
A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) criticou o vice-presidente General Hamilton Mourão, por minimizar nesta segunda-feira, 18, a divulgação de áudios inéditos que mostram relatos de episódios de tortura na ditadura militar.
“Isso aí é história, né? Já passou. É a mesma coisa que voltar para a ditadura do Getúlio. São assuntos já escritos em livros, debatidos intensamente. Passado. Faz parte da história do país. Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. Vai trazer os caras de volta do túmulo?”, disse o vice-presidente.
Natália lembrou que muitas famílias, como a de Luiz Maranhão, não puderam enterrar “seus mortos”.
“O general sabe que até hoje famílias como a de Luiz Maranhão não enterraram seus mortos. Essa ironia é o retrato fiel da canalhice de quem defende tortura!”, escreveu a deputada no twitter.
Luiz Ignácio Maranhão Filho, nasceu em 25 de janeiro de 1921 em Natal, Rio Grande do Norte, ele foi advogado, jornalista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, membro do Partido Comunista Brasileiro e nomeado Deputado Estadual pelo Partido Trabalhista Nacional em 1958.
Luís Maranhão foi preso no dia 03 de abril de 1974 numa praça em São Paulo, capital. Pessoas que presenciaram a cena, informam que ele foi algemado e conduzido num transporte de presos pelos agentes do DOI-CODI do II Exército. A ditadura militar jamais reconheceu a prisão do militante político; foi incluído no rol dos desaparecidos.