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CIRO BRIGA COM DILMA E QUEM APANHA É CARLOS EDUARDO

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Após prometer uma trégua que ninguém pediu, numa briga dele sozinho com Lula, Ciro Gomes volta ser o Ciro de sempre e transforma a língua em chicote. O problema é que, pelo tamanho, ela termina batendo nele também.

Na verdade, não deve ser nada fácil para um candidato reconhecidamente preparado, com domínio pleno dos temas nacionais mais complexos, falando a linguagem simples, não conseguir convencer o eleitorado de que ele pode ser a opção viável.

Diante da patinação numérica nas pesquisas, Ciro Gomes passou a atacar Lula, que respondeu com tapa de luva dizendo que o respeita e que não vai entrar no ringue virtual com seu ex-ministro. Mas, Lula é Lula. É profissional.

Já Dilma…

A Dilminha paz e amor aparente pós impeachment, cedeu lugar à Dilma de sempre, da língua afiada, que não tem medo de cara feia ou de discurso duro. Briga até com o espelho.

Ciro bateu e levou. Ela bateu até com categoria. Nem parecia Dilma, a gerentona que virou poste e foi eleita presidente.

Com habilidade que não lhe é peculiar, Dilma usou palavras ditas por Ciro para enrolar sua luta pela democracia num lençol de arrependimento, manchado de golpismo que o cearense tanto critica. Ela fez com que ele assumisse arrependimento por ter lutado contra o impeachment.

Nas palavras, Ciro dá de goleada em Dilma. Nem se compara.

Mas, dessa vez, o verbo não lhe foi generoso e a habilidade mudou de boca por alguns momentos, fazendo com que o ex de Patrícia Pilar ficasse do tamanho de sua performance nas pesquisas, menos de dois dígitos, o que teria sido o real motivo da revolta da língua solta.

Porém, quem pensa que a briga de Ciro com Dilma não produziu vítimas, está mais enganado do que quem orientou Bolsonaro a assistir ao jogo do Santos para ser barrado por falta do passaporte da picada. Não foi um mico. Foi a ressurreição do King Kong.

Pois bem. Voltemos à briga de Ciro com Dilma e sua vítima. A briga foi interestadual, mas produziu vítima no elefante potiguar.

A vítima foi Carlos Eduardo. Que ainda está em repouso, num ‘resguardo’ médico por conta de uma descambada do carro ribanceira abaixo, terminou levando uma lapada da anaconda verbal de Ciro Gomes, sem ter nada com a história.

Explico. Carlos Eduardo diz que quer ser candidato a governador; mas quer mesmo é ser candidato a senador na chapa com Fátima Bezerra. E há gente dentro do governo da petista que torce pela aliança entre os dois. Parece que até a irmã de Tetê tem umas quedas por isso.

Com o acirramento da briga entre PDT de Ciro Gomes e PT de Dilma Rousseff, a militância vermelha no RN não vai aceitar um apoiador de Ciro, o chicoteador de Dilma, no mesmo palanque do povo do PT.

Ou seja: Carlos Eduardo, que estava de resguardo curtindo um visual cansativo da bela praia de Areia Preta, terminou vitimado pelas lamboradas de Gomes, o Ciro, irmão do Cid, o do trator, que queria encher a tromba do maquinário com o povo da polícia cearense, levou um tiro e quase vira morto político em vida; ou político morto, enterrado.

Como sempre, Carlos Eduardo vai fingir que não viu nada, não sabe de nada e que não vai falar nada. Afinal, em muitos casos, o silêncio do filho de Agnelo tem sido melhor pra ele do que quando ele fala o que não deve.

Quando terminar a semana de resguardo e desempenar o ‘espinhaço’, ninguém fala mais em briga de Ciro com Dilma e Carlos Eduardo pode voltar a namorar o PT de Fátima sem se preocupar com Brasília; nem com o Ceará.


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