INTERIOR
A governadora Fátima Bezerra cumpriu agenda mesclada com administração e política neste fim de semana no Oeste Potiguar. Receptividade muito boa, entre populares, lideranças e políticos de mandato. A irmã de Tetê ficou animada com o contato popular.
LÍNGUA
Há um ditado antigo do tempo de nossos bisavós que diz: “Quem muito fala, muito erra.” Os avós do senador Styvenson Valentim esqueceram de passar essa recomendação ao capitão, que tem sido constantemente traído pela própria língua.
AGRESSÃO
Styvenson, no ápice de seu ‘sincericídio’, ao falar sobre as agressões sofridas por uma mulher, disse que não sabia o que a vítima havia feito para ‘merecer dois tapas’. Postura inadmissível duplamente, pois como Capitão PM, é seu dever proteger; como senador, a proteção deveria ser ainda mais abrangente e não estimular indiretamente agressão às mulheres. Pisou feio na bola; tentou justificar e só piorou a situação.
REAÇÕES
As reações contra a fala de Styvenson vieram de todo lado e ganharam até repercussão nacional. Se pensava em candidatura ao Governo do RN, o senador conseguiu um adversário de peso que sepultou a possibilidade ainda no nascedouro: Sua língua.
CUIDADO
No momento em que vivemos, de permanente rigor de julgador nas redes sociais, os políticos precisam pensar muito antes de abrir a boca. Uma frase infeliz pode custar um mandato.
LEMBRANÇA
Só a título de lembrança, na eleição do ano passado, Rosalba Ciarlini caminhava para renovar o mandato de prefeita de Mossoró. Em um debate, a mulher de Carlos Augusto disse uma frase infeliz, interpretada como humilhação ao então adversário Alysson Bezerra. Resultado: Um novato sem nenhuma estrutura política ou familiar, foi eleito prefeito de Mossoró derrotando todos os Rosado juntos por conta do descontrole da língua de Rosalba.
GRANA
Sherloquinho diz que uma certa figura de Parnamirim, para comemorar o empréstimo de 100 milhões de reais aprovado pela Câmara, realizou um jantar regado a vinho francês e paçoca de pilão. Teve a participação de três secretários que conversavam até sobre os possíveis beneficiários do empréstimo milionário. O Coronel, quando viu a presepada, ‘pegou o beco’ e saiu de fininho. O que é que tá havendo?
AFASTAMENTO
Por falar em Parnamirim, a semana foi movimentada na Câmara da cidade, com pedido de afastamento de dois vereadores. Como será que o presidente Wolney vai agir agora? O que se sabe é que o presidente da Câmara costuma proteger envolvidos em esquemas. Se a Justiça determinar o afastamento, ele vai convocar os suplentes e vai tentar enganar o Judiciário novamente até que os parlamentares consigam uma liminar generosa?
APOIO
O deputado Federal Benes Leocádio tem recebido muitas manifestações de apoio à sua candidatura ao Governo do Estado por parte de prefeitos e outras lideranças interioranas. Benes é municipalista, de acesso fácil e simples na conversa.
FORÇA
O apoio de prefeitos não significa ter votos no município. A história da política potiguar já mostrou que houve candidatos com apoio de mais de 120 prefeitos e não foi sequer ao segundo turno. Nem sempre tem o apoio de prefeito é bom negócio. Se houver desgaste, o candidato recebe a pancada por tabela.
DIFICULDADE
Alguns prefeitos reclamam o tratamento que recebem da governadora Fátima Bezerra. Pelas críticas, não houve mudança no tratamento dispensado por Fátima com o que foi feito por Robinson. Ou seja: Não recebia ninguém, não ligava e nem atendia ligação.
MUDANÇA
Sherloquinho andou pela governadoria e ouviu que Fátima vai mudar esse estilo de não atender prefeito ou outras lideranças. Vai disponibilizar espaço especial na agenda para conversar com o povo do interior.
VERTICALIZAÇÃO
Como não existe verticalização na eleição, poderá haver cruzamento de votos entre as chapas majoritárias. Há quem queira votar em um candidato a governador de um lado e o senador de outro. O eleitor é livre e não se vincula a chapas. Escolhe quem quer.
DEPENDÊNCIA
A candidatura do ministro Rogério Marinho ao Senado é dependente de duas situações: Conseguir repassar aos municípios o que vem sendo prometido e não ser atingido pela hemorragia eleitoral que produz anemia no Governo Bolsonaro.
INTROMISSÃO
Absolutamente descabida a reclamação do senador Jean Paul Prates em relação ao fato de Benes Leocádio ter sido escolhido coordenador da bancada Federal do RN e ter, dias após, lançado o nome como candidato a governador. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Benes pode exercer a coordenação da bancada e ser candidato de oposição.
CANDIDATO
A derrota de um Habeas Corpus na Justiça Eleitoral do RN, fez o ex-deputado Henrique Alves ficar de orelha em pé e repensar seus planos de candidatura no ano que vem. Cada vez que bota a cabeça fora pensando em política, o filho de Aluízio pode virar alvo a ser abatido pelos processos que não terminaram.
RECURSO
O ex-deputado Henrique Alves diz que sua preocupação não é com a questão eleitoral, mas com a reversão dos processos que tramitam no Judiciário. O filho de Aluízio recorreu do processo do TRE e espera ser vitorioso em Brasília.
ILUSÃO
Quem conversou recente com o prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César, sentiu uma revolta por não ter sido o nome da oposição para enfrentar Fátima Bezerra. Alega que foi atropelado por Benes. Sério que Júlio acreditou que poderia ser o candidato a governador pela oposição?
MUDANÇA
O fato do presidente Bolsonaro ter valorizado o Centrão ao levar Ciro Nogueira para o Palácio, animou o ministro Fábio Faria a se filiar no PP e até ver seu nome ventilado como vice na chapa do presidente. Na verdade, apesar de ser um fiel defensor do Governo, Fábio Faria não agrega nada ao projeto de reeleição do presidente. Ele já é do grupo; é necessário somar para fortalecer.
FOGO AMIGO
A disputa interna entre os ministros Fábio Faria e Rogério Marinho não está nem perto do fim. Rogério identificou o fogo amigo fritando seu nome na frigideira do Planalto e prepara contra ataque contra o genro de Sílvio Santos. No estilo frozen, o filho de Valério é adepto de consumir frio o prato da vingança.
SILÊNCIO
A governadora Fátima Bezerra está muito silenciosa em relação ao cenário político de sua sucessão. Faz certo. Faz errado quando silencia sobre situações que envolvem o Governo. Às vezes, o silêncio do governante alimenta uma mentira que pode se transformar em verdade.