpe, reitera: “Olha eu não acho exagero [a repercussão], porque não foi totalmente elucidado. Eu posso falar dos fatos que eu estou vendo até aqui. E os fatos que eu vi até aqui são militares fardados dentro de unidades, ou dentro do Palácio do Planalto tramando contra a democracia”.


Compartilhe esse post

PROJETO DE SUBSÍDIO PARA EMPRESAS DE ÔNIBUS NÃO TEM DATA PARA VOTAÇÃO

  • por
Compartilhe esse post

O Projeto de Lei do Executivo Municipal que oferece subsídio de R$ 61 milhões ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn) chegou à Câmara de Vereadores de Natal no dia 11 de novembro, com pedido de votação em urgência. No entanto, lido durante o expediente, foi encaminhado para as Comissões, em tramitação normal. Está agora na Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final e aguarda parecer da relatora, a presidente da Comissão, vereadoras Nina Souza (UB). Depois, deve seguir para a Comissão de Finanças, Orçamento, Controle e Fiscalização; e segue posteriormente para a Comissão de Transportes, Legislação Participativa e Assuntos Metropolitanos. Apesar do silêncio da bancada governista, a oposição segue afirmando que votará contra onde o PL passar.

Segundo o vereador Robério Paulino (PSOL), “eles estão medindo o tempo certo de colocar em votação, para fazer de surpresa e evitar a ida dos movimentos sociais à Câmara”.

O parlamentar afirma ainda que o projeto é “absurdo”: “Não é subsídio, é doação de dinheiro público para empresas privadas, que não merecem, porque prestam um péssimo serviço à população, especialmente àquela que necessita andar de ônibus. Esse dinheiro que será doado, 61 milhões de reais, podería muito bem ser usado para comprar algumas dezenas de ônibus novos, com tetos solares, já de uma empresa pública de transportes”, defende.

O Projeto autoriza o Poder Executivo a conceder subsídio ao Seturn de R$ 61 milhões, sendo R$ 1 milhão a ser repassado ainda em 2024 e os R$ 60 mi restantes em 2025.

De acordo com mensagem da matéria, a proposição visa “assegurar acessibilidade da tarifa pública cobrada dos usuários e incentivar a utilização do transporte público, compensar os custos operacionais das empresas de transporte e promover a melhoria da mobilidade urbana”.

Segundo o prefeito Álvaro Dias (Republicanos), a preservação do equilíbrio econômico-financeiro nos contratos de concessão ou permissão do serviço também é objetivo do projeto.

“A opção do Poder Público Municipal pela adoção de subsídio tarifário, cobre o déficit que surgem de receitas extra tarifárias, receitas alternativas, subsídios orçamentários e subsídios provenientes de outras categorias de beneficiários dos serviços de transporte, de modo a fomentar a Política Nacional de Mobilidade Urbana”, diz o documento assinado pelo chefe do Executivo.

Entretanto, de acordo com o vereador Milklei Leite (PV), “o prefeito o mandou para Câmara só para dizer para sociedade que não é ele que está dando esse presente para os empresários, porque ele fala no projeto que é para subsdiar as passagens, mas ele não fala nada da contrapartida dos empresários e no projeto a tarifa continua R$ 4,50. Vai melhorar em que para o povo?”, afirmou Milklei.

O vereador complementa: “Eu sou a favor da tarifa zero para o transporte e assim termos transporte de qualidade e eficiência no serviço, passei meu mandato todo pautando esse assunto, mais tive azar de pegar um prefeito tão ruim, ele não teve coragem de enfrentar esse problema, agora no final do mandato vem com esse presente”, critica Leite.

Desde que o projeto chegou à Casa Legislativa os vereadores da oposição questionam a falta de contrapartida por parte da empresa, que não consta no PL. O vereador Daniel Valença (PT) afirma: “vai fazer oposição e votar contra em todas as comissões em que estivermos”. Valença é membro da Comissão de Transportes.

O Diário do RN entrou em contato com os vereadores da bancada do Governo, Nina Souza, Raniere Barbosa, Robson Carvalho e Eriko Jácome, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


Compartilhe esse post

INDICIADO POR TENTATIVA DE GOLPE É TIO DE EX-VICE-PREFEITA DE MOSSORÓ

  • por
Compartilhe esse post

Nascido em Iguatu, no Ceará, um dos homens da linha de frente do Governo Jair Bolsonaro tem ligações com o Rio Grande do Norte, mais precisamente Mossoró. Paulo Sergio Nogueira de Oliveira está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal por envolvimento no planejamento e na execução da tentativa de golpe de Estado no país.

Paulo Sergio foi Ministro da Defesa de Bolsonaro entre 1º de abril de 2022 e 31 de dezembro de 2022 e foi Comandante do Exército brasileiro entre 20 de abril de 2021 e 31 de março de 2022. O general é irmão do odontólogo Francisco Adolfo, de Mossoró, e tio da ex-vice-prefeita mossoroense Nayara Gadelha (PP). Nayara ocupou o cargo ao lado da então prefeita Rosalba Ciarlini, entre 2017 e 2020. Em 2024, Nayara, filiada ao PL de Bolsonaro, foi candidata a vice na chapa com Genivan Vale (PL), candidato ao Executivo mossoroense com o apoio do bolsonarismo.

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira tem 66 anos de idade e concluiu a Academia Militar das Agulhas Negras na arma de artilharia em 1980.

Ex-ministro da Defesa, o general largou a chefia do Exército para substituir Braga Netto na Esplanada dos Ministérios.

Na Operação deflagrada pela PF, ele optou por não depor, mantendo o silêncio. No entanto, é apontado, em depoimentos, como um articulador de encontros com chefes das Forças Armadas para levar o apoio do quartel ao golpe de Estado.

O general também foi um dos aliados de Bolsonaro nos ataques às urnas em 2022. Em relatório produzido à época das eleições presidenciais pelas Forças Armadas e entregue ao TSE pelo Ministério da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, citou pontos técnicos que poderiam ser corrigidos, como investigação da compilação do código-fonte do sistema e a análise minuciosa dos códigos binários executados nas urnas.

De acordo com o jornal Estadão, disse também que estava utilizando as Forças Armadas para questionar a atuação do TSE como forma de garantir a reeleição de Bolsonaro. Ele foi à Câmara e ao Senado para questionar integridade do sistema eleitoral, propor um plano de ‘votação paralela’ e intensificar ataques ao sistema eleitoral.


Compartilhe esse post

NOMES DO PL E ALIADOS SE CALAM SOBRE TENTATIVA DE GOLPE BOLSONARISTA

  • por
Compartilhe esse post

A Operação Contragolpe, deflagrada na última semana pela Polícia Federal (PF), é um desdobramento da Operação Tempus Veritatis, deflagrada no dia 8 de fevereiro de 2024, para investigar organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem política com a manutenção do então presidente da República, Jair Bolsonaro, no poder.

Os planos incluíam o assassinato do presidente eleito Lula (PT), do vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em operação da última terça-feira (19), a Polícia prendeu quatro militares e um policial federal que teriam preparado planos contra a posse de Lula, entre eles a ação debatida no grupo “Copa 2022”. Os indiciamentos dos demais suspeitos vieram após os primeiros depoimentos.

Os 37 indiciados em 21 de novembro de 2024, incluem o ex-presidente e militares ex-integrantes de seu governo por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.

