
Durante um passeio de moto por Brasília, nesse domingo, 15, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado sobre as manifestações e disse que quem chama de antidemocráticos os atos de apoiadores de seu governo deve ser “psicopata ou imbecil”. Ele, no entanto, não negou que bolsonaristas levam faixas pedindo intervenção militar e até o apoio ao Ato Institucional número 5.
“Não estou atacando de forma nenhuma. Só um psicopata ou imbecil para dizer que os movimentos de 7 de setembro e 1º de maio são atos que atentam contra a democracia. Quem diz isso é um psicopata ou imbecil”, afirmou Bolsonaro, após andar de moto e visitar feiras em Brasília. O presidente também pilotou uma moto aquática em “lanchaciata” organizada por seus apoiadores.
Bolsonaro também afirmou que quem exibe faixas com pedidos de AI-5, o ato mais repressivo da ditadura militar, é digno de pena. A medida já foi considerada pelo filho 03 do presidente, Eduardo Bolsonaro, e defendida pelo deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado pelo Supremo a oito anos e nove meses de prisão, mas recebeu perdão presidencial.
Sobre os atos
No ato de 1º de maio, em Brasília, houve pedidos pela saída de ministros do STF, tanto em faixas, quanto em discursos nos carros de som. Na ocasião, a deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou que Daniel Silveira era “símbolo da luta pela liberdade”. Na ocasião, Bolsonaro foi à manifestação, na Esplanada dos Ministérios, cumprimentou apoiadores, mas não discursou no trio elétrico.
Em 7 de setembro do ano passado, contudo, o presidente chamou Moraes de “canalha”, em discurso na Avenida Paulista, pediu para o magistrado “sair” e disse que, a partir daquele momento, não obedeceria nenhuma decisão que partisse do ministro. A declaração gerou uma das principais crises institucionais do governo Bolsonaro, que só arrefeceu após o chefe do Executivo divulgar uma carta, escrita com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, na qual voltou atrás na ameaça de descumprir decisões judiciais.