O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu nessa quarta-feira, 27, que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. Nas redes sociais, o advogado do ex-presidente Lula (PT), Cristiano Zanin, falou sobre a decisão e a considerou “histórica”.
“Uma decisão histórica e uma vitória não apenas de Lula, mas de todos aqueles que acreditam na democracia.”, disse o advogado.
“É uma posição que nós recebemos com muita alegria. Uma Corte internacional reconheceu que a operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol atuaram de forma ilegal e arbitrária, afrontando um tratado internacional da ONU”, disse Zanin em entrevista coletiva realizada em São Paulo.
Segundo Zanin, agora não é só o Supremo Tribunal Federal (STF) que aponta as ilegalidades de Moro e da Lava Jato, mas também a Organização das Nações Unidas. “A ONU reconheceu que houve a violação grosseira a dispositivos do Pacto Internacional e que Lula não teve direito a julgamento justo e imparcial, que ele foi julgado por um juiz parcial, que era o ex-juiz Sergio Moro. Lula foi condenado apenas porque existia um juiz parcial que atuava em conluio com o órgão acusador. Isso foi provado e reconhecido pelo Supremo e agora está reconhecido pela ONU”, ressaltou.