Da bancada potiguar de oposição no Congresso Nacional, o único que se manifestou, nas redes sociais, foi o senador Rogério Marinho, que é secretário nacional do PL e presidente do partido no RN. Junto a um vídeo do youtube com declaração, Marinho escreveu: “Vivemos tempos em que a presunção de inocência e o equilíbrio entre os poderes estão sob ataque. A politização da Justiça, com narrativas forçadas e perseguições, ameaça a democracia e o Estado de Direito. É nosso dever expor essas arbitrariedades, defender a Constituição e garantir que o Brasil volte ao caminho da normalidade democrática. Não nos calaremos diante das tentativas de silenciar a direita conservadora e, consequentemente, grande parte do povo brasileiro”.

Apesar das palavras da liderança bolsonarista no Estado, nenhum outro nome falou sobre o assunto. Os deputados federais General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL) não retornaram a questionamento da reportagem do Diário do RN sobre o assunto.

O senador Styvenson Valentim (Podemos), aliado de Rogério Marinho, não realizou costumeiros posicionamentos nas redes sociais e não retornou contato com o Diário do RN até o fechamento desta edição.

Por outro lado, parlamentares potiguares que formam a base do governo Lula se manifestaram sobre o assunto desde as primeiras horas após as prisões iniciais, através das redes sociais. À reportagem do Diário do RN, a senadora Zenaide Maia (PSD) afirmou que o compromisso do seu mandato é com os pilares da Constituição e atentar contra isto é “inaceitável”.

“É inaceitável que qualquer grupo ou indivíduo atente contra a Democracia Brasileira. As investigações da Polícia Federal são essenciais para identificar os responsáveis e garantir que ações criminosas sejam punidas de forma exemplar. Nosso compromisso é com a defesa da Constituição, das instituições democráticas e da vontade soberana do povo, pilares que garantem a paz e a segurança do país”, afirmou Zenaide.

Já a deputada federal Natália Bonavides (PT), aponta para a gravidade da aprovação de Bolsonaro sobre o plano para matar o atual presidente. Ela pede uma resposta rápida.

“A investigação da Polícia Federal que apura a tentativa de golpe de Estado e um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes é muito séria. Sobretudo porque os indícios apontam para que Bolsonaro, que na época tinha acabado de deixar a Presidência, sabia e aprovava o plano. O Brasil precisa dar uma rápida resposta a essa investida contra a democracia e punir todos os envolvidos na tentativa de golpe”, disse Bonavides.

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) é um dos três parlamentares que vêm reiteradamente acompanhando e opinando sobre a situação. À reportagem, ele coloca que “é preciso que a sociedade acompanhe atentamente todo esse processo e cobre as devidas punições aos responsáveis por esses crimes”.

“A cada dia, novas evidências do plano de golpe de Estado e do assassinato do Presidente Lula, do vice Alckmin e do Ministro Alexandre de Morais vêm a público. As tentativas de minimizar e normalizar os atos cometidos pelos golpistas se tornam inócuas diante das apurações em curso.

Infelizmente, a histórica impunidade que marca a relação do Estado brasileiro para com golpistas e torturadores é o caldo de cultura que alimenta esse ciclo vicioso e criminoso que ronda a sociedade brasileira. Só teremos uma sociedade verdadeiramente justa quando se respeitar as diferenças políticas e se acatar os resultados das disputas políticas e a implementação dos projetos vitoriosos nas eleições”, afirma.


Compartilhe esse post

NOVA FEDERAÇÃO DESAFIA LIDERANÇAS E BANCADA A ACOMODAR INTERESSES NO RN

  • por
Compartilhe esse post

A informação que vem de Brasília é que as tratativas para firmar a Federação que deve integrar Republicanos, PP e União Brasil devem ser concluídas até as eleições das presidências da Câmara e do Senado, que acontecem no começo do próximo ano. Os três partidos, que estão com negociações avançadas, devem formar, juntos, um bloco com 17 senadores e 153 deputados federais. Vai se tornar, assim, o maior da casa, superando o PL, que tem 93 deputados. De acordo com o jornalista Lauro Jardim, o chamado superbloco já está de olho na reforma ministerial de Lula e avalia que, pelo tamanho, poderá ganhar mais espaço no governo. No Rio Grande do Norte, a organização deverá abrigar necessidade de ajustes entre as lideranças das siglas.

Caso seja firmada a Federação, o Republicanos de Álvaro Dias – que continuará no comando do partido até 2026 – deverá andar ao lado do PP de João Maia e do União Brasil de José Agripino.

Além deles, ainda há Robinson Faria, que já se desfiliou do PL e deve seguir rumo ao PP ou Republicanos.

Robinson deverá compor a bancada da Federação, que acomodará João Maia, Benes Leocádio e Carla Dickson, substituta do prefeito eleito Paulinho Freire. Alguns nomes deverão alinhar as expectativas da Federação com o Governo Lula ao seu posicionamento político-ideológico.

Inicialmente, a Federação vinha sendo conversada entre PP e Republicanos. O União Brasil chegou aos diálogos posteriormente. Nos bastidores de Brasília, se comenta que a presença do partido de Antônio Rueda estaria atrelada também à eleição da presidência da Câmara. No final de outubro, o deputado Elmar Nascimento (UB) retirou sua candidatura ao cargo de comando da Casa. De acordo com o Estado de São Paulo, há uma avaliação de que a Federação poderia ajudar a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Ao Diário do RN, em entrevista no último dia 06 de novembro, o presidente do PP no Estado, João Maia, questionou a inclusão do União Brasil na Federação, justamente pela diversidade de posicionamentos e lideranças.

“Federação é um problema, você toma uma decisão nacional e os estados têm que se adaptar. Por exemplo, uma federação com Republicanos sou eu e Robinson. Já a federação Republicanos-PP-União Brasil sou eu, o Robinson, Benes Leocádio e Carla Dickson. Eu não tenho restrição quanto a isso não, mas quando você faz uma federação muito ampla você começa a complicar nos estados, eu estou falando no Rio Grande do Norte que é bem pequenininho, a gente já ia ter que partir com quatro deputados federais. Imagina em São Paulo, Minas, Rio de Janeiro”, explica.

João Maia ressaltou que a decisão, no entanto, deverá ser seguida após tomada de decisão. “Isso é uma decisão da direção nacional, e os estados têm que se adequar. A gente briga aqui, mas uma vez tomada a decisão, seguimos”, diz.

O Diário do RN entrou em contato com o senador José Agripino, líder do União Brasil, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


Compartilhe esse post

MILKLEI AFIRMA QUE EUDIANE PODE ATÉ PERDER O MANDATO POR INFIDELIDADE

  • por
Compartilhe esse post

“Achamos que foi muito desonesto da parte dela a forma como ela nos tratou, simplesmente foi para a campanha do adversário, sem nos procurar, sem dialogar”. A avaliação é do vereador e presidente estadual do PV no RN, Milklei Leite, que compôs a chapa com Natália Bonavides (PT), como candidato a vice-prefeito de Natal na eleição municipal. Milklei se refere à deputada estadual Eudiane Macedo (PV), que integra a Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), mas que apoiou a candidatura de Paulinho Freire (UB), que derrotou Bonavides em Natal. O apoio de Eudiane foi atrelado à candidatura do seu marido, Tárcio de Eudiane, do mesmo partido de Paulinho Freire, eleito vereador em Natal.

“Quando há uma infidelidade partidária, é aberto um julgamento na Comissão de Ética, que julgará o caso, até a perda do mandato se for concretizada a infidelidade partidária”, afirma Milklei ao Diário do RN. O presidente afirma que a Federação Brasil da Esperança deverá se reunir para dialogar sobre o assunto no começo de dezembro, quando acontecem as primeiras reuniões de avaliação da campanha. Segundo ele, um possível julgamento deve partir da Federação, “que poderá entrar ou não” com pedido de infidelidade.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, na 98 FM, nesta segunda-feira (18), Milklei relembrou o acolhimento que o PV deu a Eudiane. Em 2022, de acordo com o parlamentar, ela foi eleita porque estava filiada ao PV: “se fosse em qualquer outro partido, ela teria dificuldade”. Ele afirma que a Federação, no projeto eleitoral de 2024, “não teve o mesmo acolhimento por parte da deputada”.

