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GUEDES: “OFFSHORE É UMA FACA. PODE SER USADA PARA O BEM OU PARA O MAL”

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Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de comissão mista na Câmara dos Deputados para explicar dinheiro em offshore
Ministro da Economia Paulo Guedes – Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu explicações aos parlamentares, nesta terça-feira (23/11), sobre sua empresa offshore, que mantém nas Ilhas Virgens Britânicas. Segundo o ministro, ela é “absolutamente legal” e “usada para o bem”.

Guedes também destacou que não entrou no governo por “oportunismo”, ou seja, para ter acesso a informações privilegiadas. E que poderia ter feito isso anos antes, no governo de Tancredo Neves, por exemplo, quando recebeu um convite para compor o Ministério da Fazenda – Tancredo morreu e não chegou a tomar posse.

“O offshore é uma faca. Pode ser usada para o mal, para matar uma pessoa. Ou para o bem, para cortar uma laranja. Tudo é declarado no Imposto de Renda anualmente. Não é algo que está escondido. Essa é uma narrativa política mentirosa”, afirmou.

As declarações ocorreram durante audiência pública nas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e de Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados e era um dos dias mais aguardados dos últimos meses, desde que o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, ao qual o Metrópoles faz parte, revelou a existência da empresa em paraíso fiscal.

Offshore significa algo que está “além da costa”, ou seja, fora do território de um país. No caso em questão, trata-se de uma companhia aberta por pessoas em um país diferente daquele em que moram.

“Offshore é um veículo de investimento absolutamente legal. É absolutamente legal. Por razões sucessórias, se comprar ações de empresas, se tiver uma conta em nome da pessoa física, se você falecer, 46%, 47% é expropriado pelo governo americano. Tendo uma conta em pessoa física, todo seu trabalho de vida, ao invés de deixar para herdeiros, vira imposto sobre herança. Então o melhor é usar offshore, que está fora do continente”, explicou Guedes.

Por Metrópoles


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