Após sobrevoar a região atingida pelas chuvas em Petrópolis, nesta sexta-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro considerou ser difícil evitar tragédias como a registrada no município da região serrana nesta semana.
“Não temos como nos precaver. A população tem razão em críticas. Houve outras tragédias aqui e esperamos que não aconteça mais. Vamos fazer a nossa parte. As medidas preventivas são votadas no orçamento quando têm que ser. As medidas emergenciais são diferentes, como estamos fazendo aqui agora”, disse Bolsonaro, em entrevista coletiva realizada nesta manhã, no 32º Batalhão de Infantaria, em Petrópolis.
“Na questão emergencial, o tratamento é diferente. Muitas vezes não temos como nos precaver de tudo que pode acontecer nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados (do Brasil). A população, logicamente, tem razão em criticar. Mas aqui é uma região bastante acidentada, infelizmente tivemos outras tragédias aqui, pedimos a Deus que não ocorra mais”, acrescentou o presidente.
O presidente mencionou a destruição que observou do alto do helicóptero: “As imagens vistas de cima foram de intensa destruição. Regiões onde existiam casas tinham um estrago grande. Uma imagem quase que de guerra. Tive uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu em Petrópolis”.
Presente na reunião, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, informou que o governo federal vai publicar uma nova medida provisória (MP) liberando mais R$ 500 milhões para os estados afetados pelas chuvas. Mas ainda não há uma estimativa definida sobre o valor que seria repassado ao município de Petrópolis.
Bolsonaro desembarcou na manhã desta sexta-feira na base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, e seguiu para um sobrevoo em Petrópolis.
A cidade da região serrana já contabiliza 122 mortos, segundo a atualização divulgada pelo Corpo de Bombeiros nesta manhã. Outras 116 vítimas estão desaparecidas desde o temporal registrado na terça-feira, 15, que destruiu boa parte do município.
Bolsonaro chegou a Petrópolis acompanhado pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e pelos ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), João Roma (Cidadania), Walter Braga Netto (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral).
Com informações da Metrópoles