Para ele, o apoio dela a Paulinho Freire foi “uma desmoralização”.

“Eu, como presidente estadual e candidato a vice na chapa junto com Natália, nos sentimos excluídos por ela, que claramente nas redes sociais, na mídia, estava lá pedindo voto, no palanque. Enfim, apoiar o esposo dela seria natural, mas apoiar um candidato que a gente estava concorrendo contra é uma desmoralização”, afirma Milklei.

Leite ressalta que Eudiane poderá ser enquadrada não pelo PV, mas pela Federação, já que a atuação dela durante a campanha descumpre o Estatuto da FE Brasil. O artigo 8º do Estatuto prevê algumas situações que devem ser deliberadas em reunião para saber como proceder. Os incisos VII, VIII e XI aponta que os filiados devem apoiar as candidatas e os candidatos da Federação, assim como as candidaturas majoritárias de coligação da qual ela faça parte; garantir que seus parlamentares cumpram com as decisões da Federação; e apurar os casos de indisciplina, praticados por filiada ou filiado, na ação parlamentar conjunta ou na disputa eleitoral, aplicando as normas previstas em seu respectivo estatuto partidário.

Segundo Milklei, o assunto já foi comunicado à Executiva Nacional e será agora aguardado o desfecho da situação.

Eudiane afirma que deve permanecer na base da governadora

Apesar de seguir caminho oposto na campanha eleitoral, a deputada estadual Eudiane Macedo deve permanecer na base do Governo do Estado na Assembleia Legislativa. Ela afirmou ao Diário do RN, nesta segunda-feira (18), que continua no apoio à Fátima Bezerra (PT) e às pautas do Executivo. Entretanto, explicou que só deverá falar sobre posicionamento da campanha eleitoral após ter conhecimento sobre a fala de Milklei Leite e consulta ao seu assessoramento jurídico.

Neste momento, o Governo do Estado conta com o maior número e votos possível para aprovar o retorno da alíquota de 20% do ICMS na Casa Legislativa. A afirmação de Eudiane aponta em sentido positivo para o Governo.

O abalo da relação da deputada estadual com o PV e a Federação Brasil da Esperança já existia e aumentou quando Tárcio teve filiação partidária negada pela sigla, no ano passado. No período final de filiações partidárias, entre março e abril deste ano, quando decidiu pelo União Brasil, criticou a receptividade do PV com quem “chegou de última hora”, se referindo ao campeão de votos de 2020, Herberth Sena, que se filiou ao partido em abril.

Na mesma época, a deputada chegou a demonstrar interesse por se candidatar a prefeita pelo PV, mas teve ideia barrada pela Federação, que já projetava Natália Bonavides à disputa. Nos bastidores, entretanto, se diz que a relação vem abalada internamente antes disso, desde as eleições passadas, por disputas pelo eleitorado da Zona Norte, comum a Eudiane e Milklei.


Compartilhe esse post

QUATRO VEREADORES JÁ APRESENTARAM INCONSISTÊNCIAS EM PRESTAÇÃO DE CONTAS

  • por
Compartilhe esse post

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) começou a emitir retorno sobre as prestações de contas dos candidatos da última eleição. Para quem participou do primeiro turno, o prazo encerrou no dia 05 de novembro. Quatro postulantes à Câmara Municipal que obtiveram êxito em Natal apresentaram inconsistências nas contas, até agora, de acordo com a Justiça Eleitoral. Entre os campeões de votos, Robson Carvalho (UB), mais bem votado, e Daniel Valença (PT), terceiro em número de votos, opositores entre si, precisam esclarecer alguns questionamentos ao TRE.

Reeleito com 8.249 votos, Daniel Valença, de acordo com o processo nº 06003598120246200069, tem três dias para “promover as correções necessárias e gerar a mídia eletrônica retificadora”, a contar desta segunda-feira (18).

Em algumas das inconsistências apontadas, está a identificação de notas fiscais de aquisição de combustíveis sem informação das placas dos veículos abastecidos. Conforme tabela anexada pelo TRE, foram R$ 6.320,04 abastecidos em seis diferentes oportunidades na campanha, entre 30 de setembro e 05 de outubro de 2024. A despesa foi paga com recursos do Fundo de Campanha e, por isso, de acordo com Resolução do TSE nº 23.607/2019, Daniel terá que juntar relatório de abastecimento constando a placa dos veículos abastecidos, ou documento equivalente, para fins de comprovar se a aquisição dos combustíveis foi direcionada aos veículos declarados na prestação de contas.

Além disso, foi identificada despesa financeira com a locação de um veículo, e a cessão de outros quatro veículos. No entanto, não foram encontrados registros de despesas com a contratação de motoristas.

Já o campeão de votação, vereador reeleito Robson Carvalho, que conseguiu 9.785 votos, terá uma lista maior para esclarecimento à Justiça Eleitoral. De acordo com o processo nº 06000913720246200001, foram detectadas divergências entre as informações relativas às doações constantes da prestação de contas final e as que foram declaradas na prestação de contas parcial. Quatro doações da campanha de Paulinho Freire a Robson Carvalho, no valor total de R$ 31.950, e de Joana Guerra, de R$ 357,14, deveriam ter sido incluídas nas contas parciais. Além destas, a doação total de R$ 10.300 de pessoas físicas também não foram prestadas em momento indicado pela legislação eleitoral, “o que frustrou a execução das medidas de controle concomitante, transparência e fiscalização”.

O documento aponta também o descumprimento do prazo para envio dos dados relativos aos recursos financeiros recebidos na campanha, estabelecido pela legislação eleitoral, em relação à três doações que somam um montante total de R$ 11.200. Neste caso, o candidato descumpriu prazo de 72 horas para informar receitas recebidas. Ele deve justificar o descumprimento do prazo sob pena ressalva na prestação de contas.

Outra inconsistência da prestação de contas de Robson Carvalho pode resultar no julgamento das contas como “não prestadas”. A procuração do advogado habilitado nos autos não consta entre as peças integrantes da prestação relativa à arrecadação e aplicação de recursos da campanha eleitoral.

O parlamentar deve esclarecer, ainda, por que não declarou a existência de três contas bancárias indicadas no processo. A omissão na prestação de contas eleitorais relativas ao registro integral de movimentação financeira pode incidir em ressalva ou desaprovação das contas.

Foram identificadas, ainda, a realização de despesas junto a sócios e fornecedores inscritos no programa Social Bolsa Família e divergência entre nomes de fornecedores e de recebedores de valores pagos.

Kleber Fernandes tem inconsistências em relação a veículos

Mesmo identificando placa, nota anexada não detalha sobre abastecimentos – Foto: Reprodução

Em relação à prestação de contas do vereador Kleber Fernandes (Republicanos), reeleito com 5.334 votos, foram verificadas irregularidades principalmente relacionadas à utilização de veículos na campanha. Foi identificada despesa financeira com combustível, com descrição genérica na nota fiscal, no valor de R$ 880 reais. Apesar de identificar a placa do veículo, a nota anexada não detalha a frequência de abastecimentos realizados. Neste caso, quando se compara a quantidade de combustível adquirida, 144,502 litros de gasolina comum, e a capacidade do tanque do veículo, foi verificada incompatibilidade.

“Dessa maneira, solicita-se nota fiscal/faturas/relatório semanal de abastecimentos que descrevam detalhadamente e comprovem os serviços prestados”, consta o processo.

