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O FLAMENGO PERDEU. SE LIGA, FÁTIMA!

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Neste sábado, o time de maior e mais apaixonada torcida do Brasil, viu um título internacional escapar de suas mãos quase de forma inacreditável. O Flamengo perdeu para o Palmeiras. De acordo com especialistas no mundo do esporte, o Flamengo era superior ao Palmeiras em praticamente tudo. Tem o melhor e mais caro elenco do País e estava motivado e certo da vitória. Até a festa já estava pronta, com direito a trio elétrico nas principais capitais do Brasil.

O otimismo do Flamengo se misturou com soberba, parceira inseparável do fracasso, inimiga da precaução e divorciada da lucidez. A soberba derrubou o Flamengo em plena prorrogação do inimaginável.

Importante ressaltar o mérito do Palmeiras, que entrou sem favoritismo e se abraçou com a razão, se alimentou de lucidez, prudência e seriedade. Vitória merecida, justa pelo desempenho e título da Libertadores em sua galeria para coroar sua história. Mais uma prova de que ninguém ganha ou perde uma competição de forma antecipada.

O choro da derrota ou a alegria da vitória só deve ocorrer quando o jogo realmente termina. É assim no futebol. É assim na política.

Qual a analogia que podemos fazer em relação à sucessão 2022 no RN? A governadora Maria de Fátima Bezerra termina seu terceiro ano de gestão sem um adversário definido pela oposição consistente, com força política e capital eleitoral para ameaçar a renovação do mandato.

Podemos dizer que, pelo fato de não ter um adversário forte até o momento, torna Fátima imbatível, já eleita? Claro que não. Fátima pode renovar o mandato? Claro que sim. Tem todas as condições para isso. Mas o fato não ocorre por gravidade. A derrota pode até surgir pela inércia. A vitória, pela ação.

É preciso trabalhar muito, pois a governadora não está na inabalável zona de conforto e sua posição não permite flertar com o perigo. A situação de Fátima é melhor que a de pelo menos dois de seus antecessores: Rosalba Ciarlini e Robinson Faria.

A primeira não conseguiu sequer legenda de seu partido para ser candidata. O pai de Fábio amargou a terceira colocação na disputa por sua reeleição. Diante desses dois casos, Fátima se sobressai.

Ela lidera todas as pesquisas feitas até o momento e ainda não surgiu um nome realmente forte e decidido a enfrentá-la nas urnas. O que há é muito balão de ensaio e blefe político.

Porém, por causa de sua performance fitness, sem gordura localizada a perder no tortuoso e perigoso caminho da maratona das urnas, Fátima precisa mudar sua postura e fazer crossfit político para melhorar sua capacidade cardiorrespiratória (fôlego para não cansar no caminho), condicionamento físico (corpo são para enfrentar o percurso eleitoral desgastante) e resistência (para manter o ritmo e não deixar o adversário chegar muito perto).  

Atualmente, a filha de Seu Severino e Dona Luzia não tem feito o dever de casa no aspecto político. Fátima não conversa com as lideranças, dificilmente recebe um prefeito que não seja levado pelo braço de algum deputado, não anda no interior, não telefona para ninguém, vive em gabinete, saindo esporadicamente somente para algum evento específico.

Essa postura atual não ajuda em nada seu fortalecimento eleitoral ou o engajamento político. Sem falar no natural desgaste que qualquer governo enfrenta. Apesar da inegável simplicidade pessoal, que permitiu sua permanência sem a atrativa  cilada do glamour em torno do poder, Fátima não pode paquerar com a soberba, banquete que seu partido procura servir todos os dias, alimentando delírio de facilidade e alucinação de vitória antecipada, a ponto de guetos e tendências trabalharem até publicamente pelo isolamento político e distância de alianças necessárias.

Portanto, Fátima, que sempre foi maior que o PT e o fez chegar ao inédito e almejado principal posto da política no RN, precisa se relacionar melhor com outras lideranças e partidos que são ou que podem vir a ser aliados da difícil luta eleitoral que se avizinha.

O Flamengo não foi jogar; foi ao Uruguai cumprir a tabela e buscar a taça. Tropeçou feio na vaidade e voltou derrotado no imaginável, porque se vitaminou de soberba e subestimou o adversário.

Se liga, Fátima! Se o Flamengo, que é o Flamengo, perdeu; imagine…

A estrada que leva à vitória é a mesma que pode lhe conduzir à derrota. É preciso bom senso, lucidez em alto grau, humildade superlativa e não se deixar levar pela bajulação entorpecente.

A queda imprevisível de um competidor gigante, deve servir para avaliar os erros cometidos e corrigir os rumos em direção à vitória. Para não lamentar, depois do apito final, o que deveria ter feito e não fez.


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