O ministro do Desenvolvimento Regional, potiguar Rogério Marinho, enfrenta as duas faces do poder: a positiva, produzida pela visibilidade nacional às suas ações; e a negativa, fruto de quem é oposição justamente a essa visibilidade positiva e faz renascer fatos indigestos que ocorreram na carreira política do filho de Valério.
Rogério Marinho é conhecido por ser ‘frio’, sem se abalar muito com a temperatura política externa. Porém, a convocação dele para prestar depoimento em uma comissão na Câmara, certamente vai atrair os holofotes. Afinal, a notícia é de um orçamento secreto de 3 bilhões de reais que teria servido para ‘comprar’ apoios e garantir a fidelidade dos congressistas diante dos interesses do Governo Federal.
Portanto, o depoimento do ministro que repartiu esses 3 bilhões de reais e já admitiu que a maior parte foi destinada a parlamentares que são alinhados com a base do presidente Bolsonaro, certamente será alvo de muita curiosidade e questionamentos.
Cada palavra dita de uma forma equivocada ou um termo empregado de maneira errada, poderá resultar em tiroteio contra o ministro Rogério Marinho.
Ele já recebeu publicamente o apoio do presidente Bolsonaro, que o fortaleceu em recente evento em Alagoas. Isso tem efeito reflexivo para a base do Governo, que vai tentar blindar seu depoimento. Porém, tem efeito exatamente inverso para a oposição, que vai tentar arrancar algum deslize que sinalize ‘compra’ de apoio político com uso de dinheiro público.
Além de ter que se explicar muito bem a respeito da situação atual, a oposição ao Governo Federal deverá ‘requentar’ denúncias anteriores em que Rogério Marinho figura como investigado ou réu. Será o renascimento de fatos indesejáveis pela mídia nacional.