Além disso, o TRE aponta irregularidades quanto à substituição de um veículo Voyage por um Mobi no dia 28 de agosto, tendo, no entanto, sido identificado o abastecimento nos dois veículos no mesmo período, o que pode indicar uso simultâneo dos carros, em inconformidade com o Termo de substituição.

Por fim, foi verificada a existência de um veículo, modelo GMW Haval H6, cedido para uso na campanha eleitoral e que não apresentou gastos com combustíveis. A análise da Justiça Eleitoral elenca, ainda, despesa com adesivos de campanha custeada com ‘outros recursos’ sem comprovação e sem descrição detalhada, como quantidade e especificidades, dos serviços prestados.

Anne Lagartixa tem divergências sobre extratos bancários

Em despesas com rede social, nota é referente à aquisição de combustível – Foto: Reprodução

Já a vereadora eleita Anne Lagartixa (SDD) apresentou divergências entre movimentações financeiras registradas na prestação e a registrada nos extratos eletrônicos. Na prestação, contam R$ 17 mil, enquanto o extrato bancário não aponta qualquer movimentação.

Sobre uso de veículos, a então candidata precisa especificar a finalidade da utilização de automóvel locado e a finalidade do veículo ser blindado, além de esclarecer despesa de R$ 4 mil com combustível, já que os comprovantes, de dois abastecimentos de R$ 2 mil, estão repetidos.

Anne Lagartixa precisa anexar, também, comprovantes de pagamentos de água, eletricidade e internet de imóvel locado para a campanha. Ainda, documento fiscal e relatório de cobrança do Facebook sobre postagens impulsionada


Compartilhe esse post

FRANCISCO: “TEM UM SEGMENTO QUE FAZ ESSE DEBATE APENAS PENSANDO EM 2026”

  • por
Compartilhe esse post

“O grande problema é que fica a impressão para mim, para algumas pessoas, que tem um segmento da sociedade, eu não estou a generalizar, e tem um segmento na oposição também, que não quer encarar esse debate com a seriedade e a profundidade que ele merece apenas pelo desejo de fazer a oposição pela oposição e mergulhar o Estado no quanto pior melhor, porque daqui a dois anos tem eleição de novo”, analisa o líder do Governo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Francisco do PT, sobre a abordagem da oposição em relação ao Projeto do Executivo de aumento da alíquota do ICMS em 20%. A declaração foi dada em entrevista no Jornal da Manhã, na Jovem Pan Natal, nesta quarta-feira (13).

O deputado reconhece que “tem um segmento da sociedade que quer discutir esse assunto da alíquota do ICMS e outras questões com profundidade para encontrar o equilíbrio. Eu reconheço que tem. Inclusive até oferecendo propostas, falando num pacto, num diálogo entre todos os Poderes, todos os segmentos da sociedade, mas tem um segmento que faz esse debate apenas pensando em 2026. Isso é irresponsabilidade”, complementou.

O parlamentar reforça o interesse político dos colegas parlamentares sobre o tema. “Tem deputado que já foi a favor de aumento do imposto do Rio Grande do Norte em 2015, porque o Governo não era Fátima, o governo era outro, era de outro partido. Isso faz parte do jogo democrático e viva a democracia. As pessoas que antes eram a favor do aumento de imposto, agora podem ser contra, né?”, lembra.

Francisco complementa a crítica aos colegas: “Quer ver outra coisa importante? Todo mundo que acusa o Governo de gastar mal não diz aonde é que gasta mal. Geralmente há um discurso meio velado que esse ‘gasta mal’ é com os servidores públicos. O Governo é um Governo que só quer arrecadar para pagar os servidores públicos. Faz dois anos que a maior parte dos servidores públicos do Rio Grande do Norte não tem reajuste de nada”, justifica ele, mostrando a necessidade de aumentar a arrecadação.

O líder do PT ressalta que “se a situação fiscal e financeira do Rio Grande do Norte se comprometeu novamente, não foi o governo da professora Fátima quem criou isso”.

“Aliás, vamos comparar o Rio Grande do Norte agora com o Governo Fátima, com os Governos passados. Tem gente que não quer que compare com o passado, mas nós vamos comparar com o futuro é? Quando Fátima pegou o Rio Grande do Norte, o limite de pessoal de 64% chegou a 50%, ela conseguiu baixar. Quando ela pegou o Governo do Estado com quatro folhas de salário atrasadas, botou em dia. As estradas todas esburacadas hoje nós temos 800 quilômetros de estradas sendo feitas, com recurso de empréstimos do PEF, mas estão sendo feitas. Então tem problemas? Tem, mas tem uma série de avanços”, analisa Francisco.

A necessidade do retorno da alíquota do ICMS para 20%, reforça o deputado, tem relação direta com a Reforma Tributária, que está tramitando no Congresso Nacional. “O IBS, que é o imposto que vai ser criado com a Reforma Tributária, vai ser repartido durante quase 50 anos com base na média da receita que nós estamos vivendo hoje. Manter o Rio Grande do Norte nessa situação significa penalizar o Estado e os Municípios potiguares quase 50 anos para frente e não querem discutir isso”, complementa.


Compartilhe esse post

OPOSIÇÃO AFIRMA QUE ÁLVARO GOVERNA PARA O SETURN, E NÃO PARA A POPULAÇÃO

  • por
Compartilhe esse post

O Projeto de Lei do executivo Municipal foi enviado à Câmara de Natal nesta segunda-feira, 11, autorizando o Poder Executivo a conceder subsídio aos passageiros do sistema de transporte público, o valor repassado ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn) é de R$ 61 milhões. Destes, R$ 1 milhão a ser repassado ainda em 2025 e os R$ 60 mi restantes em 2025, de acordo com o PL. Para os anos seguintes, os valores devem ser definidos na Lei Orçamentária Anual.

De acordo com mensagem da matéria, a proposição visa “assegurar acessibilidade da tarifa pública cobrada dos usuários e incentivar a utilização do transporte público, compensar os custos operacionais das empresas de transporte e promover a melhoria da mobilidade urbana”.

Segundo o prefeito Álvaro Dias (Republicanos), a preservação do equilíbrio econômico-financeiro nos contratos de concessão ou permissão do serviço também é objetivo do projeto.

“A opção do Poder Público Municipal pela adoção de subsídio tarifário, cobre o déficit que surgem de receitas extra tarifárias, receitas alternativas, subsídios orçamentários e subsídios provenientes de outras categorias de beneficiários dos serviços de transporte, de modo a fomentar a Política Nacional de Mobilidade Urbana”, diz o documento assinado pelo chefe do Executivo.

Apesar disso, a oposição já utilizou a tribuna da Casa para se manifestar sobre a proposta. Para o vereador Daniel Valença (PT), “Álvaro Dias prova novamente que governa para o Seturn e não para a população”. Ele alerta sobre a possibilidade do repasse de milhões em meio às deficiências do setor e sem qualquer contrapartida por parte da empresa.

“As empresas de ônibus retiram linhas, veículos, o PRAE, e qual a resposta do prefeito? Mais um milhão de subsídio este ano e possibilidade de até 60 milhões em 2025! O mais curioso é que somente após nossa denúncia do PL da farra dos recursos públicos de Álvaro e Seturn, é que a secretária da STTU veio justificar a necessidade deste PL, dizendo ser ele necessário para que o sistema de transporte melhore. Ou seja, na gestão Álvaro Dias empresários seguem tendo subsídios milionários sem nenhuma garantia de contrapartida em termos de política pública”, argumenta Valença.

A vereadora Brisa Bracchi (PT) concorda com o colega de bancada e aponta que “o projeto não tem nada”, se referindo à ausência de uma contrapartida expressa no PL. Segundo a parlamentar, Álvaro quer tirar recursos dos cofres públicos, deixando “claro que governa para os empresários, não para as pessoas”.

