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‘COMPORTAMENTO RACIONAL’: NOVO MINISTRO DE BOLSONARO DIZ QUE MULHER GANHA MENOS POR ENGRAVIDAR

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FOTO: SÉRGIO LIMA/PODER360

Trechos de discursos machistas do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, têm circulado nas redes sociais. Em um deles, o economista afirma que muito do que é chamado de discriminação no mercado de trabalho, na verdade, ele define como “comportamento racional” dos empresários porque mulher engravida e “falta mais para ir ao médico” do que os homens.

“Não necessariamente é discriminação, é simplesmente o comportamento racional do empresário […] Se o casal tiver um filho provavelmente é a mulher que vai cuidar do filho. Aí você vai dizer para mim: ‘Adolfo, mas o homem fica bêbado mais que a mulher? Fica. Então, menos para o homem neste ponto. Mas também quem vai mais ao médico é a mulher, então, ela vai faltar mais para ir ao médico. O empresário tem que estar fazendo essas contas”, diz.

No mesmo vídeo, ao explicar o que significa o termo a priori, Sachsida diz que quando você bate o olho numa mulher e a vê “com um bustiezinho, uma calça colada, você fala assim: ‘pô, essa mulher deve ser solteira'”. “Pode me chamar de machista à vontade”, continua ele.

Em outro trecho, ele afirma que a licença maternidade de seis meses é um “crime contra a mulher”. “Cara, você consegue imaginar uma empresa ficar seis meses sem o seu gerente? Não tem jeito. Quando eu fui contra essa ideia de dar licença maternidade de seis meses, o pessoal me xingou. Não é nada disso, é que eu me preocupo com as mulheres.”

No vídeo — nomeado como “Aprenda Economia com o Sachsida: Aula 7” e publicado há seis anos em seu canal no YouTube— o novo ministro aponta também que um dos motivos para a desigualdade salarial entre os gêneros é que os homens topam jornadas de trabalho mais extensas do que as mulheres.

“Você conversa com seus amigos e suas amigas e pergunta: Quem de vocês topa trabalhar 12 horas por dia durante 15 anos para daqui 15 anos ser o chefe ganhando mais? Você vai ver que uma proporção maior de homens topa isso. Talvez seja fator cultural, social, não sei”, diz.

“Você vai ver que uma magnitude expressiva de mulheres prefere uma jornada menor. Ou porque precisa ficar com os filhos ou porque ela pretende ficar mais com a família ou porque ela acha que a regra de sustentação é do homem. Eu não sei a explicação, eu sei do resultado”, afirma.

Assista

Com informações da Coluna Mônica Bergamo – Jornalista e Colunista da Folha de S. Paulo


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