“Não tem previsão de aumento da frota, nem de melhoria na qualidade dos ônibus, não tem nenhum requerimento para instalação de ar condicionado, nada. Não tem nada! O projeto consiste em entregar R$ 1 milhão ainda neste ano, com possibilidade de aumentar mais R$ 60 milhões em 2025 para um conjunto de empresas que, ano após ano, só pioram as condições do transporte público em Natal. É um completo descaso com o povo”, ressalta Brisa.

A vereadora Julia Arruda (PCdoB) se manifestou em plenário contra a decisão e contra a falta de ação das gestões que já ocuparam a Prefeitura sobre o assunto. A parlamentar afirma que foi surpreendida com o PL em regime de urgência e classifica como “inaceitável” o repasse de benefícios às empresas que repassam à população “um serviço precário, com linhas que foram retiradas durante a pandemia e que não retornaram, a suspensão do PRAE, um programa fundamental para famílias de pessoas com deficiência”.

“Apesar dos subsídios e isenções fiscais que as empresas já possuem entregam ao usuário um serviço que deixa a desejar. Há anos lutamos pela licitação do transporte público de Natal e não conseguimos avançar nesse debate que de fato beneficiaria a população. Entretanto, reiteradas gestões têm demonstrado total descaso com o assunto”, reitera Julia Arruda.

Já o vereador governista Felipe Alves (UB) pondera que é necessário analisar a proposta com cuidado. No entanto, ressalta a necessidade de melhoria no sistema de transporte público de Natal, com alinhamento entre qualidade e “preço acessível”.

“Ainda não tivemos acesso a íntegra do projeto que foi encaminhado apenas hoje. A questão dos subsídios precisa ser analisada com atenção, ser feita de forma criteriosa e cuidadosa. O fato é que o sistema de transporte público de Natal necessita ser aperfeiçoado e melhorado, pensando sempre no melhor para o usuário, buscando alinhar qualidade a um preço acessível”, diz o vereador Felipe.

A reportagem do Diário do RN entrou em contato, ainda, com os vereadores da base do Governo, Ériko Jácome, Robson Carvalho, Nina Souza e Raniere Barbosa, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


Compartilhe esse post

JUSTIÇA CASSA LIMINAR DE SOUZA E AREIA BRANCA PODE TER NOVA ELEIÇÃO

  • por
Compartilhe esse post

O ex-deputado, prefeito eleito de Areia Branca, Manoel da Cunha Neto, o Souza (UB), segue com recursos para tentar reverter situação jurídica que pode inabilitá-lo de ser diplomado e de tomar posse, o que pode resultar, ainda, em nova eleição a prefeito e vice no município da Costa Branca.

Sua situação transita entre a Justiça comum e a Justiça Eleitoral.

Em nova decisão, na última quarta-feira (06), o juiz convocado do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), Eduardo Pinheiro, revogou a liminar concedida a Souza a dois dias das eleições, pela desembargadora Berenice Capuxú. Nesse despacho cautelar, a partir de análise de Embargos de Declaração em Apelação Cível nº 0103104-35.2017.8.20.0113, Capuxú suspendera a inelegibilidade dele até que fosse apreciado pelo TJRN, o Acordo de Não Persecução Cível (ANPC) firmado entre o ex-prefeito e o Ministério Público do RN (MPRN) no dia 5 de setembro.

No dia seguinte (07), o ex-prefeito, que já governou Areia Branca por duas vezes, entrou com recurso, através de Embargos de Declaração, reverter a decisão do TJRN e reconstituir sua elegibilidade. Entretanto, nesta terça-feira (12), a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) emitiu parecer contrário às suas pretensões.

Condenação e histórico
Em 07 maio passado, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), pelo placar de 4 a 1, condenou o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Areia Branca, Souza Neto, por ato de improbidade administrativa, impondo-lhe as penas de suspensão dos direitos políticos por 6 anos; proibição de contratar, direta ou indiretamente com o poder público, também por 6 anos; reparação integral do dano ao erário e multa civil correspondente ao valor do dano ao erário.

A condenação decorreu de Recurso do Ministério Público e deixou o ex-deputado inelegível a partir da condenação colegiada, já que lhe foi imputado ato doloso, que causou dano ao erário e foi aplicada a pena de suspensão dos direitos políticos, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa.

Pré-candidato, acabou com pedido de registro de candidatura negado dia 31 de agosto, pela Justiça Eleitoral em Areia Branca, justamente por causa dessa decisão.

Em face da situação, e buscando viabilizar sua candidatura, Souza firmou um Acordo de Não Persecução Cível com o Ministério Público Eleitoral (MPE), admitindo os atos de improbidade, com o objetivo de negociação das penas e retirada da suspensão dos direitos políticos. A partir do acordo, o ex-prefeito nutre a esperança de conseguir deferimento para sua candidatura. Nesse ANPC, ele admitiu ter cometido improbidade administrativa e comprometeu-se a pagar R$ 1.483.298,12, referentes à atualização do dano gerado ao município. No dia 7 de setembro, Souza depositou uma entrada de R$ 444.989,43.

No dia 04 de outubro, Souza obteve liminar que garantiu a contabilização dos seus votos no dia 06 de outubro, dia da eleição. Foi essa liminar que foi derrubada na semana passada pelo juiz convocado Eduardo Pinheiro, no TJRN.

Nesta querela judicial entre condenação no âmbito do TJRN com inelegibilidade no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o ex-prefeito chegou a ter deferimento de candidatura no dia 22 de outubro, 16 dias após sua vitória nas urnas. A reviravolta agora aponta para direção inversa.
Se confirmada a inelegibilidade, outra eleição poderá acontecer.

Nova eleição
Com a decisão da última quarta-feira (06), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deverá levar a questão novamente a julgamento. Caso uma decisão final seja desfavorável ao ex-prefeito, novas eleições devem ser convocadas.

Nos bastidores, circula que o momento ainda não é de apontar ou movimentar novas chapas.
No dia 06 de outubro, Souza obteve 9.710 votos (52,28%) contra 8.608 (46,35%) de Dr. Bruno Filho (PSDB), atual vice-prefeito e ex-prefeito também duas vezes de Areia Branca. O terceiro colocado, Pedro do Atum (Republicanos), alcançou apenas 254 votos (1,37%).

Num provável novo pleito, ainda não se sabe se Dr. Bruno lançaria novamente seu nome. No caso do grupo de Souza, poderia trabalhar paralelamente o “plano B”, com opção do seu irmão Marcos Antônio de Souza (PSB) – o Toninho. Ele já foi candidato à prefeitura em 2016 e 2020, mas foi derrotado por Iraneide Rebouças (PSDB), atual prefeita reeleita.

A reportagem do Diário do RN entrou em contato com Souza, mas não obteve retorno.


Compartilhe esse post

PARA SETOR PRODUTIVO, AUMENTO DO ICMS NÃO RESOLVE DESEQUILÍBRIO FISCAL

  • por
Compartilhe esse post

Após a governadora Fátima Bezerra (PT) enviar à Assembleia Legislativa (ALRN) um Projeto de Lei (PL) para elevar a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 18% para 20%, apresentado em conjunto com outras medidas fiscais, dirigentes das entidades do comércio e da indústria têm se manifestado e proposto alternativas para o reequilíbrio das contas do estado.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, não se coloca contra os PLs apresentados pela chefe do Executivo Estadual, mas afirma que eles não conseguirão solucionar os problemas fiscais do estado. “O decreto contendo medidas anunciadas pelo Governo do Estado, apesar de ser uma iniciativa importante e elogiável, é insuficiente para o enfrentamento do problema”, disse.

Serquiz afirmou, ainda, que não é uma conta razoável aumentar a arrecadação sem diminuir a despesa e que “chegamos em um momento no Rio Grande do Norte onde não se discute mais o ‘quando fazer’, ou seja, já estamos no ‘agora ou será tarde demais’” para isso. Para o gestor, uma ação conjunta entre todos os poderes e órgãos do RN é essencial, e um pacto, também, com a sociedade civil, poderia ser uma alternativa.

“A tarefa não pode ser apenas do Poder Executivo. Cortar gastos e otimizar despesas devem ser tarefas de todos os Poderes e órgãos. Como bom litorâneo: ‘a maré não está boa para ninguém’.

Não há como construir soluções para o RN sem o comprometido esforço de todos os Poderes e órgãos públicos. Aliás, refiro-me a soluções, porquanto não existe uma única solução mágica. Um pacto entre Poderes e sociedade civil, subscritores de um pacote de efetivas medidas de contenção de despesas e prospecção de receitas, bem que poderia ser tentado”, declarou.

Fecomércio é contra o acréscimo de 2%

Marcelo Queiroz: “Essa medida sobrecarrega diretamente a sociedade” – Foto: Reprodução

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN (Fecomércio), Marcelo Queiroz, afirma que o aumento do ICMS pode enfraquecer a economia local e vai penalizar principalmente a população mais pobre.

“A Fecomércio RN se posiciona contrária ao aumento do ICMS. Acreditamos que essa medida sobrecarrega diretamente a sociedade, sobretudo as camadas mais vulneráveis, e pode desacelerar a economia local, penalizando tanto consumidores quanto empreendedores. Nossa posição é pautada pelos resultados de arrecadação e desempenho econômico do estado. Em vez de aumentar a carga tributária, defendemos que é essencial buscar alternativas que não resultem em mais custos para a população”, afirmou ao Diário do RN.

Para Queiroz, é interessante que a gestão estadual coloque o foco em reduzir despesas e no incentivo a novos negócios para que possam ser obtidos resultados mais efetivos. “Propomos que, para equilibrar as contas, o Governo do RN inicie uma revisão detalhada de suas despesas. Este é o momento de adotar um Plano de Equilíbrio Fiscal que contemple a redução dos gastos públicos e a otimização dos recursos, sem onerar ainda mais o contribuinte. Além disso, é fundamental fortalecer o diálogo com todos os setores da sociedade, desenvolvendo políticas que incentivem novos investimentos e o crescimento sustentável da economia. Somente com planejamento e execução de medidas eficazes é possível estabelecer um ajuste financeiro duradouro e eficiente”, afirmou.

Em análise específica sobre o cenário do comércio local, Marcelo Queiroz aponta que o incremento do ICMS ocasionaria um impacto expressivo. “A medida tende a elevar os custos operacionais e, em consequência, o preço final dos produtos e serviços, reduzindo o poder de compra dos consumidores e, potencialmente, afetando negativamente as vendas e a geração de empregos”, pontuou.


Compartilhe esse post

MILKLEI LEITE DEFENDE FEDERAÇÃO MAIS UNIDA EM TORNO DE PAUTAS POPULARES

  • por
Compartilhe esse post

Além de reuniões internas do PV, o último sábado, 09, foi marcado por uma reunião de avaliação e agradecimento a lideranças comunitárias da Zona Norte que apoiaram o projeto de candidatura de Natália Bonavides (PT) à Prefeitura de Natal. O evento, organizado pelo candidato a vice-prefeito na chapa da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), Milklei Leite (PV), teve a presença da deputada Natália, do deputado federal Mineiro (PT), e da deputada estadual, Divaneide Basílio, que é presidente municipal do PT em Natal. Segundo Milklei, a ordem agora é aproximar a Federação das bases e se unir em torno dos problemas da cidade.

“Nós temos conversado sobre fortalecimento, de voltar para as bases, porque eu acho que a Federação foi formada e não deu tempo ir para as comunidades, fazer os debates desses problemas que nós colocamos no nosso Plano de Governo. A gente discutiu lá também que a gente possa trazer à tona e tentar resolver a nível federal, nível estadual, os problemas que nós pautamos se não puder ser resolvido pelo Executivo Municipal”, afirma.

Nesse sentido, o vereador defende a continuidade da Federação Brasil da Esperança, apesar do fim da organização ser pautada nos bastidores em outros estados. Em Pernambuco, por exemplo, conflitos entre PT e PCdoB durante a campanha eleitoral de João Campos levantou a pauta do encerramento da Federação.

Para o presidente municipal do PV em Natal, no entanto, a FE Brasil foi importante para o resultado que os partidos tiveram e a defesa é pela continuidade. “Defendemos que continue a Federação. Até ampliar mais com outros partidos, até trazer mais”, pontua.

“A gente defende. Aqui no Rio Grande do Norte foi muito positivo. A nível Rio Grande do Norte a gente tinha seis vereadores. Hoje nós fizemos 36 vereadores no Estado. Então, nós saímos grandes da campanha”, explica.

As federações partidárias são a reunião de dois ou mais partidos políticos que já têm registro no TSE, com afinidade programática, a fim de que atuem como se fossem uma única agremiação. Apesar dos partidos integrantes da federação conservarem seu nome, sua sigla e o seu número próprio, funcionam, para fins eleitorais, como um único partido.

Da reunião que aconteceu na avenida Moema Tinoco, saiu a avaliação de um saldo político positivo, apesar da derrota eleitoral. Milklei rememora o desafio vencido pelo PT, de levar uma candidatura majoritária municipal ao segundo turno, após 28 anos, e a votação de Natália.

“Natália conseguiu quebrar barreiras, conseguiu furar a bolha do próprio PT. No primeiro turno, 110 mil votos e depois 179 mil votos. O PT não alcançava em várias eleições”, observa.

Para o então candidato a vice-prefeito, sua participação na campanha também foi positiva, principalmente na Zona Norte. “Eu acho que isso deu um gás. Nós, na verdade, tocamos as pautas que mais prejudicam as pessoas, e nós pautamos o debate. Depois, eles (os adversários) colocaram no debate, mas nós pautamos com os problemas das enchentes, as lagoas, questão do transporte, o problema das creches”, analisa.

Nas redes sociais, Natália comentou o encontro: “Fiquei imensamente feliz que esse momento de agradecimento também foi de organização para melhorar a vida do nosso povo. Anotei tudo, pessoal. Depois que a gente viu o tanto de gente que acredita que uma outra Natal é possível, não tem quem nos segure”, disse a deputada em trecho do texto com vídeo da reunião no Instagram.

Cargo no Governo e casadinha “casca de bala” com Natália
Vereador até dezembro de 2024 e segundo suplente do PV na Câmara Federal, o candidato a vice na chapa com Natália admite que este trabalho pelos pleitos da comunidade deverá ser executado a partir de um cargo no Governo nos próximos dois anos. Ele ressalta, no entanto, que ainda não está acertado e o espaço pode ser ocupado no Governo estadual ou federal.

“Devo ir para algum espaço no Governo, para fazer política, para continuar na luta articulando os movimentos sociais. Eu sempre fui de movimentos sociais, o líder comunitário, então articular e se fortalecer para 2026, fazer uma casadinha novamente casca de bala com Natália”, garante.

O plano é se organizar para a eleição geral de 2026, quando poderá ser candidato a deputado estadual, “tudo indica”, diz ele.


Compartilhe esse post

ÉRIKO SOBRE ÁLVARO: “DECISIVO PARA FORTALECER A CANDIDATURA DE PAULINHO”

  • por
Compartilhe esse post

Segundo vereador mais votado na eleição de 2024 à Câmara de Natal, o atual presidente da Casa, Eriko Jácome (PP), articulou não só sua eleição, mas foi ativo na mediação do apoio do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) a Paulinho Freire (UB) e na consolidação do apoio maciço dos vereadores ao projeto do sucessor de Álvaro no pleito. Considerando-se parte de “um projeto vencedor” coletivo, o presidente da Câmara afirma que Paulinho Freire (UB) mostrou comprometimento com o futuro de Natal.

“Sua atuação na Câmara Municipal de Natal provou seu compromisso com a cidade, e há um desejo genuíno de vê-lo realizar ainda mais pela população como prefeito. Esse é um projeto coletivo, e é extremamente gratificante saber que contribuí para sua vitória. Mais do que vencedores, fazemos parte de um time comprometido com o futuro de Natal”, afirma Ériko.

Os vencedores a que se refere são os 21 vereadores da bancada do Governo, que iniciaram a campanha ao lado de Paulinho Freire. “Sem dúvida, sinto-me parte desse projeto vencedor. O apoio dos vereadores a Paulinho foi algo natural, pois muitos já acreditavam em sua capacidade e em seu histórico de trabalho”, complementa.

Neste projeto, o apoio de Álvaro Dias foi, para ele, decisivo para a virada de Paulinho sobre Carlos Eduardo (PSD), no primeiro turno, e a posterior vitória sobre Natália Bonavides no segundo turno, com 55,34% contra 44,66%.

“Álvaro Dias foi fundamental. Sua presença e apoio foram decisivos para fortalecer a candidatura de Paulinho. Ele viu em Paulinho alguém que pode, de fato, continuar sua gestão de maneira ainda mais sólida e inovadora. Álvaro trouxe credibilidade e experiência, o que fez toda a diferença para conquistarmos a confiança do eleitorado”, afirma Ériko.

Ele complementa que Paulinho Freire dará continuidade ao legado e liderança de Álvaro Dias para Natal: “Álvaro Dias deixa um legado de inúmeras obras realizadas, de compromisso e transformação para Natal. Sua gestão foi marcada por importantes avanços em saúde, educação e infraestrutura, sempre priorizando as reais necessidades da população. É um trabalho visível em cada canto da cidade, resultado de uma liderança presente. Esse legado será continuado e ampliado com Paulinho Freire, que assume a responsabilidade de dar sequência a um projeto que já trouxe tanto desenvolvimento aos natalenses”.

PP foi um dos protagonistas dessa eleição
Sem a presença do presidente estadual do Partido Progressista, João Maia, mas com a chancela dele para seguir rumo próprio na capital, o presidente municipal da legenda, Eriko Jácome, conduziu o PP ao palanque que reunia Republicanos, PSDB-Cidadania, PP, Podemos, Solidariedade, PL e União Brasil em torno da candidatura de Paulinho Freire.

Para a Câmara Municipal, o partido elegeu quatro vereadores, sendo o segundo em número de eleitos, junto com Republicanos e Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), que também elegeram quatro. Ériko foi eleito com 8.819 votos. Claudio Custódio, Pedro Henrique, Daniel Santiago são os parlamentares que vão compor a bancada do PP a partir de janeiro de 2025 na Câmara de Vereadores.

“O pleito de 2024 foi uma demonstração de que a população natalense deseja compromisso com o desenvolvimento da cidade. O Partido Progressistas (PP) mostrou sua força, sendo um dos protagonistas desta eleição. Tenho confiança de que o nosso partido está ainda mais forte e pronto para seguir contribuindo para Natal”.

Com a reeleição, Ériko Jácome garante que projetos implementados enquanto vereador continuarão. “Receber mais de 8 mil votos é, sem dúvida, uma grande honra e uma responsabilidade ainda maior. Essa votação expressiva reflete o reconhecimento da população pelo trabalho que realizamos dentro e fora da Câmara Municipal. Projetos como o Saúde Bucal nos Bairros, a luta contra o câncer, nossas ações de saúde, os cursos profissionalizantes e os aulões preparatórios para o Enem não só continuarão, como também serão ampliados para atender cada vez mais pessoas. Esse apoio da população nos dá ainda mais força para seguir defendendo os interesses de Natal com dedicação e comprometimento”, explica.


Compartilhe esse post

EZEQUIEL FERREIRA SERÁ RECONDUZIDO AO CARGO DE PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA

  • por
Compartilhe esse post

No início da atual legislatura, o presidente da Assembleia Legislativa do RN (ALRN), Ezequiel Ferreira (PSDB), tratou de articular sua reeleição para os biênios 2023/2024 e 2025/2026, em 1° de fevereiro de 2023. A antecipação, no entanto, se tornou pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), com entendimento de que a definição da forma de eleição para os cargos diretivos das assembleias estaduais deve observar as regras impostas pela Constituição Federal, entre elas a necessidade de contemporaneidade entre o pleito e o exercício do mandato. A antecipação, portanto, fere essa normatização. A recomendação é que a antecipação aconteça a partir de outubro do ano que antecede a posse ao cargo de presidência.

Dentro desse entendimento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) a anulação da reeleição antecipada que levou Ezequiel Ferreira à presidência. O julgamento da ADI 7733 foi iniciado na sexta-feira (08), com o voto do ministro relator, Gilmar Mendes, para anular a eleição antecipada realizada em 1° de fevereiro de 2023. O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o relator.

“Antecipação desarrazoada dessas eleições tende a favorecer os grupos políticos majoritários e influentes no momento da votação, que não refletirá, necessariamente, o anseio predominante ao início do novo biênio”, afirmou o ministro Gilmar Mendes em sua decisão.

Com a determinação à ALRN, semelhante à proferida para outras casas legislativas estaduais no país, o presidente Ezequiel convocou os demais parlamentares para nova eleição da mesa diretora do biênio 2025-2027, a ser realizada às 10h30 da manhã desta quarta-feira, 13.

“Movidos pelo senso de justiça e de boa fé, reforçando o ambiente democrático que sempre tivemos nesta Casa e também por uma questão de segurança jurídica e de cumprimento rigoroso do Regimento Interno, faço uso das prerrogativas e com absoluta transparência convoco uma sessão preparatória a fim de se realizar uma nova eleição para a Mesa Diretora, na forma do artigo 36 do Regimento Interno e de acordo com os precedentes jurisprudenciais”, disse Ezequiel, na abertura dos trabalhos legislativos da sessão ordinária desta terça-feira, 12.

Em uma rápida articulação, o atual presidente garantiu, mais uma vez, consenso em torno do seu nome. Nesta quarta-feira, 13, deverá ser novamente reconduzido à presidência da Casa Legislativa estadual. Com isso, ele deve se manter no cargo pelos próximos dois anos e em janeiro de 2027 chegará ao total de 12 anos na presidência do Poder Legislativo potiguar. Ele está no cargo desde 2015.

Nos bastidores, a costura não teve percalços para Ezequiel. A composição da Mesa Diretora deve permanecer praticamente a mesma, com algumas alterações. Devem se inverter as posições de Kleber Rodrigues (PSDB), que passa de 1º secretário para 1º vice-presidente, e de Tomba Farias (PL), que passa a ser o 1º secretário, deixando a 1ª vice-presidência.

De acordo com o que circula nos bastidores, a deputada Eudiane Macedo (PV) deverá entrar como 2ª vice-presidente da Mesa. O lugar é do PV e era ocupado pelo então deputado, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), George Soares, que renunciou ano passado.

Ainda ocupam a Mesa Gustavo Carvalho (sem partido), como 2º secretário, e a deputada Isolda Dantas (PT), como 3ª secretária. Eles devem permanecer na composição.

Novas eleições
Novas eleições foram determinadas em outros Estados, a exemplo de Pernambuco. O ministro Flávio Dino, do STF, determinou que a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (ALEPE) realize novas eleições para a Mesa Diretora do biênio 2025/2026. A decisão suspende os efeitos da eleição anterior, realizada em novembro de 2023, e define que o novo pleito ocorra entre dezembro deste ano e 1º de fevereiro de 2025.

Já realizaram novas eleições os presidentes das Casas do Amazonas, Maranhão, Piauí, Sergipe, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Amapá. No Amazonas, o presidente Roberto Cidade (UB) foi reeleito no último dia 30, após decisão do ministro Cristiano Zanin. A mesma coisa aconteceu em Sergipe, uma nova votação realizada em 22 de outubro manteve a reeleição de Jeferson Andrade (PSD).

Na Paraíba, o deputado federal, presidente da Casa, Adriano Galdino (Republicanos) admite realização de nova eleição. As Assembleias Legislativas do Piauí e do Tocantins fizeram, assim como na ALRN, as votações para os dois biênios no mesmo dia, mas ainda não convocaram novo pleito.


Compartilhe esse post

CANDIDATO AFIRMA QUE ADVERSÁRIOS DE ROSSANA SÃO MACHISTAS E MISÓGINOS

  • por
Compartilhe esse post

O candidato a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB-RN) Augusto Maranhão, que compõe a chapa 20 com Rossana Fonseca, afirmou que seus adversários no pleito estão imbuídos de atitudes machistas e misóginas na campanha por não aceitarem que “uma mulher os ofusque”. Nos últimos dias, surgiram em blogs do estado publicações afirmando que a chapa de Rossana Fonseca e Augusto Maranhão teria introduzido “influência” e “partidarismo” políticos na campanha. Segundo o advogado, as publicações também “revelam a hipocrisia de uma candidatura que, à míngua de apoios, busca diminuir as chapas opositoras”.

Ainda de acordo com Augusto, todos os apoios aos candidatos à presidência da Ordem são bem aceitos e que, dada a contribuição histórica da entidade para processos políticos importantes no país, é comum que pessoas politicamente engajadas se interessem pelas suas eleições, sendo um dever dos postulantes recebê-las.

“A verdade é que a OAB é plural, inclusiva e apartidária. Nosso partido é a Constituição da República; somos defensores do Estado Democrático de Direito. A Ordem foi protagonista no processo de redemocratização do país e tem contribuído significativamente para o aprimoramento da legislação nacional. Assim, é natural que pessoas politicamente engajadas, da direita à esquerda, se manifestem sobre as eleições da OAB. Todos os apoios são bem-vindos. A criminalização da política e da advocacia deve ser combatida. Temos a obrigação de ouvir e acolher todas as cores, gêneros e orientações sexuais. Defendemos os direitos humanos, independentemente de qualquer viés”, disse.

Para o candidato, essas críticas são envolvidas por machismo e misoginia, pois há resistência ao protagonismo de uma mulher na Ordem. “Esse tipo de postagem sensacionalista revela, na verdade, um pano de fundo de machismo estrutural, um ato misógino. As elites da advocacia não aceitam que uma mulher as ofusque, que seja protagonista. Como disse nosso candidato ao Conselho Federal, Marcelo Torres: ‘O mundo é feito para nós, homens, mas nós, homens, precisamos comprar essa briga’”, pontuou.

De acordo com o candidato, encontros de adversários na corrida eleitoral têm sido até mesmo divulgados publicamente, mas não foram alvo de qualquer tipo de comentário negativo. “Além de misóginas, essas postagens revelam a hipocrisia de uma candidatura que, à míngua de apoios, busca diminuir as chapas opositoras. Nas redes sociais dos candidatos da situação, por exemplo, há registros de visitas ao gabinete do presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, sem que isso tenha sido objeto de crítica ou questionamento”, analisou.

Machismo contra candidata em Assú
Augusto ressaltou, ainda, uma situação delicada contra uma aliada da candidata Rossana Fonseca na região Oeste, Ruama Hadassa, que tem sido criticada devido às roupas com as quais aparece em publicações na web. “Em Assú, na última sexta-feira, fizemos um desagravo em favor da candidata Ruama Hadassa, candidata a presidente da Subseção de Assu pela Chapa 35, que tem sofrido uma desconstrução de sua imagem por ter em suas redes sociais fotos em momentos de lazer, vestindo trajes de banho. Um absurdo sem precedentes”, lamentou.


Compartilhe esse post

VIVALDO COSTA SOBRE ALÍQUOTA DO ICMS NO RN: “NÃO TEM OUTRA SAÍDA”

  • por
Compartilhe esse post

Com voto declaradamente favorável, o deputado estadual Vivaldo Costa (PV) apoia o Governo do RN na argumentação sobre o retorno da alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) para 20%. O deputado que retornou à Assembleia Legislativa em julho deste ano, com a saída de George Soares (PV) para assumir cargo de conselheiro do Tribunal de contas do Estado (TCE-RN), mantém o reforço à base da governadora Fátima Bezerra (PT).

“Eu vou votar favorável porque eu acho que é necessário. Sem recurso do ICMS praticamente fica inviabilizada a administração da governadora Fátima Bezerra (PT) por falta de recursos. Todos os estados do Nordeste já fizeram esse reajuste”, afirma o deputado Vivaldo sobre a matéria.

O aumento de 18% para 20% do ICMS está entre um pacote de projetos fiscais, que foi enviado pelo Executivo Estadual à Assembleia Legislativa do RN na semana passada. Além dele, os projetos incluem o fim da isenção de IPVA para carros elétricos, a alteração do prazo para que veículos se tornem isentos de IPVA dos atuais 10 anos para 15 anos, alterações nos impostos sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD), além de inclusão de uma alíquota extra para financiamento do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Ao todo, o Governo projeta aumentar em R$ 948 milhões a arrecadação anual.

O deputado cita o reajuste no Imposto já realizado por todos os outros estados do Nordeste porque o novo índice da alíquota deverá, segundo o Governo, evitar perdas que a Reforma Tributária poderá trazer para o RN, ao tomar como base a média da arrecadação de cada Estado entre 2019 e 2026. Este tem sido um dos argumentos da base para aprovar o PL na Casa Legislativa. O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) do RN para 2025 já foi encaminhada à ALRN com a inclusão da alíquota em 20% na previsão.

Apesar de observar que a oposição deverá votar contra a matéria, o deputado Vivaldo acredita que o Governo vai conseguir a maioria dos votos para aprovar o PL do ICMS.

O assunto tem gerado discussões na Casa entre oposição e situação. Os deputados José Dias (sem partido) e Luiz Eduardo (Solidariedade) têm se manifestado contra a pauta. Ao Diário do RN, Luiz Eduardo afirmou que o projeto traz insegurança jurídica ao RN. Por outro lado, o líder da bancada do Governo, Francisco do PT, afirma que as circunstâncias atuais apontam para a aprovação da matéria. “A situação atual para aprovar esses projetos é melhor do que no ano passado”, disse Francisco, se referindo à desaprovação de projeto em dezembro do ano passado, quando a alíquota do mesmo imposto foi reduzida de 20% para 18% para o ano de 2024.

Em meio ao debate em plenário, Vivaldo saiu em defesa da gestão Fátima Bezerra (PT) sobre as críticas efetivadas pela oposição. Segundo ele, é preciso respeitar a trajetória de vida e política da petista. Citando a recuperação das rodovias estaduais, o parlamentar declarou que a governadora tem feito uma gestão competente, mesmo diante de tantos desafios herdados de gestões anteriores. “Todos sabemos que, com todas as dificuldades, Fátima tornou o nosso estado viável”, ponderou ele.


Compartilhe esse post